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CINCO PERGUNTAS

Em "As Aventuras de Poliana", Dalton Vigh se surpreende com grande repercussão

Em "As Aventuras de Poliana", Dalton Vigh se surpreende com grande repercussão

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Dia desses, Dalton Vigh foi passear no zoológico com seus filhos gêmeos de 1 ano. Até então, o ator acreditava se tratar de um programa comum em família. Mas, assim que colocou os pés no local, se viu rodeado de crianças em polvorosa, disputando uma “selfie” ao seu lado. Foi ali que ele entendeu melhor a capacidade de comunicação de uma novela infantil com seu público. Com frequência, Dalton é abordado por fãs de “As Aventuras de Poliana”, do SBT, em que vive Pendleton. “A repercussão tem sido ótima, além do esperado. Cada dia que eu saio na rua sempre tem alguém para perguntar se o Sr. Pendleton é pai da Poliana, acho que é o que mais ouço das pessoas a respeito do personagem”, conta, citando o papel vivido pela protagonista Sophia Valverde.

Aliás, a paternidade tem transformado a vida de Dalton. Inclusive, em relação ao olhar que nutre para o próprio trabalho. Agora que é pai, ele é capaz de compreender melhor os sentimentos de seu personagem, o que influencia diretamente em sua atuação na novela. Em casa, o que muda é a atenção redobrada que precisa ter com os meninos. “Agora eu consigo entender o verdadeiro significado daquele ditado ‘frita o peixe e olha o gato’. Você está de olho em um e de olho no outro. É complicado, atribulado, mas é maravilhoso, uma delícia”, comemora.

P – Ao longo dos meses de “As Aventuras de Poliana”, alguma cena foi mais marcante para você?

R – Acho que sim. O que achei de mais interessante foram os debates acerca da existência de Deus com Poliana. Digo isso não só pelo tema em si,  acho que não lembro de nenhuma outra novela abordar esse tipo de discussão, mas o mais interessante é que era entre um adulto e uma criança, cada um defendendo seus pontos. Foram várias cenas que a gente fez assim. Cenas longas, com bastante texto, bastante coisa, enfim, cenas que exigiram uma concentração para ficar legal por conta da complexidade do assunto.

P – A novela está no ar há quase um ano. Como é estar envolvido em um projeto por tanto tempo?

R – Eu já tinha feito trabalhos que duraram mais de um ano. Em “O Clone”, foi quase um ano entre preparação e término das gravações mesmo. No primeiro trabalho que fiz, que foi “Tocaia Grande”, da Manchete, acho que a novela ficou também um ano ar. Então, trabalhamos nela até mais de um ano pois, antes da novela começar, a gente ficou contratado seis meses fazendo preparação. Mas no caso de Poliana com certeza foi a mais tranquila em questão de volume de cenas, de rotina de gravação. Mesmo não tendo uma carga muito grande de cenas por dia, a gente consegue abrir frente.

P – Você já havia trabalhado no SBT em “Pérola Negra”. Que lembranças guarda desse trabalho?

R – Tenho muitas lembranças. Foi uma novela bem gostosa de fazer, mas foi bastante puxado, exatamente em cima do que acabei de mencionar. A gente tinha bastante frente por termos gravado a novela inteira antes de ela ir para o ar, mas gravava muito. Eram umas 40 cenas por dia, todos os dias. Eu cheguei a gravar 39 cenas. Hoje em dia, ninguém faz isso. Acho que, no máximo, se faz 20 e poucas cenas, às vezes até menos. Essa é só uma lembrança, mas tenho várias, momentos engraçados, histórias. Guardo com muito carinho esse período.

P – Você também estará no longa “A Divisão”, que será uma série no Multishow. O que mais atraiu você a participar desse projeto?

R – Foi o personagem, o roteiro e a direção do Vicente Amorim, que é um cara que eu já acompanhava, que faz um trabalho bastante consistente e que domina a linguagem cinematográfica. Além disso, o personagem exigia um mergulho profundo, difícil de fazer.

P – E como será esse personagem?

R – Meu personagem é o Venâncio Couto, um deputado estadual em campanha para o Governo do Estado e nesse momento ele tem a filha sequestrada. Então, ele tem de lidar com a imagem pública de um político em campanha, mas vive esse drama pessoal, bastante intenso. Basicamente isso. É um personagem que está em um momento visceral, em um momento de corda bamba. Enfim, no extremo, vamos dizer assim. À beira de um colapso.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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