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Gastronomia

Churrasco de porco

Costela, lombo, pernil, picanha e por aí vai, vários cortes consagrados do boi também podem render belos assados quando se trata da carne suína, e hoje você vai saber um pouco mais sobre essas delícias na brasa

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Churrasco de porco? Sim. Por mais que não seja tão rara, a ideia de ir além dos embutidos na brasa, quando se trata de carne suína, ainda tira o apetite de muita gente. Uma pena. Pois, além da linguiça, que é onipresente nos churrascos dos brasileiros e, quase sempre, feita com carne de porco, existem várias outras maneiras de levar os cortes suínos ao churrasco.

Os cortes suínos têm ganhado espaço entre os churrasqueiros, deixando pelo caminho algumas dúvidas, como o ponto ideal, a melhor forma de preparo, os temperos corretos e os acompanhamentos recomendados.

OS CORTES

Uma das vantagens da carne de porco é a sua versatilidade. Quase todos os cortes, além de ficarem magníficos no forno ou na frigideira, podem brilhar na churrasqueira. Os cortes mais indicados para a brasa são a costela suína, o lombo, a panceta (barriga) e a picanha suína. O pernil, por exemplo, uma das partes mais saborosas da carne suína, tem um tempo de cozimento relativamente demorado.

Isso porque, para o pernil ficar suculento e saboroso, é necessário que esteja bem dourado e vá desmanchando com o deslizar da faca sobre ele. O modo mais clássico de preparo é deixar marinando no tempero e envolver em uma camada de papel-alumínio, assando a 160º graus por mais ou menos 30 minutos (para uma peça de 1 kg), de modo a finalizar os últimos dois ou três minutos em alta temperatura para garantir que a carne fique dourada.

TEMPEROS

As carnes de porco, no churrasco, com o perfeito equilíbrio entre as ervas e os condimentos, têm um resultado fantástico de aromas e sabores. A escolha de cada item pode variar conforme o gosto individual, mas alguns são indispensáveis, como o limão, o alho, a pimenta-do-reino, o alecrim, a páprica e um toque de açúcar, que combina muito bem com a carne de porco.

A carne suína, diferentemente da bovina, precisa de mais tempo no tempero (ou na marinada) para que absorva todos os sabores e fique mais suculenta. Um dos pontos fundamentais é a quantidade de sal e de açúcar. 

Recomenda-se o uso de 14 gramas de sal e 10 gramas de açúcar para cada 1 kg de carne. Os demais condimentos podem ser adicionados a gosto. Aplique todos eles com pelo menos 12 horas de antecedência, mantendo a carne na geladeira até o momento do churrasco.

TEMPO DE BRASA

É preciso frisar que a carne suína, diferentemente do que muitos pensam, não deve ser servida muito bem passada. Pelo contrário, ela precisa estar suculenta e muito macia, pois só assim será possível sentir todo o seu sabor. 

O tempo que as peças deverão ficar na brasa dependerá de diversos fatores, como o tipo de corte, a espessura, a altura em que a carne estará em relação ao fogo e, até mesmo, a quantidade de carvão na churrasqueira.

Para quem preferir grelhar filés, ao invés da peça inteira, vale ressaltar que o ideal é que eles tenham entre 2 e 3 cm de altura, dessa forma, com apenas 20 minutos de brasa estarão suculentos e no ponto ideal. Para quem optar pela peça inteira, o tempo de churrasqueira pode variar entre 30 e 40 minutos.

Para assar a copa lombo, por exemplo, é recomendável selar a peça para obter muito mais suculência. Para isso, envolva a carne em um papel-alumínio e leve à churrasqueira por aproximadamente 35 minutos. Suba a grelha caso a brasa esteja muito forte. 

Já a picanha suína inteira precisa de 30 minutos de brasa para ficar macia e muito saborosa. Nesse caso, também é importante atentar-se à altura do braseiro, ou seja, caso ele esteja muito alto, é recomendável subir a grelha para não ressecar a peça.

Para que a costela fique irresistível, o ideal é colocá-la na churrasqueira com uma distância de 40 cm da brasa. Com os ossos para baixo, ela deve ficar por 40 minutos. Após esse tempo, deve ser virada e ficar por mais 40 minutos. Ou, se preferir, você pode levá-la ao forno envolta em papel-alumínio por uma hora e 30 minutos antes de finalizar na grelha, deixando-a muito mais macia e suculenta.

No caso da panceta (barriga), recomenda-se colocar a peça inteira (com a pele para cima) na parte mais alta da churrasqueira, que deve estar muito quente, mas sem chamas. Quando ela estiver bem dourada, vire-a de modo que a pele fique para baixo e, então, desça a grelha a fim de deixá-la mais perto da brasa. Retire a panceta da churrasqueira quando a pele estiver bem crocante.

ACOMPANHAMENTOS

Em um churrasco onde a carne suína é o destaque, os acompanhamentos são fundamentais, pois eles ajudam a ressaltar, ainda mais, o seu sabor. 

O abacaxi na brasa, com seus sabores adocicados, forma uma combinação perfeita com a carne de porco. Corte-o em fatias e deixe grelhar. Se a brasa estiver muito alta, suba a grelha para não queimá-lo. Tire da churrasqueira assim que ele estiver dourado e, se preferir, jogue um pouquinho de açúcar mascavo e canela.

Outra boa opção é uma salada de folhas com frutas, pois o agridoce combina muito bem com a carne de porco. Ao incluir frutas na salada de folhas, além de dar uma cor ao prato, o corte suíno ganha ótimos aliados na função de encher o churrasco de cores e sabores. Além desses, o queijo coalho, a farofa e o arroz também são ótimos acompanhamentos.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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