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Fim de semana tem show gratuito do Ira!, teatro e muito mais

Show do Ira! na Praça do Rádio e Feira Literária de Bonito turbinam este fim de semana, que oferece ainda programação gratuita na Praça Bolívia e no Sesc Cultura, além de romance com Giovanna Grigio no cinema

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Com Evaristo Pádua (bateria) e Johnny Boy (contrabaixo), ambos integrando o quarteto desde 2014, ao lado de Marcos “Nasi” Valadão (vocal) e Edgard Scandurra (guitarra), da formação original, o Ira! coloca as suas mais de quatro décadas de palco a serviço do Dia Mundial do Rock, com show programado para este domingo, na Praça do Rádio Clube.

Embora a data comemorativa oficial (13 de julho) seja só na quinta-feira, ter um show de uma das maiores bandas do rock nacional para curtir – de graça e em praça pública –, a pretexto de celebrar o gênero que nomes como Chuck Berry ajudaram a consolidar (e Elvis Presley transformou em fenômeno planetário), não deixa de ser um programaço para qualquer roqueiro que se preze.

Na estrada desde 1981, o grupo paulista, que na sua formação original também teve André Jung na bateria e Ricardo Gaspa no contrabaixo, é um dos poucos de sua geração que, após enfileirar hits no auge dos anos 1980, segue na ativa, reinventando as velhas canções e que, mesmo depois de uma anunciada separação definitiva, retomou os trabalhos emplacando uma série de novos sucessos.

O resultado é um Ira! que se mantém firme e forte no rock ‘n’ roll, mas que abriu espaço para criações e parcerias capazes de diversificar o seu público tradicional. Fãs mais jovens que os cinquentões de primeira hora (ou ainda mais veteranos), isto é, os contemporâneos da fase 1 da banda, certamente estarão lado a lado no Praça do Rádio para cantar em uníssono com outra plateia grisalha que, com o tempo, se aproximou do repertório do Ira!.

Sim, o grupo costuma contar com coro massivo, não somente durante a execução de “Gritos na Multidão” (com perdão do trocadilho) e outras faixas que o consagraram, a exemplo de “Mudança de Comportamento”, “Envelheço na Cidade”, “Dias de Luta”, “Longe de Tudo” e “Flores em Você”. Ainda, “Vida Passageira”, “O Girassol” e “Eu Quero Sempre Mais” são exemplos de que o calibre do Ira! permaneceu afiado em sua lírica.
Composições mais recentes como “O Amor Também Faz Errar” mostram que segue firme e forte a química de rock ‘n’ roll, romantismo e atitude da banda. A voz de Nasi e a guitarra de Scandurra, diversas vezes eleito o melhor no seu instrumento, são marcas inconfundíveis e incontornáveis do rock brasileiro, mais que do próprio Ira!.

Em entrevista ao Correio do Estado, Nasi garante que o show de domingo será “excelente”, com todos os devidos sucessos e, “pelo menos”, uma canção de todos os 13 discos (estúdio e/ou inéditas) lançados pelo Ira!. A dupla Filho dos Livres – Guga Borba (violão, viola e voz) e Guilherme Cruz (guitarras, viola, violão de 12 cordas e voz) – faz a abertura na celebração pelo Dia Mundial do Rock em CG, marcada para ter início às 17h.

FLIB

Iniciada na quarta-feira, a Feira Literária de Bonito (Flib) segue com as 100 horas de programação de sua sétima edição até este domingo. Um dos destaques de hoje é a poeta e slammer Mel Duarte (SP), que se apresenta, no palco principal da Praça da Liberdade, a partir das 22h. A artista de 34 anos começou a escrever aos oito anos e publicou o seu primeiro livro, “Fragmentos Dispersos”, em 2013.

Seu segundo título, “Negra Nua Crua”, de 2016, ganhou edição na Espanha em 2018. Com uma poética afro e feminista que não se prende ao lugar-comum dos rótulos, Mel é dona de uma performance intensa, carismática e original.

Ela já levou seu sarau para eventos como a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a Festa Literária das Periferias (Flup), no Rio de Janeiro, e o Festival Literário Luso-Afro-Brasileiro (Festlab), em Angola.
Outro destaque de hoje da Flib é a escritora Flavia Rohdt. Referência regional de poesia aldravista, em que cada palavra é um verso, Flavia é professora de Língua Portuguesa e mora em Anastácio. Ao lado de Denise Silva, ela ministra, das 14h às 16h, a oficina de criação “Aldraveando: Manoel de Barros em Língua de Ave e de Criança”. Amanhã, apresenta a 1ª Mostra Fotoaldrávica Kixoku Komómoye Terenoe.

PRAÇA BOLÍVIA

Em sua sexta edição neste ano, no ritmo da Campanha Sangue Bom, para doação de medula óssea, o evento terá, entre outras atrações, a banda Brisa do Mato, Luiz Acosta, Leca Harper, Samuca Brasil, General R3, Roger Simmons, Guto Martins, Marcelo Gameiro, Hugo Magno e muita dança com o arraiá dos Amigos da Praça. A Praça Bolívia fica no Bairro Santa Fé, entre as ruas das Garças, Barão da Torre, Aníbal de Mendonça e Dias Ferreira.

CIRCO E MÁGICA

No Sesc Cultura, às 16h, com entrada franca, o projeto Sesc Encena Infantil apresenta amanhã o espetáculo de mágica “Iludidamente”, comandado pelo Mago Ton, com números clássicos de magia em releituras atuais e novas criações. No Shopping Bosque dos Ipês, a pedida é o Circo Mundo Mágico, com sessões de terça-feira a sexta-feira, às 20h. Sábado, domingo e feriado são três apresentações seguidas: às 16h, às 18h e às 20h.

Crianças com até 2 anos não pagam e com até 12 anos pagam meia entrada. Os ingressos podem ser adquiridos pela internet ou diretamente na bilheteria. Variam de R$ 20 a R$ 60, mais taxa de conveniência de R$ 1,80.

 

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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