Correio B

NOVELA

"Poliana Moça" estreia no SBT com Sophia Valverde como protagonista e mudanças no elenco

Por conta da paralisação de quase 2 anos, a trama teve algumas baixas no elenco, como o ator João Guilherme

Continue lendo...

A pandemia de Covid-19 foi um verdadeiro furacão no setor audiovisual. Ao longo dos últimos dois anos, inúmeros projetos foram adiados, cancelados ou alterados em virtude das inseguranças sanitárias. 

A trama de “Poliana Moça”, sequência da novela infantojuvenil “As Aventuras de Poliana”, tinha dias semanas de gravação quando foram decretadas as primeiras medidas de isolamento social. 

“Foi difícil entrar no estúdio e pedir para parar tudo”, relembra o diretor geral Ricardo Mantoanelli. 

Porém, após quase dois anos de paralisação, todo o cenário mudou com o avanço da campanha de vacinação.

Em setembro do ano passado, elenco e equipe se reencontraram nos estúdios para dar continuidade aos trabalhos da nova novela inédita do SBT, que estreia nesta segunda, dia 21. E, para surpresa de muitos, o longo hiato acabou sendo benéfico para o desenvolvimento da produção adolescente.

“Na história, a Poliana tem 15 anos, mas a Sophia (Valverde) ainda não estava com essa idade. Então, a parada da pandemia foi propícia para que a Sophia tivesse realmente 15 anos. O elenco realmente cresceu. Não vamos simular nada. A frustração foi enorme por paralisar tudo, mas queríamos ser responsáveis. Nosso elenco é majoritariamente formado por crianças. Tínhamos de ter responsabilidade. Essa pausa acabou sendo boa para a obra no final de tudo”, explica o diretor artístico Fernando Pelegio.

Adaptação de Iris Abravanel do livro “Pollyana Moça”, escrito por Eleanor H. Porter, a produção retrata a chegada de Poliana, papel de Sophia Valverde, ao conturbado e confuso período da adolescência. 

A protagonista se verá diante de dilemas comuns da idade, como o primeiro amor, velhas e novas amizades e as questões escolares.

Além disso, ela também começa a construir uma relação com seu pai, Otto, de Dalton Vigh. 

“Em tempos de guerra, é bom vermos algo reconfortante. A juventude é uma fase complicada. Queremos mostrar a importância do amor ao próximo independente de quem seja. Tivemos algumas mudanças de núcleo. Não poderíamos deixar de falar sobre o que aconteceu com todo esse vírus. Mas a essência do livro segue a mesma”, afirma a esposa de Silvio Santos. 

No campo amoroso, Poliana ficará cada vez mais próxima de João, interpretado Igor Jansen. Confuso com seus sentimentos em relação a Poliana, ele pensa em se declarar para a melhor amiga. 

“Fiquei bastante emocionada por voltar. Sentia muita falta dos estúdios. A gente cresceu, estamos melhores e vou usar muita coisa da Sophia na Poliana”, ressalta a atriz.

Além de Sophia, o elenco retorna com nomes, como Thaís Melchior, Murilo Cezar, Flavia Pavanelli, Maria Gal e Myrian Rios. 

Novos profissionais também se juntam ao casting veterano com personagens inéditos, como é o caso de Junno Andrade, Luísa Bresser e Tânia Matarazzo. 

Após quase dois anos, porém, foi inevitável não lidar com baixas no elenco. Uma das principais mudanças da produção é a saída de João Guilherme do enredo. O ator, que vivia o influenciador Lucas Tuber, será substituído por Giovanni De Lorenzi.

“Caí de paraquedas na história. Ao mesmo tempo que não é um personagem novo, eu preciso dar novas cores ao Lucas Tuber. Então, acaba tendo uma transformação, mas sempre com respeito máximo ao trabalho feito pelo João”, valoriza Giovanni.

Com os trabalhos paralisados em março de 2020, a equipe do diretor geral precisou começar tudo do zero no segundo semestre do ano passado. Todo o material captado antes da pandemia teve de ser descartado. 

“Foi em respeito ao público. As crianças e os adolescente mudaram muito nesse período. Não tinha como segurar aquela carinha da Sophia ainda menina. Eles amadureceram muito e, principalmente, como profissionais”, aponta Mantoanelli. Assim como outras produções infantojuvenis, “Poliana Moça” também terá uma forte presença musical, com clipes e músicas interpretadas pelo elenco.

“Queremos diversidade de gêneros. Temos uma trilha sonora muito rica e com diversos estilos. Trabalho com música há 52 anos e nunca vi tanta gente boa. Era impressionante como eles gravavam as músicas de primeira. Atuam e cantam muito bem”, elogia o diretor musical Thomas Roth.

Quem é quem?

Núcleo Poliana

Poliana (Sophia Valverde) é conhecida por ser a filha de Otto (Dalton Vigh) e a criadora do Jogo do Contente, mas não liga para isso. Ela quer mesmo fazer a diferença no mundo e se descobre uma líder nata nesse novo ano escolar. A jovem agora vive conflitos, romances, relações e atitudes da adolescência, além de estar se preparando para sua festa de debutante. Ela vivencia um triângulo amoroso entre João (Igor Jansen), seu melhor amigo, e Éric (Lucas Burgatti), o menino popular da escola. Mas não é só: ela também tem de lidar com as peripécias de Pinóquio (João Pedro Delfino), que chega para revirar a mansão 242 de pernas para o ar. O robô toma vida quando é roubado de Otto e religado por Roger (Otávio Martins), Waldisney (Pedro Lemos) e Violeta (Gabriela Saadi).

Núcleo Marcelo e Luísa

Marcelo (Murilo Cezar) continua como professor da Escola Ruth Goulart e pega mais trabalhos como fotógrafo no seu tempo livre. Depois de passar quase um mês fora do país, tirando fotos para uma revista famosa, ele antecipa sua volta, não só por causa do aniversário de Poliana, mas porque Luísa (Thais Melchior) está com uma suspeita de gravidez. Porém, ao fazer o teste, a tia de Poliana se frustra novamente. Os dois enfrentarão dificuldades para engravidar. Na nova temporada, Marcelo irá se aproximar do meio irmão, Otto.

Núcleo escola Ruth Goulart

A Escola é conduzida pela firme e bem-sucedida Ruth Goulart (Myrian Rios). Ela tem seus alicerces estremecidos quando Renato (Junno Andrade), um grande amor da juventude, ressurge como funcionário do colégio e namorado de seu braço-direito e melhor amiga, Helô (Elina de Souza). Ruth, acostumada a conduzir centenas de funcionários e alunos, se vê frustrada quando um homem sozinho, consegue virar seu mundo de cabeça para baixo, podendo colocar em jogo o relacionamento com aquela que sempre esteve ao seu. 

Núcleo Gleyce

Gleyce (Maria Gal) é a definição em pessoa de mulher forte e corajosa. Termina a faculdade, pendura orgulhosamente o seu diploma na parede. Ela, no entanto, é não é do tipo que se acomoda na felicidade própria sabendo que tem tanta gente no mundo precisando de ajuda, por isso, está mais empenhada do que nunca em ajudar a comunidade Bem-te-vi. O problema é que não vai conseguir o que quer sem enfrentar a grande resistência dos bandidos, que preferem que a comunidade siga dependente do crime. Ela é casada com Henrique (Paulo Américo). Inteligente e bem-sucedido em sua carreira como professor universitário, ele tem uma relação conturbada com Jeferson (Vitor Britto).

Correio B+

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

Continue Lendo...

Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

Continue Lendo...

Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).