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COLUNA PERFIL

Entrevista com Mayana Neiva

Em "Éramos Seis", a atriz fala dos caminhos para compor a sedutora Karine

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Mayana Neiva tem larga experiência dentro das novelas. Ainda assim, a atriz prefere optar por uma construção cautelosa de seus trabalhos. Ao entrar na trama de “Éramos Seis”, ela buscou o máximo de referências e inspirações para compor a sedutora Karine. Afinal, ao longo dos capítulos, ela teria de lidar com diversas surpresas e reviravoltas em sua trama. “Eu já entrei com a novela caminhando. Então, é sempre uma coisa mais acelerada. Como a novela já havia sido escrita anteriormente, era um pouco mais estável do que outras narrativas. Então, usei muitas referências de filmes como ‘Garota Dinamarquesa’ e ‘O Talentoso Ripley’. Trabalhei, na verdade, com a ideia de humanizar uma personagem que traz uma série de pontos polêmicos, humanizando essas questões, enfim trabalhando com os diretores para trazer um 360º de uma história de conflitos”, defende.

Na história escrita por Angela Chaves, Karine é a segunda esposa de Assad, interpretado por Werner Schünemann. Mais jovem do que o marido, ela é fútil e prepotente, tendo uma relação de interesse com o turco. Inicialmente, não conseguia se entender com a enteada Soraia, papel de Rayssa Bratillieri. Porém, as duas acabam se aproximando quando Karine ajuda a jovem a conquistar Julinho, de André Luiz Frambach. Karine também protagonizou alguns encontros com Alfredo, vivido por Nicolas Prattes. “A novela discute questões de família e Karine é uma personagem misteriosa. Em 1930, o casamento posicionava a mulher na sociedade e, por isso mesmo, um segundo casamento era uma questão, um acontecimento que abalava a estrutura da casa. É uma personagem com muitas camadas inesperadas para a trama. Tenho achado bem interessante esse desvelar de camadas”, defende.

Antes de integrar o elenco de “Éramos Seis”, Mayana esteve dedicada a projetos de menor duração, como a série “A Vida Secreta dos Casais”, da HBO, e o filme argentino “Água Selvagem”. Sua última novela havia sido “O Outro Lado do Paraíso”, exibida em 2017. “‘O Outro Lado do Paraíso’ teve um valor super positivo para mim. Conviver com a Laura Cardoso, com a Fernanda Montenegro, com todas aquelas grandes atrizes, até a própria Glorinha (Glória Pires), foi incrível. Então, voltar às novelas foi uma coisa especial, é um jeito de se comunicar com o grande público e sempre tenho muito prazer nisso, nessa troca ampla que a tevê aberta traz”, valoriza.

Aos 36 anos, Mayana Neiva surgiu na tevê na artística microssérie “A Pedra do Reino”, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. De lá para cá, a atriz chamou a atenção de diretores e autores da emissora, conquistando diversos papéis de destaque. Após participar de “Sangue Bom”, em 2013, Mayana embarcou para Nova Iorque, onde fez cursos e ficou em cartaz com a peça “Cowboy Mouth”. Em quase cinco anos fora do país, ainda esteve na Argentina, Uruguai e Inglaterra. “Esse período morando fora acrescentou muito na forma como eu apresento e encaro meu trabalho. Trabalhar em Nova Iorque, por ser um mercado competitivo, forte e inspirador, me fortaleceu como atriz. E pessoalmente também fui muito enriquecida pelas experiências pessoais e de meditação. Marcou para sempre a minha vida”, ressalta.

Dentro da lei

Além de “Éramos Seis”, Mayana Neiva também poderá ser vista como a protagonista da série “Rotas do Ódio”, do Universal TV, que estreia sua quarta temporada no próximo dia 22. A produção acompanha a rotina da Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais e Delitos de Intolerância de São Paulo, comandada pela delegada Carolina, vivida por Mayana. Por conta da diversidade de assuntos da série, a atriz considera o projeto um dos mais importantes de sua trajetória. “Acho que é um dos personagens mais marcantes, mais especiais, não só pelo que me toca como atriz, mas porque me desafia em muitos contextos. É uma delegada, mas ela chora, ri, está à frente, ela tem de ter uma série de vertentes que é muito interessante para mim como atriz. Mas, ao mesmo tempo, é uma série que toca em temas muito atuais como intolerância, diversidade, observação da diferença, diversas questões muito contemporâneas e urgentes no nosso tempo. Me sinto honrada em participar”, valoriza.

Para viver a delegada Carolina, Mayana conheceu e observou a rotina de profissionais da Polícia Civil. Essa proximidade da realidade de delegacias foi extremamente importante para a atriz ampliar sua visão de mundo a partir da arte. “Para mim, foi bem interessante e me deu uma visão clara das belezas e das contradições de ocupar esse lugar, tão questionável hoje no Brasil, que sofre tantas miradas diferentes. A Justiça é um conceito muito amplo e a minha personagem Carolina, pelo menos, é uma pessoa que busca justiça, então é uma coisa ainda mais especial dentro desse contexto”, defende.

Instantâneas

# O convite para “Éramos Seis” surgiu através do diretor Pedro Pelegrino. “Ele é uma pessoa maravilhosa e já trabalhamos juntos muitas vezes, inclusive em ‘O Outro Lado do Paraíso’”.

# Mayana é formada em Direito e em Letras.

# Para o atual folhetim das seis, Mayana leu a obra homônima de Maria José Dupré.

# Mayana é autora da obra infantil “Sofia”, lançada em 2011.

religião

Santuário celebra Semana Santa com missa, oração e Via Sacra

Semana Santa inicia no Domingo de Ramos (13 de abril), que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, no domingo de Páscoa (20 de abril)

10/04/2025 10h45

Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está localizado na avenida Afonso Pena, número 377, bairro Amambai, em Campo Grande (MS)

Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está localizado na avenida Afonso Pena, número 377, bairro Amambai, em Campo Grande (MS) Alvaro Rezende - ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Celebrações da Semana Santa iniciam neste sábado (12) e o Domingo de Ramos é comemorado no domingo (13). A quaresma terminará na próxima quinta-feira Santa (17).

A Semana Santa é uma tradição religiosa cristã que celebra a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Ela inicia no Domingo de Ramos (13 de abril), que relembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus, no domingo de Páscoa (20 de abril).

O Domingo de Ramos é a data em que marca o corte de ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado em um jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo aclamava Jesus.

Haverá a bênção dos ramos em todas as missas deste sábado (12) e domingo (13) no Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

O Santuário Nossa Senhora Aparecida preparou uma vasta programação para esta semana religiosa comemorada pelos católicos, que deve reunir milhares de fiéis, com:

  • Celebração Penitencial
  • Vigília e Adoração ao Santíssimo Sacramento
  • Celebração das Sete Dores de Nossa Senhora
  • Missa da Ceia do Senhor com o momento do lava-pés
  • Celebração da Paixão do Senhor
  • Veneração do Cristo Morto
  • Via-Sacra com Canto do Perdão
  • Missa da Vigília Pascal
  • Cantata de Páscoa

Veja a programação completa, de 12 a 20 de abril:

12 e 13 de abril | DOMINGO DE RAMOS DA PAIXÃO DO SENHOR

o Sábado: Missa às 19h
o Domingo: Missa às 7h, 10h, 16h, 18h e 20h

14 de abril | SEGUNDA-FEIRA SANTA
o 8h às 10h e 14h às 16h – Confissão
o 18h15 – Vésperas
o 19h – Meditação das Sete Dores de Nossa Senhora e Missa

15 de abril | TERÇA-FEIRA SANTA
o 8h às 10h e 14h às 16h – Confissão
o 18h15 – Vésperas
o 19h – Celebração Penitencial e Missa

16 de abril | QUARTA-FEIRA SANTA
o 5h15 – Laudes
o 6h às 23h – Confissão e Novena
o 6h, 12h e 21h – Missa

17 de abril | QUINTA-FEIRA SANTA
o 9h – Missa do Crisma (Igreja Matriz da Paróquia Cristo Bom Pastor)
o 18h15 – Vésperas
o 19h – Missa da Ceia do Senhor
o 20h30 às 23h – Adoração ao Santíssimo Sacramento

18 de abril | SEXTA-FEIRA SANTA
o 5h30 – Laudes
o 5h30 às 15h – Adoração ao Santíssimo Sacramento (Centro de Apoio aos Devotos)
o 15h – Celebração da Paixão do Senhor
o 16h30 – Veneração da imagem do Cristo Morto
o 19h – Via-Sacra e Canto do Perdão

19 de abril | SÁBADO SANTO
o 9h – Rito de Preparação Imediata dos Eleitos aos Sacramentos da Iniciação Cristã
o 19h – Missa na Vigília Pascal

20 de abril | DOMINGO DA PÁSCOA NA RESSURREIÇÃO DO SENHOR
o 6h15 – Laudes
o 7h, 10h, 16h, 18h e 20h – Missa
o 17h – Cantata de Páscoa

Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está localizado na avenida Afonso Pena, número 377, bairro Amambai, em Campo Grande (MS).

MÚSICA

Desafios marcam o show "Dois", em que Ariádne Farinéa interpreta o repertório de Adriana Calcanhotto

Adriana é uma das grandes referências da artista carioca radicada em Campo Grande, que define o seu trabalho como uma fusão entre música, palavra e presença; a estreia é hoje, às 20h, na Estação Cultural Teatro do Mundo

10/04/2025 10h00

Ariádne Farinéa:

Ariádne Farinéa: "Meu trabalho é uma fusão entre música, palavra e presença" Foto: Divulgação

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“‘Dois’ nasceu da ideia de encontro. Entre vozes, corpos, canções, tempos. É o número mínimo para que algo aconteça em relação, seja uma conversa, uma troca de olhares ou uma canção dividida. O show é sobre isso: sobre o que só se revela no entre, no que não se faz só”. Ariádne Farinéa assim explica o nome de seu primeiro projeto de fôlego após a temporada carnavalesca.

O show é um tributo a Adriana Calcanhotto, no qual a cantora e atriz carioca radicada em Campo Grande busca uma releitura bastante pessoal de “Vambora”, “Metade”, “Esquadros”, “Devolva-me” e outras canções do icônico repertório da cantora e compositora gaúcha. A estreia é hoje, às 20h, na Estação Cultural Teatro do Mundo, com a presença de Gabriel Henrique (baixo), Yanco Fechner (violão) e Matheus Yule (bateria).

Quem aparecer na Estação estará diante de um espetáculo criado por uma artista que se declara fã desde menina do trabalho de Adriana. Não por isso se deve esperar versões decalcadas das canções da homenageada.

Sem esconder a devoção e a grande referência que mantém em relação à voz – e a figura – que cantou as “cores de Almodóvar e Frida Kahlo”, e que, após consolidar uma carreira de sucesso na música, conquistou prestígio em seguidas investidas na literatura, Ariádne parece pronta para fazer o que sabe de melhor: cantar.

O projeto Brasilis e o espetáculo “Minha Missão”, que une samba e teatro, são apenas dois de muitos outros exemplos do alto calibre de Ariádne em cena.

Em entrevista exclusiva ao Correio B, a cantora (e compositora) de timbre aveludado e potente, que marca as plateias com seu registro sempre confessional, entre a passionalidade e o engajamento, fala como vê o seu trabalho, sobre a admiração por Adriana Calcanhotto e sua identidade com a artista gaúcha, comenta as canções mais desafiadoras e outros detalhes do novo show. Confira a seguir.

Como vê a sua música e a sua arte atualmente?

Meu trabalho é uma fusão entre música, palavra e presença. É no encontro da canção com a cena que me sinto viva como artista. Minhas interpretações buscam sempre revelar a poesia escondida nos silêncios, nos gestos, nas entrelinhas. Gosto de revisitar canções conhecidas de forma nova, trazendo-as para o corpo e para o agora. E também de abrir espaço para composições que me atravessam com profundidade.

O que a levou a criar esse show?

Me identifico muito com mulheres que compõem de forma visceral, que falam sobre os sentimentos saindo do óbvio, e uma das minhas referências para compor é a Adriana. Vinha desde o ano passado pensando em algum trabalho que trouxesse uma compositora e cantora brasileira dentro da MPB, já que tenho outros trabalhos sobre a música brasileira mais voltados ao samba. Quando criei uma lista de cantoras, pensei em Angela Ro Ro, Nana Caymmi, Maria Bethania, Gal [Costa, 1945-2022], Adriana Calcanhotto, Cássia Eller [1962-2001]...

Mas cheguei na Adriana porque compartilho com ela muitas visões de mundo, que percebi consumindo suas músicas. Tem um lance de termos o timbre parecido, de nossos nomes serem quase um anagrama, eu usei por muitos anos o mesmo corte de cabelo curto que ela… [suspiros]. [Foram] essas peculiaridades que pra mim fizeram sentido ao criar o show.

Poderia falar um pouco sobre as versões e sobre os músicos que estão nesse projeto? E, por acaso, terá algum convidado no palco?

Nós trouxemos algumas releituras das músicas originais. Adriana tem um trabalho bem moderno, então adaptamos algumas canções para versões que fomos criando durante ensaios e algumas músicas se mantiveram mais próximas das originais. Mas acho que nenhuma de fato vai ser um cover.

No time tem Gabriel Henrique. Ele é um produtor e baixista sensacional, estamos trabalhando juntos desde 2022. Yanco Fechner, amigo querido de anos e que nesse show vai tocar violão de nylon. E Matheus Yule, baterista incrível que traz uma roupagem eletrônica nesse show. Por logística de tempo, não consegui colocar um convidado nesse, mas já estou pensando nas próximas apresentações. 

Como têm sido os ensaios?

O primeiro sempre bate um desespero. São muitas músicas e o corpo ainda tá reconhecendo o campo, mas agora, depois de quase dois meses ensaiando, já tá bem fluído, pronto pra ir pro palco. 

Alguma canção especialmente mais desafiante para interpretar? Ou que, por algum motivo, lhe marque mais?

Tem duas músicas que foram desafiadoras pra mim. “Metade”, porque o tom não vai ser o mesmo. E meu ouvido já tinha, desde a infância, gravado ela no tom da Adriana. Então, na hora de transpor pro meu tom, foi desafiador mudar tudo dentro da minha cabeça. E “Naquela Estação” tem muitas pausas e mudanças de métrica. Então, eu tenho que ficar muito atenta à minha respiração.

Eu amo muito a música “Mentiras”. Gosto de como a parte ruim das relações são colocadas de forma visceral… [pausa e tom pensativo]. De como ela fala sobre a raiva da frustração… [tom pensativo]. É sobre amor, mas ela expõe através do ódio. Eu tenho muito dessa intensidade…[tom pensativo].

[Segue cantarolando:] “Eu vou publicar seus segredos/Eu vou mergulhar sua guia/Eu vou derramar nos seus planos/O resto da minha alegria...”. A maioria das pessoas querem falar ou pensar no amor romântico tido como belo, e eu gosto dessa ferida exposta que ela traz nas músicas.

O que mais vê de especial no trabalho e na trajetória da Adriana?

A Adriana tem uma complexidade que só se revela quando você tenta cantar ou tocar suas músicas. À primeira escuta, pode parecer simples, mas quando você mergulha de verdade, percebe os arranjos intricados, as afinações de violão não convencionais, as mudanças de métrica no canto... [pausa]. É tudo muito rico, muito fora do óbvio.

Além disso, ela tem essa coragem de expor sentimentos de maneira crua, às vezes desconfortável, mas sempre poética. Isso me toca muito. Eu gosto dessa intensidade dela, dessa escolha de falar do amor também pelo viés da frustração, da raiva, da perda, como em “Mentiras”, que é uma música que me atravessa. Ela fala de sentimentos difíceis de um jeito direto, visceral, quase cortante, e isso me inspira como artista e compositora.

A trajetória dela também mostra uma artista que transita por vários universos. Da MPB ao público infantil, dos palcos à universidade. Sempre mantendo uma identidade muito forte. Isso, pra mim, é uma referência de liberdade artística.

Por que decidiu adotar o nome composto?

Alterno entre usar Ariádne e Ariádne Farinéa. Gosto da sonoridade dos dois juntos. Soa bonito aos meus ouvidos, tem força e musicalidade. Não tem uma explicação mirabolante, mas acho que o nome também é um jeito de se apresentar ao mundo, e esse me representa bem.

PERFIL

Ariadne Farinéa é cantora, atriz e criadora de projetos cênico-musicais que entrelaçam música popular brasileira e narrativa poética. Nascida no Rio de Janeiro, já se apresentou em diversas cidades do Brasil, trazendo em sua trajetória uma voz marcante e um olhar sensível para a construção de espetáculos imersivos. É idealizadora do projeto Brasilis e do espetáculo “Minha Missão”, que une samba e teatro em uma experiência singular.

SERVIÇO - Show “Dois”

Ariádne Farinéa canta Adriana Calcanhotto.
Quando: hoje, às 20h.
Local: Estação Cultural Teatro do Mundo.
Endereço: Rua Barão de Melgaço, nº 177, Centro.
Ingresso: R$ 40 por pessoa ou R$ 60 o par.
Reservas: (67) 99696-9774 (WhataApp).

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