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CANAL 1 - FLÁVIO RICCO

Vida longa e próspera: é devaneio apostar na morte da TV aberta

Vida longa e próspera: é devaneio apostar na morte da TV aberta

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Na festa do último domingo, o presidente do Conselho Editorial do Grupo Globo, João Roberto Marinho, ressaltou a importância do agora cinquentão “Jornal Nacional” para as emissoras próprias e afiliadas e a participação de cada uma no processo do telejornal mais conhecido do País. “Cumpriu um papel ao longo desses anos inigualável”, destacou Marinho. “O melhor de tudo é o brasileiro sentindo o esforço, a qualidade, a isenção da nossa informação, dando sempre preferência a nós”, prosseguiu.

O executivo, ao se referir também ao crescimento de outras plataformas, como internet, ainda chamou atenção para a inquestionável força da televisão aberta. Apesar de toda a competição existente, afirmou que ela continuará sendo o grande veículo de comunicação de massa no Brasil e em diversos países do mundo. E o sistema mais acessível.

A TV aberta, como tudo na vida, sofre oscilações, mas sua morte está muito longe de ser decretada, como exageram alguns. É uma grande asneira apostar no seu fim. Só como exemplo simples, muita gente que possui TV paga passa mais tempo assistindo à variedade de produtos das emissoras convencionais.

Isso é comprovado pelos relatórios de audiência.

TV Tudo

Indiscutível

É o que já se colocou por aqui: assim como a política e futebol, a TV aberta está sempre entre os assuntos mais comentados na internet. O tempo todo é assim. Essa “história” de que perderá espaço para a própria TV paga, plataformas de streaming, Youtube..., no fundo, no fundo, não passa de um grande devaneio.  Uma bobagem.

Continua forte agora e assim será por muitos e muitos anos, até pela importância que representa para público e mercado.   

Tratamento diferente

É digno de destaque a atenção que Globo e Record, muito mais que as outras, dispensam às suas emissoras afiliadas.

Em se tratando das duas, diferentemente das demais, a relação é sempre muito próxima. Nunca falta apoio e respeito.

Ação

Essa iniciativa da Record, programada para domingo, que vai reunir todos os seus venenosos na “Fazenda”, faz parte desta política de integração.

Serão 16 pessoas trancadas lá dentro. Gente de todo o Brasil.

Por enquanto

Sérgio Gabriel continuará na apresentação do “Jornal da Noite”, na Band, por prazo indeterminado.

Posição que ele ocupa desde o começo de agosto, quando Fábio Pannunzio foi obrigado a se afastar por um problema no coração. Pannunzio que, na noite de quarta-feira, anunciou seu desligamento da emissora.

Por outro lado

E aí é que vem a novidade, André Luiz Costa, ao mesmo tempo em que vai assumir todo o digital, também começa a se afastar das suas atuais funções na Band.

Rodolfo Schneider, do Rio, foi o escolhido para assumir, no lugar dele, a direção-executiva de jornalismo.

Vale destacar

O investimento no digital, a partir de agora, será uma das prioridades da Band.

Inclusive, ainda durante a fase de testes de pessoal, equipes de trabalho já começam a ser montadas.

Negociação

Essa é interessante: já existe uma negociação encaminhada entre TV Gazeta e José Paulo Vallone, da JPO, para exibição de duas novelas dele no ano que vem.

As escolhidas são “Estrela de Fogo” e “Louca Paixão”, ambas escritas por Yves Dumont.

Vale lembrar

Tanto “Estrela de Fogo”, como “Louca Paixão”, foram apresentadas na Record em 1999.

As duas com elencos muito fortes, reunindo nomes como Maurício Mattar, Fulvio Stefanini, Lolita Rodrigues, Vera Zimmerman, Jorge Pontual, Jussara Freire e Dalton Vigh, entre muitos outros.         

Vale o destaque

“Órfãos da Terra” tem lá os sobressaltos e oscilações, porém, é uma novela que se destaca por grandes trabalhos de interpretação.

Nicette Bruno, por exemplo, está arrebentando. Um arraso. Assim como Flávio Migliaccio, Mamede, com o mal de Alzheimer.

Foto: Ellen Soares / TV Globo

Perfil

Em “Amor de Mãe”, substituta de “A Dona do Pedaço”, Taís Araújo fará a bem-sucedida advogada Vitória, que defende políticos e empresários de ética duvidosa.

Casada com Paulo (Fabrício Boliveira), perdeu, no passado, um bebê aos seis meses de gestação. A busca pela sonhada gravidez acaba atrapalhando o seu relacionamento e o casal se separa. Só que após uma noite com Davi (Vladimir Brichta), Vitória descobre estar grávida. A novela estreia em novembro. 

Bate – Rebate

Não será nenhuma surpresa se, em 2020, a Band reduzir o “MasterChef” a uma edição só por ano...
... Há o entendimento que o formato poderá ser útil por muito tempo ainda, mas sem o desgaste que vem sofrendo até agora.
O elenco de “Sob Pressão”, em suas duas próximas temporadas, sofrerá algumas alterações...
... Mas serão poucas e apenas nos papeis secundários. Todo o elenco principal será mantido.
Nizo Neto, neste sábado, vai ao “Ritmo Brasil”, da Faa Morena”, na Rede TV!...
... E, no domingo, será o convidado da “Escolinha do Professor Raimundo” na Globo.
“Canal Livre”, da Band, neste domingo, terá o jornalista e escritor Laurentino Gomes como convidado...
... O seu novo livro, “Escravidão: Do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares”, será um dos assuntos...
... Apresentação de Rafael Colombo, com as participações de Marina Machado e Fernando Mitre.
Ayres Rocha, do Acre, e Jéssica Senra, da Bahia, serão os apresentadores do “Jornal Nacional” neste sábado.

C´est fini

“Famílias Frente a Frente”, programa do Tiago Abravanel, com estreia em outubro, já está com seus trabalhos bem encaminhados.

Ronnie Von, por exemplo, será um dos convidados nas gravações da semana que vem. E nesta condição mesmo, convidado.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

Correio B+

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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