Correio B

COLUNA PERFIL

Entrevista com Manuela do Monte

Em "Amor Sem Igual" como Fabiana, a atriz vibra com trabalho contemporâneo na Record

Continue lendo...

Falar sobre o processo de composição de um personagem é uma tarefa complexa para Manuela do Monte. Tudo isso porque, a cada novo projeto, a atriz de 35 anos se depara com novas ferramentas, histórias e individualidades. Apesar de carregar uma extensa bagagem profissional, Manuela encara muitos métodos de construção do zero.

Nunca sei explicar com clareza sobre meus processos de criação, além de se darem de forma bastante intuitiva, cada personagem transita em um mundo diferente, me sugere seus próprios processos e, à medida que os capítulos vão chegando, me esclarecem cada vez mais sobre quem são”, explica a atriz, que vive a competente Fabiana em “Amor Sem Igual”, da Record.

“No caso da Fabiana, busquei contato com amigos que trabalham na área de marketing para me inspirar e conhecer um pouco mais sobre esse universo. Também intensifiquei um pouco as atividades físicas, já que, assim como eu, ela é muito ativa e pratica esportes. Achei uma ótima oportunidade para me dedicar um pouco mais à saúde com treinos e demais atividades”, completa.

Na história de Cristianne Fridman, Fabiana é uma jovem bonita, competente e honesta. Trabalha na área de marketing e assessoria de imprensa da fictícia Brás Talentos Esportivos. Namorando o ambicioso e inescrupuloso Leandro, papel de Gabriel Gracindo, Fabiana sofre com as constantes traições do amado. “A Fabiana é mulher inteligente, solar e independente. Ela sofre uma certa resistência dos empresários mais antigos e conservadores da empresa aos seus projetos de marketing e prospecção de atletas. Apesar de não desconfiar do caráter do namorado, ela sofre com suas traições”, afirma. 

Antes de integrar o elenco de “Amor Sem Igual”, Manuela participou de duas produções bíblicas: a contemporânea “Apocalipse” e a épica “Jesus”. O convite para a trama assinada por Fridman surgiu logo após o folhetim escrito por Paula Richard. “Ao fim da novela ‘Jesus’, já haviam me sinalizado de que eu teria um período em férias, mas em breve, estaria de volta aos trabalhos. Então, a hora chegou e eu estou muito feliz com mais essa parceria com a Record”, vibra. A oportunidade para uma produção contemporânea foi bem-vinda por Manuela. A atriz desejava participar de uma trama que reunisse características diferentes dos seus últimos projetos. “Dessa forma não faço duas novelas bíblicas/históricas em sequência, e acho isso positivo. Mas a caracterização para personagens de novelas desse tipo (bíblicas) exige um pouquinho mais da gente. Por exemplo, o uso de mega hair, meu cabelo sofreu bastante com a última extensão. Outra novela bíblica com certeza demandaria novamente o uso”, pondera.

Natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Manuela acumula mais de 15 anos de carreira. A estreia da atriz aconteceu na minissérie “A Casa das Sete Mulheres”. No entanto, seu primeiro grande trabalho foi como a protagonista Luísa na temporada 2003 de “Malhação”. Além de projetos na Globo e na Record, Manuela também acumula uma passagem pelo SBT, onde protagonizou o “remake” de “Chiquititas”.

Me sinto muito feliz e realizada pelo caminho trilhado até aqui. Tive belíssimas oportunidades em cada emissora por onde passei e pude aprender muito a cada trabalho. Analiso minha trajetória com balanço absolutamente positivo. Avante”, valoriza Manuela, que nunca pensou em desistir da carreira artística.

"Já vivi períodos de ansiedade nas ditas ‘entressafras’, entre um trabalho e outro. Porém, nada que tivesse afetado meu apreço pela profissão que escolhi, sempre aprendi muito com todas as questões que a profissão traz”, completa.

Entre os pequenos

Manuela do Monte reuniu diferentes trabalhos em sua trajetória. Porém, protagonizar o “remake” de “Chiquititas” foi um capítulo à parte na carreira da atriz. O folhetim do SBT foi exibido originalmente em 2013 e ficou no ar até 2015.  “Pude experimentar a abordagem de amor mais puro e sincero por parte do público infantil. Foi uma relação linda que as crianças estabeleceram com a Carol e isso vou levar para sempre comigo. Gravamos por dois anos e cultivamos amizades lindas nesse processo”, lembra.

Mesmo alguns anos após o fim do folhetim, Manuela ainda recebe mensagens sobre o trabalho infantil. O público daquela época segue acompanhando os projetos da atriz. “Faço muitas ‘selfies’ por aí, tanto com as crianças e adolescentes, como pais de crianças que eventualmente me encontram. Sempre me deixa muito feliz ver que o trabalho continua repercutindo e me oportunizando esse carinho”, valoriza.

Instantâneas

# Manuela do Monte busca manter uma alimentação balanceada, priorizando alimentos orgânicos. “Frequento um nutrólogo e nutricionista regularmente”, afirma.

# Há alguns anos, a atriz procura ser menos autocrítica com seu trabalho. “Tento agregar leveza ao meu ‘modus operandi’. Tem funcionado. Sempre com muita responsabilidade e dedicação”, vibra.

# Em 2033, Manuela disputou o papel de protagonista de “Malhação” com Juliana Didone, que seria a protagonista da temporada seguinte.

# “Amor Sem Igual” é o terceiro trabalho de Manuela na Record.

Correio B+

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

Continue Lendo...

Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

Continue Lendo...

Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).