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Carla Diaz: "Fazer cinema é uma alegria. Eu amo atuar. Não me vejo em uma profissão diferente. "

Para o B+ dessa semana, Carla fala com exclusividade sobre a responsabilidade de influenciar, carinho dos fãs, carreira, empreendedorismo

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Conversando com a atriz Carla Diaz você vê uma mulher linda, inteligente, articulada e que sabe exatamente o que quer. 

Ela vai completar 31 anos e fez 29 de carreira. Pois é! Em entrevista eu perguntei isso algumas vezes a ela... (risos). Ela começou cedo, aos dois anos de idade.

Carla é dinâmica, perfeccionista e não gosta de ficar parada.

“Consigo contar nos dedos os dias de folga que eu tive esse ano. E não estou reclamando! Eu amo trabalhar e adoro estar em movimento. Tenho trabalhado muito, projetos novos surgindo, convites, publicidade... Não tenho uma rotina. Cada dia é um dia. Às vezes, a agenda muda e eu preciso estar em um lugar e outro”, explica.

 

 

Em seu currículo, muitos comerciais de TV, peças de teatro, novelas e agora o cinema que chegou para consagrar essa jovem atriz.

Já disponível na Amazon Prime Vídeo (estreou hoje) os longas: A menina que matou os pais e O menino que matou meus pais, duas histórias baseadas em fatos reais que contam sobre o assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen, um crime que chocou o país há 20 anos.

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“Meu processo principal foi estudar o roteiro. Ele foi um guia muito importante na construção da personagem. Além disso, tive acesso aos autos do processo. Os filmes são baseados nos autos, então, foi muito importante ler e compreender tudo o que aconteceu. São dois filmes, duas versões, que são baseadas no que foi dito no julgamento. Foi um período de bastante estudo”, relembra.

Carla também viveu uma experiência única quando participou do BBB 21.  

“Foi uma experiência bastante intensa. O confinamento, o jogo, exige muito do seu psicológico. Acredito que só consegue entender quem já passou pela casa do BBB”, relembra a atriz que antes de entrar na casa, também venceu um câncer de tireoide. Na época ela falou sobre isso em suas redes sociais.

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Carla acabou de voltar de uma viagem ao Egito. 

A mesma foi feita a trabalho, pois ela se lançou recentemente como empreendedora assinando sua linha de lenços e de óculos, acessórios indispensáveis em seu guarda roupa desde sempre. O hábito acabou virando um grande negócio.

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Para quem estava com saudades da personagem Khadija, no mês de outubro um dos maiores sucessos da TV Globo está de volta, a novela O Clone da autora Glória Perez. 

Carla tinha apenas 11anos quando fez a novela e se tornou um dos personagens mais marcantes na época até hoje lembrado pelo seu público.

O Clone será reprisado no Vale a Pena Ver e Novo.  

Para o B+ dessa semana, Carla fala com exclusividade sobre a responsabilidade de influenciar, carinho dos fãs, carreira, empreendedorismo e a sua estreia marcante no cinema.  

Inshalá!

 

CE - Como assim 29 anos de carreira, tão jovem?

CD - Pois é (risos)! Já são 29 anos. Eu comecei muito nova na profissão. 

Com dois anos, eu já estava fazendo campanhas publicitárias e, pouco tempo depois, já estava fazendo TV. 

Eu posso dizer que sou muito abençoada, porque eu amo o que faço. Nunca tive dúvida sobre qual caminho eu queria seguir. 

Descobri a minha vocação muito cedo, de uma forma lúdica e, que para mim, era quase uma brincadeira. Sempre amei estar no set. Foi uma infância diferente, mas muito especial.  

 

CE - Você vai estrear no dia 24 um filme muito aguardado pelo público e crítica. Como surgiu o convite para protagonizar A menina que matou os pais e o Menino que matou meus pais?

CD - Sim, você que está lendo essa entrevista já pode acessar o Amazon Prime Vídeo e conferir os meus filmes. 

A produção estava procurando uma atriz para esse papel há mais de um ano. 

Eu fui convidada para fazer um teste e só tive três dias para me preparar. 

Eu mergulhei em pesquisa, busquei matérias da época, vídeos, o máximo de informações que pudessem me ajudar nessa composição para o teste. 

Dois dias depois de fazer, o diretor e o produtor do filme me ligaram e me falaram que o papel era meu.  

 

CE - E o processo para compor essa personagem?

Uma menina tão fria e calculista...

CD - Meu processo principal foi estudar o roteiro. 

Ele foi um guia muito importante na construção da personagem. 

Além disso, tive acesso aos autos do processo. 

Os filmes são baseados nos autos, então, foi muito importante ler e compreender tudo o que aconteceu. 

São dois filmes, duas versões, que são baseadas no que foi dito no julgamento. 

Foi um período de bastante estudo. Somado a isso, fizemos uma preparação com a Larissa Brecher e com o nosso diretor Maurício Eça para explorar os estados emocionais. 

Tivemos também workshop com a Ilana Casoy, nossa autora junto com o Raphael Montes, que acompanhou todo o caso na época. Tudo isso foi fundamental para esse trabalho.  

 

CE - Você chegou mais perto de Suzane além de ler sobre a história?

CD - Não, eu não cheguei. E acho que, de fato, não acrescentaria falar com ela agora sobre algo que aconteceu há quase 20 anos. 

Para os filmes, os autos do processo é que eram fundamentais para a construção da narrativa e de todo o contexto daquele momento passado. 

É importante frisar que nenhum dos envolvidos com o crime tem relação com o filme. Eles não lucram nada com esse trabalho, não tem nenhum envolvimento.  

 

CE - Gosta de fazer cinema? É o seu maior papel?

CD - Fazer cinema é uma alegria. Eu amo atuar. Não me vejo numa profissão diferente. 

Fiz muito teatro, muita TV, então, poder estar no cinema é uma realização. 

E já tenho novos projetos vindo, o que me deixa muito honrada pelo reconhecimento. 

Esse é um trabalho marcante na minha carreira. Eu nunca tinha feito uma história baseada num caso real. Ainda mais um caso como esse, que comoveu o país. 

Precisei me preparar muito, estar bastante concentrada e deixar o meu julgamento de lado. Só assim pude dar veracidade a essa história.  

 

CE - Qual é a sua expectativa para a estreia do filme?

CD - Muita expectativa. Esperamos um ano e meio para essa estreia. Íamos estrear em março do ano passado, uma semana antes de tudo fechar por causa da pandemia. 

Foi um trabalho que exigiu muito da nossa entrega, então, é claro que existe a vontade de compartilhar com o público. 

Agora, estaremos no Amazon Prime Video, uma decisão muito acertada nesse momento ainda de pandemia. 

As pessoas poderão assistir os dois filmes de suas casas, em segurança. E os filmes estarão disponíveis em mais de 240 países.  

 

CE - Big Brother Brasil...

Como foi o convite?

CD - Eu recebi o convite no final do ano passado. Logos após eu finalizar o tratamento contra o câncer na tireoide. 

Acreditei que depois de tudo o que eu tinha vivido, que valeria encarar o desafio.  

 

CE - Como foi a experiência?

CD - Foi uma experiência bastante intensa. O confinamento, o jogo, exige muito do seu psicológico. Acredito que só consegue entender quem já passou pela casa do BBB.  

 

CE - O que marcou você de bom e de ruim?

CD - As pessoas conheceram um pouco mais de mim, como eu sou. São 29 anos de carreira, mas sempre com personagens. 

E ali dentro, não tinha papel. Era eu. E desde que eu saí, não parei de trabalhar. 

O lado ruim, acredito que foi essa exposição gigantesca que eu não estava acostumada. Levava uma vida muito discreta e nunca tinha me visto tão exposta aos julgamentos alheios.  

 

CE - Amizades fora da casa hoje em dia?

CD - Sim, tenho! João, Camilla, Pocah, Juliette... São pessoas que seguem na minha vida.  

 

CE - Voltaria ao Big Brother se fosse convidada?

CD - Acho que eu já esgotei a minha cota de reality (risos).  

 

CE - Carla empreendedora, como aconteceu e está sendo?

CD - Foi um processo natural que surgiu após o BBB. Passei a trabalhar bastante esse lado comercial, campanhas e a ter contato com marcas e parceiros. 

E surgiu a ideia de alguns projetos. Foi assim que eu criei a minha coleção de lenços numa collab com a Versatilité. 

E também a coleção de óculos que criei com o me nome. 

Eu tenho uma veia empreendedora. 

Sempre tive isso na minha carreira artística, produzindo os meus espetáculos... Agora eu estou canalizando isso para um outro lado, que eu estou gostando muito. 

Eu me envolvo em todas as etapas, se é para ter o meu nome, eu quero que tenho a minha cara, o meu gosto... Eu estou muito feliz com resultado que estamos conquistando.  

 

CE - Você fez muita novela, séries, shows na linha teen.  

E esse público, ainda segue você? Sente saudades?

CD - Super! Tenho fãs que me acompanham desde a época de Chiquititas... 

Ou seja, há 24 anos. Uma turma muito fiel, carinhosa e que torce por mim. 

E agora chegou também fãs muito amados e incríveis. 

Eu agradeço muito por esse amor, por essa troca que eu tenho com eles, porque eles fazem a diferença nos meus dias. 

Acho que não sinto saudade, porque eles seguem aqui comigo. Crescemos juntos!  

 

CE - Você fez muitos trabalhos, muitos mesmo tão jovem, mas você sabe que a Khadija foi algo marcante para o público.  

E pra você como foi?

CD - Sim, ela foi marcante demais. Tanto que eu tenho tatuado Inshalá. 

Foi uma personagem que conquistou as pessoas e que, quando falam de O Clone, sempre lembram dela. Eu amei fazer essa novela. 

Agradeço demais a Gloria, ao Jayme Monjardim, porque são parceiros incríveis que eu tenho nessa minha trajetória profissional.  

 

CE - O Clone é um sucesso até hoje, como está com essa volta?

CD - Eu vi todas as outras reprises e, com certeza, verei de novo. 

Amo a novela, me traz tantas lembranças boas da minha infância, daquela época. 

Tínhamos um clima muito gostoso nos bastidores e eu era tratada com muito carinho pelo elenco. 

Tinha 10 anos. Trabalhava com pessoas que eu admirava. Foi uma novela especial demais.  

 

CE - Carla você canta?

CD - Sou uma atriz que canta. Ano passado, eu lancei uma música com o meu amigo Beni Falcone, Voa. É um lugar que eu gosto de me expressar também. Não descarto outros projetos nesse caminho.  

 

CE - Não consigo parar de repetir como você é jovem para tantos trabalhos... Vejo que além disso foram muitas premiações também, como é esse reconhecimento?

CD - (risos) Eu comecei com 2 anos. Vou fazer 31. E desde pequena, eu sempre estive emendando trabalhos. 

Sempre estive envolvida com algum projeto. 

Eu amo a minha profissão, então, trabalhar não é um peso. Para mim está muito mais associado com prazer. 

É um lugar que eu me realizo. Premiações, elas são o reconhecimento, mas eu não trabalho pensando nisso. 

É uma consequência, um carinho muito gostoso, mas o que me motiva mesmo é estar em projetos desafiadores. Adoro me testar, descobrir lugares novos, sentimentos, nuances...

 

CE - Como foi sair do BBB e saber o quanto você passou a influenciar aqui fora? Como é assumir esse papel? Influenciar...

CD - Tem dias que eu ainda fico surpresa, porque meus fãs são incríveis. Eles mobilizam mesmo, eles são muito presentes. 

E eu entendi que esse é um vínculo que eu criei com eles. É claro que isso exige também responsabilidade. Quero trocar, dividir com eles, mas somar de alguma forma na vida deles.  

 

CE - Hoje você é uma mulher, mas as pessoas ainda veem você como aquela atriz bem pequena de Laços de Família e o Clone?

CD - Não, não existe isso de me verem como criança. Vou fazer 31. Fiz personagens marcantes quando criança, e personagens marcantes também adulta, como a Carine de A Força do Querer e agora os meus filmes. O que eu sinto é que existe um carinho das pessoas, isso é maravilhoso!  

 

CE - Como é o seu dia a dia?

CD - Consigo contar nos dedos os dias de folga que eu tive esse ano. E não estou reclamando! Eu amo trabalhar e adoro estar em movimento. 

Tenho trabalhado muito, projetos novos surgindo, convites, publicidade... Não tenho uma rotina. Cada dia é um dia. Às vezes, a agenda muda e eu preciso estar em um lugar e outro.  

 

CE - Como você cuida da saúde e beleza?

CD - Adoro usar produtos de marcas que eu confio e que fazem bem para a minha pele. Tenho uma rotina de cuidados. 

É algo que eu gosto, um tempo que é meu. Tenho uma alimentação saudável. 

Tenho um parceiro incrível que me ajuda com alimentos para a minha semana e, assim, mantenho uma alimentação regrada e gostosa. 

Eu gosto de me cuidar. E saúde é muito importante. Faço exames de tempos em tempos. 

Temos que ter esse hábito e não procurar o médico só quando surge algo. Melhor coisa que existe é a prevenção.  

 

CE - Um trabalho marcante e inesquecível...

CD - Vou citar A Menina Que Matou Os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, porque são os trabalhos recentes e foram muito desafiadores como artista para mim.  

 

CE - Bate bola com Carla Diaz...

 

  • Comida preferida: Massa
  • Doce ou salgado? Os dois!
  • Uma cor? Azul
  • Um objetivo: Continuar fazendo grandes papeis, contar histórias de diversas mulheres
  • Uma vontade: constituir a minha família.
  • Uma viagem: Amei conhecer o Egito. Foi incrível estar naquele cenário.
  • Você em uma palavra: perfeccionista (risos).

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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