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Capa B+: A atriz e comediante Flávia Reis fez papel marcante em Tavessia e está em cartaz no teatro

Flávia conversou com exclusividade com Caderno e falou sobre a escolha de ser atriz e de sua nova turnê ao lado do amigo e ator Ricardo Cubba. "Eu sempre quis ser atriz, essa era uma certeza desde sempre".

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Atriz e comediante Flávia Reis, 48 anos, acabou de deixar a sua personagem Marineide sucesso em Travessia, novela de Glória Pérez exibida pela TV Globo em horário nobre. Flávia é famosa por suas atuações em programas e grandes projetos de comédia.

A atriz foi vencedora, em 2020, do reality LOL - Brasil, se Rir Já Era, do Prime Vídeo e está na série SEM FILTRO, vivendo Val, mãe das protagonistas Mel Maia e Ademara, na Netflix.  

Flávia nasceu no Rio de Janeiro e trabalha como atriz desde os anos 90. A atriz se formou em artes cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio). De 2015 a 2020, fez parte do humorístico Zorra também na Rede Globo. 

No Canal Multishow a comediante participou dos programas “220 Volts”, “Não tá Fácil pra Ninguém” e “Vai que Cola”. Flávia está permanentemente em cartaz com seu solo “Neurótica”, no qual interpreta 10 personagens femininas.

Ao lado do ator Ricardo Cubba, montou o espetáculo "Deixa que eu Conto" (direção Fernando Caruso), que é uma intervenção artística a partir de seus vídeos de sucesso nas redes sociais e de suas experiências com personagens cômicos.

"Tem sido a experiência mais incrível da minha vida até agora. Eu amo o palco, e ter o privilégio de estar ao lado da Flávia, que é uma gênia, em cena num espetáculo criado por nós dois é muito gratificante. Agradeço todos os dias por estar vivendo isso porque é algo que me deixa extremamente feliz e pleno. Não sei explicar nossa conexão, deve ser coisa de outras vidas", resume o amigo e ator Ricardo Cubba. 

À frente do público, sem sair de cena para troca de figurinos, os atores brincam com diferentes acessórios para dar vida a personagens clássicos de contos de fadas e contam histórias fantásticas no formato “stand-up”. A peça está em turnê pelo país.

"Meu agente nos introduziu e foi muito engraçado porque eu não queria conhecer ela pelo fato de ela ter 30 anos de uma carreira brilhante, fiquei mega intimidado pensando “essa mulher vai olhar pra mim e falar: quem é você, meu lindo?”. E ela não queria me conhecer pelo fato de eu ser da internet, de uma outra geração vista como boba. Ela não sabia que eu também era ator de teatro. Para nossa surpresa, na nossa primeira ligação ficamos 4 horas conversando como se nos conhecêssemos há anos. Foi uma química imediata. Começamos a gravar vídeos juntos e deu no que deu, nos unimos para a vida", relembra o amigo Cubba que está em turnê com Flávia.

A atriz é a nossa Capa dupla e especial do Correio B+ desta semana, e conversou com exclusividade com o Caderno sobre a escolha de ser atriz, novelas, personagens, projetos, teatro e sua turnê com o ator Ricardo Cubba. Confira:

A atriz Flávia Reis é a Capa dupla do Correio B+ desta semana - Fotos: Jorge Bispo - Diagramação - Denis Felipe e Denise Neves

CE - Você é conhecida por seus personagens cômicos no teatro e por participar de produções no cinema e televisão. Você sempre desenhou e quis esse caminho pra você?
FR -
 Eu sempre quis ser atriz, essa era uma certeza desde sempre e foi muito natural eu me profissionalizar cedo e fazer faculdade de artes cênicas. E eu flertava com o circo, com a palhaçaria. Mas eu não pensava em ser comediante, passei a trabalhar mais com comédia depois que conheci o Paulo Gustavo e fui abrir seus espetáculos. Aí me apropriei mais desse lugar. 
 

CE - Você é atriz, roteirista, diretora e comediante. Todos são paixões ou alguma se destaca mais na sua preferência?
FR - 
Eu gosto muito de trabalhar com essas três possibilidades, porque é um exercício pra mim de rever meu trabalho, exige que eu pense como quero me colocar como artista. Dirigir, atuar ou escrever me fazem feliz. O prazeroso pra mim  é fazer um pouco de cada! 
 

CE - Como foi montar o espetáculo "DEIXA QUE EU CONTO" ao lado de Ricardo Cubba no formato “stand-up”? E como é a sua relação com ele?
FR -
 Eu me apaixonei pelo Ricardo assim que a gente gravou o primeiro vídeo. E foi um desejo de nós dois colocar o conteúdo da internet no palco. Escrevemos o texto em um mês e chamamos o Fernando Caruso para dirigir e garantir que não era um devaneio e do Ricardo, e que poderíamos levar a peça adiante. Somos muito amigos, nós amamos e nos admiramos muito. Isso fez com que a peça fosse levantada muito rápido. 

A atriz e comediante Flávia Reis e o ator Ricardo Cubba estão em turnê com o espetáculo "Deixa que eu Conto" - Foto: Jorge Bispo

CE - Com o espetáculo “NEURÓTICA” você ganhou destaque em um monólogo escrito por você mesma, como é interpretar 10 personagens femininas e ainda neuróticas?
FR -
 “NEURÓTICA” voltará aos palcos esse ano. É uma peça que eu adoro fazer porque mostra que não só as mulheres, mas toda a sociedade é neurótica. Para dar conta de colocar esse assunto no palco, coloco uma lente de aumento nas atitudes de algumas personagens. Homens e mulheres da plateia se identificam. É um deleite fazer essa peça há dez anos. 


CE - O LOL foi o seu primeiro lugar fora do teatro em que você fez um trabalho autoral como foi?
FR -
 O LOL foi muito importante pra mim, muito! O público me consagrou e foi justamente com o meu trabalho autoral, e isso para uma artista que escreve e atua é muito especial. Esse programa foi um divisor de águas na minha carreira: abriu e ainda abre muitas portas. 


CE - Em Travessia você fez o papel de Marineide, a mãe de Karina, como foi gravar cenas tão intensas?
FR - 
Marineide foi um presente e eu fiquei muito feliz com o resultado do meu trabalho em Travessia.  Eu tive a oportunidade de trabalhar num registro completamente diferente do que eu faço  normalmente, que é o meu trabalho na comédia.  Foi muito desafiador e muito gratificante estudar esse registro do drama, com tanta carga emocional. Eu amei. 


CE - Qual é o principal recado de Marineide para as mães nos dias de hoje?
FR -
 O principal recado da Marineide para as mães é que fiquem atentas, acompanhem de perto o dia a dia de seus filhos e filhas, porque a relação de proximidade, a conversa franca e amorosa é o melhor caminho para identificar alguma alteração no comportamento das crianças e adolescentes. E é muito importante acompanhar o que nossos filhos e nossos filhos consomem nas redes sociais isso é muito importante.

Flávia Reis foi Marineide em Travessia - TV Globo

CE - Você escolheu o humor ou ele escolheu você?
FR - 
O humor sempre fez parte da minha vida, dentro e fora da minha carreira. Mas num determinado momento quando comecei a trabalhar com o Paulo Gustavo me assumi comediante. 


CE - Você tem preferência entre cinema, teatro ou streaming? 
FR -
 Gosto de fazer cinema, streaming e teatro, pois cada linguagem exige de mim uma atuação diferente. O que eu gosto nessa profissão é ter sempre que me adaptar para me comunicar, acho isso fantástico! 


CE - Você é vegana, foi uma transição? 
FR - 
Eu me tornei vegana há 7 anos por um problema de saúde. Parei de comer qualquer coisa de origem animal. E quando você para de comer e pensa sobre o que significa ser vegana, é muito difícil voltar atrás. Você acaba pensando mais profundamente do está praticando ao consumir produtos de origem animal. 


CE - Você deve ter várias, mas conta pra gente uma experiência muita divertida que você teve atuando?
FR -
 A gente passa por muita coisa atuando, desde ter que improvisar com uma barata que passa no palco, a lidar com um microfone que para de funcionar em um teatro que falta luz ou uma pessoa que dorme e ronca na plateia. Já passei por todas essas e mais um tanto nesses quase 30 anos de carreira. É muito divertido lembrar!

                                                 Flávia ao lado de Paulo Gustavo - Divulgação

CE - Como a Flávia concilia pessoal e profissional?
FR -
Eu sou muito caseira e gosto muito de estar coma minha filha. As vezes o ritmo tá mais intenso e eu fico atenta à hora de parar. Pra curtir meu canto, namorar, me divertir. O trabalho faz parte da minha vida, mas não é a minha vida. 


CE - Como é a sua relação com seus fãs?
FR -
 Eu amo demais os meus fãs porque eles sempre chegam até mim para falar de alegria, de prazer, de riso, de amor. Tem algo mais gratificante do que isso? Eu sou imensamente grata por trabalhar com humor e ter a oportunidade de receber tanto carinho de volta. 


CE - Flávia você rodando o Brasil com a peça com o Cubba, terminou uma novela, mais novidades ainda?
FR - 
Nesse momento a turnê da peça é minha prioridade. Eu fiquei imersa no audio-visual e precisava voltar aos palcos. Esse segundo semestre será dedicado ao Deixa que eu Conto e à volta meu solo Neurotica ao teatro.
 

Flávia Reis com sua filha Cecilia - Divulgação

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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