Correio B

Correio B+

Especial B+: Prêmio DID de teatro musical celebra o gênero em sua 6ª edição

Cerimônia destacou o espetáculo "Alguma Coisa Podre!" com cinco troféus, homenageou Claudia Raia por seus 40 anos de carreira e dedicou a edição a um dos cofundadores, Pedro de Landa, falecido em junho de 2023.

Continue lendo...

Chegou à sua sexta edição o Prêmio Destaque Imprensa Digital (DID), também conhecido como Prêmio DID, o único dedicado exclusivamente ao teatro musical no país, com foco nas temporadas realizadas em São Paulo.

Realizado na noite de 6 de dezembro, pela primeira vez no palco do Teatro VillaLobos, situado no shopping de mesmo nome, na capital paulista, o prêmio é idealizado pelo jornalista e ator Joaquim Araújo, em colaboração com os jornalistas Grazy Pisacane e Wall Toledo, e Pedro de Landa (in memoriam), falecido em junho de 2023.

Em clima leve e descontraído, o evento foi marcado por grandes surpresas, presenças ilustres e performances musicais exclusivas em uma noite destinada a reconhecimento e valorização da arte teatral musical, que se consolida e cresce no país há mais de duas décadas, unindo canto, dança e interpretação de maneira excepcional.

Entre os indicados presentes figuraram nomes como, Marcos Veras, George Sauma, Claudio Lins, Fafy Siqueira, Bruna Guerin, Eline Porto, Bel Lima, Tiago Barbosa, Giulia Nadruz, Carol Costa, Beto Sargentelli, além de talentosos criativos como Keila Bueno, João Pimenta, Marcos Padilha, Fábio Namatame, Alonso Barros, Carlos Pazetto Jr., entre outros.

Thiago Barbosa - Foto: Andy Santana

Em 2023, o júri do Prêmio DID foi composto por 11 representantes da imprensa digital dedicados a divulgar o gênero cultural durante todo o ano, contemplando produções que cumpriram temporada na capital paulista entre 1º de novembro de 2022 e 31 de outubro de 2023, atendendo aos critérios de elegibilidade.

Na primeira etapa da votação, mais de 160 profissionais foram indicados pelos jurados entre todas as categorias e 21 espetáculos receberam indicações entre os 35 avaliados. Ao todo 10 produções saíram premiadas, entre elas "Alguma Coisa Podre!", que liderou a lista com 13 indicações e conquistou cinco troféus, incluindo Destaque Musical Estrangeiro.

Já a edição especial de 10 anos de “Elis - A Musical” foi eleita Destaque Musical Brasileiro, enquanto “Luther King - O Musical” foi escolhido pelo público, em votação aberta pelo site oficial, o Destaque Musical - Voto Popular, com mais de 8.000 votos computados.

A premiação, comandada este ano por Adriano Tunes e Mariana Grandi, já conhecida por seus números musicais diferenciados, apresentados de forma digital até 2021, manteve a nova tradição de realizar as apresentações inéditas ao vivo, intercalando as performances exclusivas das produções indicadas a Destaque Musical Brasileiro e Destaque Musical Estrangeiro, com o anúncio das 18 categorias, além do in memoriam exclusivo, dedicado ao cofundador Pedro de Landa, e o esperado medley de encerramento dirigido por Daniel Salve.

A atriz Giulia Nadruz - Foto: Andy Santana

A noite, reservou ainda o momento Destaque Homenagem, entregue à atriz, cantora, bailarina e produtora Claudia Raia, por sua contribuição histórica e relevante para o Teatro Musical no Brasil, seguindo a linha de escolha da organização do prêmio, que, em 2022, entregou o troféu ao produtor Marllos Silva, idealizador do Prêmio Bibi Ferreira, pelo pioneirismo na celebração do teatro musical brasileiro, à frente da premiação que, desde 2019, passou a contemplar também o teatro de prosa.

Com uma carreira ilustre e que, em 2023, Raia celebra em 2023 quatro décadas, desde sua estreia aos 16 anos, no musical "A Chorus Line", traduzido por Millor Fernandes e produzido por Walter Clark.

A estrela se consagrou como referência no universo dos musicais brasileiros, dentro e fora dos palcos, ao estrelar e produzir outros grandes títulos como “O Beijo da Mulher Aranha”, “Sweet Charity”, “Cabaret”, “Crazy For You”, “Raia 30”, “Cantando na Chuva”, “ConSerto para Dois”, eleito Destaque Musical Brasileiro em 2021, e, em breve, “Tarsila, a Brasileira”, que estreia dia 25 de janeiro, em São Paulo.

Homenagem a Claudia Raia - Foto: Andy Santana

 Conheça a lista de destaques 2023:


DESTAQUE COREOGRAFIA

ALONSO BARROS | Kiss Me, Kate! O Beijo da Megera


DESTAQUE CENOGRAFIA

NATÁLIA LANA | Bob Esponja - O Musical


DESTAQUE ILUMINAÇÃO 

PAULO CÉSAR MEDEIROS | Bonnie & Clyde - O Musical da Broadway


DESTAQUE VISAGISMO

FELICIANO SAN ROMAN | Bob Esponja - O Musical


DESTAQUE FIGURINO

KAREN BRUSTTOLIN | Kiss Me, Kate! O Beijo da Megera


DESTAQUE LETRA ORIGINAL

VITOR ROCHA | Mundaréu de Mim


DESTAQUE DRAMATURGIA ORIGINAL

GUILHERME GILA | A Igreja do Diabo - Um Musical imoral e Hilário


DESTAQUE ATOR COADJUVANTE

GEORGE SAUMA | Alguma Coisa Podre!


DESTAQUE ATRIZ COADJUVANTE

BEL LIMA | Alguma Coisa Podre!


DESTAQUE ATOR 

BETO SARGENTELLI |  Bonnie & Clyde - O Musical da Broadway


DESTAQUE ATRIZ

GIULIA NADRUZ | Funny Girl - A Garota Genial


DESTAQUE REVELAÇÃO

LUCAS LIMAS | Once, o Musical


DESTAQUE ELENCO

ALGUMA COISA PODRE!


DESTAQUE DIREÇÃO MUSICAL 

FERNANDA MAIA | Once, o Musical


DESTAQUE DIREÇÃO 

GUSTAVO BARCHILON | Alguma Coisa Podre


DESTAQUE MUSICAL BRASILEIRO

ELIS, A MUSICAL - ESPECIAL 10 ANOS | Aventura e Tenente Mendes Produções 


DESTAQUE MUSICAL ESTRANGEIRO

ALGUMA COISA PODRE! - Touché Entretenimento, Barho Produções e Uma Boa Produção 


DESTAQUE VOTO POPULAR

LUTHER KING - O MUSICAL | Cia. Nissi

 

Correio B+

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

Continue Lendo...

Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

Continue Lendo...

Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).