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MÚSICA

Quase metade do público do Rock in Rio será de turistas

Rock in Rio deve receber 100 mil pessoas por dia

AGENCIA BRASIL

12/09/2015 - 11h16
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Quase metade do público do Rock in Rio deste ano (46%) será de pessoas de fora do Rio de Janeiro. O números foram divulgados nesta sexta-feira pelo secretário municipal de Turismo do Rio, Antonio Pedro de Mello, que anunciou um esquema especial que será montado na cidade durante o festival. O Rock in Rio deve receber 100 mil pessoas por dia, 85 mil de público e 15 mil que vão trabalhar no evento.

Segundo o secretário, cerca de 14 mil pacotes turísticos foram fechados para o evento, que ocorre no período de 18 a 27 de setembro. O número é três vezes maior do que os pacotes vendidos na última edição, em 2013. Com isso, a ocupação nos hotéis da cidade do Rio deve chegar a 70%, um número considerado "bom" pelo secretário, já que esta época do ano é de baixa temporada. "Vivemos um momento de crise, e é nesta hora que vemos a importância dos grandes eventos para a economia da cidade."

A prefeitura informou que a operação do trânsito nos locais próximos ao festival será feita por agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio), na Barra da Tijuca - bairro onde ocorrerá o evento - além de Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, todos na zona oeste da cidade. O esquema contará com a participação de 950 agentes por dia, entre guardas municipais, controladores da companhia e pessoal de apoio.

De acordo com o diretor de operações da CET-Rio, Joaquim Diniz, os agentes vão atuar para garantir a fluidez do trânsito, coibir o estacionamento irregular, ordenar os cruzamentos, orientar pedestres e dar apoio nos bloqueios que a prefeitura fará nas ruas da Barra da Tijuca. As alterações nas ruas do bairro podem ser consultadas no site da prefeitura, no endereço  http://www.rio.rj.gov.br/

O secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani, recomenda que os cariocas e visitantes utilizem o transporte público para ir ao festival, uma vez que haverá uma série de interdições e proibições de estacionamento no entorno da Cidade do Rock. Apenas moradores credenciados, ônibus regulares e veículos oficiais poderão passar pelos bloqueios da CET-Rio.

Picciani também informou que o público do Rock in Rio contará este ano com um esquema inédito de transporte para chegar ao festival. Pela primeira vez, a única forma de ir para a Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, em transporte público regular será de BRT - ônibus de tráfego rápido. Na ida, o passageiro deverá embarcar no Terminal Alvorada, também na Barra, onde receberá uma pulseira que permitirá o embarque direto na volta para casa, tornando a entrada mais ágil e prática, segundo o secretário.

A distribuição das pulseiras será feita após a passagem pela catraca especial montada no próprio terminal, próxima ao estacionamento da Cidade das Artes. Haverá uma estação temporária do BRT próxima à Cidade do Rock, na Avenida Embaixador Abelardo Bueno.

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) destaca que, na volta, o embarque nesta estação será permitido apenas ao usuário que tiver a pulseira. Para o embarque no BRT, o passageiro deverá utilizar o RioCard. Quem não tiver, deverá fazer a compra antes do evento em qualquer loja do RioCard ou nos dias de shows no subsolo do Terminal Alvorada.

Além do BRT, haverá linhas regulares de ônibus circulando pela região. No entanto, a SMTR informou que o único transporte público regular que deixará o passageiro próximo à Cidade do Rock será o BRT. As linhas regulares ficarão próximo ao Riocentro. Por conta das interdições no entorno da Cidade do Rock, algumas linhas de ônibus vão sofrer alteração em seus itinerários. As modificações também poderão ser consultadas no site da prefeitura do Rio.

A Secretaria Municipal de Transportes montará um ponto de táxi especial na Cidade das Artes, que estará integrado ao BRT – transporte oficial do Rock in Rio. No local, haverá sinalização indicando a localização do ponto, a fim de orientar melhor os passageiros, além de fiscalização da SMTR para garantir o cumprimento das regras do serviço. Picciani destacou que não haverá operação especial de táxi para a ida ao evento, uma vez que os táxis não poderão passar pelos bloqueios montados pela prefeitura.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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