Há 120 anos, no dia 5 de dezembro de 1901 nascia um gênio. Um homem cujo o nome, para muitas gerações ao redor do mundo, ainda é o sinônimo de mágica, de uma marca e império mais poderosos do entretenimento até hoje: Walt Disney.
Walt começou a desenhar ainda criança.
Seus primeiros desenhos eram cópias das tirinhas dos jornais e aos poucos foi desenvolvendo suas habilidades, chegando a ter um emprego como cartunista do jornal de Kansas City.
Porém, aos 18 anos, foi demitido e ao lado do amigo, Ub Iwerks, fez a primeira tentativa de começar sua própria companhia.
Ainda era cedo e logo foi buscar estabilidade em uma agência publicitária.
Foi lá que se apaixonou pelo processo de animação e começou a sonhar alto. Aos 21 anos, desempregado de novo, Walt decidiu ir para Hollywood, reencontrar o irmão, Roy, que vivia na capital do cinema.
Entre um projeto e outro, os irmãos fundaram a Disney Brothers Studio, hoje The Walt Disney Company, com a intenção de produzirem filmes de animação.
No trabalho, Walt conhecer a artista Lillian Bounds, com quem se casaria em 1925 e teria duas filhas.
Por volta de 1927, já certo de criar filmes puramente de animação, Walt Disney recebeu uma encomenda para Universal Pictures e criou o Oswald, o coelho sortudo.
Mas, em um ano, não apenas não conseguiu um aumento, como perdeu sua equipe de animadores e descobriu que os direitos de imagem e marca de Oswald não eram mais seus, mas sim da Universal.
Em um novo recomeço, Walt precisava substituir sua personagem mais lucrativa, por isso resgatou outra que tinha criado alguns anos antes, Mickey Mouse, seu ratinho de estimação.
Mickey, aliás, foi batizado por Lillian porque Walt o chamava de “Mortimer”, mas ela o alertou que nome poderia ser considerado muito pomposo.
Já mais voltado para os negócios, o cartunista deixou o Mickey original para ser desenhado por Ub, mas com voz. Isso mesmo, adicionamos a função de dublador ao seu CV.
Com o advento do som no cinema, os desenhos do Mickey ganharam popularidade, usando a música como parte de sua narrativa. Mas foi “Os Três Porquinhos”, um curta de animação, que rendeu à Walt seu primeiro Oscar, em 1933 e deu a ele o incentivo de partir para um longa.
Obvio que o taxaram de louco, mas trabalhou por quatro anos no projeto e, em 1937 nascia “Branca de Neve e os Sete Anões”.
Custou um astronômico valor de mais de um milhão de dólares, mas em apenas dois anos, o filme já tinha rendido 6 milhões e meio de dólares, além de um Oscar honorário ao criador.
Nos anos 50, os estúdios Disney começaram a fazer filmes fora do universo da animação e a essa altura a marca já tinha uma força global.
Nessa época, o sempre visionário Walt Disney já estava projetando seu outro sonho: o parque de diversões, Disneyland, aberto em 1955, recriando a cidade de Marceline, no Kansas, onde Walt cresceu e apresentando outros parques temáticos dentro dele mesmo: Adventureland, Frontierland, Fantasyland e Tomorrowland.
Sucesso absoluto, com a fórmula de merchinding, filmes, música, e fantasia em um universo de consumo que até hoje domina o mercado.
Os anos 1960s viram a Disney entrar também na televisão, um dos meios de comunicação mais efetivos para falar com as crianças e adultos, e filmes sem ser de animação ganharam maior espaço nos estúdios, incluindo o prestigiado Mary Poppins, que trouxe mais Oscars para Walt.
Os parques cresceram com o projeto do Disneyworld, na Flórida e o império se solidificou, mas a saúde de Walt Disney ressentiu os muitos anos de cigarros sem filtro.
Em novembro de 1966 foi diagnosticado o câncer no pulmão, em estágio tão avançado que no final do mês teve que ser internado às pressas.
Faleceu em 15 de dezembro, 10 dias depois de ter completado 65 anos.
Os negócios foram liderados por Roy até passar a ser um grande conglomerado.
Chegamos a 2021, mais de 94 anos depois que Walt Disney começou a traçar profissionalmente os primeiros desenhos.
Em tempos revisionistas, sua trajetória tem momentos ou produtos hoje questionáveis, mas que refletem seu tempo.
Talvez a paixão pelo que fazia colabore para que as pessoas o amem incondicionalmente.
No fim de semana de seu aniversário de 120 anos, um passeio pelos seus clássicos e por documentários que recontam sua história, é uma pedida interessante para quem tem Disney Plus. Parabéns, Walt Disney!

As pinturas de Isabê também estarão na Casa-Quintal 109 de Manoel de Barros, museu na antiga residência do poeta, no Jardim dos Estados - Foto: Divulgação


Filme lança hoje - Foto: Divulgação


