Mais da metade da indústria da construção civil sofreu com a falta de materiais ou com o alto custo dos insumos no último trimestre de 2020, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Representantes do setor destacam que no Estado o que mais tem impedido a retomada das obras e dos investimentos, de maneira geral, são os valores excessivos de materiais para construção.
Segundo representantes do setor, houve uma desaceleração no ritmo, que deve culminar em atraso e até mesmo na paralisação de obras. Ainda de acordo com o setor, as obras ficaram até 20% mais caras.
Conforme o presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), Diego Canzi, todos os produtos subiram em relação ao primeiro semestre de 2020, com reajustes que variam de 70% no tijolo a 150% nos fios elétricos, o que impacta diretamente o bolso do consumidor.
“Campo Grande sofreu muito com a falta de materiais e insumos, principalmente, no segundo semestre do ano. Os produtos que ficaram mais escassos foram tijolo, ferro e fios elétricos, por conta da falta de cobre no mercado internacional. Todos os derivados do aço tiveram alta de 100%, o que atinge a retomada do setor imobiliário”, explicou Canzi.