Em tempos onde manchetes sensacionalistas agradam uma audiência que prefere ser entretida a ser informada, enxergar o ser humano por trás das notícias se torna uma difícil tarefa.
Disposta a explorar essa perspectiva, chega dia 23 de fevereiro a série “Seven Seconds”, uma produção original Netflix. O mais novo thriller criminal de Veena Sud (“The Killing”) aborda temas sensíveis, como a brutalidade policial usualmente direcionada às pessoas negras, e aproveita para fazer questionamentos étnicos e morais.
Ambientada em Nova Jersey, “Seven Seconds” é uma adaptação do filme russo “The Major”. O título da série é uma referência ao fato de que, em apenas sete segundos, o destino de uma pessoa pode mudar para sempre.
É o que acontece quando, na pressa para chegar ao hospital, onde sua esposa grávida o aguarda, o detetive Peter Jablonski (Beau Knapp) se distrai e acidentalmente atropela o adolescente negro Brenton Butler. Gravemente ferido e sem receber qualquer socorro, o jovem morre.
Com a brutal morte de Brendon, as tensões raciais explodem em Nova Jersey. O departamento de polícia faz o que pode para acobertar o incidente, mas as manifestações da comunidade afro-americana assolam a cidade e tornam o caso atraente para a mídia.
Cabe à procuradora KJ Harper (Clare-Hope Ashitey) tentar trazer justiça não apenas à família do garoto, mas para toda a comunidade negra. Determinada a descobrir a verdade, ela se aproxima da mãe de Breton, Latrice Butler (Regina King, vencedora de dois Emmy), que passa a questionar se realmente conhecia seu filho.
Ao longo de seus dez episódios, “Seven Seconds” mostra que, por trás das manchetes da imprensa e das especulações populares, às vezes existe uma família destruída por uma decisão imprudente. Uma família que clama por justiça.

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