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Dica da semana: "Adeus, Lênin!''

História da família que esconde da mãe a queda do regime socialista na Alemanha Oriental do final dos anos 1980 é, ao mesmo tempo, comovente e divertida

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Adeus, Lênin!” é uma comédia alemã lançada em 2003 e que se passa logo após a queda do muro de Berlim, em 1989. Escrito e dirigido por Wolfgang Becker, o filme fez muito sucesso com o público e com a crítica, tendo sido indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de 2004 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Por conta da sua abordagem cômica sobre um tema tão importante da história mundial, “Adeus, Lênin!” é um longa fundamental para aqueles que se interessam e estudam sobre o tema. Pode ser assistido via streaming no Now e na Amazon Prime Video. 

A trama gira em torno da família Kerner, que logo no início dos anos 1980 sofreu uma grande perda com o abandono parental por parte do pai da família. Depois do pai abamdoná-los para morar na Alemanha Ocidental, os filhos Alexander e Ariane são criados somente pela mãe, Christiane. Ela é uma fervorosa apoiadora dos ideais socialistas e do Partido Socialista da Alemanha Oriental, com uma intensidade aparentemente compensatória pelo abandono sofrido pelo marido. 

A história começa mesmo quando Alexander, já adolescente, é preso pela polícia ao participar de uma manifestação contra o governo socialista. Por conta disso, a mãe acaba tendo um infarto e entra em coma durante oito meses. Nesse tempo em que estava desacordada, o mundo que Christiane conhecia mudou completamente, começando pela queda do muro de Berlim e a unificação das duas Alemanhas, reagrupadas em uma só nação sob o sistema capitalista. Porém, quando ela acorda, o médico avisa que a sua condição ainda é muito frágil e, por isso, deve evitar emoções fortes. Em um misto de culpa e preocupação, os filhos simulam um mundo de fantasia no qual o regime socialista ainda vigora para que a mãe não perceba que aquela realidade na qual acreditou a vida inteira simplesmente não existe mais. Ao mesmo tempo, Alex e Ariane aproveitam a reunificação da Alemenha para ir em busca do pai e tentar descobrir o real motivo dele ter abandonado a família. Por sua abordagem peculiar de um tema raramente visto nos filmes, “Adeus, Lênin!” vale cada minuto de suas duas horas de duração.

Dentro da pauta
Com Anne Hathaway e Ben Affleck no elenco, “A Última Coisa Que Ele Queria” chega à Netflix no dia 21 de fevereiro

Anne Hathaway e Ben Affleck são os protagonistas de “A Última Coisa Que Ele Queria”, uma adaptação do livro homônimo de Joan Didion. Além do forte elenco principal, que também conta com Willem Dafoe, a nova produção original da Netflix é dirigida por Dee Rees – que, em 2018, se tornou a primeira mulher negra a ser indicada ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado por seu filme “Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi”. Ela também assina o roteiro, em parceria com Marcos Villalobos. Após ter feito sua estreia no Festival de Sundance, em janeiro de 2020, o longa chegará à Netflix no dia 21 de fevereiro. 

Elena McMahon (Hathaway) é uma mãe solteira e jornalista que há anos vem investigando as atividades na América Central dos “Contra”, denominação dada aos grupos rebeldes na Nicarágua que faziam oposição ao governo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (partido político socialista). Porém, quando sua matéria é censurada – afinal, de fato existiu uma relação entre o presidente Ronald Reagan e a organização –, Elena acaba se envolvendo na história de outra forma, não mais como jornalista. 

O pai da protagonista (Willem Dafoe) é um traficante de armas que, por conta de uma doença e em decorrência da sua idade avançada, acaba pedindo ajuda à filha em um negócio que lhe renderia muito dinheiro. O interessante é que a negociação é justamente com os “Contra”, o grupo investigado por Elena. Auxiliada por um oficial do governo americano (Affleck), com o qual já havia se envolvido antes, a protagonista acaba ajudando o pai em seus negócios na Nicarágua.

Problemáticos poderes

Nova produção da Netflix retrata o descontentamento de uma jovem com seus superpoderes

Não é mais novidade que o mercado livreiro apresenta sucessivas quedas. Esse cenário é reflexo de uma geração que não vê na leitura um hábito a ser cultivado, principalmente em decorrência da crescente oferta por alternativas de entretenimento que cada vez exigem menos capacidade cognitiva. Porém existe um gênero literário que foge dessa retração: as novelas gráficas – do inglês “Graphic Novels”. Um dos principais motivos para tal é a característica dessas obras literárias de serem facilmente adaptáveis tanto para cinema quanto para televisão, como observado em “Scott Pilgrim contra o Mundo” e “The End of the Fucking World” – uma produção original da Netflix que se encontra na segunda temporada. Dessa forma, nada mais justo que o serviço de streaming norte-americano recorra novamente a esse filão para lançar dia 26 de fevereiro a série “I Am Not Okay With This”.

Ao longo de sete episódios, a série acompanha a turbulenta trajetória de Syd (Sophia Lillis, de “It”) pelo ensino médio. Além de ter que lidar com a morte do pai, que impacta tanto seu psicológico como a logística financeira da família, ela passa a questionar a própria sexualidade quando descobre ter sentimentos amorosos pela melhor amiga, Dina (Sofia Bryant). No entanto, à medida que os problemas na escola e em casa se tornam demais para jovem, um ataque de raiva revela sua habilidade de telecinese – que, posteriormente, torna-se muito mais do que a pura capacidade de mover objetos e adquire um caráter mais perigoso, que inclui efetivamente machucar as pessoas com a mente. Com os mesmos produtores da consagrada série “Strangers Things”, “I Am Not Okay With This” é baseada na “graphic novel” homônima de Charles Forsman, em mais uma parceria com o diretor Jonathan Entwistle (de “The End of The Fucking World”).                

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Médica-veterinária explica que cães e gatos não têm o mesmo comportamento alimentar dos humanos e aponta possíveis razões para recusarem a ração

13/12/2025 15h30

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento

Pet B+: Pets enjoam da ração? Entenda os motivos do seu animal perder o interesse pelo alimento Foto: Divulgação

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Não é raro os responsáveis por pets observarem que seu animalzinho perdeu o interesse pelo alimento oferecido, e a primeira coisa a se pensar é que ele enjoou da ração. Afinal, a ideia de comer a mesma coisa todos os dias, em todas as refeições, não parece muito atrativa para nós, seres humanos. E como os pets, de modo geral, costumam ter uma única fonte de alimento, o desinteresse seria um sinal de que está na hora de trocá-lo.

Para quem se pergunta se o animal de companhia “enjoa” da ração, a resposta, do ponto de vista biológico, é que cães e gatos não precisam de trocas frequentes de alimentos apenas por variedade de sabor. Estudos mostram que os cães têm menos botões gustativos do que os humanos e são muito mais influenciados pelo olfato, pela textura e pela forma como o alimento é apresentado do que pela “novidade” do sabor em si.

Já os gatos são reconhecidamente mais seletivos, especialmente em relação ao aroma, à textura, à crocância e ao formato do alimento, o que ajuda a explicar por que podem recusar determinadas rações com mais facilidade.

“Enquanto os cães têm o olfato e a audição muito apurados em comparação aos seres humanos, o paladar é menos desenvolvido, de modo que eles tendem a aceitar bem uma dieta constante, sem necessidade de trocas frequentes apenas para evitar um suposto “enjoo”. Já os gatos, por serem mais exigentes quanto ao aroma e à textura, podem recusar o alimento quando há mudanças na formulação, no formato ou na crocância”, explica a médica-veterinária Amanda Arsoli.

Outro ponto importante é que os alimentos de qualidade são formulados para oferecer alta palatabilidade, uma combinação de fatores que envolve o aroma, a textura, o sabor e até a forma como é processado e apresentado. Esse conjunto de características estimula o consumo e garante que cães e gatos se alimentem de forma adequada, mantendo sua saúde e vitalidade.

Mas se os pets não costumam enjoar do alimento, por que então podem passar a recusá-lo? Amanda Arsoli explica que a falta de apetite é um sinal de alerta. “A redução ou até a recusa da alimentação pode estar ligada a fatores como estresse, alguma doença, mudanças no ambiente ou na rotina, chegada de outro animal ao convívio ou ainda alterações na formulação do alimento.

Diante de uma recusa persistente, é importante consultar o médico-veterinário de confiança, para que avalie o histórico do animal, realize os exames físicos e laboratoriais necessários e oriente, de forma adequada, sobre a necessidade – ou não – de mudança do alimento”.

Para complementar, Amanda Arsoli lista algumas razões que podem fazer com que o pet passe a recusar o alimento oferecido:

- Armazenamento incorreto, o que pode fazer com que o alimento perca aroma e outras características importantes. O ideal é que a ração seja mantida na embalagem original, pois ela foi desenvolvida para preservar as propriedades do produto. Além disso, a embalagem deve estar bem fechada e em local fresco e arejado, longe da luz, umidade e de produtos químicos;

- O comedouro estar em local inadequado, como ambientes muito quentes ou próximo de onde o animal faz suas necessidades;

- O alimento ficar muito tempo exposto no comedouro, perdendo suas características e atraindo pragas que possam contaminá-lo;

- Em dias muito quentes, o animal pode não ter vontade de comer nos horários de costume. O ideal é oferecer o alimento pela manhã e final do dia, por serem horários mais frescos;

- Oferecer petiscos em excesso, o que pode prejudicar o apetite e fazer com que o pet rejeite a ração.

 

Entender o comportamento alimentar dos pets, ficar atento ao quanto o animal está ingerindo diariamente e manter consultas periódicas ao médico-veterinário são atitudes essenciais para preservar a saúde e o bem-estar de cães e gatos ao longo de toda a vida.

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