Correio B

Diálogo

Confira a coluna Diálogo na íntegra, desta quarta-feira, 26 de junho de 2024

Por Ester Figueiredo (dialogo@correiodoestado.com.br)

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Bert Hellinger escritor alemão

"Algumas pessoas continuam acenando
para o velho trem quando o novo
já estacionou na plataforma".

 

FELPUDA

Nos bastidores, principalmente entre alguns novos políticos, o que se fala é que dificilmente antiga rivalidade entre duas ex-cabecinhas coroadas poderá voltar ao cenário das disputas eleitorais, nem mesmo para influenciar alguma candidatura. Dizem que a época dessas figurinhas já passou, e se houvesse confronto nos dias de hoje, seria como dois velhos leões, sem dentes, a tentar rugir um para outro, mas se ouviria apenas miados. Essa gente!...

Movimentação

Em 2023, na eleição da atual Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de MS, foram registradas inscrições de três nomes para disputa da presidência, 1º e 2º secretários (candidaturas individuais), demonstrando que alguns parlamentares não estavam satisfeitos.

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No final, a chapa formada acabou vencendo. Dessa forma, interessados na cadeira de comando dos parlamentares desde já estão fazendo articulações para conquistarem votos dos colegas para fevereiro de 2025.

Reis RodriguesReis Rodrigues
Dra. Maria Jose Maldonado e Yone PintoDra. Maria Jose Maldonado e Yone Pinto

Como assim?

Pré-candidato está se utilizando das suas redes sociais para postar vídeos em conversa informal determinada pelos seus marqueteiros com cabeça coroada. Depois de elogios recíprocos, o dito-cujo agradeceu e disse estar muito honrado "pela parceria nesse projeto''. Mas por que deveria ser ao contrário se ambos são do mesmo partido, que tem o objetivo de conquistar a Prefeitura de Campo Grande?

Aliás...

A pré-campanha eleitoral tem apresentado conversas de apoiadores aos postulantes à Prefeitura da Capital que chegam a ser surreais. Um deles disse ao pré-candidato que é importante saber "escolher o time" para tocar o barco administrativo, insinuando que adversários estariam falhando nesse ponto. Interessante é que quem dá a orientação teve em seu grupo de trabalho algumas figuras que atualmente estão atuando do lado de lá. Deve ser a tal regra do faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço...

Codjuvante

O PL em Campo Grande, de tanto escolher acabou sendo escolhido. Assim, vai se configurando aquilo que estava a olhos vistos, ou seja, vai caminhar essas eleições como coadjuvante do PP, conforme vem sendo admitido até mesmo por alguns dos "rebeldes" que ainda sonhavam com candidatura do partido. O ex-presidente Jair Bolsonaro passa a ser, depois de oficializada a aliança, o principal cabo eleitoral da prefeita Adriane Lopes, que busca a reeleição.

aniversariantes

  • Adriane Barbosa Nogueira Lopes,
  • Lara Selem,
  • Marcello Naglis Barbosa,
  • Ana Ruas,
  • Carolina Alves de Oliveira Dolzan,
  • Marlon Soares Garcia,
  • Paulo Cesar Margato,
  • Vespasiano Kojun Yamaura,
  • Adriana de Barros Sitta,
  • José Francisco de Paula,
  • Plinio Soken,
  • Rosana Pedrossian,
  • Maria Dilma Sousa Tavares,
  • Maria Eulina Rocha dos Santos,
  • Lurdes Mendes Amaral,
  • Dr. Zeno Vieira Schwengber,
  • Lea Dias Teixeira,
  • Verenna Cabalero,
  • Vânia Gonçalves Maia,
  • Jaqueline Pereira,
  • Guilherme Faustino de Farias,
  • Telmo Delfino Sobrinho,
  • Stella Jardim Cury,
  • Rodrigo Naglis Ferzeli,
  • Maria Auxiliadora de Castro Arcângelo,
  • Odilon Nacasato,
  • Dr. Paulo Roberto Gomes,
  • Daniele Rezek Ferreira,
  • Ludimar Godoy Novais,
  • Wilson Costa Mendes,
  • Ademir Antunes Mendonca,
  • Vanderlei Edson Moro,
  • Ivete Galeano,
  • Wilson Oliveira Carvalho,
  • Mariah Prado,
  • Heitor Simabuco,
  • Gabrielly Rezende Coelho,
  • Jazira Teresinha Sffair Generoso,
  • Luiz Ferreira Viana,
  • Rosana Aparecida Silva,
  • Nelson Machado,
  • Joselayne Aparecida Paticu da Silva, Carlos Eduardo Marques,
  • José Roberto Corrêa,
  • Sônia Cristina Corrêa,
  • Dr. Jorge Razanauskas Neto,
  • Dr. Pedro Espíndola de Camargo, Linda Maria Miyahira Falcão, Antônio Oliveira Flôres,
  • Raul Portella,
  • Onofre Tadeu Lins Vasconcelos,
  • Leda Couto Nince,
  • Maria do Carmo Neri Cândia,
  • Renato Garcia Lemes,
  • Cid Barbosa,
  • Gedy Flôres Portocarrero,
  • Maria de Freitas Elias,
  • Darci Fátima de Souza,
  • Jean Cleto Nepomuceno Cavalcante,
  • Luiz Carlos de Oliveira,
  • Ecy Rodrigues de Almeida,
  • Olivia Maria de Souza,
  • César Eduardo Ventura Fernandes,
  • Vânia Maria Teixeira,
  • Abgair Galharte Guimarães,
  • Neuza de Sales,
  • José Henrique Junqueira,
  • Dra. Maristela Vargas Peixoto,
  • Maria Helena Moreira,
  • Pirilena Conde Nogueira,
  • Alair Fernando das Neves,
  • Décio Pio de Oliveira,
  • Luiz Carlos Balbino dos Santos,
  • Marcílio Teixeira Arante,
  • Walter Freire,
  • Enir Monteiro Nunes Rondão,
  • Elvira Pinto de Araujo Alarcon,
  • Dulce Aparecida Ribeiro Itokage,
  • Edvandro Cesar da Silva Dorisbor,
  • Thomas Andréas Eidt,
  • Anézio Alves,
  • Lucianne Pitzschk Alves,
  • Silvana Ferreira Arantes,
  • Terezinha Lacerda,
  • Vitor Hugo Zamban,
  • Henrique Franco Cândia,
  • Jhonatan Rodrigo Dias Bezerra,
  • Mauricio Guimarães Claudiano,
  • Ricardo Encina,
  • Janaína Garcia da Silva,
  • Dr. Sérgio Tsutida,
  • Alciane Cordeiro Costa,
  • Carmen Regina Coldebella,
  • Jonathas Soares de Camargo,
  • Roberto Marsola Faria da Costa,
  • Celina Maria da Mota Ferreira,
  • Marizete Deparis,
  • Weverton Vieira Nogueira,
  • Joana Ferreira do Nascimento,
  • João Adalberto Ayub Ferraz,
  • Paulo Ângelo de Souza,
  • José Ricardo Silva Prudêncio,
  • Paulo Mazzei de Campos,
  • Sandra Mara de Lima Rigo,
  • Luciwaldo da Silva Althoff,
  • Alexandre Maluf Barcelos,
  • Antônio Minari Neto,
  • Douglas Yano Moreira do Canto,
  • Janaina Dominato Santeli,
  • Maria Aparecida Marangoni.

 

MÚSICA REGIONAL

Márcio de Camillo canta músicas de Geraldo Rocca em seu novo trabalho

Os dois me levam de volta ao Litoral Central, definição cunhada por Geraldo Roca para traduzir um pedaço de Brasil onde a água doce domina uma vastidão de terra que, supõe-se, um dia foi mar

01/04/2025 10h00

"O punhal afiado da poesia de Geraldo Roca corta manso na voz de Márcio de Camillo, sem perder o fio, nem a capacidade aguda de ferir de morte o senso comum" Foto: Divulgação/Márcio de Camillo

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Recebo mensagem de Márcio de Camillo me avisando sobre seu novo trabalho. “Márcio de Camillo canta Geraldo Roca”. Um show ao vivo que virou disco e já está disponível nas plataformas digitais.

Aproveito a estrada entre a minha casa e o trabalho para ouvir o disco. Ouvir Roca na voz de Camillo é quase um delírio. Uma surpresa, uma saudade imensa, muitas lembranças. Os dois me levam de volta ao Litoral Central, definição cunhada por Geraldo Roca para traduzir um pedaço de Brasil onde a água doce domina uma vastidão de terra que, supõe-se, um dia foi mar.

A praia pantanal me serve de ponte para unir, em mar aberto imaginário, o Rio de Janeiro – lugar de nascimento – ao coração do Brasil, onde Geraldo Roca se fez e se desfez desse plano. Seu coração, irrigado por sangue pantaneiro, fazia dos campos alagados, das fronteiras paraguaia e boliviana seu berço metafísico. E foi assim sempre.

Talvez isso também sirva pra explicar por que a passagem meteórica dele por aqui tenha início figurado e fim real nestas plagas, onde aprendemos desde cedo a sonhar em Guarany e poemar em Manoelês.

Os carros passam por mim em alta velocidade. Eu ouço Camillo cantando Roca. E me transmuto. O punhal afiado da poesia de Geraldo Roca corta manso na voz de Márcio de Camillo, sem perder o fio, nem a capacidade aguda de ferir de morte o senso comum. Não, Geraldo não cabe em uma única caixinha. E Márcio sabe disso. 

Às vezes, ele encarna um bardo. Um Dylan pantaneiro em letras incomuns, longas e lisérgicas. Em outras, reúne numa só figura a essência folk de Crosby, Still, Nash & Young. Mas nesse universo BeatFolkPolkaRock há espaço para a mansidão de um Caymmi fronteiriço, para a sutileza urbana de um Jobim. Geraldo, como eu disse, não cabe numa caixinha.

E tudo isso se transforma em mais, muito mais, na homenagem à altura dos arranjos, das violas, da flauta, do celo reunidos por Márcio de Camillo nesse show que vira disco e que se torna eterno de agora em diante. Pra gente não se esquecer. Nunca. 

Quando Geraldo Roca decidiu sair de cena, fechar as portas desse mundo, que já lhe arreliara o suficiente, era muito cedo pra isso. Foi o que todos pensamos. Mas ele era dono de seus próprios rumos. Sua poesia e sua música seguem aqui. Pra nossa sorte, a desassossegar nossos ouvidos e almas. Agora, mais ainda, na voz também infinita de Márcio de Camillo. 

P.S.: Márcio. A foto da capa é uma obra de arte. É você nele... É ele em você. Uma fusão, uma incorporação. Cara... que disco!!!

Brasília, 25/3/2025

"Souber ler a música de fronteira"

O cantor, compositor e instrumentista Márcio de Camillo estreou o show “Do Litoral Central do Brasil: Márcio de Camillo Canta Geraldo Roca”, no Teatro Glauce Rocha, no dia 24 de setembro de 2024. Com direção de Luiz André Cherubini, o show é uma homenagem ao “cantautor” Geraldo Roca, falecido em 2015, considerado um dos principais compositores da música regional de Mato Grosso do Sul.

Roca é autor, em parceria com Paulo Simões, da música “Trem do Pantanal”, sucesso na voz de Almir Sater. Considerado maldito por seus pares, era chamado de príncipe por Arrigo Barnabé. Sua produção musical pode ser considerada pequena, se tomarmos como referência a quantidade de composições e discografia, mas analisada a fundo, perceberemos um artista de voz potente e marcante, com composições inspiradas e profundas.

São polcas, rocks, chamamés, guarânias e até baladas, e Márcio de Camilo, amigo e admirador de Roca, aprofundou-se na pesquisa para definir o repertório como “uma panorâmica deste artista reverenciado, cantado e gravado por amigos que, assim como ele, fizeram parte da ‘geração de ouro’ da música pantaneira sul-mato-grossense: Paulo Simões, Alzira E, Geraldo Espíndola, Tetê Espíndola, Almir Sater, entre muitos outros”, como afirma Camillo.

“Além de um músico que eu admirava muito, não só como compositor, mas como violonista, violeiro e cantor, Roca influenciou muito a música da minha geração”, conta o músico. “Além disso, ele era meu vizinho, morava em frente à minha casa. A gente saía para jantar, para conversar, éramos amigos. Conheço a obra dele e vejo a obra dele na minha, compusemos uma canção juntos, em parceria com outros compositores, chamada ‘Hermanos Irmãos’”, relembra Camillo.

“Também dividimos uma faixa no CD ‘Gerações MS’ chamada ‘Lá Vem Você de Novo’. Roca é referência e pedra fundamental na construção da moderna música sul-mato-grossense. Ele soube ler a música de fronteira, mesclando elementos do rock, do pop, do folk, criando um estilo único. Ele é um verdadeiro representante do folk brasileiro”, conta.

A arte visual do show, com fotos feitas por Lauro Medeiros, foi baseada no álbum “Veneno Light”, que Geraldo Roca lançou em 2006. A foto principal de divulgação do show faz referência direta à capa deste álbum, cuja foto original é assinada pelo cineasta Cândido Fonseca. (Da Redação)

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Curiosidades

1º de abril: verdades sobre a origem do Dia da Mentira

Existem várias versões sobre o surgimento da data onde é "permitido" pregar peças

01/04/2025 07h00

1º de abril, dia da Mentira

1º de abril, dia da Mentira pathdoc / Shutterstock.com

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Mentir é um ato provavelmente tão antigo que podemos considerá-lo milenar. No entanto, o Dia da Mentira passou a ser celebrado oficialmente em 1º de abril a partir da instituição do Calendário Gregoriano, no século 16, em substituição ao Calendário Juliano, determinado no Concílio de Trento (o conselho ecumênico da Igreja Católica), na Itália.  

O calendário Gregoriano divide o ano em quatro estações distribuídas ao longo de 12 meses, ou 365 dias, de acordo com o movimento da terra e estabelece o primeiro dia do ano em 1º de janeiro. 

Historiadores contam que, com a instituição do novo calendário pelo papa Gregório XIII, em 1582, parte da população francesa se revoltou contra a medida e se recusou a adotar o 1º de janeiro. Os resistentes à mudança sofriam zombarias pelo resto da população, que os convidavam a festas e comemorações inexistentes no dia 1º de abril. Eram chamados de “tolos de abril”, já que este é o mês que a Páscoa acaba ocorrendo na celebração católica, evento que, anteriormente, iniciava o ano. 

Desse modo, nascia a tradição de zombaria e pregação de peças nesse dia, como uma forma bem humorada de protestar contra novas mudanças. 

Já a Encyclopedia Britannica, do Reino Unido, defende que as verdadeiras origens do Dia da Mentira não são totalmente conhecidas, já que a data é próxima à data de festivais como a Hilária, da Roma Antiga, em 25 de março e a celebração de Holi na Índia, que termina em 31 de março, que podem ter influenciado esse marco. 

No Brasil, a tradição de pregar peças no Dia da Mentira foi introduzida no ano 1828, quando o jornal mineiro A Mentira resolveu fazer uma brincadeira “mentirosa” e trouxe, na sua primeira edição, a morte de Dom Pedro I na capa, sendo publicado justamente no dia 1º de abril. Porém, o monarca só viria faleceu anos depois, em 1834, em Portugal. 

Em todos os casos, a ideia central do Dia da Mentira é fazer alguém acreditar em algo que não é verdade, sendo “feito de bobo”. Hoje, é comum receber ou enviar mensagens com brincadeiras aos mais próximos para dizer que a pessoa “caiu no 1º de abril”. 

Quando se torna um problema clínico

Apesar de ser “permitido” nessa data, a mentira pode se tornar um hábito e comprometer e degradar relações sociais. Notícias falsas ou com dados manipulados, por exemplo, podem ser considerados fake news e são punidas legalmente. 

Para o psiquiatra Fernando Monteiro, existem vários níveis de análise para a questão da mentira. Para ele, mentira é dar alguma informação ou omitir alguma informação de forma deliberada para uma outra pessoa.

“Imagine, por exemplo, uma pessoa que fala que existe uma conspiração da máfia chinesa para matá-la. Se essa pessoa realmente acredita nisso, dizemos que ela está ‘delirando’. Mas se ela não acredita nisso de verdade, ela está ‘mentindo’.Agora, imagine uma pessoa que diga que o Sol é um planeta. Mas ela está dizendo isso pois não teve acesso às descobertas científicas atuais. Nesse caso, ela não está 'mentindo', ela só está 'equivocada'. Como nossa mente é limitada, podemos cometer erros não intencionais. E isso é diferente de 'mentir', comenta o médico.

Fernando continua dizendo que a mentira, assim como diversos comportamentos, faz parte do espectro normal do ser humano.

“Como diria o Dr. House, "todo mundo mente". Não que isso seja certo ou errado, mas é um fato”, afirma e complementa dizendo que devemos tomar cuidado para “não transformar em doença, aquilo que é apenas um comportamento humano.” 

No entanto, existe um ponto onde esse comportamento pode se tornar estranho e anormal, quando deixa de ser algo normal do ser humano e se torna algo “patológico”. O médico explica que, quando uma pessoa desenvolve uma perturbação clinicamente significativa, causando prejuízos na vida social, educacional, profissional, ela desenvolveu um transtorno ou doença mental. 

“Para a mentira alcançar níveis preocupantes do ponto de vista Psiquiátrico, dois fatores são fundamentais: 

  • A pessoa precisa ter uma perda do controle do comportamento. (Exemplo: ela não tem absolutamente nenhum motivo para mentir, mas o impulso de mentir é tão forte que ela o faz.)
  • O comportamento precisa estar afetando várias áreas da vida (relacional, profissional, educacional, etc)”, finaliza. 

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