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Fim de semana tem show de Almir Sater, opções de teatro, artes visuais e projeto Som da Concha

Com show neste sábado, Almir Sater apresenta novo álbum "Do Amanhã Nada Sei"; programação traz ainda, entre outros destaques, opções de teatro, artes visuais e projeto Som da Concha

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Com show neste sábado, a partir das 20h30min, no Bosque Expo (Shopping Bosque dos Ipês), o cantor, compositor e multi-instrumentista Almir Sater lança “Do Amanhã Nada Sei”.

Trata-se do 10º álbum de estúdio do músico, que traz 10 faixas com o que Almir sabe fazer de melhor: uma inspirada música folk brasileira de apelo, ao mesmo tempo, regional e universal.

São 16 anos sem um disco solo, que chega às plataformas após trabalhos de êxito, a exemplo dos premiados “AR” (2015) e “+AR” (2018), álbuns feitos em parceria com Renato Teixeira. O produtor Eric Silver, que assina “Do Amanhã Nada Sei”, foi também o responsável pelos dois lançamentos da dupla.

Das faixas do novo álbum, oito são em parceria com Paulo Simões. Na faixa “Angu Com Caroço”, Almir surpreende tocando cavaquinho, influência de Jô Luterio – carinhosamente chamada de Joana do Cavaco. A artista integrou a equipe de áudio da novela “Pantanal” e costumava tocar o instrumento ao fim das gravações.

Em “Ave Chamada Tempo”, o violeiro retoma a parceria com Renato Teixeira. A canção de amor “Eu Sou Mais Do Que Sou” marca, com muito lirismo, a primeira composição de Almir a quatro mãos com Luiz Carlos Sá, que fez história com o rock rural no trio Sá, Rodrix e Guarabyra.

Mas o trovador chalaneiro também é chegado em clássicos consagrados, da sua e de outras lavras. Ou seja, certamente não faltarão no repertório, entre outros sucessos, “Tocando em Frente”, “Cabecinha no Ombro” e “Comitiva Esperança”. Após a apresentação de Almir Sater, Chicão Castro faz o show de encerramento da noite. Ingressos pelo site escrivanoproducoes.com.br ou no Hiper Center Jardim dos Estados.

WHISKY E FRANKE

No domingo, pela programação do projeto Som da Concha, o cantor Franke e a banda de blues Whisky de Segunda ocupam a Concha Acústica Helena Meirelles com shows gratuitos a partir das 18h.

A primeira performance é de Franke, que apresenta o show “Passados e Futuros Presente”, em que o artista repassa a própria trajetória e interpreta novas composições, como “Música do Bolso”. O repertório combina rock e brasilidade, sob a condução de uma banda formada por jovens músicos da Capital: Renato Mendes (guitarra), Silas Zózimo (baixo), Aly Ladislau (percussão) e Matheus Ostemberg (bateria).

Na ativa desde 2003, a partir do encontro entre o vocalista Robson Pereira e o guitarrista Jefferson Pasa, a Whisky de Segunda é uma das mais tradicionais bandas de blues de Campo Grande. Após uma década de atividade, o grupo criou o MS Blues Festival, evento sem fins lucrativos que busca inserir Mato Grosso do Sul no circuito do blues brasileiro.

Eles já tocaram em asilos, presídios e, em 2014, partiram para os EUA para gravar o primeiro CD – “From Campo Grande to Chicago”. Com 19 anos de estrada, a banda segue criando e produzindo canções e vídeos, além das apresentações frequentes na noite morena.

ÉDEN

Na Galeria de Vidro da Plataforma Cultural, está em cartaz a exposição “Éden”, que reúne 24 aquarelas inéditas da artista plástica Camila Kipper, apresentadas em mostra conjunta com o origamista Elder Alves. Apesar de, como professora, ensinar técnicas diversas, Camila escolheu o abstracionismo como norte de seu trabalho.

O tema da exposição, “Éden”, ressignifica a alusão ao paraíso das escrituras para falar sobre natureza e sobre celebração ao feminino. “Éden” é anunciada como uma provocação da artista, propondo “uma fusão do feminino e da natureza, porque são seres constantemente desrespeitados”.

A militância pretende chamar atenção para a responsabilidade de se preservar as riquezas naturais e, ao mesmo tempo, combater a misoginia. Como a aquarela tem a transparência como característica, Camila transformou 14 de suas obras em luminárias, fazendo da exposição um belo jardim que integra o origami de Alves com a arte abstrata. Entrada franca.

BORBOLETA E NY CIRCUS

O Grupo Casal apresenta o espetáculo infantojuvenil “A Borboleta Mais Velha do Mundo”, às 15h de amanhã, no Shopping Bosque dos Ipês. Em cena, a história de dois palhaços que enfrentam uma aventura cheia de adrenalina, confusão e magia. Uma borboletinha descobre que, por um descuido, a vida das borboletas é muito curta e se desespera na tentativa de mudar os caminhos do futuro.

Com a ajuda do Senhor Grilo, a pequena borboleta vai ao encontro da borboleta mais velha do mundo, em uma saga para descobrir a longevidade da espécie. Um espetáculo gratuito de palhaçaria e contação de histórias.

No Shopping Norte Sul Plaza, também no sábado, às 16h30min, quem comanda a diversão é o New York Cirkus. Como é comum na história dos circos itinerantes, a família Perez, criadora da trupe, trabalha unida para levar a arte do circo a diferentes pontos da Capital, percorrendo, por exemplo, bairros da periferia com suas apresentações.

PINA

No Sesc Cultura, às 19h30min desta sexta-feira, a coreógrafa e bailarina Rosa Antuña apresenta “O Vestido”. O espetáculo de dança é uma parceria da artista com a Cia do Mato, por meio do projeto “Alvitre-o: Corpo Biográfico”. Inspirada na alemã Pina Bausch (1940-2009), a montagem convoca ainda referências literárias e cinematográficas que vão de Lewis Carrol a Shekhar Kapur.

“O vestido é a metáfora dos sonhos almejados. É o desejo tantalizado, o inalcançável, o inatingível. É a força imanente que leva alguém a vencer os próprios medos e se libertar”, diz a sinopse. Entrada franca.

CINEMA

Nos cinemas, o longa-metragem musical “One Piece Film: Red”, baseado na série de mesmo nome, é o grande destaque entre as estreias, já despontando em segundo lugar nas bilheterias desde o primeiro dia de exibição, na quinta-feira. “Pantera Negra – Wakanda Para Sempre” também está em cartaz no circuito.

Correio B+

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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