Economia

FRONTEIRA

Consumidores da Bolívia "salvam" comércio de Corumbá

Lado boliviano perdeu 80% dos turistas brasileiros

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A valorização do peso boliviano em relação ao real no primeiro semestre deste ano acabou com o chamado comércio formiga da fronteira em Corumbá, onde as apreensões de contrabandos de toneladas mercadorias oriundas da Bolívia concorriam com as ações antidrogas da polícia. Enquanto o lado boliviano perdeu 80% dos turistas brasileiros, em Corumbá o comércio foi invadido pelos bolivianos, que lotam o centro da cidade, ocupam a rede hoteleira e movimentam o turismo de eventos.

Com maior fluxo nos fins de semana, a presença do boliviano se tornou rotina na cidade pantaneira, atraído por lojas-âncoras de departamentos que se instalaram nos últimos dois anos com o crescimento do comércio. É intenso e diário o movimento de veículos do país vizinho no perímetro central, onde famílias de bolivianos, de pequeno e médio poder aquisitivo, perambulam com sacolas pelas calçadas no entra e sai de lojas e lanchonetes.

A associação comercial local e a prefeitura não têm um levantamento dos reflexos desse boom na economia do município quanto à geração de empregos e aumento da arrecadação tributária. Contudo, não é preciso nenhum diagnóstico para entender e comprovar essa inversão de consumo na fronteira com a alta da moeda norte-americana. O comércio de Corumbá nunca faturou tanto em um período de recessão e incertezas na economia brasileira.

NA GANGORRA DO DÓLAR

“O poder de compra do boliviano está atrelado ao dólar”, afirma André de Arruda Campos, secretária-adjunto municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável. “O boliviano quebrou a sazonalidade que existia no nosso comércio, que passou a ter movimento o ano todo e não está sofrendo tanto com essa crise. Com isso, a cidade atraiu grandes lojas e muitos empresários querem investir em hotelaria e outros setores”, comentou.

O aquecimento do comércio corumbaense já aponta uma nova tendência do mercado fronteiriço, cujo baixo consumo até cinco anos atrás não atraía grandes grupos empresariais. Em breve, a cidade ganhará seu primeiro hipermercado, do grupo atacadista Mega, que atua em Campo Grande, Costa Rica e Chapadão do Sul. O empreendimento de R$ 15 milhões está sendo construído no bairro Popular Velha e vai gerar 100 novos empregos diretos.

“Ninguém faz um investimento desse sem pesquisa de mercado”, diz, animado, o presidente da Associação Comercial de Corumbá, Lourival Vieira Costa. “O boliviano segurou o nosso comércio com a inversão do fluxo de consumo na região, embora exista sempre essa gangorra em função do dólar”, cita. “Hoje, estamos recebendo compradores de outras cidades da Bolívia, como La Paz e Santa Cruz. Realmente estamos vivendo um momento especial”.

O empresário e presidente da Federação das Associações Empresariais do Estado (Faems), Alfredo Zamlutti, afirma que o comércio de Corumbá estaria falido sem o boliviano. Presidente da associação comercial local por 11 anos, ele estima que 70% do giro financeiro se deve ao consumidor vizinho, que aqueceu também o setor imobiliário e toda a cadeia de serviços. “Mesmo discriminado, o boliviano tem sido o ‘salvador da pátria’ do comércio de Corumbá”, pontua.

ABERTAS NO DOMINGO

Lojas fechadas por falta de consumidor brasileiro, mercadorias de má qualidade e preços variando conforme o freguês transformaram o comércio de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, cidades bolivianas situadas próximas à fronteira, em um centro pouco atrativo – motivado também pela alta variação do dólar. O sacoleiro agora é o boliviano, com uma diferença, ao contrário do brasileiro: ele compra em Corumbá para consumo próprio.

“O movimento aqui caiu mais de 80%”, diz comerciante boliviana que não quis se identificar. Mesmo com essa queda extraordinária nas vendas do lado boliviano, os feirantes e as grandes lojas, que hoje trabalham com metade das gôndolas, insistem em praticar seus altos preços e fixar o dólar acima do valor do câmbio no Brasil, principalmente nos fins de semana, quando aparecem pequenos grupos de pescadores brasileiros. Na quinta-feira, a maioria dos lojistas de Puerto Quijarro praticava o dólar a R$ 4,08, mesmo com o comércio às moscas.

Com a nova onda de consumo do lado brasileiro, veículos bolivianos congestionam a BR-262 e a MS-428 em direção a Corumbá, aumentando o transporte clandestino de passageiros em vans, apesar do protesto dos taxistas brasileiros. O aquecimento nas vendas ampliou a abertura do comércio aos domingos e gerou a concorrência desleal: cresceu o comércio ilegal com a falta de fiscalização da prefeitura, apesar do alerta da associação comercial.

No entanto, quem apostou no consumismo boliviano está ganhando dinheiro e se expandindo. É o caso da loja de departamento Oxigênio, de um grupo mineiro, que abriu em Corumbá a primeira filial de Mato Grosso do Sul. “40% das vendas são para o boliviano, que paga à vista e em dólar”, diz o gerente Deyvidison Souza. “Nos fins de semana, 80% dos clientes são da Bolívia”, completa. Em um ano e três meses, o grupo abriu uma segunda filial na cidade e emprega 52 pessoas.

sem gratificação natalina

Em crise, Santa Casa parcela 13º salário de servidores em três vezes

Décimo terceiro será pago em janeiro, fevereiro e março de 2026

20/12/2025 08h25

Hospital Santa Casa de Campo Grande é o maior, mais importante e principal hospital de MS

Hospital Santa Casa de Campo Grande é o maior, mais importante e principal hospital de MS Gerson Oliveira

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Hospital Santa Casa deixou de pagar o 13º salário integral dos servidores em dezembro. A partir disso, prometeu realizar o pagamento em três parcelas: janeiro, fevereiro e março, o que gerou revolta entre os funcionários.

De acordo com a lei, o 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro.

Anteriormente, o Governo de Mato Grosso do Sul aportava a 13ª parcela da contratualização a todos os hospitais filantrópicos do Estado.

Mas, conforme repassado pela assessoria de imprensa do hospital, informou que neste ano não haverá o repasse integral em dezembro, mas sim parcelado em três vezes nos primeiros meses de 2026.

Confira a nota divulgada pela Santa Casa:

"A Santa Casa informa que em anos anteriores o Governo do Estado aportava a 13ª parcela da contratualização a todos os hospitais filantrópicos de MS. Neste ano informou que não haverá o repasse e o Secretario de Saúde, Dr. Mauricio Simões, informou à Federação das Filantrópicas (FHEBESUL) que fará o repasse em três parcelas nos meses de janeiro, fevereiro e março. A Santa Casa transmitiu a informação aos sindicatos e seguirá buscando outros meios para solucionar a questão, mas até o momento sem precisão".

O Correio do Estado entrou em contato com a assessoria de imprensa do governo de MS para saber o porquê o pagamento não pode ser feito em parcela única, mas, até o fechamento desta reportagem, não foi respondido. O espaço segue aberto para resposta.

Os funcionários estão revoltados, inclusive alguns cogitam entrar em greve, como os enfermeiros.

CRISE FINANCEIRA

A Santa Casa está em crise financeira há anos. Conforme noticiado pelo Correio do Estado, a Santa Casa gasta por mês R$ 1 milhão a mais do que recebe.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre governo federal, Prefeitura de Campo Grande e governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, o hospital alega que o valor não seria suficiente para suportar a demanda atual da unidade de saúde, além de não sofrer reajuste desde 2023.

Sem a solução com o poder público, a instituição foi à Justiça pedir que, caso a renovação fosse feita, o repasse mensal precisaria ser corrigido para R$ 45,9 milhões (R$ 550,8 milhões por ano), além da recomposição retroativa referente aos últimos dois anos sem aumento.

Segundo documento que o Correio do Estado obteve com exclusividade, o hospital tinha um teto de R$ 46.907.889,12 para ser gasto em 2024 com internações de alta complexidade – serviços e procedimentos que exigem alta tecnologia, alto custo e infraestrutura especializada.

Porém, a entidade ultrapassou em cerca de R$ 2,5 milhões deste montante, o que resultou em um gasto operacional de R$ 49.484.607,38.

No balanço mês a mês, apenas em setembro a Santa Casa conseguiu operar as internações de alta complexidade dentro do teto, com R$ 3.825.922,38, menos de R$ 100 mil abaixo do limite mensal (R$ 3.908.990,76).

Por outro lado, outubro, segundo as informações do hospital, foi o pior mês, com gasto que chegou a R$ 4,6 milhões. Na média mensal, a instituição operou R$ 214,7 mil a mais do que o estipulado pelo teto.

De acordo com relatório anual divulgado pelo hospital em março deste ano, 2024 fechou com prejuízo de R$ 98,3 milhões, bem distinto do apresentado em 2023, quando fechou com superavit de R$ 27,5 milhões.

Ao longo dos anos, o deficit acumulado da Santa Casa soma R$ 514,8 milhões. Outro fator que ajuda a explicar a conta fechando no vermelho são os constantes empréstimos que a instituição faz.

No mesmo relatório é possível constatar que o hospital ainda teria que pagar R$ 256.916.856,00 por causa de empréstimos e financiamentos, desses R$ 16.141.304,00 em circulantes (12 meses, considerado curto prazo no mundo financeiro) e R$ 240.775.552,00 em não circulantes (longo prazo).

Em relação ao repasse financeiro, 56% (R$ 18,3 milhões) é de responsabilidade do Governo Federal. Os outros 44% são oriundos do Estado (R$ 9 milhões) e do Município (R$ 5,2 milhões).

13º SALÁRIO

Todos os trabalhadores com carteira assinada têm direito ao 13º salário, incluindo os que trabalham em regime de tempo parcial ou intermitente.

O cálculo do 13º salário é feito com base no salário bruto do trabalhador. Para calcular, você divide o salário bruto por 12 e multiplica pelo número de meses trabalhados no ano.

No 13º salário, são feitos descontos de INSS e IRRF. O valor dos descontos depende do salário bruto e da faixa de renda do trabalhador.

O 13º salário pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro. 

Em 2025, como o dia 30 caiu num domingo, o prazo final para depósito foi antecipado para a sexta-feira, 28 de novembro.

A segunda parcela deve ser quitada até o dia 20 de dezembro. Em 2025, o prazo final para o depósito é 19 de dezembro, sexta-feira.

Veja quem tem direito ao 13º:

  • Trabalhadores com carteira assinada (CLT)
  • Trabalhadores domésticos
  • Aposentados e pensionistas do INSS (em 2025, as parcelas para este grupo foram antecipadas para os meses de abril e maio)
  • Trabalhadores afastados por auxílio-doença ou licença-maternidade (recebem valor proporcional)

A empresta/órgão/instituição que deixa de pagar o décimo terceiro dentro do prazo comete uma infração trabalhista e fica sujeita a diversas penalidades, como:

  • Multas Administrativas: A empresa pode ser autuada pelo Ministério do Trabalho, com multa aproximada de R$ 170,25 por empregado prejudicado. O valor pode dobrar em caso de reincidência.
  • Correção e Juros: O pagamento em atraso deve ser feito com correção monetária e juros, conforme previsto na Súmula 381 do TST.

LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 787, sexta-feira (19/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

20/12/2025 08h19

Confira o resultado da Super Sete

Confira o resultado da Super Sete Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 787 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 700 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 1 aposta ganhadora, R$ 20.680,91
  • 5 acertos - 21 apostas ganhadoras, R$ 1.406,86
  • 4 acertos - 363 apostas ganhadoras, R$ 81,38
  • 3 acertos - 3.569 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 787 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 8
  • Coluna 2: 9
  • Coluna 3: 2
  • Coluna 4: 2
  • Coluna 5: 7
  • Coluna 6: 0
  • Coluna 7: 3

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 788

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 22 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 788. O valor da premiação está estimado em R$ 800 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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