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Saúde B+: Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

Obesidade atinge também idosos e há risco de reganho de peso quando se interrompe o tratamento.

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No dia de ontem, 11 de outubro, foi o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data alerta para a conscientização sobre a doença, que segue uma curva crescente. Segundo estimativa da OMS  (Organização Mundial de Saúde), em 2025, 2,3 bilhões de adultos, ao redor do mundo, estarão acima do peso, sendo que 700 milhões com obesidade.

No Brasil, as perspectivas não são diferentes. Dados de 2006, da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, apontaram que um em cada 10 adultos viviam com obesidade. Um pouco mais de uma década depois, em 2019, esta proporção dobrou para 2 em cada 10 adultos.

Já no estudo divulgado pela Lancet, com base em dados de 2022, mostrou que, no mundo, mais de 1 bilhão de pessoas já são obesas. Entre os adultos, os números mais que dobraram, desde 1990, e quadriplicou entre crianças e adolescentes de 5 a 19 anos.

Os resultados também mostraram que 43% dos adultos estavam acima do peso. E os idosos começam a fazer parte desta lista. Uma das razões é o próprio envelhecimento, quando há uma tendência de se perder massa muscular, muitas vezes mesmo sem ganho importante de peso corporal geral, tendo como consequência – principalmente - o acúmulo de gordura na região abdominal.

“Esta condição é um alerta importante, pois pode gerar comorbidades sérias associadas à obesidade, como problemas cardiovasculares, devido ao espessamento das artérias e formação de placas de gordura, diabetes tipo 2, hipertensão e aumento nos níveis de colesterol e triglicérides,   mesmo que o peso corporal – como um todo – esteja dentro de parâmetros da normalidade”, explica o  Prof. Durval Ribas Filho - Médico Nutrólogo, Fellow da Obesity Society e Presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Outro ponto importante, que o especialista chama a atenção, é que embora a atividade física e dieta sejam importantes, num processo de emagrecimento, sozinhas não têm efetividade na redução do peso, em muitos casos de obesidade.

“Uma análise publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA), com 29 estudos, de longo prazo, mostrou que somente essas interferências podem não ser eficientes. Em até 2 anos cerca de 55% reganharam o peso perdido e, em até 5 anos, cerca de 85%. Por isso, a maior prova da eficácia dos medicamentos antiobesidade é que quando o paciente cessa a terapia farmacológica, ocorre a recuperação do peso corporal”.

Neste cenário alarmante, um olhar amplo e disciplinar envolve não apenas dietas, mas a mudança no estilo de vida e, quando necessário, o uso de medicamentos, e a Farmacoterapia é um pilar de suma importância.

O controle e combate à obesidade é um contínuo desafio para Ciência, diante do crescimento de uma doença crônica complexa e de alcance global, cujo excesso de peso desencadeia uma série de comorbidades, com impactos físicos e psicólogos. Hoje, a preocupação é cada vez maior com a segurança e bons resultados para o paciente, na análise dos mecanismos de ação dos medicamentos, sua eficácia, a posologia ideal para cada caso e possíveis efeitos adversos e contraindicações, pois cada obeso deve ser tratado e respeitado em sua individualidade.

É nesta direção que se ampliam as pesquisas com a abordagem multiagonista dos enterohormônios, hormônios reguladores que controlam as funções do aparelho digestivo e são produzidos e liberados a partir de células da mucosa do estômago, pâncreas e intestino delgado.

“Há medicamentos em estudo, em diferentes fases, em vários laboratórios, com novidades que apontam para uma evolução nestes fármacos e os hormônios do trato gastrointestinal representam uma verdadeira revolução terapêutica, pois não apenas transformam o tratamento da obesidade, mas também mostram eficácia promissora no controle de doenças crônico-degenerativas, cardiovasculares e renais”, avalia o Prof. Dr. Durval Ribas Filho.

O especialista observou que não se pode descartar os efeitos colaterais destes medicamentos, encontrados na forma de canetas antiobesidade, como náuseas, diarreia e constipação, os mais comuns. “Muitas pessoas se empolgam com o emagrecimento de amigos, vizinhos, familiares, que usam as canetas, mas é preciso cuidado, pois a obesidade é uma doença crônica e precisa de um diagnóstico para se definir a melhor conduta médica e nunca se deve automedicar. Cada obeso é único em suas necessidades”, pontuou.

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Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Guilherme Weber

"É sempre uma alegria encontrar um personagem com subjetividade, como somos todos nós. O Marco não é um "personagem de função" como acontece normalmente com personagens que entram em uma novela há um certo tempo no ar".

06/04/2025 20h00

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Guilherme Weber

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Guilherme Weber Foto: Sergio Baia

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Ator e diretor, Guilherme Weber está prestes a completar 35 anos de carreira, tudo isso com muito trabalho e dedicação. No elenco da novela “Volta por Cima”, da TV Globo onde vive o bicheiro Marco, o artista prepara para o segundo semestre deste ano a estreia de seu quarto monólogo no Teatro Sesi, no Rio: “O Corpo Mais Bonito já Visto Nesta Cidade”, que é um texto inédito no Brasil do catalão Joseph Maria Miró sobre o assassinato de um menino de 17 anos num vilarejo, levantando temas como abusos, homofobia e desesperanças.

Ele também aguarda o lançamento do longa “Dr. Monstro”, do premiado diretor Marcos Jorge. O true crime é baseado na história do cirurgião plástico Farah Jorge Farah, que matou e esquartejou a namorada e cujo julgamento polêmico marcou a história recente do judiciário brasileiro. A produção conta ainda com Taís Araújo e Marat Descartes. 

Para 2026, Guilherme Weber será o diretor da versão brasileira de Plaza Suíte no Brasil, um clássico da comédia de Neil Simon que teve temporada triunfal em NY e em Londres, marcando o retorno de Sarah Jessica Parker e o marido Mathew Broderick aos palcos.

Já em 2027, Guilherme Weber dirigirá a nova montagem de “Chanel”, com texto de Maria Adelaide Amaral, sobre as memórias da estilista francesa. O espetáculo foi sucesso na interpretação de Marília Pêra em 2004 e voltará aos palcos desta vez estrelado por Christiane Torloni.

Com mais de 20 trabalhos na TV, Guilherme Weber ganhou destaque ao dar vida ao vilão Tony de “Da Cor do Pecado”, em 2004. No cinema, o artista contabiliza dezenas de longas, como os aclamados “Olga” e “Árido movie”.

Ele ainda assina a direção do filme  “Deserto”, com Lima Duarte no elenco e que venceu diversos prêmios, como o de Melhor Direção no Festival de Cinema Brasileiro em Los Angeles. Nos palcos, ele já esteve em diversos espetáculos, como “Fantasmagoria IV”, com direção de Felipe Hirsch, em 2024.

Guilherme é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ele fala sobre o seu personagem em Volta Por Cima na TV Globo, carreira e novos projetos.

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Guilherme WeberO ator Guilherme Weber é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Sergio Baia - Diagramação: Denis Felipe - Por Flávia Viana

CE - Guilherme Weber está no elenco de Volta por Cima vivendo um bicheiro. A trama tem tido situações de drama com a história de encontrar a mãe desaparecida e a vilania, como um bandido que está lutando pelo comando dos negócios da família.  Como é fazer um personagem com tantas possibilidades numa só história?
GW -
 É sempre uma alegria encontrar um personagem com subjetividade, como somos todos nós. O Marco não é um “personagem de função” como acontece normalmente com personagens que entram em uma novela há um certo tempo no ar, que vem para ajudar a desenvolver determinada situação; é um personagem com vida própria. E ele mexe com muito destreza nas expectativas dos espectadores.

Chega como um vilão, sequestra uma garota, acoberta crime de cárcere privado, ameaça comerciantes idosos, cheira com prazer o dinheiro arrecadado na contravenção. Mas carrega uma crise de identidade, se mostra um filho amoroso, um homem que sofre por amor, então estas facetas juntas complexificam de maneira positiva o personagem aos olhos dos espectadores, o que é sempre ótimo. 

É uma delícia poder transitar por diferentes estados emocionais e situações da história. E para isso é importante que em uma novela clássica, aberta, se componha um personagem com assinatura mas ao mesmo tempo deixe esta composição aberta para o que pode vir pela frente. E o público responde... começa odiando o ambicioso traidor, mas ele protege a mãe, a abraça, cheira seus cabelos, e todos se derretem, rs... 

CE - Marco, aliás, entrou em Volta por Cima depois da estreia. Como foi pegar “esse bonde andando”? Você já sabia como seria o desenrolar da trama dele?
GW -
 Nem eu, nem a Claudia Souto sabíamos como o personagem se desenrolaria. Ela queria um outro bicheiro na família Barros para poder ter retrato de clã na contravenção do lado antagonista da história. Mas no início até se pensou no Marco ser apaixonado pelo Gerson, personagem do Enrique Diaz, e esconder esta paixão em uma fidelidade canina.

Perguntei para a Claudia a caminha do meu primeiro dia de gravação, “será que já chego dando uma certa pinta?” rsrsrs e ela falou para segurar um pouco que estava pensando. E aí veio o personagem aparecendo durante as gravações, num cenário quase shakespeareano de briga sobre poder. Filho bastardo, crise de identidade, revanche vingativa, mãe desaparecida, ambição, paixão pela mulher impossível, muitos clássicos do gênero foram caindo no colo do personagem, para minha alegria.

CE - A novela acaba no fim de abril e você já tem previsto um monólogo, que vai estrear em junho, no Rio. O que podemos esperar desse projeto? E quais as facilidades e os desafios de fazer uma peça sozinho?
GW -
 Estreio dia 14 de Agosto no Rio de Janeiro, no Teatro Sesi Firjan. Chama-se “O Corpo Mais Bonito Já Visto Nesta Cidade” a partir do texto do catalão Joseph Maria Miró e conta o assassinato de um jovem de 17 anos em uma cidade pequena.

O jovem cheio de libido, desejos e pulsão de vida é punido pela moral e pelas facadas. Uma obra que além de sua temática de excruciante atualidade se sustenta em uma narrativa muito original e de enorme rigor estético e cumpre o ditado “cidade pequena, inferno grande.” Parece dizer que um corpo que deseja tanto e é tão desejado, em algum momento tem que ser punido.

O desafio é pela extensão do tempo em cena em palco vazio, um solo solicita muito do seu repertório de composição. Facilidades eu não listaria para não atrair azar nem pagar a língua, rs... mas existe uma grande delícia de começar o jogo, a troca com a plateia e não parar até o final, o fluxo contínuo da proposta do ator, do palco para a plateia.

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Guilherme WeberO ator Guilherme Weber é a Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Sergio Baia - Diagramação: Denis Felipe - Por Flávia Viana

CE - Além de atuar, você é diretor, tendo vários projetos desses no currículo. Como seu lado diretor se comporta quando está atuando sob a batuta de outro diretor? Já pensou em se dirigir em algum projeto?
GW -
 Eu tento deixar o lado diretor em “modo avião” quando estou sendo dirigido, para usufruir justamente do universo e do olhar do outro, que é uma das coisas mais interessantes de ser dirigido. Confesso que não é fácil, rs... mas sempre fui um ator criador, muito propositivo, então estes dois papéis se misturam um pouco.

A ideia de me dirigir em um projeto sempre me pareceu ruim, não ter a visão da cena o tempo todo de fora, mas resolvi me deixar tomar por este delírio e assumir minha “fase Orson Wells” em um projeto de teatro que será fruto da minha pesquisa sobre literatura e dramaturgia latino americana. Cansei de chegar no dia da estreia e perder o melhor da festa que é estar no palco, rsrsrs

CE - Inclusive, você tem vários projetos como diretor já confirmados para os próximos tempos, como as novas montagens das peças “Plaza Suíte”, que já foi encenada por Fernanda Montenegro e Jorge Doria nos anos de 1970, e de “Chanel”, que foi estrelada há 20 anos por Marília Pêra. Qual o desafio maior de refazer esses projetos de sucesso? E eles terão adaptação para os tempos atuais?
GW - 
Eu não chamaria de “refazer”, serão criações de espetáculos a partir de textos que já foram encenados por outros artistas. Plaza Suite, inclusive, é um clássico absoluto da comédia e o autor do texto, Neil Simon, é um dos meus dramaturgos favoritos; seus diálogos são brilhantes e as situações cênicas da peça são um banquete para os atores, mistura comédia física, diálogos afiados, ritmo alucinante, drama visto pelos olhos do humor, uma delícia. Eu assino também a tradução e a adaptação da obra.

Não trarei a peça para os dias atuais porque ela não precisa deste recurso, é um clássico. Mas sempre injeto algumas piadas a mais, rsrsrs...

Chanel tem estatura de mito, então parece sempre se apresentar como uma pergunta impossível de ser inteiramente respondida. Será curioso observar novas gerações, oriundas do tik tok e do politicamente correto encarando uma mulher tão complexa e contraditória em sua genialidade.

Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Guilherme WeberFoto: Sergio Baia

CE - Em breve, ainda poderemos ver Guilherme Weber no cinema no filme “Dr. Monstro”, onde dá vida ao polêmico advogado Roberto Podval. Como é fazer um personagem verídico, que faz parte de uma história de assassinato recente no Brasil? Como foi seu processo de composição?
GW -
 Não houve a intenção de reproduzir o Podval, inclusive o meu personagem tem outro nome no filme; questões jurídicas acredito, rs...

Assistimos alguns julgamentos no Tribunal de Curitiba, onde filmamos, e foi uma preparação especialíssima. Entender as narrativas jurídicas, a encenação e ritos do tribunal e pensar em tudo isso na época da pós verdade foi muito instigante. É um “true crime” fascinante.

Além de relembrar de todos os filmes de tribunal, que é um subgênero fascinante, que vi e que sempre adorei. Disse ao diretor Marcos Jorge que sempre serei grato a ele pela oportunidade de dizer na minha carreira as frases “sem mais perguntas, meretíssimo” e “protesto, meritíssimo.”

CE - Você ganhou projeção ao fazer o inesquecível vilão Tony de “Da cor do pecado”.  Como foi o impacto para sua carreira ao fazer essa novela de tanto sucesso?
GW -
 Foi minha primeira novela e o personagem é lembrado até hoje, vinte anos depois e por diferentes gerações em função das sucessivas reprises e agora redescoberta no streming com impacto. Foi realmente uma sorte começar meu trabalho na televisão, depois de tantos anos de palco, com um personagem desta envergadura.

Agradeço muito ao João Emanuel Carneiro, ao Sílvio de Abreu e a Denise Saraceni em me escolherem para encarná-lo. Ele era muito irônico e tinha embates quase de desenho animado com a Bárbara de Giovanna Antonelli, essas eram também chaves de sucesso. O bordão do personagem, “Calma Coração” é falado até hoje e fiz uma auto citação em Volta Por Cima, repetindo-o em uma cena, parte de uma sequência de homenagens que a Claudia Souto de maneira muito sutil fez durante toda a novela.

CE - Como Guilherme Weber lida com a crítica? E é muito autocrítico com o próprio trabalho?
GW -
 Não lido, rs, deixo acontecer e sigo em frente, e digo isso sem nenhum esnobismo, acho que é maturidade mesmo. Tem muitas frases maravilhosas sobre crítica, duas que eu adoro, a do Laurence Olivier, “uma crítica pode estragar meu café da manhã, mas jamais o meu almoço” e a que li como do grande Luis Fernando Veríssimo, “um crítico é alguém que assiste uma batalha do alto de uma montanha e quando ela acaba, desce e atira nos sobreviventes.”

Sou muito observador do meu próprio trabalho, mas pelo entusiasmo da criação contínua.

CE - Com tantos trabalhos no currículo e outros à vista, o que Guilherme Weber ainda não realizou na profissão?
GW -
 Quero dirigir uma ópera.

CE - Você é um artista que trabalha bastante – inclusive em projetos bem populares como as novelas- e consegue manter a vida mais discreta. Como você lida com a exposição que a fama traz?
GW -
 Recebo a exposição como puro carinho do público e reconhecimento do meu trabalho, não me incomoda em nada.

 

 

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Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 07 e 13 de abril.

A carta dos Enamorados nos convida a tomar decisões conscientes, alinhadas com nossa essência, e a seguir o caminho do coração com coragem e autenticidade.

06/04/2025 12h00

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Abril está trazendo uma energia mais tranquila do que o mês anterior, especialmente após um março intenso de retrogradações e desafios astrológicos. A segunda semana do mês promete um alívio significativo com a movimentação dos planetas, proporcionando um espaço para maior clareza e decisões mais assertivas. Agora podemos sentir que, finalmente, as coisas começam a fluir melhor.

Mercúrio, o planeta da comunicação, sai da retrogradação, seguido por Vênus, que retoma seu movimento direto no sábado (12), alinhando-se com a Lua Cheia em Libra, também no mesmo dia. Essa configuração, sem dúvida, trará mais clareza e estabilidade para os nossos relacionamentos.

Esse cenário cósmico pede um olhar atento para as relações, buscando harmonia e equilíbrio, que podem ser alcançados a partir de escolhas conscientes.

E, quando falamos de escolhas, é impossível não lembrar da carta dos Enamorados do Tarô — uma carta que simboliza as decisões a serem feitas no âmbito dos relacionamentos e da vida afetiva, mas também serve como uma ferramenta de reflexão profunda sobre o caminho que estamos escolhendo seguir.

A Carta dos Enamorados: Escolhas e Harmonia

A vida é feita de escolhas, e algumas exigem uma reflexão mais profunda, pois nos impõem o desafio de abrir mão de certas coisas em troca de outras, tornando imprescindível a avaliação dos custos e benefícios de cada opção disponível. Essas decisões podem despertar sentimentos de medo, angústia e insegurança, o que torna o discernimento mais difícil.

A carta dos Enamorados no Tarô simboliza precisamente esse processo, carregado de emoção, representando a dualidade entre nossos desejos e necessidades, e a urgência de tomar decisões que estejam alinhadas com nossa verdade interior.

Os Enamorados representam um momento de encruzilhada, em que diferentes caminhos se apresentam diante de nós, e uma decisão precisa ser tomada. São aqueles momentos em que nos sentimos “divididos”, sem a certeza plena de qual é o melhor caminho para nossas vidas. Como disse Pablo Neruda: “Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.”

A Arte de Decidir: Como a Carta dos Enamorados Reflete Nosso Processo de Escolha

Embora frequentemente associada ao amor romântico, a carta dos Enamorados vai além, revelando a importância das decisões que moldam nosso futuro. Essas escolhas exigem reflexão, coragem e disposição para enfrentar aspectos, muitas vezes, profundos e dolorosos, pois não podemos ter tudo nem agradar a todos.

De fato, um dos principais simbolismos da carta dos Enamorados é o conflito entre o que desejamos e o que precisamos, uma tensão que vivemos ao tomar decisões difíceis. O medo de errar e das consequências disso podem nos paralisar.

A vida seria bem mais fácil se nossos sentimentos coincidissem com o que os outros acham que é melhor para a gente. Sempre tem alguém dizendo o que fazer: "Casa!", "Fica solteiro(a)!", “É melhor morar de aluguel e deixar o dinheiro aplicado!”, “Essa profissão não tem futuro!”, “Não aceite este emprego, você será infeliz!”.

No meio de tantas opiniões, tentamos nos encaixar no que os outros consideram ideal, esquecendo que somos donos de nossas próprias vidas e que a única opinião que realmente importa é a nossa. Mesmo que envolva sacrifícios, o arrependimento por não seguir nossos desejos pode ser ainda mais devastador.

Escolher, de fato, implica enfrentar a incerteza e a impossibilidade de controlar tudo ao nosso redor. Cada decisão nos expõe ao risco, mas também ao aprendizado. Quando agimos segundo nossa verdade, nossa vida ganha novo significado. A verdadeira liberdade está em ser responsável por nossas escolhas, abraçando nossas imperfeições. "No momento que você para de cometer erros, é o momento que você para de aprender." (Miley Cyrus)

A vida, com sua complexidade, é uma constante oportunidade de decidir não apenas o que queremos alcançar, mas quem escolhemos ser a cada momento. Quando nos alinhamos com nossa verdade interna, nossas escolhas se tornam mais leves, permitindo-nos avançar com mais clareza, independentemente dos obstáculos.

A Tomada de Decisão e a Neurociência

Alguns neurocientistas afirmam que o "livre arbítrio" é, na verdade, uma ilusão, uma percepção enganosa que nos dá a falsa sensação de controle. E afirmam isso apoiados por uma grande quantidade de dados, obtidos através de testes que monitoram o cérebro em tempo real.

A verdade é que, na maioria das vezes, nossas escolhas são guiadas mais pela intuição e por estereótipos do que pela razão pura.

Em outras palavras, quando você para para refletir e tomar decisões, pode acreditar que um "eu" consciente e racional, distinto do cérebro, está no comando de sua vida.

No entanto, o vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2002, Daniel Kahneman, argumenta que muitas das nossas decisões são, na realidade, impulsionadas por emoções. Mesmo quando pensamos estar sendo racionais, estamos, na verdade, profundamente influenciados por fatores emocionais.

O fato é que o cérebro humano está constantemente criando histórias, inventando explicações para justificar nossas escolhas. Esse processo de "fabulação" parece ser uma maneira engenhosa de organizar e dar sentido à nossa experiência cotidiana.

É curioso como, mesmo com todo o conhecimento que temos, ainda mantemos a ideia de que o ser humano é essencialmente racional, acreditando que somos capazes de tomar decisões puramente “neutras”, sem influências emocionais ou inconscientes. No ambiente profissional, essa ilusão é ainda mais evidente, com a falsa sensação de controle total sobre nossas escolhas.

É fascinante como a neurociência se alinha perfeitamente com a mensagem da carta dos Enamorados, que nos lembra de como, frequentemente, nos perdemos em reflexões desnecessárias, marcadas pela ansiedade e pelo nervosismo. Adiamos decisões e nos angustiamos por algo que, no fundo, já está decidido. Afinal, mesmo que de forma inconsciente, já sabíamos desde o início o que realmente queríamos; nosso coração já tinha a resposta.

                          Carta dos Enamorados - Divulgação

A Calma após o Turbilhão e o Retorno da Clareza

Com a retomada do movimento direto de Mercúrio, o céu astrológico não apenas convida à reflexão, mas também à ação mais consciente. Mercúrio, regente da comunicação e do pensamento, que esteve retrógrado, agora segue sua trajetória normal, proporcionando maior clareza mental.

A retrogradação de Mercúrio costuma ser uma época de revisão e reavaliação, e, quando o planeta retoma sua direção habitual, é como se abrisse um canal de fluidez para a comunicação, o entendimento e a troca de ideias.

Neste sábado (12), com Vênus também retomando seu movimento direto e, para intensificar ainda mais, a Lua entrando na fase cheia no signo de Libra, devemos estar atentos às nossas decisões, especialmente aquelas que envolvem os outros. Este é o momento de buscar equilíbrio, agindo de forma a fortalecer os laços que realmente contribuem para o nosso crescimento. Essa energia nos inspira a fazer escolhas que promovam harmonia e bem-estar coletivo, alinhando-nos com a profundidade e a sinceridade em nossos relacionamentos afetivos.

O Poder da Decisão Consciente e a Importância do Autoconhecimento

Nos dias que seguem essa configuração astrológica, é fundamental que busquemos agir com consciência e clareza. A carta dos Enamorados nos lembra que as decisões mais importantes da vida não devem ser tomadas de forma impulsiva ou impensada.

Mesmo quando as opções são difíceis e o caminho não é claro, a chave é a escolha consciente – aquela que vem do coração e que é baseada em nossos valores mais profundos. Se estamos indecisos ou em dúvida, o universo está nos convidando a dar um passo atrás e avaliar o que realmente desejamos para o futuro.

Além disso, a Lua Cheia em Libra, junto com as influências de Vênus, oferece uma excelente oportunidade para resolver questões pendentes em nossos relacionamentos, sejam amorosos ou profissionais. É um momento de encontrar o equilíbrio entre as nossas necessidades e as dos outros, e isso envolve muito mais do que apenas agradar. Trata-se de buscar a harmonia, onde todos se sintam ouvidos e respeitados, e onde as escolhas tomadas sejam justas e transparentes.

Conclusão: O Caminho das Escolhas Conscientes e a Busca por Equilíbrio

A carta dos Enamorados, regente dessa semana, é uma verdadeira bússola para o momento astrológico desta semana. Ela nos guia para escolhas conscientes, que exigem autoconhecimento e discernimento, ao mesmo tempo em que nos lembra da importância da harmonia nas nossas relações.

Abra seu coração e sua mente, pois conexões profundas estão prestes a surgir e podem transformar a forma como você se sente e pensa. A carta dos Enamorados reflete a sinergia entre duas pessoas—seja no contexto de um romance ou de uma parceria de qualquer natureza.

Neste momento, explorar a magia alquímica gerada pelos seus laços mais íntimos pode abrir novas portas e oferecer uma visão renovada do mundo, desde que você esteja disposto a permitir essa transformação.

Fica aqui a reflexão para observarmos quais decisões estamos fazendo nas nossas relações pessoais e profissionais, e como essas escolhas estão nos levando para mais harmonia ou para mais conflito. Lembre-se: você é o que escolhe, e suas escolhas definem quem você é.

Uma ótima semana e muita luz,

Ana Cristina Paixão

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