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Mc Melody, de 8 anos, fatura até R$ 40 mil ao mês com carreira polêmica

Mc Melody, de 8 anos, fatura até R$ 40 mil ao mês com carreira polêmica

extra-globo

20/04/2015 - 01h00
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Melody de Abreu é apenas uma menina, mas já conhece a fama e, mais ainda, a polêmica. Cantora de funk ostentação, aos 8 anos, ele recebe até R$ 40 mil ao mês de cachê por suas apresentações em matinês e participações como convidada de eventos. A paulista, que divide a rotina de trabalho, repleta de entrevistas e ensaios fotográficos, com os estudos - ela está na 3ª série do Ensino Fundamental -, se prepara para lançar no fim do próximo mês seu primeiro CD. Apesar das críticas pelo comportamento muito sexualizado para sua idade, a menina gosta do que faz, não se importa com a opinião alheia e já se assusta com a fama, assim afirma seu pai e empresário, Thiago Abreu, de 26 anos, também conhecido como Mc Belinho.

— A gente inventou de ir à 25 de março e teve que ficar trancado dentro de uma loja porque todo mundo reconheceu ela. Paramos para tirar foto com duas pessoas e a galera começou a se aglomerar. Quando vi, tinham umas 50 pessoas em volta da gente e só estávamos eu e ela. Eu nem imaginei que isso fosse acontecer. Eu mesmo fiquei com medo porque muita gente gosta dela, mas tenho medo de um louco tentar alguma coisa. O dono da loja colocou a gente num quartinho e meu amigo veio. Ela ficou um pouquinho assustada — conta Thiago sobre o passeio com a filha, no último dia 11, no maior centro de comércio popular de São Paulo.

A carreira de Melody começou com seu sucesso nas redes sociais. Principalmente através do Facebook, ela divulga fotos mostrando seu estilo funkeira ostentação e vídeos, nos quais solta a voz. Seu nome migrou dos sites para os palcos e, atualmente, a menina já ganha um cachê de R$ 2.500 por apresentação.

— Não tem só os shows. A gente tá gravando quase todos os dias da semana com revistas, canais de televisão e jornais — diz Thiago, que tenta controlar a agenda da filha para não sufocá-la com o trabalho. — Os shows são só quatro por semana, em baladas “teen”, para público menor de idade. Os demais são festas de aniversário. A gente não tem noção, mas dá na faixa dos R$ 30 mil, R$ 40 mil (por mês) — revela o cantor, que com a ajuda do dinheiro da menina está terminando de quitar uma nova casa para a família. A outra parte do dinheiro da cantora mirim, garante ele, está sendo usado para comprar bens para ela e também guardado para uso futuro.

Primeiro disco

Em breve, Mc Melody vai lançar seu disco demo independente, já que não tem gravadora, embora seu pai já tenha negado convites. As músicas serão com uma pegada mais pop “um estilo mais Anitta, com banda” e um funk. O material terá distribuição física e digital.

— Ela vai lançar cinco músicas, incluindo o funk “Fale de mim”, que já é a música de trabalho dela. O dia exato do lançamento ainda não dá pra saber. Vou mandar fazer 20 mil cópias (físicas) para distribuir em shows e nas presenças VIP — diz Thiago, que acredita no potencial da filha. — Que ela não seja um estouro agora, mas vamos seguir com a carreira dela.

Além do sonho de ser cantora, Melody também deseja conhecer sua grande inspiração a cantora Anitta. A pequena tem usado sua influência no Facebook para “viralizar” um vídeo, no qual pede para conhecer a carioca. “Eu amo muito, muito a Anitta. Um dos meus maiores sonhos é conhecer ela. Me procure!”, diz a garota.

Críticas

Sobre as criticas que a filha recebe através da internet, Thiago afirma que tentar filtrar o que ela lê e publica. Mas, o empresário afirma que a menina não se importa com os “haters”.

— Melody reage normalmente às criticas. Ela não liga, leva na brincadeira. Muitos dos que a criticam depois voltam para falar bem e pedem desculpa. Ela dá risada dessas bobagens que falam — afirma Thiago, cuja filha é uma sensação na entre amigos e professores da escola. — O assédio, de forma geral, não chega a afetá-la. Mesmo nova, ela sabe ser muito profissional.

A carreira da menina divide opiniões. Enquanto elogios são feitos, acusações são feitas contra os pais dela. Segundo Thiago, as críticas só existem porque Melody canta funk.

— Falam mal só pelo funk. A Melody imita as caras e bocas que a Anitta faz e as pessoas acham isso demais (para idade dela). Ela não está falando palavrão, não está ‘fazendo sensualidade’ — defende o pai.

 

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Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los

Nutricionista explica as diferenças de cada panetone e quais bebidas mais combinam com cada um

14/12/2025 12h30

Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los

Gastronomia B+: Na dúvida sobre qual panetone escolher? Veja aqui e como harmonizá-los Foto: Divulgação

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Do clássico com frutas às versões recheadas, o panetone segue como uma das sobremesas mais consumidas no fim do ano. Presença garantida nas ceias de Natal, o produto ganha novas leituras a cada temporada, ampliando o leque de sabores e atendendo a diferentes perfis de consumidores.

Para ajudar na escolha do panetone ideal, a nutricionista da Água Doce Sabores do Brasil, Cláudia Mulero, explica as principais diferentes entre as opções disponíveis no mercado e como harmonizá-las com cachaças e vinhos para uma experiência completa.  

“A cada ano, o panetone se reinventa e se fortalece como símbolo da mesa natalina. Na Água Doce, reconhecemos o valor afetivo dessa tradição e incentivamos nossos clientes a explorarem novas combinações, valorizando tanto as versões clássicas quanto as que trazem um toque de brasilidade. É uma forma acolhedora e saborosa de celebrar”, destaca Cláudia.

Panetone Tradicional: com massa macia com frutas cristalizadas e uvas-passas, o panetone tradicional é perfeito para quem não abre mão do sabor clássico das celebrações natalinas. A sobremesa é ideal para ser consumida acompanhada de um espumante moscatel ou um vinho mais fortificado, como o Porto.

Chocotone e trufado: favorito dos amantes de chocolate, o chocotone traz gotas generosas que garantem indulgência e agradam adultos e crianças. Já o panetone trufado é uma versão mais sofisticada, com recheio que pode variar entre creme de avelã ou doce de leite. Cachaças envelhecidas em amburana, em bálsamo e com notas trufadas são indicadas para acompanhar os panetones recheados.

Panetone de frutas vermelhas: fresco e aromático, que agrada quem busca sabores menos densos, o panetone de frutas vermelhas é uma releitura contemporânea do clássico natalino. Com uma massa leve e amanteigada pode ser recheado com morango, framboesa, amora e mirtilo. Esta opção de sobremesa harmoniza bem com espumante Brut Rosé e vinho Riesling. Já para quem prefere cachaça, o ideal é que seja de jequitibá ou com infusão de frutas.

Panetone Salgado: versão inovadora que inclui queijos, embutidos como salame, calabresa ou combinações especiais, que levam frango, é uma alternativa para quem prefere sabores não adocicados. Para esta opção, as cachaças envelhecias em carvalho, amburana, jequitibá e em bálsamo são indicadas. Já para os amantes de vinhos, as recomendações passam pelo espumante Brut, Rosé seco, Sauvignon Blanc e o Branco português.

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B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

"Não é influência positiva, é propaganda de misoginia". Especialista em relacionamentos, a Dra. em psicologia Vanessa Abdo explica como a ideologia do movimento afeta nos direitos das mulheres e contribui para o incentivo à violência

13/12/2025 17h00

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz

B+: Especialista explica o que é o red pill, que ganhou repercussão após caso de Thiago Schutz Foto: Divulgação

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O termo “red pill” tem gerado em muitos debates nas redes sociais devido à denúncia de agressão e tentativa de estupro de Thiago Schutz, conhecido como “Calvo do Campari”. O coach foi detido em Salto (SP) no último dia 29 de novembro, após ser denunciado para a Polícia Civil pela namorada. Thiago Schutz é considerado influenciador do movimento “red pill”, por produzir conteúdos e ser autor de livro que aborda o tema.

Mas afinal, você sabe o que significa o movimento “red pill” e por que ele afeta violentamente as mulheres? Para responder a essa pergunta e esclarecer outras dúvidas sobre o tema, conversamos com a doutora em Psicologia Vanessa Abdo.

Sobre o termo

O nome “red pill” (pílula vermelha, em português) vem de um conceito fictício do filme “Matrix” (1999), em que a pílula vermelha seria a escolha para "despertar" e ganhar "consciência" da realidade do mundo.

Com essa narrativa, o movimento red pill passou a criar teorias da conspiração que incentivassem os homens a “acordem para a realidade” e não serem “dominados” pelas mulheres.

“O red pill se apresenta como uma ‘verdade sobre as relações’, mas na prática é um conjunto de ideias que reduz mulheres a objetos, corpos, funções ou serviços e coloca os homens como dominantes e superiores. É uma ideologia que traveste controle e desprezo como se fossem ‘ciência comportamental’. Quando os nossos corpos são objetificados, não tem graça. Isso não é sobre relacionamento, é sobre poder”, afirma a psicóloga Dra. Vanessa Abdo.

Qual a relação do red pill com a misoginia?

“A base do red pill é a crença de que as mulheres valem menos, sentem menos, pensam menos ou merecem menos. Isso é misoginia. O movimento estimula o desprezo pelas mulheres, especialmente as fortes e independentes, justamente porque homens que aderem a esse discurso precisam de parceiras vulneráveis para manter no seu controle. A misoginia não é efeito colateral do red pill, é sua espinha dorsal.”

Por que o red pill é tão perigoso para toda a sociedade, principalmente para as mulheres?

“Porque ele normaliza a violência. Quando você cria uma cultura em que mulheres são tratadas como objetos descartáveis, a linha entre opinião e agressão se dissolve. Esse tipo de discurso incentiva violências físicas, psicológicas, sexuais e digitais, que são camufladas como humor ou “liberdade de expressão”. Uma sociedade que naturaliza o desprezo por mulheres adoece, retrocede e coloca todas em risco.” 

Nas redes sociais, muitos homens fazem uso de um discurso de ódio às mulheres disfarçado de humor. Qual a diferença da piada para a incitação à violência?

“A piada provoca riso, não medo. A piada não tira a humanidade do outro. Quando o ‘humor’ reforça estereótipos, desumaniza mulheres e legitima agressões, ele deixa de ser brincadeira e se torna uma arma. A diferença está na intenção e no efeito. Se incentiva o desrespeito, a dominância ou a violência, não é humor, é incitação.

É importante reforçar que combater a misoginia não é sobre guerra dos sexos, é defesa da vida. Toda vez que normalizamos piadas que objetificam mulheres, abrimos espaço para violências maiores. Precisamos ensinar homens, especialmente jovens, a construir relações baseadas em respeito, não em dominação. E precisamos dizer claramente que humor não pode ser usado como máscara para ódio.”

Na internet, muitas pessoas consideram quem prolifera o movimento red pill como “influenciadores digitais”. Qual a sua opinião sobre isso?

“Influenciadores pressupõem responsabilidade social. Quem difunde ódio e objetificação influencia, sim, mas influencia para o pior. Não podemos romantizar a figura de alguém que lucra reforçando violência simbólica e emocional contra mulheres. É preciso nomear corretamente: isso não é influência positiva, é propaganda de misoginia.”

Sobre o caso de Thiago Schutz, surgiram muitos julgamentos sobre as mulheres que tiveram um relacionamento com ele mesmo cientes do posicionamento que ele adota nas redes sociais. Como você avalia isso?

“Culpar mulheres é repetir a lógica da violência. O discurso misógino desses movimentos é sedutor exatamente porque se disfarça de humor, lógica ou ‘verdade inconveniente’. Relacionamentos abusivos não começam abusivos, eles começam carismáticos. Além disso, mesmo quando uma mulher percebe sinais de risco, ela pode estar emocionalmente envolvida, vulnerável ou acreditar que será diferente com ela. O foco não deve ser questionar as mulheres, mas responsabilizar quem propaga discursos que desumanizam e ferem.”

Como uma mulher pode identificar um homem misógino?

“Existem sinais claros:

* Desprezo por mulheres fortes ou independentes.

* Humor que sempre diminui o feminino.

* A crença de que mulheres devem ser controladas ou colocadas ‘no seu lugar’.

* Incômodo com a autonomia da parceira.

* Falas generalizantes, como ‘mulher é assim’ ou ‘toda mulher quer…’.

Desconfie de homens que desprezam mulheres, especialmente as fortes. Eles precisam que a mulher seja vulnerável para se sentir poderosos.”

Como uma mulher pode identificar que está dentro de um relacionamento abusivo?

“O abuso aparece em forma de controle, medo e diminuição. Se a mulher começa a mudar sua vida, roupas, amizades ou rotina para evitar conflitos, se se sente culpada o tempo inteiro; se vive pisando em ovos, se sua autoestima está sendo corroída, se há chantagem, humilhação, manipulação ou isolamento, isso é abuso. Não precisa haver agressão física para ser violência.”

Como podemos ajudar uma mulher que é vítima de um relacionamento abusivo?

“O principal é acolher, não julgar e não pressionar. Ela já vive em um ambiente de medo e culpa. Oferecer apoio prático, ouvir, ajudar a montar uma rede de proteção, encaminhar para serviços especializados e incentivar ajuda profissional é mais efetivo do que dizer: ‘saia desse relacionamento’. O rompimento precisa ser planejado. Segurança vem antes de tudo.”

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