Economia

LOGÍSTICA

Corumbá entra na rota bioceânica ferroviária

Ferrovia já existe e depende apenas de reformas para ser ativada; Chile, Argentina, Bolívia e Brasil estão na rota

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Argentina, Bolívia e Brasil são vizinhos e mantêm relações comerciais, mas algumas conexões entre eles estão soltas, principalmente, em termos econômicos e culturais. Uma tentativa para aproximar os três países está sendo desenhada, e o elo proposto para ligar essas localidades é a ferrovia. 

No Brasil, o meio de transporte ainda está defasado, mas na Bolívia há um ramal de 1.244 km em pleno funcionamento e na Argentina a estrutura é utilizada normalmente no transporte de cargas.

A proposta aberta de ser instalada uma rota bioceânica ferroviária começou a ser ventilada em 2017, no governo boliviano de Evo Morales. Os acordos não avançaram muito ao longo dos três últimos anos, mas ganharam impulso agora em 2021. 

A principal materialização dessa negociação é a assinatura de um acordo de cooperação comercial envolvendo Corumbá, governo boliviano e câmaras comerciais das cidades de San Salvador de Jujuy, Salta e San Miguél de Tucumán (Argentina).

O documento foi elaborado no Brasil pelo ministro de carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores João Carlos Parkinson e já teve o aceite da prefeitura de Corumbá, que é um elo dessa negociação. A proposta agora está na Argentina, sendo analisada por representantes das câmaras de comércio exterior dos três municípios que ficam no norte do país vizinho.

“De fato, a negociação avançou muito neste ano, por conta de demandas que surgiram de Corumbá e de empresas que estão em Mato Grosso do Sul. O que se propõe é uma facilitação do comércio entre os países, agilização de processos", aponta o diplomata e coordenador-geral de Assuntos Econômicos para América do Sul, América Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson.

"O governo boliviano também se envolveu fortemente. Em termos de estrutura, a Bolívia tem uma ferrovia que completa todo o trajeto necessário entre Argentina e Brasil, entrando por Corumbá. Na Argentina, eles também têm a ferrovia em funcionamento. Só existe uma questão: para a ligação com a Bolívia, é necessária a construção de duas pontes. O transporte rodoviário está substituindo esse trecho [80 km] atualmente”, completou.

Há cinco anos ele atua diretamente em negociações para viabilizar esse ramal ferroviário no transporte de cargas. O potencial de cargas a serem transportadas nesse trajeto é de 3,5 milhões de toneladas. O sistema ferroviário boliviano transporta em torno de dois milhões de toneladas anualmente.

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INFRAESTRUTURA

Em termos de infraestrutura, 80 km no norte da Argentina têm trecho obsoleto de ferrovia e dependem da construção de duas pontes para permitir que todo o trajeto ferroviário entre San Salvador de Jujuy e Yacuiba (Bolívia) possa ser percorrido. 

Essas obras estariam avaliadas em torno de US$ 60 milhões, e o governo chinês chegou a manifestar interesse em custear o projeto, porém, a proposta ainda não avançou.

Fatores econômicos estão pesando para que o ramal seja efetivamente instalado. São diferentes empresas que têm potencial para se beneficiarem do sistema ferroviário que pode ser instalado até Corumbá. No estudo de viabilidade da rota biocêanica férrea foi apontado o caso da Arcelor Mittal, que tem planta em Três Lagoas. 

A empresa de siderurgia tem cerca de 70% do mercado de vergalhões na Bolívia. Essa produção já é despachada por trens a partir da região de fronteira, via Corumbá, mas a importação de cobre e outros produtos pela indústria brasileira chega a Três Lagoas pelo Porto de Santos e portos no Sul. 

O acordo pode permitir que as mineradoras instaladas na região norte da Argentina forneçam a matéria-prima e que a rota em discussão seja a via de transporte. A importação de cobre e outros produtos envolve cifras de US$ 134 milhões.

A Arcelor Mittal faz a importação de cobre do norte da Argentina, que vai de trem até portos do Chile, e a matéria-prima percorre todo o trajeto por oceano até o Brasil. Depois disso, a commodity chega a Três Lagoas em caminhões, um trajeto de 30 dias. A ferrovia ligando o norte da Argentina ao Brasil, via Bolívia, encurta essa viagem para até 10 dias.

A relação de produtos que podem ser transportados por linha férrea a partir de Corumbá nos dois sentidos para Bolívia, Argentina e portos do Chile, que despacham para o mercado asiático, envolve vergalhões, soja, celulose, produtos manufaturados, fertilizantes, sal, sulfato de cálcio, ureia, feijão, cobre, zinco, lítio, vinhos, entre outros.

“Neste ano, tivemos uma rodada de discussões e a apresentação das potencialidades. Temos um cenário em que falta muita informação comercial para ter a parceria. Por isso, no primeiro encontro virtual que foi feito, houve a apresentação por parte dos portos do Chile das estruturas que existem e das empresas que estão em atuação", explica João Parkinson.

"Houve também uma apresentação das empresas que estão no norte da Argentina. Ao todo, foram seis lives promovidas entre governos municipais, empresários e câmaras de negócios”, completa.

TRANSPORTE

Nessas lives, promovidas com representantes de Corumbá, Salta, Jujuy e Tucumán, além de empresários com atuação em todas essas regiões, também foi discutido o preço do frete praticado. 

O custo do transporte marítimo fica em torno de US$ 40 por tonelada. Esse é o valor médio cobrado na Bolívia para o transporte ferroviário. A vantagem estaria no prazo de entrega de mercadorias.

Consultor de negócios na Argentina, Federico Vallejo está atuando diretamente nas negociações envolvendo câmaras de negócios e empresas do norte da Argentina, Bolívia e prefeitura de Corumbá, além do Ministério das Relações Exteriores brasileiro. 

Em entrevista ao Correio do Estado, ele comenta que o estudo sobre o contrato elaborado no Brasil para permitir a instalação de um núcleo de negócios baseado em Corumbá deve ser concluído em duas semanas.

“Houve diferentes conversas, e avançamos em vários quesitos. Posso dizer que já estamos, hoje, 70% acertados para a formalização dessa parceria. Ainda existem algumas barreiras que devemos superar, temos a questão da língua também, mas tudo isso está sendo discutido", comenta o consultor.

"A intenção é termos um acordo para atuar no turismo e no comércio. Somos vizinhos e não conhecemos uns aos outros. Agora estamos nos conhecendo para construir parcerias”, completa.

João Parkinson, que está em Brasília e conhece a realidade de Corumbá, bem como das três cidades no norte da Argentina, sugere que o acordo ainda precisa superar algumas barreiras de postura, principalmente do lado brasileiro. 

“Estamos falando nessa negociação de uma mudança de paradigma. Vai ser preciso transformar a visão do empresário de Corumbá, por exemplo, para ele se entender como um importador. Será preciso também ter uma interação maior entre empresários e autoridades públicas", analisa o diplomata.

"A condição de isolamento que existe para Corumbá também existe nas cidades do norte da Argentina. Essa rota pode representar novas possibilidades”, completa.

TURISMO

Além das negociações comerciais, o turismo entre as regiões está sendo observado. O Ministério do Turismo foi inserido nas reuniões realizadas para permitir que haja a discussão de como o setor pode ser promovido, tanto para turistas argentinos como para os bolivianos. 

Além de Corumbá, empresários e câmaras de San Salvador de Jujuy assinaram acordo com a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande há cerca de um mês.

Secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Cássio Costa Marques aponta que o interesse das empresas de mineração existentes no norte da Argentina em acessar o mercado brasileiro está crescendo. 

Além disso, a mineração em Corumbá pode ganhar um novo ramal de escoamento da produção de mais de 680 mil toneladas para o exterior, sem depender da hidrovia e das intempéries do nível do Rio Paraguai. 

“Acreditamos fortemente que um dos benefícios que esse acordo que estamos tentando fechar vai ter é que a ferrovia Malha Oeste vai ganhar um novo interesse. Vai faltar o Brasil ter uma linha em funcionamento para permitir uma ligação”, sugere.

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Loterias

Resultado da Timemania de hoje, concurso 2193, terça-feira (14/01)

A Timemania realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sextas, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/01/2025 19h13

Confira o resultado da Timemania

Confira o resultado da Timemania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2193 da Timemania na tarde desta terça-feira, 14 de dezembro de 2024. A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 450 mil.

Confira o resultado da Timemania de hoje!

Os números da Timemania 2193 são:

  • 13 - 11 - 56 - 19 - 02 - 39 - 25

  • Time do coração: Guarani / SP

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2193

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quinta-feira, 16 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 2193. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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Loterias

Resultado da Quina de hoje, concurso 6631, terça-feira (14/01)

A Quina realiza seis sorteios semanais, de segunda-feira a sábado, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/01/2025 19h06

Confira o resultado da Quina

Confira o resultado da Quina Foto: Arquivo

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 6631 da Quina na noite desta terça-feira, 14 de janeiro de 2024, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 4 milhões.

Confira o resultado da Quina de hoje!

Os números da Quina 6631 são:

  • 10 - 03 - 67 - 57 - 65

O sorteio da Quina é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Quina 6632

Como a Quina seis sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre no quarta-feira, 15 de janeiro, a partir das 20 horas, pelo concurso 6632. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Quina é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 5 dentre as 80 dezenas disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 2, 3, 4 ou 5 números.

Como apostar na Quina

A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Ganham prêmios os acertadores de 11, 12, 13, 14 ou 15 números.

O preço da aposta com 5 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas cinco dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,50 a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda segundo a Caixa.

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