Correio B

Descentralização da cultura

Evento em Corumbá comemora os 20 anos da Política Nacional de Cultura Viva

Desde 2004, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano promove o acesso à cultura na fronteira

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De 17 a 20 de julho, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano será o centro das comemorações dos 20 anos da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV). O evento, parte da Campanha Julho Cultura Viva pelo Brasil, promete uma programação rica e diversificada em sua sede na Rua Domingos Sahib, 300, em Corumbá. 

Márcia Rolon, diretora e fundadora do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, expressa entusiasmo com o título de Pontão Cultural, adquirido recentemente pelo instituto. “Iniciar nossa trajetória como Pontão de Cultura com eventos tão bacanas, integrando parceiros que também acreditam e incentivam as produções artísticas regionais, é uma grande alegria. Agora, mais do que antes, nosso objetivo é estabelecer essas conexões entre os diferentes tipos de arte e desenvolvimento. Queremos ser essa ponte”, diz.

A abertura do evento, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (17), contou com a presença da Companhia de Dança CIA DA IDEIA na oficina “O Corpo que Habitamos”. A atividade proporcionou aos participantes ferramentas de autoconhecimento e criação corporal, independente de experiência prévia. As aulas da oficina seguem até sexta-feira (19), das 10h às 13h.

Já no sábado (20), a partir das 9h, o encontro “Diálogos Culturais” reunirá o Comitê de Cultura de Mato Grosso do Sul e o Moinho Cultural para discutir a Nova Política Pública da Cultura e programas do Ministério da Cultura (MinC). A entrada é aberta ao público e gratuita.

Também no dia 20, às 18h, ocorre a festa “Nhô Moinho”. Com o tema “Nhô Moinho na Bio”, o evento abordará a importância da biodiversidade e a consciência sobre as queimadas. A festa contará com barraquinhas de comidas típicas, apresentação da dupla sertaneja Júlia e Renato, danças típicas com a Quadrilha Chama Caipira e Quadrilha Salesianos, além de performances da Cia de Dança do Pantanal e da Orquestra de Câmara do Pantanal (OCAMP). A entrada será uma doação a partir de R$10,00, como contribuição às atividades do Instituto.

Pontão de Cultura de Mato Grosso do Sul

Inaugurado em 2004, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano (IMC), tem como meta ser reconhecido pela excelência das metodologias de promoção de desenvolvimento de crianças e adolescentes em região de fronteira, através do acesso a bens culturais e do fortalecimento da qualidade da educação formal.

Fernanda Teixeira, coordenadora geral do Comitê de Cultura de Mato Grosso do Sul acredita que a descentralização da cultura é importante para atingir os objetivos da instituição. “Descentralizar a cultura é crucial para garantir que todos tenham acesso a manifestações culturais ricas e diversas, independentemente de sua localização geográfica. Levar eventos como o Diálogos Culturais para o interior e pequenas cidades é uma forma de democratizar o acesso à cultura, promover a inclusão social e valorizar as tradições locais”, afirma.

O título de Pontão de Cultura, adquirido pelo Instituto, é um reconhecimento do MinC de que o Moinho Cultural é uma entidade cultural que articula um conjunto de outras iniciativas culturais, desenvolvendo ações de mobilização, formação, mediação e articulação, seja em âmbito territorial ou em um recorte temático e identitário.

Programação

Oficina “O Corpo que Habitamos”

  • Data: 17 a 19 de julho
  • Horário: 10h às 13h (com intérprete de Libras)
  • Inscrições: Gratuitas, com 20 vagas disponíveis, pelo link

Encontro “Diálogos Culturais”

  • Data: 20 de julho
  • Horário: A partir das 9h
  • Entrada: Gratuita

Festa “Nhô Moinho”

  • Data: 20 de julho
  • Horário: 18h
  • Entrada: Doação a partir de R$10,00

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Música clássica

Músico Matheus Coelho volta a Campo Grande

De passagem pela Capital para participar, como regente, do Festival Encontro com a Música Clássica 2024, o campo-grandense Matheus Coelho, que atualmente mora no Canadá, destaca a importância da Orquestra Sinfônica da cidade

29/08/2024 10h00

"Orquestras como a Sinfônica de Campo Grande, que lotam teatros como o Glauce Rocha, são um sonho para qualquer cidade", afirma Matheus Coelho Foto: Alfredo Alves

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Fazia cinco anos que o músico Matheus Coelho não voltava a Campo Grande, sua terra natal. Morando no Canadá desde 2020, para onde foi com o objetivo de aperfeiçoar a sua formação, o artista de 29 anos faz hoje a sua estreia como regente na capital de Mato Grosso do Sul.

Ele estará à frente da Orquestra Sinfônica de Campo Grande, a qual apresenta hoje ao público do 17º Encontro com a Música Clássica algumas pérolas de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).

A performance tem entrada franca – com ingressos via Sympla – e começa às 20h, no Teatro Glauce Rocha.
A “Ária da Rainha da Noite”, da ópera “A Flauta Mágica” (1791) – estreada em Viena dois meses antes da morte do compositor austríaco –, o “Concerto para Clarinete” (1791) e a “Sinfonia Concertante para Violino 
e Viola” estarão no repertório.

Os solistas nessa sinfonia de 1779 serão o paulista Gabriel Meca (violino) e Brenner Rozales (viola), amigo de longa data de Matheus, desde que os dois começaram a frequentar ainda meninos as aulas de música da Fundação Barbosa Rodrigues (FBR).

Além deles, Gleison Ferreira, Rafael Henrique, Bianca Danzi, Caio Fortunato, Elouise Miranda e dezenas de outros nomes que têm renovado o cenário da música de concerto de Mato Grosso do Sul – e do Brasil – são egressos da FBR.

Na entrevista a seguir, Matheus, que fez mestrado na Universidade de Manitoba (Canadá) e que desde 2022 cursa o doutorado em Regência na Universidade de Toronto, comenta os temas da noite de hoje, fala sobre a sua trajetória e sobre a emoção de voltar à Cidade Morena, destaca a interação da Orquestra Sinfônica de Campo Grande com a comunidade local e diz qual é o papel do maestro.

O que você destacaria no concerto de hoje?

Esse concerto é especial por trazer ao palco uma variedade de solistas que serão acompanhados pela Orquestra Sinfônica [de Campo Grande].

O programa apresenta gêneros musicais significativos do repertório clássico, como o concerto e a ária, com peças canônicas de Mozart.

Além das belíssimas melodias, nas quais Mozart foi um mestre, especialmente na ópera, o repertório da noite de hoje destaca o virtuosismo das vozes de Bianca Danzi e Elouise Miranda, que dividirão o papel da Rainha da Noite na ópera 

“A Flauta Mágica”. Os concertos instrumentais ficam a cargo do violinista Gabriel Meca, do violista Brenner Rozales e do clarinetista Eliéser Sant’Ana.

Há quanto tempo não se apresenta em Campo Grande?

A última vez que me apresentei em Campo Grande foi em 2019, também no Encontro com a Música Clássica. Aliás, a primeira vez que toquei com uma orquestra na vida foi em 2009, em uma edição desse mesmo festival.

Como se sente ao estar de volta à cidade?

É sempre muito emocionante voltar a Campo Grande. Eu realmente amo esta cidade. E a cada retorno, essa admiração só cresce. As pessoas, a cultura e a hospitalidade me fazem sentir acolhido sempre que venho, 
especialmente ao reencontrar familiares e amigos.

Fale um pouco sobre a sua formação musical e a sua trajetória.

Desde criança, tive uma inclinação para a música ao ver meus pais tocando violão e cantando música popular. Meu primeiro contato com a música instrumental foi na banda do Colégio Militar, em que fui apresentado ao clarinete.

Logo depois, fui acolhido pela Fundação Barbosa Rodrigues, na figura do maestro Eduardo Martinelli, que me introduziu à música clássica. A partir da fundação, veio a inspiração para seguir a carreira de regência, o que me levou a cursar Regência na Unicamp [Universidade Estadual de Campinas].

Em 2018, participei da minha primeira edição do Festival de Inverno de Campos de Jordão. No ano seguinte, me tornei aluno da Academia de Música da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), sob a orientação da maestra americana Marin Alsop.

Durante esse período, tive a oportunidade de aprender com grandes regentes internacionais, de me apresentar na Sala São Paulo e de participar do curso de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.

Em 2020, iniciei o mestrado na Universidade de Manitoba, no Canadá. Atualmente, estou cursando o doutorado em Regência na Universidade de Toronto, também no Canadá.

O que de mais significativo tem aprendido no Canadá durante os estudos?

Acredito que o aspecto mais significativo que aprendi no Canadá foi perceber o quanto o Brasil produz música e músicos de alta qualidade, apesar das diversas dificuldades.

O que os músicos de outros países podem aprender com a tradição brasileira da música de concerto?
Acredito que podemos ensinar muito sobre a importância e a necessidade da interação entre orquestra e comunidade.

Orquestras como a Sinfônica de Campo Grande, que lotam teatros como o Glauce Rocha, são um sonho para qualquer cidade.

Além disso, a quantidade de artistas e de grupos musicais que participam de todas as edições do festival é impressionante. O repertório é sempre convidativo, desde o mais clássico, como concertos e sinfonias, até a nossa tradicional “Mercedita”.

Como você definiria o papel do regente?

Na minha opinião, o regente tem o papel de liderar, ensaiar e instigar os músicos a produzirem o melhor de si na execução musical.

Muitas pessoas me perguntam: “A orquestra consegue tocar sem regente?”. Eu digo que sim. No entanto, isso demandaria muito tempo de ensaio, o que pode ser muito custoso para qualquer grupo.

O regente é, de fato, um facilitador do processo de criação musical em conjunto. Com poucos ensaios, o maestro consegue montar o repertório de um concerto de forma eficaz.

Além disso, o regente traz consigo uma interpretação musical única para as obras de cada concerto.

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SERTANEJO

Zé Neto e Cristiano cancela show em Campo Grande e fãs têm que pedir reembolso

Dupla faria show em setembro em Campo Grande, mas evento teve que ser cancelado por conta do estado de saúde de Zé Neto

29/08/2024 09h15

Dupla Zé Neto e Cristiano, que faria show em setembro em Campo Grande

Dupla Zé Neto e Cristiano, que faria show em setembro em Campo Grande DIVULGAÇÃO

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Dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano cancelou todos os shows pelos próximos 90 dias, de acordo com a produção da dupla.

Ambos tinham show marcado em 21 de setembro de 2024, no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em Campo Grande. Mas, o show foi cancelado. A produção tentou adiá-lo e sugeriu novas datas, mas não foi possível. 

Com isso, fãs devem pedir o reembolso no site do Santo Show. Dúvidas acerca do reembolso devem ser tiradas através do número (67) 99240-5145.

"Informamos que, devido a questões de saúde do cantor Zé Neto, o show do Zé Neto & Cristiano, agendado para 21 de setembro no Bosque Expo, foi cancelado. Tentamos de tudo para adiar e realizar o show, mas infelizmente não foi possível. O reembolso dos ingressos será realizado através do site da Santo Show. Pedimos um prazo de 10 dias para reembolso a partir da data desta nota oficial. Para mais informações sobre cancelamento, entre em contato pelo número (67) 99240-5145. Pedimos que acompanhem o nosso Instagram para mais detalhes do reembolso. Agradecemos a compreensão e o apoio de todos. Atenciosamente Santo Show”. 

Zé Neto enfrenta quadro agudo de síndrome do pânico e depressão e terá que suspender a agenda pelos próximos três meses. Além de Zé Neto e Cristiano, também se apresentariam CAT Dealers e a dupla Bruno César e Rodrigo.

 

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