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No elenco de "Malhação – Sonhos", Emanuelle Araújo valoriza troca com elenco novato

"Dentro da tevê, eu achei essa sensação de coletividade dentro de ‘Malhação’. Foi como voltar ao teatro."

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Emanuelle Araújo sempre enxergou a arte de uma forma coletiva. 

O senso de trabalho em grupo esteve muito presente nos primeiros anos de carreira da atriz, quando ela iniciou sua trajetória no teatro. 

A tevê e os trabalhos musicais, porém, foram afastando Emanuelle desses sentimentos. 

E foi em “Malhação – Sonhos”, que voltou ao ar recentemente, que a atriz de 44 anos reencontrou a ideia de trupe de teatro. 

“Dentro da tevê, eu achei essa sensação de coletividade dentro de ‘Malhação’. Foi como voltar ao teatro. Isso me alimentou muito como artista. Depois desse projeto, eu senti que fiquei um pouco mais independente artisticamente. Fiquei feliz de viver uma arte extremamente coletiva e com uma busca por inquietude”, afirma a atriz, que vive a professora de música Dandara.

Esse caminho coletivo em “Malhação” também gerou um lado mais personalista de Emanuelle.

Após a novela adolescente, ela ganhou coragem para lançar seu primeiro disco solo. 

Até então, a atriz tinha cantado apenas ao lado das bandas Eva e Moinho. 

“Consegui partir para locais mais individuais e independentes. Apesar de ter cantando em banda, só gravei meu disco solo com 40 anos. Um ano depois de ‘Malhação’. Acho que esse caminho mais solo e independente veio depois de viver esse sonho de trabalhar coletivo”, explica.

Na história de Rosane Svartman e Paulo Halm, Dandara é professora de canto na Ribalta. 

Apesar de ter sido casada com Renê, papel de Mário Farias, ela criou o filho sozinha após o divórcio. 

É adorada pelos alunos e muitas vezes é considerada a conselheira da escola. 

Doce e romântica, ela acaba se envolvendo com o duro mestre Gael, vivido por Eriberto Leão. 

“Era uma novela com espírito muito jovem. Dava para ver a paixão do elenco novato. Eles tinham uma empolgação enorme por estarem dando os primeiros passos na tevê. Às vezes, eu chegava às 7h para gravar e eles já estavam animados, tocando violão. Você pensa: ‘Já fui assim’. A gente vai entrando na batida dos trabalhos e na rotina e, às vezes, esquecemos de curtir esses momentos. ‘Malhação’ era como o nosso fantástico mundo. Foi um trabalho muito lúdico”, valoriza.

Acompanhando a reprise atualmente no ar, Emanuelle pretende rever a novela apenas pela tevê. 

A atriz confessa que não irá adiantar nenhuma cena no Globoplay. 

Ela aguarda o momento da exibição da sequência em que Dandara e Gael cantam uma música de Chico Buarque. 

“A gente cantou ao vivo no set. A voz que foi para o ar gravamos com o nosso microfone de cena mesmo. Cantamos Chico Buarque para o Brasil inteiro às 18 horas. Foi algo muito forte. É o tipo de sensação que apenas a arte pode nos dar. Até fiquei curiosa de procurar na internet, mas vou esperar para rever ao vivo no ar”, elogia. 

Projetos e planos

Longe das novelas desde o fim de “Órfãos da Terra”, Emanuelle Araújo tem voltado suas atenções para o cinema. 

A atriz está no elenco do filme “O Meu Sangue Ferve por Você”, de Paulinho Machline. 

A produção conta a história do cantor Sidney Magal e sua esposa, Magali. 

“Eles se conheceram quando ela ainda era adolescente, e eu faço a mãe da Magali – que não era muito contente com o romance. É uma comédia musical e estou animadíssima. Eu amo fazer cinema. Todo o universo da produção me fascina, do dia a dia de filmagens até o resultado na telona”, explica.

Emanuelle também voltará aos palcos. Ela integra o elenco do espetáculo da Broadway, “Chicago”.

A montagem brasileira teve os trabalhos adiados por conta da pandemia de Covid-19. 

“Apesar de ser cantora e atriz, ‘Chicago’ será o meu primeiro musical, e me instiga muito viver essa personagem arrebatadora que é a Velma Kelly”, ressalta.

Instantâneas

# Emanuelle ingressou na faculdade de Biologia na Universidade Federal da Bahia, porém desistiu no primeiro ano e passou a estudar Artes Cênicas. 

# Em 1999, Emanuelle substituiu Ivete Sangalo como vocalista da Banda Eva.

# Emanuelle tem feito aulas de balé ao lado de Léo Jaime, que também integra o elenco de “Malhação – Sonhos”. “O Léo é um grande parceiro. Outro dia estávamos conversando, durante a aula, sobre como esse trabalho havia sido especial. É um projeto muito afetivo”, valoriza.

# A atriz começou sua carreira aos 10 anos fazendo teatro com a Companhia Interarte.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico.

Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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