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Polliana Aleixo "Eu sinto uma gratidão absurda por fazer a Victoria em 'El Presidente'

Polliana é a nossa Capa do Correio B+ desta semana, e em conversa exclusiva com o Caderno ela fala sobre sua estreia, construção de seu personagem, trajetória e também de novos projetos no cinema e no streaming.

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Apesar do rosto de menina, Polliana Aleixo (26), começou sua trajetória bem cedo como atriz, e segundo ela de modo intuitivo. “Eu acredito que quando comecei foi tudo muito intuitivo, justamente por ainda ser bem jovem. Tive a sorte de ter uma família que entendeu e apoiou esse meu caminho desde cedo, o que fez toda diferença na minha trajetória, sem dúvida”, explica.
 

Polliana já fez inúmeras novelas, em sua maioria na TV Globo, mas em sua passagem pela Record TV também fez uma personagem bíblica, mais precisamente Kesiah em JESUS.
Entre 2015 e 2017, Polliana cursou Publicidade e Propaganda na faculdade IBMR.

A atriz Polliana Aleixo é Capa do Correio B+ desta semanaA atriz Polliana Aleixo é Capa do Correio B+ desta semana - Foto Pupin+Deleu - Capa Denis Felipe

A atriz gravou, em 2019, uma participação no programa "Dra. Darci", do Multishow, dirigido por Cris D’amato, e na sequência rodou o seu primeiro longa-metragem, com a mesma diretora, “A Sogra Perfeita”. No filme, lançado em 2021, Polliana interpreta Cileia, uma das personagens principais. 

Ela também estreou no dia 11 de outubro na Netflix o longa-metragem "Esposa de Aluguel", comédia romântica dirigida por Cris D'Amato, e que conta com Caio Castro, Mariana Xavier, Thati Lopes e grande elenco. Na semana de estreia, ele não só alcançou o TOP 10 mundial e o primeiro lugar em diversos países, como foi o filme de língua não inglesa mais assistido da plataforma.

Em ascensão, esteve durante todo o ano de 2021 com trabalhos na TV aberta, primeiro, no ar na reprise de "A Vida da Gente" (Globo), e depois na novela inédita “Gênesis” (Record).

Na novela JESUS da Record TVNa novela Jesus da Record TV - Divulgação



Ao mesmo tempo, gravava no Uruguai um de seus trabalhos mais recentes, a série chilena "El Presidente" (Amazon Prime Video). A produção é roteirizada pelo argentino Armando Bó, vencedor do Oscar 2015 na categoria Melhor Roteiro Original por "Birdman (or The Unexpected Virtue of Ignorance)".


“O mais legal nisso tudo, é que além de premiado e genial, o Armando é o grande pai desse projeto. Ele escreve e produz também, então ele era envolvido em todos os processos. Ele tem uma equipe muito alinhada, um set muito concentrado, até porque acontecia em várias línguas por ter um elenco de diferentes nacionalidades”, opina Polliana.

Hoje, (04/11) no Prime Video a atriz estreia com "Jogo da Corrupção", a segunda temporada do sucesso internacional "El Presidente". Na trama, indicada ao Emmy 2021, a artista dará vida a Victoria Havelange, filha única do protagonista João Havelange (ex-presidente da FIFA), interpretado pelo ator português Albano Jerónimo (Vikings).

Com Francisco Cuoco na TV Globo                     Com Francisco Cuoco  na TV Globo - Divulgação

A história promete movimentar as estruturas do mundo do futebol, em pleno ano de Copa do Mundo, já que mostrará os bastidores de como a FIFA se transformou em potência comercial e política.

“Eu sinto uma gratidão absurda por ter a oportunidade de fazer a Victoria Havelange, pois pude construí-la do início ao fim, desde a fase mais jovem até a fase adulta. Foi minha primeira experiência interpretando mãe, por exemplo. Fora que pude contracenar com grandes atores diretamente, como o Albano Jerónimo, Maria Fernanda Cândido e Eduardo Moscovis”, conclui.

Polliana é a nossa Capa do Correio B+ desta semana, e em conversa exclusiva com o Caderno ela fala sobre sua estreia, construção de seu personagem, trajetória e também de novos projetos no cinema e no streaming.

CE - Você estreou muito jovem como atriz, você sempre quis seguir esse caminho?

PA - Eu acredito que quando comecei foi tudo muito intuitivo, justamente por ainda ser bem jovem. Tive a sorte de ter uma família que entendeu e apoiou esse meu caminho desde cedo, o que fez toda diferença na minha trajetória, sem dúvida. Comecei como a maioria, fazendo publicidade quando criança, aí fui pro teatro, com o apoio dos meus pais vim para o Rio fazer um book e um teste. Eu lembro até hoje da primeira vez que entrei num estúdio, gravando um especial de fim de ano da Globo, eu fiquei encantada, era meu parque da Disney.

CE - São inúmeras novelas na TV Globo por anos inclusive, muitas vezes emendando um papel no outro. Como foi esse período e esse processo pra você tão jovem com responsabilidades tão importantes.

PA - Eu sempre trabalhei com adultos, raramente tive outras crianças no set comigo, e acho que isso me amadureceu mais cedo, mas de uma forma positiva. No início, fazia apenas porque gostava, lá pros meus 14 anos eu fui entender a dimensão das coisas e lembro que, nessa idade, decidi pra mim que era isso que queria para o resto da minha vida. Tive o privilégio de ter pessoas incríveis no processo, sempre foquei nos amigos, em quem queria ajudar, ensinar, edificar. Vejo artistas como uma classe que deve se unir cada vez mais, acho que porque essa foi minha experiência, sempre tive pessoas dispostas a dividir comigo o que sabia.

Polliana Aleixo                                      A atriz Polliana Aleixo - Foto Pupin+Deleu

CE - Como foi pra você fazer uma novela bíblica?

PA - Foi o primeiro trabalho que tive que estudar mais História, entender a cultura de cada povo, de acordo com sua época, crença, região. No caso da Paltith, que era uma personagem que existiu na Bíblia e, ainda por cima, trazendo assuntos tão delicados, o trabalho foi dobrado. Foi um preparo importante pros meus últimos trabalhos que tem sido sempre baseado em fatos reais, o que é muito legal pessoalmente falando, pois é uma das coisa que mais me atrai na hora de escolher um filme ou série para assistir.

CE- Você fez Publicidade, pensou em seguir carreira na área?

PA - Não, mas foi de extrema importância na minha carreira. Às vezes, sinto que nosso trabalho fica num lugar de fluidez, quase como uma sorte, mas na verdade exige planejamento, estratégia, pois é uma indústria, e das grandes. Cada vez produzindo mais, com mais pessoas no mercado se destacando, com o avanço da internet. A faculdade de publicidade me trouxe um 360 importantíssimo para minha carreira, foi onde comecei a entender a importância de ter a equipe que tenho hoje comigo, como minha assessora e meu empresário, de me envolver em todos os processos, a relevância da imprensa para que nosso trabalho chegue nas pessoas e como essas etapas funcionam. Hoje tenho muito mais autonomia e segurança administrando minha carreira, sabendo onde e como quero chegar.

CE - E o cinema como foi a sua experiência em “A Sogra Perfeita”?

PA - Foi meu primeiro longa e não poderia ter começado de forma melhor. A Cris D'amato, nossa diretora, foi definitivamente um encontro. Amo trabalhar com ela, e a pessoa que é ainda por cima. Foi um elenco forte, de gigantes da comédia como a Cacau Protássio, Evelyn Castro e Rodrigo Santana, tinha tudo pra ser intimidador, mas eles foram mestres, me acolheram, fizeram eu me soltar e descobrir o caminho da comédia. É curioso, pois quase não se fala do professor que a comédia é para um ator, é preciso coragem de se experimentar, de se expor. Sai muito mais corajosa e curiosa desse projeto.

CE - Pensa em fazer mais trabalhos no cinema e no streaming?

PA - Não só penso como já estou, rs. Estou começando agora na pré-produção de uma série para streaming. Acho incrível a velocidade que as coisas mudaram nos últimos tempos, em todos os aspectos, mas principalmente na forma de produzir e consumir conteúdo. A internet é uma revolução, ela criou um antes e depois na história da humanidade, não tem como ser diferente com o audiovisual e acho importante reconhecer e se apropriar disso. Hoje o Brasil vem ganhando um espaço, cada vez mais rápido, no mundo, porque a internet permite essa globalização dos conteúdos. Já pensou em como só assistia filmes de Hollywood? Hoje temos acesso a todo tipo de conteúdo de todo lugar do mundo, séries como Dark e filmes como Parasita, se destacando para o grande público. Acredito que o Brasil só tem a crescer nesse mercado com esse movimento.

Polliana começou muito cedo sua carreira de atriz                                                  Polliana começou muito cedo sua carreira de atriz - Divulgação

CE - Entre seus papéis, algum que você lembre sempre pela dificuldade ou pela felicidade de fazer?

PA - É difícil escolher um, sempre perguntam isso e eu fico horas pensando porque é quase pedir para uma mãe escolher entre os filhos. Geralmente o que tem grandes dificuldades traz grandes felicidades no processo também, como El Presidente, que fique 4 meses longe de casa e das pessoas que amo, mas é o trabalho que mais me emociona no momento.

CE - Como foi gravar no Uruguai?

PA - Intenso, é engraçado quando a equipe e elenco se encontram, porque é uma experiência que só a gente tem plena noção de como foi. Morávamos no mesmo hotel trabalhando juntos em meio a pandemia, foi nosso mundinho por 4 meses. Eu sempre senti que estava vivendo aquilo ao máximo, aproveitei cada conversa, cada chance de perguntar e pedir ajuda, cada chance de aprender.

Criei laços e fiz contatos. Essas últimas semanas que antecedem o lançamento, estão sendo nostálgicas e muito emocionantes, assisti a série toda essa semana e é inacreditável pensar que fiz parte de tudo aquilo, estou muito orgulhosa. Mas é um orgulho diferente porque não é sobre mim, é orgulho do projeto como um todo, porque a gente vivenciava as dificuldades de cada um, de cada processo, fizemos uma história que roda o mundo em algumas ruas de Montevideo. Exigiu muito do talento de cada um e do amor pelo ofício, pois todos estavam com saudade de casa, foi o maior trabalho em equipe que tive até hoje.

CE - Como surgiu o convite para o trabalho em “El Presidente”?

PA - Foi um teste através do meu empresário, na época fiz para duas personagens. Teste é não só um teste para o trabalho em si, mas de controle da ansiedade, pois não tem um tempo definido para nada, podem te dar uma resposta em dias como em meses. Então, já sabendo disso, e que é normal, fiz e entreguei, e deixei para lá. Na época, estava gravando uma novela e lembro como se fosse ontem do momento. Eu estava chegando exausta de um fim de semana gravando no interior, só pensando em tomar um banho e dormir, foi quando meu empresário ligou. Fiquei em choque, demorei um pouco para processar. Só na manhã seguinte eu senti de verdade, aí chorei o choro mais feliz da minha vida.

CE - E gravar com um diretor tão premiado?

PA - O mais legal nisso tudo, é que além de premiado e genial, o Armando é o grande pai desse projeto. Ele escreve e produz também, então ele era envolvido em todos os processos. Ele tem uma equipe muito alinhada, um set muito concentrado, até porque acontecia em várias línguas por ter um elenco de diferentes nacionalidades. O Armando é um artista, criativo, entusiasmado e que tem ideias e cria caminhos para torná-las reais. Mesmo tendo feito parte, sabendo como cada cena foi feita, é inacreditável assistindo agora, e ele foi um grande líder, porque muitas vezes só ele realmente entendia a cena final e a gente confiava. E valeu a pena demais, porque está impecável.

PollianaPolliana estreia na Amazon Prime Video -  Foto Pupin+Deleu

CE - Qual é a sua expectativa com a estreia?

PA - Eu estou tentando segurar, para ser honesta, mas está difícil. Está muito bem-feita, a história te prende do início ao fim, todos os capítulos acontecem muita coisa e é inquietante, traz à tona muitas questões além do futebol, como política, a relação familiar e como a FIFA se tornou o que é hoje por conta dos movimentos do Havelange e o que o motivava nessa jornada. E levando em consideração que a Copa está chegando, acho que tem tudo para cair nas graças não só de quem ama futebol, mas também de quem não sabe muito sobre nada sobre isso.

 

CE - Como foi para você fazer esse papel?

PA - Sendo muito honesta, esse projeto para mim vai muito além disso, porque entendemos no processo que era sobre algo maior que um personagem em si, mas sobre uma história. Eu sinto uma gratidão absurda por ter a oportunidade de fazer a Victoria Havelange, pois pude construí-la do início ao fim, desde a fase mais jovem até a fase adulta. Foi minha primeira experiência interpretando mãe, por exemplo. Fora que pude contracenar com grandes atores diretamente, como o Albano Jerónimo, Maria Fernanda Cândido e Eduardo Moscovis.

CE - Como é a Polliana fora do trabalho?

PA - Muito tranquila, cada dia mais, na verdade, rs. Hoje em dia sou mais caseira, gosto de receber os amigos em casa, ficar com minha família e meu namorado. Meu trabalho é agitado, barulhento, e por mais que eu ame, demande energia mental, física e emocional. E tenho tido uma agenda agitada, tanto de gravações quanto de lançamentos e esse último ano eu tenho focado em separar bem pessoa jurídica e pessoa física, então aproveito meus momentos de lazer para realmente desconectar de tudo e me conectar com outras coisas que amo, como ler, a dança que comecei esse ano e se tornou uma grande paixão e tenho me dedicado cada dia mais.

polliana                                   Polliana Aleixo - Foto Pupin+Deleu

CE - Quais os seus novos projetos?

PA - No mesmo dia que lança "El Presidente - Jogo da Corrupção'', eu começo a preparação para uma série. Acho que é o maior desafio da minha carreira até então, estou muito animada, tem sido um turbilhão de sentimentos para administrar, mas estou animada e feliz acima de tudo. E no ano que vem, lanço outros dois projetos, um longa e uma série. Não vejo a hora de poder compartilhar mais detalhes!

CE - Um sonho que gostaria muito de realizar...

PA - Tenho muitos ainda, gosto de sonhar. Mas pensando em um sonho profissional seria ir para algum festival internacional com um projeto que fiz, deve ser uma experiência emocionante.

Diálogo

Tremenda de uma "cascata" a informação apregoada pelo governo de Lula que... Leia na coluna de hoje

Leia a coluna desta terça-feira (23)

23/12/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Cecília Meireles - escritora brasileira

Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”

Felpuda

Tremenda de uma “cascata” a informação apregoada pelo governo de Lula que ele ressarciu os aposentados, vítimas da roubalheira de esquema que envolve pessoas ligadas ao INSS, empresas privadas, ONGs, laranjas e políticos. Na realidade, essa conta sobrou para o cidadão, inclusive os próprios aposentados que pagam Imposto de Renda. Nenhum dos bandidos até agora restituiu aos cofres públicos o dinheiro que roubou. Aliás, a maioria está sendo blindada de forma vergonhosa. Há quem diga até que buscam “freio” para que a CPMI do INSS comece a patinar e não avance. Lamentável!

Pra cabeça

Quem entrará em 2026 com problemas no Conselho de Ética da Câmara é a deputada federal Camila Jara, do PT. O Partido Novo protocolou representação contra ela.

Mais

A acusação é de violação do decoro, ao se envolver na confusão originada quando da retirada à força de Glauber Braga, do Psol, e de ofensa ao secretário-geral da Mesa Diretora.

Diálogo

O vorí-vorí, tradicional prato paraguaio, foi eleito o melhor do mundo na lista anual do Taste Atlas, plataforma internacional que reúne avaliações gastronômicas de todas as partes do planeta. A iguaria recebeu nota 4,64 de 5, com base em votos de usuários reais que experimentaram o prato. Conhecido também como borí-borí, o vorí-vorí é descrito pelo portal como “a icônica sopa de galinha paraguaia com bolinhos de fubá recheados com queijo”. Rico em sabor, textura e história, o prato ocupa um lugar especial na mesa das famílias paraguaias e agora também no cenário global da gastronomia. Nos últimos anos, o vorí-vorí já havia figurado entre as melhores sopas do mundo em rankings do mesmo portal, reforçando sua reputação. A lista do Taste Atlas se tornou referência global por utilizar um sistema que identifica e descarta avaliações nacionalistas ou feitas por robôs, garantindo legitimidade às escolhas.

DiálogoChayene Marques Georges Amaral e Luiz Renê Gonçalves Amaral

 

DiálogoCamila Fremder

Prova de fogo

O atual time que forma o entorno do governador Eduardo Riedel terá, no próximo ano, prova de fogo, porque a missão deverá ser reeleger o “chefe” para o segundo mandato. Será o momento de a tchurminha provar quem é quem na estrutura. Quando foi eleito em 2022, Riedel nunca havia disputado uma eleição, porém, tinha um grupo político forte que sabia “o caminho das pedras”, o que foi fundamental para sua vitória. Em 2026, ele não poderá contar com esse pessoal.

Nem tanto

O PT em Mato Grosso do Sul já não estaria demonstrando, digamos, tanto amor pela candidatura de Simone Tebet (MDB) ao Senado pelo Estado, achando ser melhor por São Paulo. Lideranças petistas cá dessas bandas dizem que a ministra poderá ser um dos nomes para suceder a Lula. Ela figura entre algumas opções para ocupar o trono petista. A lista tem Alckmin, do PSB, e Haddad, o único do PT. Tudo indica que não se faz mais petista raiz como antigamente...

Entrave

Nos bastidores, o que se fala é que a ministra Simone Tebet, até então considerada excelente opção para disputar o Senado por MS, seria fonte de problemas. Algumas das alas do PT teriam torcido o nariz com a possibilidade de ela disputar pelo partido, até porque esse time lembra de que, quando candidata à Presidência, ela desferiu ataques a Lula. Além disso, há dúvidas se no Estado teria potencial eleitoral para o embate com outros candidatos, em sua maioria da direita, tendo em vista que o governo do qual faz parte, dizem, “está caindo pelas tabelas”

ANIVERSARIANTES

Beatriz Rahe Pereira, 
Dr. Gevair Ferreira Lima Júnior,
Julianne Stranieri Metello, 
Stephan Duailibi Younes, 
Maria Fatima Bueno,
Adhemar Mombrum de Carvalho Neto,
Augusto Costa Canhete,
Rosangela Neves,
Edgar Basmage,
Gileno Almeida Costa Nonato,
Sérgio Aguni,
Rinaldo da Silva Cruz,
Edna Maria Potsch Magalhães,
Dr. Márcio Molinari,
Ivo Batista Benites,
Ronaldo Fernandes Donizeti de Jesus,
Fabiano Borges da Silva,
Maria Aparecida Menezes,
Rafael Medina Araujo,
Rosilene Gois Paes,
Antonio Angelo Garcia dos Santos,
Maria Elisa Hindo Dittmar,  
Beatriz de Almeida,
Dr. Amaury Bittencourt Gonçalves, 
Izabella de Matos Lopes,
Cláudia Regina Di Felice,
Neide machado da Silva Gimenes,
Domingos Puckes,
Silvio Luiz de Moura Leite,
Helder Kohagura,
Maria Clementina Aparício Fernandes,  
Aurino Rodrigues Brasil,
Tânia Ignez Pinheiro,
Marilda Flores Haidar,
Samara Carvalho Gomes Binn,
Josselen Resstel Escórcio,
Valdo Maciel Monteiro,
Luiz Eduardo Yukio Egami,
Rafael Ferreira Ribeiro Lima,
Leila Maria de Albuquerque,
Maria Aparecida de Moura Leite, 
Datis Alves de Souza,
Aurea Leite de Camargo,
Maria de Fátima Vendas Muzzi, 
Thiago Ferraz de Oliveira,
Ruth Lopes Abreu,
Sandra Rodrigues Pereira,
Paulo da Costa Oliveira,  
Paulo César Reis Mendonça,
Fernanda Marques Ferreira,
Terezinha Alves Araújo,
Lucilaine Aparecida Tenorio de Medeiros,
Maria Helena Alves Lima,
Rosana Paes de Matos,
Laura Holsback Alvarenga,
Renato de Freitas Martins,
Miriam Fontoura Prata,
Nelson Maia de Melo,
Cleonice Gomes de Oliveira,
Rodolfo de Morais Dias,
Jussara Leite Barbosa,
Hugo Sabatel Neto,
Carolina Saves,
Solange Xavier Vargas,
Augusto Coelho Freire,
Soraia Kesrouani,  
Rubens Mendes Pereira,
Lilian Gabriela Heideriche Garcia,
Ana Maria Coimbra Santos,
Nelly Vasconcelos Coelho,
Valmir de Andrade Ferreira,
Eliana Miyuki Aratani Kaiya, 
Flávia Ribeiro Ramirez,
Laurinda Paiva Peixoto,
Patrícia de Souza Queiroz,
José Antônio Braga,
Elaine Viana Nunes,
Washington Justino Gonzaga,
Maria Stella Maia Pepino,
Vânia de Toledo Neder,
Osvaldo de Moraes Barros Neto,
Raquel Barbosa Franco,
Suely Ferreira Leal,
João Rafael Sanches Florindo,
Antonio Fernando Cavalcante,
Lúcia Torres Marchine,
Marcos Henrique Boza,
Adriana de Oliveira Rocha,
Suely Luiza Comerlato,  
Benedito Celso Dias,
Alirio Leitun,
Débora Queiroz de Oliveira,
Edson Pulchério Alves,
João Borges da Silva Filho,
Mário Zan Moreira,
Marcelo Luiz Ferreira Correa,
Valdecir Jorge,
Sérgio Carlos Borges,
Dr. Ruy Alberto Bueno,  
Marta Maria Vicente,
Guilherme Nucci dos Reis,
Marcelo Flores Acosta,
Noêmia Ramos de Oliveira,
Luiz Carlos de Carvalho,
Cláudia Garcia de Souza Trefilo,
Leonardo Marques Mourão,
Maria Delfina Louveira Trindade,
Camyla Queiroz de Faria Gonzales. 

*Colaborou Tatyane Gameiro

CINEMA

Curta-metragem "Carne Amarela" transforma a Terra do Pé de Cedro em set de filmagens

Com produção de Marcus Teles e direção de Gleycielli Nonato Guató, curta-metragem "Carne Amarela" tem equipe local e conta história que entrelaça memórias da infância em meio aos pequizeiros e banhos de rio

22/12/2025 10h30

Com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab),

Com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), "Carne Amarela" mobiliza comunidade de Coxim a partir de um enredo que une nostalgia da infância a uma mensagem de pertencimento territorial e de defesa da natureza Divulgação: Marcus Teles

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Nostalgia e engajamento são os motores para evocar os sabores da infância que fizeram Coxim voltar a ser cenário de cinema. Conhecida como Terra do Pé de Cedro, a cidade localizada a 245 quilômetros de Campo Grande, no norte do Estado, é uma das protagonistas de “Carne Amarela”, curta-metragem de ficção dirigido por Gleycielli Nonato Guató e produzido por Marcus Teles.

Os dois nasceram na cidade, que também é conhecida como Portal do Pantanal, e são profundamente conectados ao Cerrado e ao Pantanal.

As filmagens se encerraram ontem e foram realizadas integralmente por lá, contando com elenco local, que envolveu moradores atuando pela primeira vez na frente de uma câmera e também uma equipe de produção majoritariamente formada por coxinenses. Ou seja, uma combinação de saberes tradicionais, talento regional e formação técnica.

A produção nasce do desejo de fazer Coxim se ver na tela grande, “suas cores, sua luz, seus frutos, suas infâncias”, como afirma a diretora. E nasce, segundo Gleycielli, também da necessidade urgente de lembrar o que esses mesmos elementos significam para a identidade do município.

“Eu estou completamente em êxtase. Planejei muito trazer esse filme para cá. É emocionante gravar na cidade onde cresci, com o povo daqui, com artistas da terra. Noventa por cento do elenco é coxinense, a equipe tem muita gente da cidade, e isso me deixa profundamente feliz”, compartilha Gleycielli Nonato Guató, que, além de dirigir a produção, também assina o roteiro baseado em seus próprios textos literários.

DOIS TEXTOS

“Carne Amarela” nasce de dois textos de Gleycielli – o poema “Carne Amarela” e o conto “É Tempo de Ouro no Cerrado” – que guardam lembranças de uma Coxim que pulsava mata, rio e fruta. A diretora explica que o filme busca reencontrar essa paisagem quase perdida.

“Eu quero trazer a infância que vivi. A gente saía para caçar pequi, pegava ingá, comia goiaba no pé, trazia caju para fazer doce. Coxim era meu ‘Sítio do Picapau Amarelo’. Hoje, muitos lugares onde eu brincava viraram bairros. O filme é um lembrete do que ainda existe e do que não pode desaparecer”, afirma.

A obra convida as crianças e os adultos a olhar novamente para o Cerrado como pertencimento. O pequi, fruto central da narrativa, é apresentado como força, resistência e alimento da memória coxinense.

“O pequi já sustentou muitas famílias. Trouxe renda, trouxe mistura, trouxe nutrição. Ele resiste ao fogo, resiste ao tempo, mas não resiste ao machado. O filme quer acender esse sentimento de pertencimento e preservação, para que as próximas gerações vejam valor no que tantas vezes sustentou Coxim”, ressalta Gleycielli.

ZORAIDE

A protagonista adulta, Zoraide, teve como referências mulheres de alusão familiar e ancestral para Gleycielli: sua mãe, tias, avó e bisavó. A diretora revela que a personagem carrega traços de todas elas. E quem interpreta Zoraide é justamente Maria Agripina, mãe da diretora, pioneira do teatro coxinense.

“É muito emocionante ver minha mãe interpretando a Zoraide, que leva o nome da minha tia que faleceu na pandemia. Este filme é pioneiro em muitas coisas dentro de mim”, revela. Além disso, todos os cargos de direção são ocupados por mulheres, fortalecendo a presença feminina no audiovisual sul-mato-grossense.

“Trabalhar com essa equipe é um prazer imenso. Estamos construindo juntas. É uma energia muito poderosa”, afirma. A equipe ainda é formada majoritariamente por profissionais de Coxim, como Robertson Isan Vieira, artesão ceramista premiado, e José Carlos Soares, cabeleireiro e designer de imagem.

Com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), "Carne Amarela" mobiliza comunidade de Coxim a partir de um enredo que une nostalgia da infância a uma mensagem de pertencimento territorial e de defesa da naturezaEquipe do curta-metragem posa em um boteco da cidade com a diretora Gleycielli Nonato Guató (em pé, à esquerda, de blusa preta) - Foto: Divulgação/Marcus Teles

ENCONTRO

Para o produtor executivo e corroteirista Marcus Teles, filmar em Coxim não foi uma escolha estética, mas ética e afetiva. “Coxim faz parte da nossa formação pessoal e artística. Os textos que deram origem ao filme nasceram daqui.

A luz, a paisagem, o modo de vida, o jeito como o pequi aparece na cidade, tudo isso faz parte da essência da história. Filmar em Coxim é garantir autenticidade”, afirma Marcus.

O produtor explica que mapear as locações foi um processo guiado pela afetividade. “Coxim é uma cidade onde o urbano e o rural se encontram o tempo todo. Não procuramos cenários: reconhecemos neles o que a história já trazia em essência”.

Marcus destaca ainda que oito moradores da cidade trabalharam pela primeira vez no audiovisual, acompanhados de profissionais experientes. “Queremos abrir portas. Que jovens de Coxim encontrem no set um caminho possível, uma nova profissão, um futuro”, destaca o produtor.

101 FILMES

O elenco também conta com a participação especial do ator Breno Moroni, que marcou gerações como o Mascarado na novela “A Viagem” (Globo, 1994), além de ter participado de diversas outras produções no cinema e na televisão.

Com uma carreira extensa que inclui desde aberturas de telenovelas e mais de 100 filmes, Breno esteve em Coxim para integrar o elenco de “Carne Amarela” como seu 101º trabalho audiovisual.

“Trazer o Breno foi como aproximar duas forças que se completam. Ele chega com experiência, mas com humildade. Ele senta na varanda e deixa a conversa fluir. É uma presença que soma sem apagar a simplicidade regional, que é a alma do filme”, reconhece Marcus.

“Ele é fantástico. Consegue ir do drama à palhaçaria. Traz o duo que a personagem dele pede: o velho ranzinza e o homem capaz de se transformar”, completa Gleycielli.

O CERRADO

O filme aborda temas urgentes como queimadas, perda de territórios e desmatamento, mas com a delicadeza necessária para o público infantil, segmento prioritário na meta de audiência da produção.

“O tema duro vem com sutileza. As crianças vão entender o sentimento de perder e o de pertencer. E, quando algo pertence a você, você quer cuidar”, explica Gleycielli. Ao fim, o curta reforça que a preservação é um aprendizado coletivo e que cuidar da terra só é possível quando ela é reconhecida como parte de nós.

Na semana passada, a equipe teve uma atividade formativa com Alexandre Lopes, que é doutor em Ciências Sociais e professor de Sociologia do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), no campus de Coxim.

A interação rendeu contribuições fundamentais para reflexão sobre como pensar e construir um audiovisual mais inclusivo.

AUTOESTIMA

A expectativa da equipe é de que o filme leve Coxim para o Brasil e para o mundo por meio de festivais, mas, principalmente, que devolva à cidade a consciência de seu próprio valor.

“Esperamos que Coxim se veja com carinho. Que perceba que suas histórias merecem estar no cinema. ‘Carne Amarela’ é uma celebração da cidade, das suas raízes e da força do Cerrado”, diz Marcus.

Para Gleycielli, a gravação na cidade é também um gesto de retorno. “Eu sou uma Guató de Coxim. Este filme diz muito sobre de onde eu vim e quem sou eu”.

Como uma “semente que rompe a casca”, reforça a diretora, “Carne Amarela” nasce para devolver à cidade o brilho do seu fruto mais resistente.

Aquele que atravessa gerações, que muda o PIB, que alimenta famílias, que resiste ao fogo e que ensina a permanecer. E Coxim, agora, se prepara para ver sua história ganhar corpo, cor, movimento e tela.

O projeto conta com investimento da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal, por meio do Ministério da Cultura, operacionalizado pelo governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

"Carne Amarela"

> Direção e roteiro: Gleycielli Nonato Guató;
Direção de produção: Gabriela Lima Ferlin;
> Direção de arte: Maíra Espíndola;
Direção de fotografia: Dafne Alana;
Som direto e edição de mixagem: Laura Cristina;
Produção executiva, assistência de direção e roteiro: Marcus Teles;
Operador de câmera: Gabriel Ribeiro;
Produção de set: Jefley M. Cano;
Elenco: Breno Moroni, Maria Agripina, João da Mata, Elena Vendroscolo, Maria Sonea Domingos;
Trilha sonora original: Gian Markes;
> Edição de imagem e cor: Rafael Viriato;
Microfonista: 4real.wav;
Assistente de produção executiva: Lucas Moura e Guinha Serrou;
Assistente de produção e captação: Robertson Vieira;
Assistente de produção: Carlos Soares;
Assistente de arte: Angela Gabrieli;
2º assistente de direção: Eduardo Henrique;
2ª assistente de fotografia: Lavinia Ribeiro;
Assessoria de imprensa: Lucas Arruda e Aline Lira.

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