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Orlando Caldeira vive jornalista de fofocas em 'Vai na Fé', nova novela da Globo

Ator também é idealizador do "Coletivo Preto", e também será destaque no teatro e nos cinemas em 2023

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Depois do sucesso e de concorrer ao prêmio de ator revelação por seu papel na novela “Verão 90”, Orlando Caldeira, de 37 anos, retorna à TV Globo para a próxima trama das sete, “Vai na Fé”, escrita por Rosane Svartman e dirigida por Paulo Silvestrini.

Na história ele interpreta ‘Antony Verão’, um jornalista de fofocas determinado que precisa aprender a lidar com as consequências da profissão.

"Ele é de um ramo que possui um olhar mais estigmatizado, mas tenta fazer o que é certo. Um dos seus bordões é “Maldade não, verdade!”, então ele se preocupa sempre em noticiar e apurar os fatos. É muito divertido fazer o Antony, porque às vezes parece que ele está sendo usado, e nas outras que está se aproveitando dos demais", descreve Orlando.

Orlando em Verão 90 - TV Globo

O personagem vive ainda uma história inacabada com Vitinho, funkeiro interpretado por Luís Lobianco.

No passado, ambos formavam um casal, mas uma grande decepção amorosa fez com que o jornalista terminasse o relacionamento e decidisse cobrir a intimidade dos artistas.

"É uma situação bem engraçada, porque os personagens têm suas desavenças. O Lobianco é um cara que eu admiro demais, e nos aproximamos muito no set. Quando fiquei sabendo que ia fazer a novela com ele, nos falamos nas redes sociais e ele disse que vibrou muito quando soube da notícia. Se nas câmeras a gente se odeia, fora delas nos amamos", conta.

Além da paixão mal resolvida, Antony vive uma relação de dependência com Érika (Letícia Salles), bailarina do famoso Lui Lorenzo (José Loreto).

"Por não fazer parte da mídia, ela sempre fala “publica e depois explica”, o que faz com que ela acabe se tornando um mal necessário na carreira dele. Nesse meio, é preciso de um imediatismo que ele não tem, e a Érika acaba ajudando nesse quesito. Eu diria que ela serve como uma contra parte do parceiro", aponta.

Orlando é um jornalista em "Vai na Fé" - TV Globo

Além da TV, ele irá dirigir dois espetáculos. “Pelada”, desenvolvido pelo seu grupo teatro, o ‘Coletivo Preto’, trabalha as narrativas do subúrbio através do humor e surgiu durante a pandemia em uma espécie de produção audiovisual, que será adaptada em uma peça contemplada pelo FOCA (Projeto de fomento à cultura carioca).

- Eu sou do subúrbio, e por muito tempo me questionava porque não consegui formar uma família no teatro, e acho que isso é por conta das narrativas. O teatro carioca sempre ficou falando de si e se distanciou do público, em especial aquele que não tem o hábito de ir ao teatro. E esse projeto trata exatamente disso, trazer nossas narrativas no viés positivo, saindo do lado da escassez. Acreditamos que, a partir do humor e do riso, conseguimos trazer os nossos pro teatro, e, após uma série de acontecimentos traumáticos, como pandemia e crise econômica, fazer um teatro de acolhimento – detalha.

                           Com a atriz Dira Paes - Divulgação

Já “A hora do Blec” é uma adaptação da famosa animação criada pelos compositores David Junior e Yazmin Garcez, que será transformada em um musical dirigido por Caldeira.

"Estou muito animado, porque parte da minha trajetória tem a ver com o público infantil. Tenho um solo chamado “Boquinha...E assim surgiu o mundo”, escrito pelo Lázaro Ramos, com direção do Lázaro e da Suzana Nascimento, e eu já tinha feito outro espetáculo voltado para crianças. Vai ser uma honra e uma alegria muito grande de poder falar com as crianças, de um personagem preto, de uma família bem sucedida. Trazer esse olhar do lúdico e fazer com que crianças pretas se sintam representadas", diz Orlando.

Nos cinemas, ele fará um cientista em “Os aventureiros – A origem”, filme estrelado por Luccas Neto. A produção, que estreia no primeiro semestre de 2023, aborda dimensões alternativas e universos mágicos cheio de mistérios.

"Esse longa foi um presente pra mim. Já admirava muito a trajetória do Luccas. Ele enxergou algo que ninguém viu, o universo infantil no Youtube, e investiu nisso, se tornando uma febre no país. E eu, como um artista que dirige, atua e produz, vejo esse movimento como algo inspirador, ainda mais quando falamos em um filme para crianças. Como artista, a gente sempre quer transformar o mundo, e nada melhor do que fazer isso através das crianças, porque é uma semente que está sendo plantada em um vaso que tem muito a se desenvolver", completa.

Orlando Caldeira - Divulgação

Orlando trilha uma jornada empreendedora em diversas frentes, mas sempre marcadas pela arte. É um dos idealizadores do ‘Projeto Identidade’, junto da atriz Noemia Oliveira, que faz uma releitura de ícones pop, e é fundador da Galo Solto, marca de roupas especializada em saia masculina.

"Acho que o artista tem uma necessidade grande de se comunicar, vontade de materializar suas ideias, e precisa estar em contato com o público. Viemos de uma época onde cada um era uma coisa, e, hoje em dia, somos tudo. O mercado e o mundo exigem isso. E eu apenas deixo isso fluir e me entrego. Me considero um fazedor da arte e quero deixar minha marca. É o que tenho de mais sincero a oferecer para o mundo", finaliza.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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