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O que o Natal diz sobre o amor?

Celebração do Natal evoca nobre sentimento de dedicação ao próximo que marcou a trajetória de Jesus Cristo e continua sendo fonte de inspiração no mundo

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A ceia, a árvore e os presentes, as promoções do comércio, a roupa nova, as viagens, os encontros e reencontros em família.

Qual o sentido de tudo isso durante o período natalino? “Celebrar o nascimento de Jesus Cristo”, respondemos maquinalmente para nós mesmos. 

Muitas vezes a léguas de distância de uma compreensão mais profunda do papel real ou do traço de distinção que demarca a dimensão divina do filho de José e de Maria.  

Foi o amor sem medida de Jesus para com o próximo – sentimento materializado nos fatos, nas ações e nos sacrifícios narrados no Novo Testamento – que o tornou um nome a ser louvado nas alturas por seguidores do cristianismo em todo o planeta.

Mas, afinal, em que consiste o amor cristão em pleno século 21 e por que esse sentimento continua fazendo a diferença para muita gente? 

Para adeptos ou não, o catolicismo, ou qualquer outro credo, independentemente da fé de cada um, tem a função prática de organizar a subjetividade dos indivíduos e de estruturar toda a sociedade.  

É o que defende o filósofo Alain de Botton no livro “Religião para Ateus – Um Guia para Não Crentes Sobre as Utilizações da Religião”. 

Com todo o desgaste enfrentado pela Igreja Católica nos últimos 10 anos, seu ícone maior, Jesus Cristo, permanece imbatível com suas credenciais de bondade extrema e de operação de milagres.

ENTREGA

Permanece, do mesmo modo, a pergunta sobre a essência do amor cristão nos tempos que correm, uma questão que cala ainda mais fundo no coração dos fiéis durante essa época do ano. 

Passamos a palavra para quem vive a fé do amor de Cristo como realidade cotidiana, seja por ofício ou por adoração.

“O amor cristão é um amor que não espera nada em troca. É um amor doação, entrega. Para Jesus, o amor era algo que estava acima de todas as realidades." 

"Tanto é que ele aceitou morrer na cruz por amor. Para que nós possamos nos salvar, ele se entrega por nós”, diz o frei João Francisco Neto, da Paróquia São Francisco de Assis.

“O amor de Jesus Cristo pode servir de referência para tantas pessoas, mesmo aquelas que não acreditam em Deus e em nada de religião, mas têm sentimentos verdadeiros, recíprocos." 

"Pode servir para todos porque é um amor de entrega, que não exige nada em troca. É um amor que faz para ver, de fato, o outro realizado, não é para si." 

'Você faz aquilo porque o outro estando feliz você também está feliz. Mesmo que não saiba ou não acredite, se você faz uma caridade, está realizando um ato de amor, amor de Jesus”, explica o frei João Francisco.

“Quando a pessoa faz isso pensando no bem comum, se você fala uma palavra de ânimo para alguém, de entusiasmo, está realizando a vontade de Jesus Cristo." 

"Quando você olha pelos menos favorecidos, está fazendo um gesto de amor de Jesus Cristo. Quando você se entrega verdadeiramente pelo bem do outro, perdendo, às vezes, tempo em uma conversa, está realizando o amor de Jesus Cristo”, prossegue o pároco.

SEM LIMITES

“Deus nos ama sem limites, por isso ele mandou o seu filho Jesus como esse amor para o mundo. Esse amor que veio por amor a nós morreu na cruz." 

"Significa que o amor de Deus por nós é muito grande, infinito, sem limites”, resume o padre Gregorius Wuwur, da Indonésia. 

Nascido em Kalikasa, a 1.800 quilômetros ao leste de Jacarta, capital do país-arquipélago, o padre deixou a cidade natal há quase 30 anos para cumprir missão religiosa no Brasil.  

Por 12 anos, o religioso, que integra os Missionários do Verbo Divino, conduziu rituais católicos e obras sociais em paróquias de Dourados e de Itaquiraí. 

Recebeu também o título de cidadão sul-mato-grossense, concedido pela Assembleia Legislativa em 2019. “Me sinto muito bem aqui”, diz o religioso, que deixou Foz do Iguaçu (PR), onde vive atualmente. 

E esteve em Campo Grande no fim de semana passado para celebrar um casamento. “O amor é diferente quando a gente vai falar do amor humano e do amor de Cristo”, afirma o religioso.  

“O amor de Cristo, de Deus, é sem limite, enquanto o nosso amor tem limites. Eu amo até ‘nesse’ ponto. E a gente fala ‘eu amo você, por isso casei com você’. 

Por exemplo, esse casamento. Mas quantos casais não falam que o amor acabou? Para Deus, o amor não acabou, o amor continua para sempre. Não existe acabar”, pondera o padre Wuwur.

“O amor de Deus está em tudo ao nosso redor. Desde quando a gente olha para a natureza que está ao nosso redor, para a chuva que cai, o dia que amanhece, é Deus que se faz presente."

"Não tenho outra explicação para tudo isso, para a gente que é católico ou de qualquer outra religião. Deus está vivo no meu coração, eu sinto ele no amor das pessoas, no amor do meu esposo todos os dias comigo, no amor dos meus irmãos, da minha família." 

"Sinto ele nos seres humanos que estão perto da gente”, define Isadora Tetila, a noiva do matrimônio que provocou a visita do padre indonésio à Capital.

A jovem de 24 anos e Rui Maurício, seu cônjuge, moram em Dourados, e a ligação do casal com o missionário vem do tempo em que o religioso atuava na cidade. 

“Com certeza”, responde ela quando questionada se Cristo e Deus são a mesma coisa. “O amor de Cristo é um amor que não inveja, é um amor puro, é um amor bondoso, é um amor que não espera nada em troca." 

"Nós, seres humanos, esperamos algo em troca um do outro, e Cristo não espera nada em troca da gente. Ele simplesmente ama a gente por amar, e cabe a nós amarmos ele assim igual ou não”, postula Isadora.

“Ele olhou para aqueles sofredores e os libertou com olhar de amor, com olhar de compaixão, por exemplo, para aqueles que estão doentes, paralíticos, leprosos e mais, ele libertou porque quer que esse povo também seja feliz”, afirma o padre Wuwur.  

Para Rui Maurício, o amor de Jesus Cristo é a própria vida. “É a vida que define tudo, desde a hora que a gente amanhece, tudo que a gente tem ao nosso redor." 

"Todas as coisas boas e também as coisas que às vezes nós não entendemos e podem, para nós, não ser boas, tudo isso está relacionado com Cristo. Ele representa tudo para nós”, filosofa o jovem recém-casado de 32 anos.

AMOR PAGÃO

“A diferença do amor de Jesus Cristo para os outros amores pagãos, profanos, mundanos, é que Jesus não faz as coisas por interesse." 

"Jesus não nos amou na cruz nos obrigando, exigindo de nós fidelidade. Não”, compara o frei João Francisco Neto. 

“Ele nos deu a liberdade. Quando ele morre na cruz para nos salvar, ele deixou a liberdade." 

"Se nós não quisermos segui-lo, se nós não quisermos amá-lo, se nós não quisermos obedecer os seus mandamentos, ele respeita a nossa liberdade, é algo impressionante”, frisa o religioso.

“Enquanto o amor pagão, profano, mundano, ele é um amor que exige de nós. Ele quer que a gente também se doe para o outro, queira também essas realidades prazerosas. Jesus, não. O amor de Jesus é oblação [oferta ou oferenda de cunho religioso], é entrega." 

"O amor de Jesus é algo voluntário. Você quer me seguir? Vinde e vede. Não quer? Pode voltar aos seus afazeres”, explica o frei da Paróquia de São Francisco.  

“Esses dois tipos de amor caminham muito juntos, porque um se espelha no outro. O amor pelas coisas mundanas, na verdade, é um reflexo do próprio amor de Cristo. Espelhar isso no sentimento com as coisas em nosso redor”, propõe Rui Maurício.

UM HOMEM COMUM?

Um Jesus Cristo dessacralizado, de algum modo, sujeito aos sentimentos pagãos, volta e meia aparece na literatura. 

Grandes escritores como o grego Nikos Kazantzakis (“A Última Tentação de Cristo”, de 1951), o português José Saramago (“O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, 1991) ou o norte-americano Norman Mailer (“O Evangelho Segundo o Filho”, 1997) produziram belas e polêmicas páginas sobre o “homem de Nazaré”, com suas representações de um Cristo que se questiona e, às vezes, quer só dar um tempo da função de “grande arquiteto” da humanidade. 

Pode-se dizer, no entanto, que o traço de bondade e abnegação extrema de Jesus permanece inteiro no fim das narrativas desses três mestres das letras.

“Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. De fato, não há nada de errado no cristianismo." 

"O problema são vocês, cristãos. Vocês nem começaram a viver segundo os seus próprios ensinamentos”, afirmou o líder pacifista hindu Mahatma Gandhi (1869-1948), que também já chamou Jesus Cristo de professor.

“Hoje, a sociedade vive em busca de um amor talvez superficial. Acredito que o nosso mundo, com toda essa dinâmica de telecomunicações, das mídias sociais, acabou perdendo essa proximidade com Jesus." 

"Às vezes as pessoas buscam a igreja, independente de seu credo, no momento de maior dificuldade; na hora em que perderam o controle eles acabam buscando esse amor de Jesus." 

"E o amor de Jesus, nessa época que estamos vivendo, vem de encontro a um amor-compaixão. Ou seja, você sentir a dor do próximo diante de tantas catástrofes, de tantas mortes provocadas por essa pandemia, mas as pessoas ainda não se colocaram no lugar do próximo”, afirma Aurélio Belo.

NUNCA É DEMAIS

Administrador de empresas, Belo é católico praticante e, aos 46 anos, tornou-se ministro de eucaristia recentemente. 

“Falta esse amor exigente, falta esse amor conversão, falta esse amor caridade. Então, Jesus vem para nos ensinar isso: que o verdadeiro amor é aquele amor que você consegue ver o sofrimento do próximo, sofrer com ele e aí sair dessa situação de dificuldade com ele." 

"Jesus ama a todos, independente do seu nível financeiro, do seu jeito de ser, se você é gordo, magro, baixo, alto, ele ama a todos”, prossegue o ministro.

“O amor cristão existe e é vigente, porém falta esse ânimo a mais no ser humano, falta ser mais quente, falta ser vivido." 

"Porque o tempo está passando tão rápido e as pessoas não se dão conta disso. Muitos morreram e não tiveram tempo, talvez um filho, um pai ou uma mãe, de dizer o quanto ama esse ente querido." 

"E aí, diante do caixão, infelizmente, fica o remorso, o arrependimento, aquela sensação de vazio no coração de não ter amado mais, de não ter vivido mais, de não ter dito ‘eu te amo’ cada vez mais." 

"Então, a sociedade ainda busca esse amor. Esse amor ainda existe, porém ele deve ser aquecido ainda mais. Deve ser um amor mais presente na vida do outro”, resume Belo.

VAIDADE ZERO

A trajetória reclusa do messias do cristianismo até ser batizado, já na vida adulta, chama atenção do frei João Francisco Neto. 

“Para mim é algo impressionante Jesus não ter se manifestado até os 30 anos. Eu acho isso fantástico, uma coisa, assim, fora do normal ele ter ficado em Nazaré até os 30 anos mais ou menos para poder se manifestar publicamente." 

"Um homem que era Deus, tinha toda a sabedoria, todo o conhecimento, mas se humilhou a ponto de ficar escondido. Ninguém ouviu falar de Jesus dos 12 anos aos 30. Ninguém fala”, revela o religioso franciscano.

“Ele ficou na carpintaria de Nazaré ajudando o seu pai, José. E ali, escondido na carpintaria, ninguém ouve falar nada de Jesus Cristo. Só com o batismo no Rio Jordão que ele começa sua vida pública. Isso me impressiona." 

"De todas as outras coisas de Jesus Cristo, essa para mim tem uma coisa assim meio mística, que eu não sei explicar o que é. Jesus se preparando para esse grande acontecimento, que era a manifestação pública dele”, conclui o frei Francisco.

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Pet B+: Vai viajar com o pet? Veja o que não pode faltar no checklist

Médica-veterinária dá dicas para evitar imprevistos e tornar esse momento divertido e inesquecível

20/12/2025 15h30

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal

Pet B+: Mariana (à dir.) em passeio com a família na Rota da Estrada Real (MG) Crédito da imagem: Arquivo pessoal Foto: Divulgação

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As férias de fim de ano estão chegando e muita gente aproveita esse período para fazer aquela viagem em família. E, nesse momento de puro descanso e diversão, é possível levar também o animalzinho de estimação. Com alguns cuidados antes e durante o trajeto, esse momento tende a ser inesquecível também para o pet.

Em 2024, dados das companhias aéreas indicaram que mais de 100 mil pets viajaram ao lado de seus donos – 15% a mais que no ano anterior. Essa é uma rotina comum na vida da designer de experiência Mariana Corrér, de 36 anos. Toda vez que a viagem é de carro, Giovanna e Maya, duas vira-latas de 1 e 7 anos, embarcam juntas. No dia 20 de dezembro, elas iniciam uma nova aventura, saindo de Indaiatuba/SP com destino as cidades da região Serrana do Rio de Janeiro, num total de 1.590km em 16 dias de passeio.  

“É sempre uma experiência maravilhosa envolvê-las em minhas viagens, pois são membros da nossa família. Eu trabalho em casa e a gente fica juntas o dia inteiro. Tudo que vou fazer procuro levá-las comigo, seja em passeios ao ar livre, no shopping ou em restaurantes. Daí, sempre busco lugares que são pet friendly”, conta. “Eu gosto muito de viajar, me faz muito bem, então poder compartilhar esses momentos com elas é algo muito valioso e torna-os ainda mais especiais. Eu não conseguiria passar tanto tempo longe delas.”

A médica-veterinária e docente do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), Dra. Aline Ambrogi, salienta que o primeiro ponto a ser avaliado para essa decisão é a idade do animal.

“O ideal é que eles viajem após completarem o protocolo inicial de vacinação, geralmente a partir de 16 semanas (4 meses). Antes disso, cães e gatos ainda não possuem proteção adequada contra doenças infecciosas”, alerta. “Filhotes mais novos só devem viajar em situações realmente necessárias e com orientação direta do médico-veterinário.”

Os cães devem estar imunizados com a vacina polivalente (V8 ou V10), que previne doenças graves como cinomose e parvovirose; a vacina antirrábica (raiva), obrigatória em todo território nacional; e a vacina contra a tosse dos canis (gripe canina), doença altamente contagiosa e comum em ambientes com grande circulação de animais, como hotéis e praias.

No caso dos gatos, é importante que estejam com as vacinas tríplice (V3) ou quádrupla (V4/V5) e a antirrábica em dia.

“A vermifugação e o controle parasitário são obrigatórios tanto para cães quanto para gatos, incluindo vermífugos gastrointestinais e controle contra pulgas, carrapatos e mosquitos. Isso é fundamental para prevenir dirofilariose, leishmaniose e doenças transmitidas por carrapatos e pulgas”, destaca Aline.

Documentação deve estar em dia

Com vacinas e vermífugos atualizados, o próximo passo é juntar toda a documentação do animal. Para viagens nacionais, geralmente é exigida a carteira de vacinação atualizada, com destaque para a vacina antirrábica válida. Também é necessário o atestado de saúde, emitido exclusivamente por médico-veterinário –, com validade de 7 a 10 dias antes da viagem.

Em viagens de ônibus, as empresas podem exigir caixa de transporte adequada e documentação de vacinação.

Se a viagem for de avião, o tutor deve apresentar o atestado de saúde recente (3 a 10 dias, dependendo da companhia), a carteira de vacinação com antirrábica válida e o laudo de aptidão ao transporte (quando solicitado). Podem ser exigidos ainda documentos específicos para transporte na cabine ou no porão.

Para voos internacionais, a companhia aérea pode solicitar microchip, sorologia da raiva, o Certificado Veterinário Internacional (CVI) e documentos adicionais do país de destino. “É fundamental que o tutor consulte a companhia aérea com antecedência”, reforça Aline.

Chegou a hora de partir: como transportar o pet?

Segundo a médica-veterinária, essa pode ser a etapa mais importante, pois envolve a segurança do animal.

Se a família viajar de carro, cães e gatos podem ser levados em caixa de transporte, com cinto de segurança ou em cadeirinha específica para pets.

“O importante é nunca transportar o bichinho de estimação no colo ou solto no carro. Também é essencial evitar que o animal fique com a cabeça para fora da janela do veículo, pois, além do risco de acidente, pode acarretar infração de trânsito”, alerta Aline. A prática está prevista no artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e prevê multa grave no valor de R$ 195,23 e 5 pontos na CNH.

Caso a viagem seja de ônibus, é fundamental que o pet esteja bem acomodado em caixa de transporte rígida e bem ventilada.

Em viagens de avião, animais de pequeno porte podem ir na cabine, acomodados em uma caixa macia adequada ao seu tamanho. Os pets de grande porte viajam no porão climatizado, em caixa compatível com o tamanho do animal. Todas as caixas devem seguir as normas da International Air Transport Association (IATA).

Conforto e comodidade durante o trajeto

Para que a viagem seja realmente inesquecível com o “melhor amigo”, é importante que ela seja confortável, especialmente durante o percurso.

Nas viagens terrestres, além de transportar o animal com segurança, o tutor deve levar a ração habitual do pet para evitar distúrbios gastrointestinais.

“O recomendado é alimentar o animal de 2 a 3 horas antes da saída e, durante o trajeto, ofertar pequenas quantidades a cada 4 a 6 horas, conforme a tolerância do animal. Já a água deve ser ofertada com frequência, a cada 1 a 2 horas”, orienta Aline.

Em viagens de avião, não é recomendado oferecer comida durante o voo. O tutor deve alimentar o animal 3 horas antes para evitar náuseas. A água pode ser deixada em recipientes presos à caixa, especialmente em voos longos. “Evite tranquilizantes sem prescrição veterinária, pois não são recomendados”, reforça Aline.

Durante viagens terrestres, é fundamental fazer paradas a cada 2 horas. Esse momento é importante para a oferta de água, para que o cão faça suas necessidades fisiológicas e para caminhadas breves.

Os felinos devem permanecer seguros na caixa, mas podem ter breves pausas em ambiente totalmente controlado, evitando qualquer risco de fuga.

10 dicas para a viagem ser agradável ao pet:

1 – Realize avaliação veterinária antes da viagem;

2 – Mantenha vacinas e antiparasitários atualizados;

3 – Não dê alimentos que o pet não esteja acostumado a comer;

4 – Faça a identificação do animal

5 – Garanta sombra, hidratação e pausas frequentes;

6 – Evite passeios nos horários mais quentes;

7 – Utilize protetor solar veterinário em áreas sensíveis do animal;

8 – Leve kit de primeiros socorros;

9 – Respeite a individualidade do pet, alguns se assustam com ambientes agitados;

10 – Nunca force interação, aglomeração ou exposição excessiva ao calor.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

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