Economia

Integração econômica

Corredor Bioceânico diminui duas semanas de ‘viagem’ à China

Além de conferir intermodalidade ao escoamento, rota de exportação será encurtada em 8mil km

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Com a possibilidade futura de escoar produtos tanto por ferrovias, como por rodovias e até pela hidrovia do Rio Paraguai-Paraná, a implantação do Corredor Bioceânico, conferiria intermodalidade de escoamento e colocaria Mato Grosso do Sul como uma região estratégica na política de exportação com o sudeste asiático.

De acordo com o professor Francisco Bayardo, pesquisador do projeto de pesquisa e extensão da UFMS sobre o Corredor, possibilitará a redução de até 8 mil km de distância no trajeto das exportações de produtos sul-mato-grossenses para o mercado asiático, e também de importações. 

Com extensão de 2.396 km, a rota permite a conexão viária do Centro-Oeste brasileiro aos portos de Antofagasta e Iquique (Chile), passando pelo Paraguai e Argentina. 

Além da aceleração nas rotas, o estado será ponto estratégico de entrada de produtos de valor agregado, um impulso que pode trazer desenvolvimento às regiões de Corumbá, Porto Murtinho, Campo Grande e Três Lagoas. 

Melhorias necessárias

O projeto pretende criar uma rota que ligue os dois oceanos que banham a América do Sul. Seriam interligados o Atlântico a leste até o Pacífico a oeste por uma rede de rodovias e Ferrovias, gerando infraestrutura intrincada que traria redução nos custos de escoamento de mercadorias.

Para o professor a infraestrutura é o primeiro desafio logístico. Segundo ele “Considerando os principais pontos entre oceanos e a rota que vem do sudeste. Precisamos ter essas estradas e trabalhar com a intermodalidade. Ativar ramais ferroviários, que hoje não estão operando devidamente. Também podemos incluir um intermodal aéreo, se considerarmos a possibilidade de nosso aeroporto como agente alfandegado”.

Na última semana, a estado viu um avanço no processo de desestatização da Ferroeste, que liga a região de Maracaju até o porto de Paranaguá, no Paraná. Apesar de facilitar o escoamento de grãos, não afetaria tanto na implantação do corredor.

“A revitalização da Malha Oeste, essa sim vai ser importante, liga Três Lagoas a Corumbá, isso traria grandes benefícios para entrada de produtos do Paraguai”, pontua o professor.

Outro desfaio da mesma ordem é o papel que as aduanas dos países terão quando isso tudo estiver operando. “Precisamos criar um modelo de tributação que não penalize muitos esses produtos, porque eles vão passar por quarto países diferentes, Argentina, Paraguai, Chile até chegar ao estado”, explica o professor.

Ele ainda comenta sobre a importância para a entrada de produtos de grande valor agregado. A rota faria com que os produtos que anteriormente entravam pelos portos do sul e sudeste e que tinham que passar por processos demorados para chegar ao estado, agora entrarão por aqui.

“Se lembrarmos que a China compra muita carne, por onde sai a nossa carne hoje? Pelo Sudeste, pelo Porto de Santos (SP), um trajeto distante. Se a gente pensar que esse produto poderá sair pelo Pacífico, há de se considerar um encurtamento do trajeto que pode chegar até 8 mil quilômetros, dependendo do país, com redução de 12 a 17 dias do percurso total de uma viagem”, argumenta. 

Infraestrutura local

O professor Francisco Bayardo ainda fala sobre a necessidade de investir na infraestrutura de serviços na região de Porto Murtinho. A cidade pantaneira seria a porta de entrada para os caminhoneiros que viriam do exterior.

Com apenas 17 mil habitantes, Murtinho requer investimentos em postos de gasolina, hotelaria, restaurantes, estrutura básica para que o viajante possa tomar banho, descansar e até mesmo fazer reparos mecânicos caso precise.

“Porto Murtinho é a última fronteira em direção ao Chile, ou a porta de entrada caso o sentido seja contrário. Ter essa infraestrutura necessária para movimentação de cargas, uma estação de triagem para receber quantidade considerável caminhões visando portos em andamento e os que serão criados é fundamental”, analisa o professor.

Conforme dados da assessoria logística da Semagro, a capacidade do porto de Corumbá e dos portos de Porto Murtinho está em torno de 3% da capacidade de exportação de Mato Grosso do Sul. Com a inauguração de outros 3 ou 4 portos, essa capacidade deve chegar a 10% do que é exportado pelo Estado.

Outra cidade que seria considerada fundamental é Campo Grande. Com a implantação do porto seco a Capital “torna um protagonista dentro do processo, trazendo para cá empresas que queiram trabalhar com movimentação de mercadorias, desembaraço de importações, então os produtos entram como pelo país a partir de Campo Grande”, explica o professor Bayardo.

A rota demora para entrar em funcionamento porque a ponte que liga Mato Grosso do Sul ao Paraguai, tem previsão de ser inaugurada em 2023. Para ele, é difícil prever o impacto econômico em números. “Vamos experimentar o processo”, finaliza.

ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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