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MÚSICO

A trajetória de Zé Felipe, filho de Leonardo, está completando uma década

Saiba como a versatilidade e as redes sociais favoreceram o cantor, que se tornou pai pela terceira vez

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Quem não ouviu a frase “coloca o capacete que lá vem pedrada” em algum hit nos últimos três anos? De grande sucesso nas plataformas de música, Zé Felipe levou, em apenas três anos, cinco músicas ao topo das mais ouvidas no Spotify, além de outras 10 faixas ao top 5.

Acompanhe a trajetória de ascensão do cantor, filho de Leonardo, que completa uma década de carreira neste ano.

O goiano de 26 anos, que recentemente se tornou pai pela terceira vez, conquistou milhares de fãs ao redor do Brasil com sua personalidade divertida e sem papas na língua.

O desejo pela música vem de berço, com as referências de seu avô Avelino tocando viola, do pai Leonardo, um dos maiores nomes do sertanejo, e do irmão Pedro Leonardo.

Tudo começou ao se aventurar cantando em festas na casa de amigos e se estendeu a acompanhar o pai em turnê pelo Brasil, o que depois se tornou uma parceria no DVD de Leonardo, no pot-pourri “Te Amo Demais/Coração Espinhado”.

Então, sentiu-se pronto e, em 28 de setembro de 2014, estreou no “Domingão do Faustão”, na Globo. Com seu violão e estilo sertanejo de inspiração paterna, Zé Felipe assinou o primeiro contrato com a gravadora Sony Music, estreando com o projeto “Você e Eu” no mesmo ano.

As músicas ocuparam excelentes posições nas rádios do Brasil. A mistura com outros ritmos começou lá atrás, em 2016, “Proibido É Mais Gostoso” caiu no gosto dos fãs.

O projeto trouxe “Não Me Toca”, em parceria com Ludmilla, além das faixas “Maquiagem Borrada” e “Curtição”. Mas foi em 2017 que ocorreu sua primeira grande mudança na carreira, ao assinar com a gravadora Som Livre. A fase se iniciou com o terceiro projeto de carreira “Na Mesma Estrada”.

Explorando novas batidas no sertanejo, Zé Felipe chegou às paradas de sucesso com “My Baby”, parceria com Naiara Azevedo e Furação Love. O DVD “Ao Vivo em Goiânia”, gravado em 2019, uniu o goiano a outros grandes talentos de raízes sertanejas, como em “Tiro Certo”, com Gusttavo Lima, e “Medalha de Prata”, com Maiara & Maraísa.

O projeto não foi uma despedida, mas, após ele, o jovem reservou seu tempo para estudar e analisar o mercado musical. Nesse período, as redes sociais se fortaleceram e, nelas, Zé descobriu sua principal aliada.

Ele já conquistou dois discos de ouro, três de diamante e sete de platina. Em 2020, o single “Só Tem Eu” alcançou o topo das mais ouvidas do País.

A qualidade foi comprovada no álbum “Joseph”, o primeiro da nova fase, de 2021.

O projeto chamou a atenção do mercado fonográfico e ultrapassou 1 bilhão de plays somados no Spotify e no YouTube, trazendo toda a versatilidade de Zé Felipe em seis faixas, incluindo parcerias com Ferrugem e Léo Santana.

Os hits com o ritmo animado e danças dominaram as redes sociais e, principalmente, as playlists de mais ouvidas.

BARÕES E ANA CASTELA

“Toma Toma Vapo Vapo”, com Mc Danny, atingiu top 1 e somou 3 milhões de views em menos de 24 horas, além de milhares de vídeos de reprodução da dança, feita pela esposa Virginia Fonseca, publicados no TikTok e no Instagram.

A segunda posição ficou com “Revoada no Colchão”, com Marcynho Sensação, e a terceira com “Senta Danada”, com Os Barões da Pisadinha.

O ano de 2022 foi excelente.

Chegando à segunda posição no Spotify, “Malvada” explodiu antes da estreia e foi a quarta produção mais vista no mundo em 24 horas de lançamento, com 5 milhões de acessos no canal do YouTube em um dia, além do clipe brasileiro mais visto no ano.

A top 1 “Bandido” também chegou com feitos únicos: 45 mil pessoas assistiram à estreia simultaneamente no canal, com 1,5 milhão de streams no mundo junto e 150 mil criações de vídeos no TikTok em 72 horas.

No mesmo ano, Zé Felipe voltou ao top 5 também com “Depende”, participação com DJ Guuga e Wesley Safadão, e “Vontade de Morder”, participação com Simone & Simaria. Além disso, o goiano resgatou o romantismo do início de sua carreira no single “50 Cópias” e também lançou a música “Roça em Mim”, com participação de Ana Castela e Luan Pereira. Após cinco dias, a música alcançava a quarta posição no top 5 do Spotify, e dias depois, o primeiro lugar.

UM BILHÃO DE PLAYS

Em 2023, Zé mesclou ritmos e elementos na faixa “Facilita Aí”, que chegou ao segundo lugar das mais ouvidas, bem como “Vacilão”, com Igow e Wesley Safadão. As parcerias “Macho Preferido”, com MC Jacaré, e “Marrento” também mantiveram a maré positiva.

Quando não imaginavam que seria possível inovar tanto, o álbum “Coloca o Capacete” chegou com seis faixas com participações de Leonardo, Mc Ryan, Dennis, Mc Rica, Luan Pereira e Mc Livinho.

Com participação da esposa Virginia Fonseca, o projeto foi disponibilizado no mesmo dia, fugindo da regra de lançamentos às sextas-feiras e partindo para uma terça-feira, além de videoclipes que se conectaram pela estética, brasilidade e ritmos de funk, bregadeira e eletrônico.

O papai de Maria Alice, Maria Flor e do recém-nascido José Leonardo anunciou neste ano a gestão da própria carreira. O single solo “Luz do Luar” chegou em meio ao Carnaval com ritmo do funk, seguido de “Minha Ex”, em ritmo de forró balançado.

Em seguida, Zé Felipe se jogou no MTG – movimento funk de Belo Horizonte (MG) — e retornou ao top 1 do Spotify com “Não Tente Me Impedir”, música que une o sucesso de Bruno & Marrone de 2009 ao estilo de Zé Felipe, MC Jacaré e produção de Loirin Prod.

Ele ganhou o prêmio de Melhor Cantor no Prêmio Jovem Brasileiro (PJB) e alcançou dobradinha no topo do Spotify Brasil. Em menos de 15 dias de lançamento, “Patrai”, em parceria com Nattan e Rei da Batidinha, chegou ao primeiro lugar no ranking das músicas mais ouvidas, seguida por “Louco, Louco”, feat. com Mari Fernandez.

Com quase 4 bilhões de visualizações, 9 milhões de inscritos no YouTube e 1 bilhão de plays somente nas faixas mais ouvidas do Spotify, Zé Felipe tem uma carreira consagrada, com fãs em todo o Brasil que não cansam de acompanhar sua trajetória.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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