Correio B

giba um

"Quem deu golpe em outubro de 2022? Quem tirou Lula da cadeia? O cara condenado é tirado da cadeia"

"...Quem descondensou Lula? Os mesmos. O golpe foi dado, tanto que o candidato deles está lá", de Jair Bolsonaro, sem dar nome aos que acusa

Continue lendo...

O Ministério da Agricultura tranquilizou o Planalto: a segunda safra de feijão preto, que se encerra este mês, deverá alcançar 450 mil toneladas. Ainda que represente uma queda em relação à estimativa da Conab (488 mil toneladas) o número é motivo de alívio no ministério.

Mais: devido à estiagem, especialmente no Rio Grande do Sul, havia o receio de queda mais acentuada. Em março, o valor ao consumidor caiu 8%. No acumulado de 12 meses, a redução dos preços beira os 40%. O governo Lula agradece.

Olhando para frente

No início de sua carreira, Lindsay Lohan ganhou destaque aos 12 anos ao participar do filme Operação Cupido, onde interpretou dois personagens diferentes de maneira convincente e cheia de talento. A atuação marcou o começo de sua trajetória como atriz e cantora, conquistando a simpatia do público que torcia por seu sucesso.

No entanto, com o passar do tempo, Lindsay enfrentou turbulências pessoais, envolvendo-se com drogas, álcool e até problemas legais, chegando a ser condenada por furto e submetida ao uso de tornozeleira eletrônica. Após anos longe da mídia, ela vem gradualmente reconstruindo sua vida e carreira. A atriz se prepara para retornar às telas ao lado de Jamie Lee Curtis na sequência do clássico Sexta-Feira Muito Louca, intitulada Sexta-Feira Mais Freakier.

Este retorno só foi possível graças a uma escolha decisiva em sua vida: concentrar-se em si mesma em busca de privacidade e realização pessoal. Em 2021, Lindsay se casou com Bader Shammas, empresário e investidor kuwaitiano, iniciando uma nova fase marcada pelo amor e pela família. Passando a viver em Dubai, ela celebrou a chegada de seu primeiro filho em julho de 2023.

Agora mais forte emocionalmente, Lindsay reafirma um lema que define sua vida: de que a história dela não é sobre olhar para trás. Trata-se de seguir em frente em uma jornada pessoal, em seus próprios termos, com passos confiantes e impacto inegável.

Controle de gastos de Janja ameaçado

Nem bem foi publicado o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que oficializa estrutura no Palácio do Planalto para bancar as atividades da primeira-dama Janja da Silva, já começa a ser ameaçada de não obediência. O próprio governo do maridão continua alegando que ela não ocupa cargo público para esconder gastos com dinheiro público, cumprindo agendas dispendiosas, sobretudo em viagens internacionais.

A obrigação de despesas e viagens serem divulgadas no Portal da Transparência é apenas um parecer no papel. A agenda de Janja no Brasil ainda é considerada secreta e ela já ganhou o apelido de “Dona Esbanja”. Hoje, pelo menos 31 iniciativas da Câmara, entre convocações e pedidos de informação não foram atendidos. Rui Costa (Casa Civil) e quem mais passa pano para gastos da mulher do chefe.  

São 13 requerimentos a Costa com temas variados, de “missão com o Papa” a gastos com viagens que superam R$ 1,2 milhão. Há ainda o Janjômetro, plataforma para monitorar, o quanto ela esbanja e os gastos já chegam a R$ 117 milhões. 

Novo terminal

Assessores do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, trabalham a todo vapor para enviar o projeto de concessão do Tecon 10 ao TCU até ao fim deste mês. O prazo é básico para que a licitação aconteça ainda neste ano.

A construção do novo terminal de contêineres de Santos, estimada em quase R$ 5 bilhões, se arrasta desde 2020. O projeto ficou na gaveta nos tempos em que Tarcísio de Freitas ocupava o Ministério da Infraestrutura do governo Bolsonaro. Potenciais candidatos, como a ICTSI e a chinesa Cosco tentam convencer o governo a estabelecer restrições para a participação da Maersk e da MSC no leilão.

Não é mera coincidência

Ana Clara Winter, filha dos atores Paloma Duarte e Marcos Winter, tem trilhado um caminho na arte que reflete o DNA artístico da família. Apesar de frequentemente ser comparada à mãe, Ana Clara trilha seu próprio caminho, dedicando-se intensamente ao teatro, além de já ter feito aparições na televisão.

Sua estreia na TV ocorreu em ‘Malhação – Toda Forma de Amar’ (2019), e em 2022 ela atuou na novela ‘Além da Ilusão’, interpretando Heloísa na fase jovem, papel que foi vivido por sua mãe na fase adulta, tornando assim, qualquer semelhança entre as duas em algo mais do que uma mera coincidência. Em fevereiro deste ano, Ana Clara subiu ao palco com o grupo Cia.

Churros de Polvo na peça ‘Xadrez’. Além de seu talento e beleza, a atriz também herdou a ousadia da mãe. Recentemente, Ana Clara compartilhou no Instagram fotos em topless, acompanhadas da legenda: "abraça-te inteira".

"Embaixador"

Criticado no microfone, na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (6) por Jair Bolsonaro e também governadores que apoiam a anistia aos desordeiros de 8 de janeiro, Hugo Motta, presidente da Câmara, que já havia dito que não vai pautar o tema, tratou de repetir que não cederá à pressão e continuará resistindo. E num evento na Associação Comercial de São Paulo, respondendo a empresários, disse que tomará a decisão “ouvindo líderes” e “respeitando a maioria da Casa” (a maioria não quer anistia).

Sem chance

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes não vê “a menor possibilidade” de Jair Bolsonaro reverter sua inelegibilidade antes de 2030. O ex-presidente recorre ao STF e aguarda o julgamento. Em junho de 2023, o TSE sentenciou Bolsonaro a oito anos longe das urnas (abuso de poder político e reunião com embaixadores).

Quatro meses depois, a Corte condenou o ex-capitão por abuso de poder no 7 de Setembro. Agora, ele é réu no STF por tentativa de golpe de estado. Em entrevista à revista ‘New York’, Moraes disse que o ex-presidente “pode ser absolvido no processo criminal, mas tem duas condenações no TSE à inelegibilidade”. Ambos os casos já foram apelados: só o STF poderia revertê-los. 

PÉROLA

“Quem deu golpe em outubro de 2022? Quem tirou Lula da cadeia? O cara condenado é tirado da cadeia. Quem descondensou Lula? Os mesmos. O golpe foi dado, tanto que o candidato deles está lá”, 
de Jair Bolsonaro, sem dar nome aos que acusa. 

De volta ao STF

O STF passou a receber de volta investigações que haviam sido enviadas para a primeira instância após uma mudança no entendimento da Corte sobre o foro privilegiado. Na lista, estão casos envolvendo políticos como os ex-ministros Ricardo Salles (quer ser candidato a governador de São Paulo), Geddel Vieira Lima, Deltan Dallagnol e Gilberto Kassab, presidente do PSD (quer ser vice de Tarcísio de Freitas, se ele preferir ser candidato à reeleição).

Em março, os ministros mudaram a extensão do foro e julgamento de crimes relacionados ao cargo continua na Corte mesmo depois do fim do mandato.

Caiado vs. bandidos

No lançamento de sua candidatura ao planalto, em Salvador, no final da semana passada, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (1% nas últimas pesquisas), empunhou a bandeira do combate ao crime que avança pelo país. E prometeu que, em seu futuro governo “bandido vai ser na cadeia ou fora do Brasil”.

É uma repetição do mote que usou em seu governo em Goiás: “Ou muda de profissão ou muda de estado”. A atitude de Caiado (com bons resultados em seu governo) coincide com pesquisas nacionais, indicando a violência com a maior preocupação do brasileiro. 

Lulatour

O presidente Lula viajará, de novo, hoje, desta vez para Honduras para um encontro da esquerda considerada a mais atrasada do planeta: Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, onde ditadores também darão as caras.

Quem inventou o Celac, em 2010, com ditadores Hugo Chávez, Evo Morales e Christina Kirchner, também condenada por corrupção, a fim de criar “uma organização internacional das Américas”, espécie de OEA paralela, com o objetivo especial de excluir Estados Unidos e Canadá.

Na verdade o Celac é uma ampliação do Grupo de Contadora, formado por México, Venezuela, Colômbia e Panamá que eram contrários à política intervencionista do então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan.

Falsos números

Na manifestação, há dias, em Copacabana, Jair Bolsonaro disse que havia um milhão de participantes. Na da avenida Paulista, repetiu a dose: não havia um milhão, mas pelo menos, algo entre 45 mil participantes e 60 mil participantes.

Mas, há de se respeitar que colocar tanta gente na rua é condição que só Bolsonaro tem. E a convocação é feita através das redes sociais. Na distribuição de material de informação às redes sociais – o que não chega ser novidade – o pessoal de Bolsonaro colocava trechos de manifestações antigas como sendo a de domingo (6).

Condenada

A ex-deputada Joice Hasselmann terá de indenizar a Jovem Pan em R$ 10 mil por danos morais provocados à emissora em uma entrevista. O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça que não alterou a decisão do Judiciário paulista. Em uma participação no podcast ‘Inteligência Ltda’, em 2022, Joice se referiu à Jovem Pan como “lixo” e “porcaria”, além de dizer que a emissora havia “puxado saco” do governo de Jair Bolsonaro. Na primeira instância, Joice ganhou, mas a Jovem Pan reverteu a sentença com um recurso.

Virou cilada

O empréstimo consignado “para tirar os trabalhadores do sufoco”, criado por Lula, especialmente para quem tem carteira assinada, virou cilada, segundo analistas. O crédito será condicionado à garantia do FGTS da ‘vítima’, ou seja, fará a alegria dos bancos, não dos trabalhadores.

Os juros anuais de consignado para servidor somam 24,2%; beneficiário do INSS 23,2% e de 48,9% para trabalhador do setor privado. Especialistas advertem: o trabalhador corre o risco de ficar endividado e ainda perder o saldo do FGTS.

Mistura Fina

O presidente Lula voltará a mexer na formação do ministério. Um novo cenário será usado para mudanças no primeiro escalão. Os mais chegados apostam que ele fará substituições nos ministérios comandados por petistas, só que a troca será por nomes técnicos, nada de composições com partidos e políticos. O Centrão ficará decepcionado e até Gleisi Hoffmann, da Articulação Política, ainda não entendeu direito a manobra.

Parece não ter fim as irregularidades cometidas na estatal Correios na gestão do ‘churrasqueiro’ de Lula, Fabiano da Silva Santos. Além do prejuízo de R$ 2,2 bilhões só neste ano, os Correios descontam o valor do FGTS, mas não realiza o repasse ao fundo. Os servidores denunciam, mas não obtém resposta da diretoria. Pela lei, o empregador deve arrecadar e recolher “a contribuição até o vigésimo dia do mês seguinte”. A estatal informa que os depósitos estão “em situação regular, sem qualquer pendência”. 

O governo do Pará tem feito gestões junto à Equatorial Energia com o objetivo de assegurar sua participação no leilão dos serviços de saneamento do estado, no próximo dia 11. O entendimento é que sua entrada arraste outros concorrentes e turbine o valor das propostas. A Equatorial já controla a distribuição de energia no estado. E foi responsável pela compra de participação da Sabesp. A concessão que irá a leilão foi dividida em quatro áreas, com valor total do investimento de quase R$ 19 bilhões. 

Os PMs de São Paulo estão revezando entre si coletes à prova de balas, porque muitos perderam a validade. E muitos estão reclamando que recebem coletes suados ou de tamanhos menores do que seria ideal. Também coletes de policiais de férias ou afastados por motivos de saúde estão sendo usados. Ordens internas informam que quem for listado deverá usar o colete usado “tendo em vista prazo de validade” (aconteceu num batalhão da capital paulista). O governo de Tarcísio de Freitas diz que comprou 17 mil novos coletes, mas que “ainda não chegaram”. 

Por conta do tarifaço de Trump: a globalização não tornou os Estados Unidos mais pobres. O PIB americano saltou de US$ 10 trilhões em 1990 para mais de US$ 22 trilhões em 2023. No mesmo 1990, 36% dos humanos eram miseráveis. Hoje, 8,4% da população vive abaixo da linha da pobreza. Ao todo, 1,2 bilhão foram tirados da miséria, segundo a ONU. A vida dos operários piorou, emprego estão diminuindo, mas não em razão da globalização, mais por conta da automação, dizem os analistas. 

In – Toalheiro de barra
Out – Toalheiro de chão

Diálogo

Tremenda de uma "cascata" a informação apregoada pelo governo de Lula que... Leia na coluna de hoje

Leia a coluna desta terça-feira (23)

23/12/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

Continue Lendo...

Cecília Meireles - escritora brasileira

Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”

Felpuda

Tremenda de uma “cascata” a informação apregoada pelo governo de Lula que ele ressarciu os aposentados, vítimas da roubalheira de esquema que envolve pessoas ligadas ao INSS, empresas privadas, ONGs, laranjas e políticos. Na realidade, essa conta sobrou para o cidadão, inclusive os próprios aposentados que pagam Imposto de Renda. Nenhum dos bandidos até agora restituiu aos cofres públicos o dinheiro que roubou. Aliás, a maioria está sendo blindada de forma vergonhosa. Há quem diga até que buscam “freio” para que a CPMI do INSS comece a patinar e não avance. Lamentável!

Pra cabeça

Quem entrará em 2026 com problemas no Conselho de Ética da Câmara é a deputada federal Camila Jara, do PT. O Partido Novo protocolou representação contra ela.

Mais

A acusação é de violação do decoro, ao se envolver na confusão originada quando da retirada à força de Glauber Braga, do Psol, e de ofensa ao secretário-geral da Mesa Diretora.

Diálogo

O vorí-vorí, tradicional prato paraguaio, foi eleito o melhor do mundo na lista anual do Taste Atlas, plataforma internacional que reúne avaliações gastronômicas de todas as partes do planeta. A iguaria recebeu nota 4,64 de 5, com base em votos de usuários reais que experimentaram o prato. Conhecido também como borí-borí, o vorí-vorí é descrito pelo portal como “a icônica sopa de galinha paraguaia com bolinhos de fubá recheados com queijo”. Rico em sabor, textura e história, o prato ocupa um lugar especial na mesa das famílias paraguaias e agora também no cenário global da gastronomia. Nos últimos anos, o vorí-vorí já havia figurado entre as melhores sopas do mundo em rankings do mesmo portal, reforçando sua reputação. A lista do Taste Atlas se tornou referência global por utilizar um sistema que identifica e descarta avaliações nacionalistas ou feitas por robôs, garantindo legitimidade às escolhas.

DiálogoChayene Marques Georges Amaral e Luiz Renê Gonçalves Amaral

 

DiálogoCamila Fremder

Prova de fogo

O atual time que forma o entorno do governador Eduardo Riedel terá, no próximo ano, prova de fogo, porque a missão deverá ser reeleger o “chefe” para o segundo mandato. Será o momento de a tchurminha provar quem é quem na estrutura. Quando foi eleito em 2022, Riedel nunca havia disputado uma eleição, porém, tinha um grupo político forte que sabia “o caminho das pedras”, o que foi fundamental para sua vitória. Em 2026, ele não poderá contar com esse pessoal.

Nem tanto

O PT em Mato Grosso do Sul já não estaria demonstrando, digamos, tanto amor pela candidatura de Simone Tebet (MDB) ao Senado pelo Estado, achando ser melhor por São Paulo. Lideranças petistas cá dessas bandas dizem que a ministra poderá ser um dos nomes para suceder a Lula. Ela figura entre algumas opções para ocupar o trono petista. A lista tem Alckmin, do PSB, e Haddad, o único do PT. Tudo indica que não se faz mais petista raiz como antigamente...

Entrave

Nos bastidores, o que se fala é que a ministra Simone Tebet, até então considerada excelente opção para disputar o Senado por MS, seria fonte de problemas. Algumas das alas do PT teriam torcido o nariz com a possibilidade de ela disputar pelo partido, até porque esse time lembra de que, quando candidata à Presidência, ela desferiu ataques a Lula. Além disso, há dúvidas se no Estado teria potencial eleitoral para o embate com outros candidatos, em sua maioria da direita, tendo em vista que o governo do qual faz parte, dizem, “está caindo pelas tabelas”

ANIVERSARIANTES

Beatriz Rahe Pereira, 
Dr. Gevair Ferreira Lima Júnior,
Julianne Stranieri Metello, 
Stephan Duailibi Younes, 
Maria Fatima Bueno,
Adhemar Mombrum de Carvalho Neto,
Augusto Costa Canhete,
Rosangela Neves,
Edgar Basmage,
Gileno Almeida Costa Nonato,
Sérgio Aguni,
Rinaldo da Silva Cruz,
Edna Maria Potsch Magalhães,
Dr. Márcio Molinari,
Ivo Batista Benites,
Ronaldo Fernandes Donizeti de Jesus,
Fabiano Borges da Silva,
Maria Aparecida Menezes,
Rafael Medina Araujo,
Rosilene Gois Paes,
Antonio Angelo Garcia dos Santos,
Maria Elisa Hindo Dittmar,  
Beatriz de Almeida,
Dr. Amaury Bittencourt Gonçalves, 
Izabella de Matos Lopes,
Cláudia Regina Di Felice,
Neide machado da Silva Gimenes,
Domingos Puckes,
Silvio Luiz de Moura Leite,
Helder Kohagura,
Maria Clementina Aparício Fernandes,  
Aurino Rodrigues Brasil,
Tânia Ignez Pinheiro,
Marilda Flores Haidar,
Samara Carvalho Gomes Binn,
Josselen Resstel Escórcio,
Valdo Maciel Monteiro,
Luiz Eduardo Yukio Egami,
Rafael Ferreira Ribeiro Lima,
Leila Maria de Albuquerque,
Maria Aparecida de Moura Leite, 
Datis Alves de Souza,
Aurea Leite de Camargo,
Maria de Fátima Vendas Muzzi, 
Thiago Ferraz de Oliveira,
Ruth Lopes Abreu,
Sandra Rodrigues Pereira,
Paulo da Costa Oliveira,  
Paulo César Reis Mendonça,
Fernanda Marques Ferreira,
Terezinha Alves Araújo,
Lucilaine Aparecida Tenorio de Medeiros,
Maria Helena Alves Lima,
Rosana Paes de Matos,
Laura Holsback Alvarenga,
Renato de Freitas Martins,
Miriam Fontoura Prata,
Nelson Maia de Melo,
Cleonice Gomes de Oliveira,
Rodolfo de Morais Dias,
Jussara Leite Barbosa,
Hugo Sabatel Neto,
Carolina Saves,
Solange Xavier Vargas,
Augusto Coelho Freire,
Soraia Kesrouani,  
Rubens Mendes Pereira,
Lilian Gabriela Heideriche Garcia,
Ana Maria Coimbra Santos,
Nelly Vasconcelos Coelho,
Valmir de Andrade Ferreira,
Eliana Miyuki Aratani Kaiya, 
Flávia Ribeiro Ramirez,
Laurinda Paiva Peixoto,
Patrícia de Souza Queiroz,
José Antônio Braga,
Elaine Viana Nunes,
Washington Justino Gonzaga,
Maria Stella Maia Pepino,
Vânia de Toledo Neder,
Osvaldo de Moraes Barros Neto,
Raquel Barbosa Franco,
Suely Ferreira Leal,
João Rafael Sanches Florindo,
Antonio Fernando Cavalcante,
Lúcia Torres Marchine,
Marcos Henrique Boza,
Adriana de Oliveira Rocha,
Suely Luiza Comerlato,  
Benedito Celso Dias,
Alirio Leitun,
Débora Queiroz de Oliveira,
Edson Pulchério Alves,
João Borges da Silva Filho,
Mário Zan Moreira,
Marcelo Luiz Ferreira Correa,
Valdecir Jorge,
Sérgio Carlos Borges,
Dr. Ruy Alberto Bueno,  
Marta Maria Vicente,
Guilherme Nucci dos Reis,
Marcelo Flores Acosta,
Noêmia Ramos de Oliveira,
Luiz Carlos de Carvalho,
Cláudia Garcia de Souza Trefilo,
Leonardo Marques Mourão,
Maria Delfina Louveira Trindade,
Camyla Queiroz de Faria Gonzales. 

*Colaborou Tatyane Gameiro

CINEMA

Curta-metragem "Carne Amarela" transforma a Terra do Pé de Cedro em set de filmagens

Com produção de Marcus Teles e direção de Gleycielli Nonato Guató, curta-metragem "Carne Amarela" tem equipe local e conta história que entrelaça memórias da infância em meio aos pequizeiros e banhos de rio

22/12/2025 10h30

Com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab),

Com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), "Carne Amarela" mobiliza comunidade de Coxim a partir de um enredo que une nostalgia da infância a uma mensagem de pertencimento territorial e de defesa da natureza Divulgação: Marcus Teles

Continue Lendo...

Nostalgia e engajamento são os motores para evocar os sabores da infância que fizeram Coxim voltar a ser cenário de cinema. Conhecida como Terra do Pé de Cedro, a cidade localizada a 245 quilômetros de Campo Grande, no norte do Estado, é uma das protagonistas de “Carne Amarela”, curta-metragem de ficção dirigido por Gleycielli Nonato Guató e produzido por Marcus Teles.

Os dois nasceram na cidade, que também é conhecida como Portal do Pantanal, e são profundamente conectados ao Cerrado e ao Pantanal.

As filmagens se encerraram ontem e foram realizadas integralmente por lá, contando com elenco local, que envolveu moradores atuando pela primeira vez na frente de uma câmera e também uma equipe de produção majoritariamente formada por coxinenses. Ou seja, uma combinação de saberes tradicionais, talento regional e formação técnica.

A produção nasce do desejo de fazer Coxim se ver na tela grande, “suas cores, sua luz, seus frutos, suas infâncias”, como afirma a diretora. E nasce, segundo Gleycielli, também da necessidade urgente de lembrar o que esses mesmos elementos significam para a identidade do município.

“Eu estou completamente em êxtase. Planejei muito trazer esse filme para cá. É emocionante gravar na cidade onde cresci, com o povo daqui, com artistas da terra. Noventa por cento do elenco é coxinense, a equipe tem muita gente da cidade, e isso me deixa profundamente feliz”, compartilha Gleycielli Nonato Guató, que, além de dirigir a produção, também assina o roteiro baseado em seus próprios textos literários.

DOIS TEXTOS

“Carne Amarela” nasce de dois textos de Gleycielli – o poema “Carne Amarela” e o conto “É Tempo de Ouro no Cerrado” – que guardam lembranças de uma Coxim que pulsava mata, rio e fruta. A diretora explica que o filme busca reencontrar essa paisagem quase perdida.

“Eu quero trazer a infância que vivi. A gente saía para caçar pequi, pegava ingá, comia goiaba no pé, trazia caju para fazer doce. Coxim era meu ‘Sítio do Picapau Amarelo’. Hoje, muitos lugares onde eu brincava viraram bairros. O filme é um lembrete do que ainda existe e do que não pode desaparecer”, afirma.

A obra convida as crianças e os adultos a olhar novamente para o Cerrado como pertencimento. O pequi, fruto central da narrativa, é apresentado como força, resistência e alimento da memória coxinense.

“O pequi já sustentou muitas famílias. Trouxe renda, trouxe mistura, trouxe nutrição. Ele resiste ao fogo, resiste ao tempo, mas não resiste ao machado. O filme quer acender esse sentimento de pertencimento e preservação, para que as próximas gerações vejam valor no que tantas vezes sustentou Coxim”, ressalta Gleycielli.

ZORAIDE

A protagonista adulta, Zoraide, teve como referências mulheres de alusão familiar e ancestral para Gleycielli: sua mãe, tias, avó e bisavó. A diretora revela que a personagem carrega traços de todas elas. E quem interpreta Zoraide é justamente Maria Agripina, mãe da diretora, pioneira do teatro coxinense.

“É muito emocionante ver minha mãe interpretando a Zoraide, que leva o nome da minha tia que faleceu na pandemia. Este filme é pioneiro em muitas coisas dentro de mim”, revela. Além disso, todos os cargos de direção são ocupados por mulheres, fortalecendo a presença feminina no audiovisual sul-mato-grossense.

“Trabalhar com essa equipe é um prazer imenso. Estamos construindo juntas. É uma energia muito poderosa”, afirma. A equipe ainda é formada majoritariamente por profissionais de Coxim, como Robertson Isan Vieira, artesão ceramista premiado, e José Carlos Soares, cabeleireiro e designer de imagem.

Com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), "Carne Amarela" mobiliza comunidade de Coxim a partir de um enredo que une nostalgia da infância a uma mensagem de pertencimento territorial e de defesa da naturezaEquipe do curta-metragem posa em um boteco da cidade com a diretora Gleycielli Nonato Guató (em pé, à esquerda, de blusa preta) - Foto: Divulgação/Marcus Teles

ENCONTRO

Para o produtor executivo e corroteirista Marcus Teles, filmar em Coxim não foi uma escolha estética, mas ética e afetiva. “Coxim faz parte da nossa formação pessoal e artística. Os textos que deram origem ao filme nasceram daqui.

A luz, a paisagem, o modo de vida, o jeito como o pequi aparece na cidade, tudo isso faz parte da essência da história. Filmar em Coxim é garantir autenticidade”, afirma Marcus.

O produtor explica que mapear as locações foi um processo guiado pela afetividade. “Coxim é uma cidade onde o urbano e o rural se encontram o tempo todo. Não procuramos cenários: reconhecemos neles o que a história já trazia em essência”.

Marcus destaca ainda que oito moradores da cidade trabalharam pela primeira vez no audiovisual, acompanhados de profissionais experientes. “Queremos abrir portas. Que jovens de Coxim encontrem no set um caminho possível, uma nova profissão, um futuro”, destaca o produtor.

101 FILMES

O elenco também conta com a participação especial do ator Breno Moroni, que marcou gerações como o Mascarado na novela “A Viagem” (Globo, 1994), além de ter participado de diversas outras produções no cinema e na televisão.

Com uma carreira extensa que inclui desde aberturas de telenovelas e mais de 100 filmes, Breno esteve em Coxim para integrar o elenco de “Carne Amarela” como seu 101º trabalho audiovisual.

“Trazer o Breno foi como aproximar duas forças que se completam. Ele chega com experiência, mas com humildade. Ele senta na varanda e deixa a conversa fluir. É uma presença que soma sem apagar a simplicidade regional, que é a alma do filme”, reconhece Marcus.

“Ele é fantástico. Consegue ir do drama à palhaçaria. Traz o duo que a personagem dele pede: o velho ranzinza e o homem capaz de se transformar”, completa Gleycielli.

O CERRADO

O filme aborda temas urgentes como queimadas, perda de territórios e desmatamento, mas com a delicadeza necessária para o público infantil, segmento prioritário na meta de audiência da produção.

“O tema duro vem com sutileza. As crianças vão entender o sentimento de perder e o de pertencer. E, quando algo pertence a você, você quer cuidar”, explica Gleycielli. Ao fim, o curta reforça que a preservação é um aprendizado coletivo e que cuidar da terra só é possível quando ela é reconhecida como parte de nós.

Na semana passada, a equipe teve uma atividade formativa com Alexandre Lopes, que é doutor em Ciências Sociais e professor de Sociologia do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), no campus de Coxim.

A interação rendeu contribuições fundamentais para reflexão sobre como pensar e construir um audiovisual mais inclusivo.

AUTOESTIMA

A expectativa da equipe é de que o filme leve Coxim para o Brasil e para o mundo por meio de festivais, mas, principalmente, que devolva à cidade a consciência de seu próprio valor.

“Esperamos que Coxim se veja com carinho. Que perceba que suas histórias merecem estar no cinema. ‘Carne Amarela’ é uma celebração da cidade, das suas raízes e da força do Cerrado”, diz Marcus.

Para Gleycielli, a gravação na cidade é também um gesto de retorno. “Eu sou uma Guató de Coxim. Este filme diz muito sobre de onde eu vim e quem sou eu”.

Como uma “semente que rompe a casca”, reforça a diretora, “Carne Amarela” nasce para devolver à cidade o brilho do seu fruto mais resistente.

Aquele que atravessa gerações, que muda o PIB, que alimenta famílias, que resiste ao fogo e que ensina a permanecer. E Coxim, agora, se prepara para ver sua história ganhar corpo, cor, movimento e tela.

O projeto conta com investimento da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), do governo federal, por meio do Ministério da Cultura, operacionalizado pelo governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

"Carne Amarela"

> Direção e roteiro: Gleycielli Nonato Guató;
Direção de produção: Gabriela Lima Ferlin;
> Direção de arte: Maíra Espíndola;
Direção de fotografia: Dafne Alana;
Som direto e edição de mixagem: Laura Cristina;
Produção executiva, assistência de direção e roteiro: Marcus Teles;
Operador de câmera: Gabriel Ribeiro;
Produção de set: Jefley M. Cano;
Elenco: Breno Moroni, Maria Agripina, João da Mata, Elena Vendroscolo, Maria Sonea Domingos;
Trilha sonora original: Gian Markes;
> Edição de imagem e cor: Rafael Viriato;
Microfonista: 4real.wav;
Assistente de produção executiva: Lucas Moura e Guinha Serrou;
Assistente de produção e captação: Robertson Vieira;
Assistente de produção: Carlos Soares;
Assistente de arte: Angela Gabrieli;
2º assistente de direção: Eduardo Henrique;
2ª assistente de fotografia: Lavinia Ribeiro;
Assessoria de imprensa: Lucas Arruda e Aline Lira.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).