Sobre os recomeços...
Hoje eu resolvi falar dos recomeços da vida. Tenho pensado e vivido muitos deles.
Com pessoas e situações diferentes, mas tenho vivido. Não sei como funciona para vocês, mas comigo quando eles chegam se estabelecem através de fases, sendo algumas boas, outras nem tanto e outras bem ruins, mas no final, a gente se reconstrói se entendermos o significado de todo o processo.
Vou dividir com vocês um mantra da minha vida, na verdade um filme/mantra que sempre que eu assisto (não interessa quantas vezes) eu percebo algo diferente nele que me ensina.
Seja uma fala, uma cena ou um gesto, mas todas as vezes eu absorvo algo diferente que me chama a atenção.
‘Comer, Rezar e Amar’ (seja o filme ou o livro), eu recomendo para todos. O que se relata no longa, são recomeços difíceis e doloridos, crenças, escolhas e reconstruções em meio aos sofrimentos da vida. Mostra também muitos aprendizados, a importância do encontro de nós mesmos e a possibilidade de um novo caminho para sermos felizes. Na verdade, nós “atravessamos” (spoiler), palavra escolhida no filme (assistam) pela encantadora e deslumbrante Julia Roberts. Vale muitíssimo a pena!
A verdade é que recomeçamos da decepção, da frustação, da dor, daquilo que nos ofendeu, nos machucou e que não deu certo.
O momento mais difícil do processo é aceitar, para depois entender, perdoar e seguir em frente.
Quando começamos a nos distanciar da situação (cada um tem o seu tempo), passamos a ver com olhos mais maduros, entendemos melhor e aí nos perguntamos: como aquilo poderia dar certo?
É o passo para a libertação, para deixar tudo para trás e transformar tudo em algo bom que possa se instalar verdadeiramente em nossos corações.
Eu entendo que pelas nossas vidas passam personagens, e que eles vão nos ensinando mesmo que no primeiro momento não seja visível.
Desde o final de 2019 me sinto muito desafiada por ela (a vida), mas no meu caso eu usei de cada situação para aprender e entender coisas que eu nunca havia passado.
É interessante quando você se permite enxergar o lado bom do que é ruim.
Estranho né? Mas é verdade! Porque quando uma outra avalanche chega, parece que você já tem quase tudo pronto para enfrentá-la.
Já que eu estou tão inspirada para falar de filmes (mentira, na verdade eu sempre estou rs), eu também recomendo que assistam ‘A Cabana’, para mim, outro mantra. Nele mais recomeços, aprendizados, escolhas e fé.
Eu posso afirmar que a fé é o que me move, me leva para frente e me faz acreditar.
Ela me revigora, me faz sentir o tempo todo que Deus está presente e bem perto de mim. É o meu principal combustível para recomeçar sempre que eu preciso.
Me sinto grata por isso, todos os dias!
Mas voltando aos recomeços, entendo que eles sejam necessários e que exigem da gente muita vontade e coragem também.
Eu costumo dizer que recomeçar só é bom quando sentimos que de fato recomeçamos. É redundante né? Mas é real!
A verdade é que só de pensar que vamos ter de começar tudo de novo, dá aquela preguiça que se mistura ao desânimo, a dor e a dúvida se será bom ou se lá na frente teremos que recomeçar de novo. Não é assim? Todos sentimos isso.
O que eu posso dizer da minha experiência é que recomeçar é muito bom. Apesar de todas as fases que nos são impostas, a liberdade e a força são recompensas que recebemos.
Viver livre não tem preço. Aprender com o que passamos também não, porque é assim que conquistamos a nossa maturidade, e posso falar?
Ela é incrível! Perdoar por nós mesmos e seguir em frente também é libertador.
Mas assim... Não confundam perdão com volta, perdoamos por nós não pelo outro. Venho observando mais do que nunca que pessoas confusas e que não sabem o que querem atrapalham os nossos caminhos, e no momento em que percebemos isso devemos sentir e nos escutar, e vocês sabem porquê?
Porque elas sempre vão se achar no direito de entrar e sair da sua vida o tempo todo. Não tem jeito de algo assim ser saudável.
Eu queria muito compartilhar com vocês isso tudo.
Dizer que todos passamos por isso e que não é algo ruim ou negativo, não quando conquistamos aquilo que desejamos e passamos pelas fases que descrevo acima.
Recomecem sempre que precisarem, se amem em primeiro lugar, não dependam de ninguém para conquistar o equilíbrio e a felicidade e não confundam amor com culpa, arrependimento e interesse, porque essas pessoas sabem disfarçar muito bem, as vezes pelo resto da vida.
Todos merecemos a plenitude e a liberdade, principalmente aquela que vem de dentro, originada dos nossos pensamentos...
Dedico esse texto ao meu pai.
Ele sempre está presente em todos os meus recomeços, me dando força sem julgamentos, incentivo e o mais importante, amor...
Obrigada pai. Eu te amo!



Helio Mandetta e Maria Olga Mandetta
Thai de Melo


