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"Cadê meu Chapéu?"

Com 62 alunos em cena, espetáculo do Sesc Lageado celebra o centenário da Disney

Com 62 alunos em cena, espetáculo do Sesc Lageado, a ser apresentado nesta quinta-feira, às 19h, no Teatro Dom Bosco, celebra o centenário do mais popular estúdio de animação do mundo

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“A sensação de poder subir em um palco é inexplicável de tão boa”, afirma a bailarina Maria Clara de Oliveira Lopes, de 16 anos. Além do balé, ela faz parte das turmas de canto coral e teclado do Sesc Lageado. 

E a emoção tem a ver com a apresentação de hoje à noite, a partir das 19h, que reunirá, em cena, 62 alunos da unidade cultural, entre cantores, músicos da orquestra e bailarinos.

O espetáculo “Cadê Meu Chapéu?”, no Teatro Dom Bosco (Av. Mato Grosso, nº 225, Centro), combina a expressão musical, a dança e a arte digital dos alunos em homenagem aos 100 anos da Disney. 

A companhia, que surgiu como produtora de filmes de animação, foi fundada em 16 de outubro de 1923. A entrada é franca e está sujeita à lotação do espaço (600 lugares).

“Vou interpretar o Chapeleiro Maluco, que vai estar procurando o seu chapéu. A sensação é de muito nervosismo e, por ser o protagonista, de muita pressão também. Mas é uma sensação muito gostosa você estar participando de uma coisa tão legal e poder mostrar isso para outras pessoas”, diz Maria Clara.
Ao longo da noite, o programa terá 17 esquetes, entre peças musicais e de dança, tudo ambientado em um cenário digital que adapta os clássicos da Disney à cultura e à natureza de Mato Grosso do Sul, propondo uma “fusão mágica”. 

O elenco é composto por alunos e alunas de várias turmas do Sesc Lageado: balé intermediário e avançado, canto, percussão, saxofone, flauta, clarinete, violino, violoncelo, violão, bateria, teclado e arte digital.

SINOPSE

Confira a sinopse da montagem: “Embarque em uma jornada mágica por um universo encantado como nunca visto antes! O Chapeleiro Maluco, um personagem querido e excêntrico, perdeu seu chapéu mágico, desencadeando uma busca que o levará a explorar os mais icônicos mundos dos filmes da Disney.
A narrativa leva uma reviravolta inesperada quando os vilões das histórias decidem unir forças para se apoderar dos poderes do bem, e os heróis entram em ação para detê-los. 

Nesta emocionante aventura, prepare-se para momentos de comédia, suspense, ação, romance e, é claro, muita magia Disney! A rivalidade entre os personagens proporcionará desafios inimagináveis, mas o amor, a amizade e a magia prevalecerão.

Uma jornada épica e emocionante através dos clássicos que todos nós amamos, ‘Cadê Meu Chapéu?’ é um espetáculo musical que vai encantar crianças e adultos, transportando-os para um mundo de sonhos e encantamento como só a Disney e os alunos do Sesc Lageado sabem fazer.

Neste espetáculo revolucionário, os cenários digitais ganham vida com adaptações encantadoras dos clássicos Disney à atmosfera de Campo Grande e de outros municípios de Mato Grosso do Sul. 

Elementos inspirados na rica cultura indígena, juntamente com representações da natureza local, como rios, cachoeiras e o característico pôr do sol, proporcionam uma experiência visual única.

A presença sutil de animais regionais e de detalhes que homenageiam a arte e a cultura sul-mato-grossense integram-se de forma harmoniosa, criando uma fusão mágica entre a magia Disney e a identidade única da região. Prepare-se para uma experiência que celebra 100 anos de magia, música e contos de fadas”.

ROTEIRISTA

“Para a criança interior vai ser um momento muito mágico. Esse espetáculo está representando muito além do que apenas um musical, está representando uma região e uma expressão artística de todos esses jovens que vão estar participando. E, para mim, que ajudei a escrever o roteiro, é realmente significativo perceber que o roteiro está funcionando e que está dando tudo certo. E que o pessoal está se empenhando para ficar superlegal. Os convidados vão adorar, eu tenho certeza disso”.

É o que diz Jhemerson Edmundo Alonso Alves. Além de estudar violão, o jovem de 18 anos é monitor de percussão e teclado, integra a Orquestra Jovem de MS, o Coral do Sesc Lageado e a Banda Ecoar. Todos os projetos são desenvolvidos na unidade do Sesc da Rua João Selingardi, nº 483, no Parque do Lageado.

“Vou atuar na percussão da orquestra, mas, nas músicas em que haverá formação de banda, eu vou estar também. Além disso, como disse, eu ajudei também a escrever o roteiro junto com a professora Keyla [Brito]. Então, para mim, esse espetáculo significa muito na vida artística e na minha realização pessoal também, por ver esses jovens atuando, se dedicando, tocando muito as muitas músicas maravilhosas da Disney de Orlando”, exalta o multi-instrumentista.

PRINCESA

Quem também é só empolgação com a estreia de “Cadê Meu Chapéu?” é Iasmin Lorayne Gonçalves Prates da Silva. Ela tem 15 anos de idade e há oito anos é aluna do Sesc Lageado, onde estuda canto coral, violino e teclado. “Já fiz aula de balé e flauta doce também, e hoje permaneço nesses três cursos”, conta a jovem artista. “A sensação de poder estar participando desse musical é de ansiedade, muita ansiedade”, declara.

“Mas de gratidão também, porque é muito gratificante ver o trabalho que a gente construiu o ano inteiro sendo desenvolvido nesse musical. É um sentimento de gratidão, felicidade, e é muito bom poder fazer parte disso”, diz Iasmin, que é quase xará de uma das personagens a quem vai dar vida no palco do Dom Bosco.
“Vou fazer o papel da [Princesa] Jasmine com o Aladdin. Vou fazer também o papel da Elsa [de ‘Frozen’].

Vou atuar e cantar também nos papéis de que eu gosto e vai ser incrível. Já participei de outros musicais também no Sesc e acredito que o deste ano vai ser um dos melhores. A sensação e o sentimento com que estou hoje é de gratidão e felicidade, porque sei que todos os alunos trabalharam bastante para que esse musical aconteça. Vai ser muito bom”, afirma a veterana das turmas de arte do Sesc.

EXPECTATIVA

Com 20 anos de idade, e há sete participando das turmas do espaço cultural, Herickson Moacyr Rodrigues Festi estuda atualmente violão, contrabaixo acústico e canto avançado. “Participo também do LabMais, faço parte do projeto de monitoria”, afirma Herickson, que também fala sobre a ansiedade ante a estreia da nova montagem.

“Estou com uma grande expectativa, porque, diferente da maioria dos outros espetáculos que nós já tivemos no Sesc, esse vai ser basicamente quase um espetáculo por inteiro criado por alunos, com a ajuda dos professores e tudo mais. Em cena, vou estar participando da orquestra. Eu toco contrabaixo acústico e estarei, tanto com o contrabaixo acústico quanto com o contrabaixo elétrico, nas músicas cantadas e nas que serão somente instrumentais”, diz.

SINTONIA

“O Sesc Lageado se mantém sintonizado com as tendências culturais e tecnológicas ao incorporar performances audiovisuais, arte digital e sound design em seu espetáculo anual. Essa fusão de tecnologia e arte é uma maneira de responder à demanda por experiências inovadoras e cativantes, ao mesmo tempo que oferece aos alunos a oportunidade de explorar novas formas de expressão”, afirma a diretora do Sesc Lageado, Cirlene Cruz.

A diretora regional do Sesc-MS, Regina Ferro, ressalta que, para além da arte, o espetáculo anual do Sesc Lageado alinha-se diretamente com vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Segundo Regina, a unidade proporciona empoderamento dos jovens por meio de cursos e treinamentos, contribuindo para a educação de qualidade e para a redução das desigualdades. 

“Além disso, ao promover uma cultura inclusiva e participativa, a unidade apoia as metas de cidades e comunidades sustentáveis”, completa.

Correio B+

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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