O sucesso da primeira temporada do “The Masked Singer Brasil” entusiasmou a Globo.
A emissora já sabia do potencial do programa, mas os resultados foram melhores do que a encomenda. Prova disso é a urgência de produzir não apenas uma nova temporada, mas também tirar a produção das noites de terça e quinta para promovê-la como aposta das tardes de domingo, justo por conta do tom mais familiar que o formato carrega.
Original da Coréia do Sul, o “talent show” de celebridades fantasiadas é sucesso em mercados como Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.
E mesmo com uma temporada inicial vitoriosa, a Globo teve a coragem de mexer no time original para deixar o programa ainda mais atrativo: a primeira vencedora da disputa, Priscilla Alcântara, assume o posto de repórter antes ocupado pela ex-“BBB” Kamilla de Lucas.
Além disso, a comediante Tatá Werneck entra para o time de jurados/investigadores que tenta adivinhar quem é o famoso ou a famosa por trás das máscaras, no lugar da sertaneja Simone, da dupla com Simaria.
A presença de Tatá agrega fluidez e inteligência ao “The Masked Singer Brasil”. Totalmente integrada à competição e com jeito de quem acompanhou de fato a temporada passada, os comentários da humorista geram um caos necessário no estúdio e conversam muito bem com o jeito extrovertido de Eduardo Sterblitch.
Além disso, garante a sintonia com um Rodrigo Lombardi mais solto e com o esquema competitivo imposto por Taís Araújo.
Sem medo dos próprios exageros, as fantasias retomam a boa inspiração nas tradições e personagens do folclore brasileiro com o mesmo ótimo acabamento e criatividade estética.
Passada a curiosidade inicial pelo formato, os disfarces saíram da simples função de apenas esconderem identidades de modo cafona para virarem protagonistas do novo dominical, valorizando as apresentações musicais e fazendo o público esquecer do playback dos competidores em prol da beleza plástica do show.
Menos engessada, a apresentadora Ivete Sangalo se mostra muito mais íntima do formato nesta nova temporada, obedecendo ao roteiro, mas com liberdade para interagir com a plateia, com os fantasiados e os outros integrantes do programa.
Em especial, com a repórter Priscilla, que está muito à vontade no posto.
Exibindo o mesmo clima kitsch dos primeiros episódios, o palco do “The Masked Singer Brasil” parece querer misturar referências de todas as breguices dominicais da tevê, com coreografias confusas e figurinos de gosto duvidoso que poderiam facilmente figurar em qualquer programa de auditório do SBT ou da Record.
Essa habilidade de não se levar tão a sério deixa o programa ainda mais irresistível e mostra que agora ele está no dia certo.
My Secret Santa Netflix - Divulgação


