Economia

cenário

Diesel recua R$ 0,98, mas defasagem com mercado internacional pressiona aumento

Redução da oferta na produção mundial de petróleo deve fazer combustíveis subirem nos próximos meses

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O preço do óleo diesel recuou 13% em Mato Grosso do Sul. Na comparação com o mês de julho, o litro do combustível S10 recuou R$ 0,98, saindo de R$ 7,49 para os R$ 6,51 atuais.
 
Apesar do arrefecimento, o corte na produção mundial deve trazer novos aumentos tanto para o diesel quanto para a gasolina. 
 
Para alinhar o preço praticado nas refinarias brasileiras com o mercado internacional, o aumento do valor da gasolina deveria ser de R$ 0,47 por litro, com defasagem de 12%, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). 
 
No caso do diesel, a defasagem do combustível chega a 16%. Isso quer dizer que, se o mercado interno acompanhasse os preços internacionais, o diesel teria de ser precificado R$ 0,97 acima do preço médio atual.   
 
O doutor em Economia Michel Constantino explica que a defasagem se intensifica principalmente pelo crescimento da procura pelo combustível fóssil. “A demanda por diesel mundialmente está crescendo com o uso de usinas termelétricas pela Europa”, avalia.
 
O preço médio atual da gasolina em MS é de R$ 4,66, conforme a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A queda da gasolina até o momento é de 33,33%, saindo de um preço médio de R$ 6,99 para o preço atual.
 
Em comparação com o mês de julho, no qual o preço atingiu o maior patamar deste ano, o litro do óleo diesel comum recuou R$ 0,96, saindo de R$ 7,30 para o patamar atual, uma retração de 13,15%. No caso do óleo diesel S10, a queda notada é de 13,08%, ou R$ 0,98 por litro, caindo de R$ 7,49 para R$ 6,51 no mesmo período. 
 

CENÁRIO

Já preço do barril de petróleo tipo Brent já subiu 5,09% neste mês no mercado internacional. O movimento veio na esteira do anúncio dos países que compõem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de reduzir a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia. 
 
Esse é o maior corte anunciado desde as sanções econômicas que paralisaram a economia mundial com a eclosão do novo coronavírus, em 2020. 
 
Entretanto, desde julho, o preço do barril recua 19,98%, de acordo com as cotações históricas do site Investing.com. No dia primeiro daquele mês, o barril tipo Brent era comercializado a US$ 111,63, contra US$ 92,44 desta segunda-feira (17).  
 
Diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges disse em evento on-line da agência especializada Epbr que a estatal tem sido mais rápida ao repassar os preços. “A gente [Petrobras] passa mais amiúde a redução e demora um pouco mais para passar a subida, [com isso] nós estamos beneficiando a sociedade brasileira”, disse.
 
Após o evento, em comunicado ao mercado, a Petrobras afirmou que tem “compromisso com preços competitivos e em equilíbrio com o mercado” e que evita o repasse imediato das volatilidades externas e do câmbio aos preços. O executivo da Petrobras discorda dos dados da Abicom. 
 

ALTA

O diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, diz que o mercado internacional anda muito agitado atualmente. “Em virtude das notícias da redução da oferta dos países da Opep+, por causa da recessão nos países de primeiro mundo e das novas investidas da Rússia na Ucrânia”, explica. 
 
A defasagem, apesar de não incorporada aos preços praticados nas refinarias da estatal brasileira, está sendo praticada pelas importadoras. “Realmente existe uma defasagem no preço, por conta da falta do produto e do custo de importação, bem como da volatilidade do câmbio. A Petrobras se mantém até o momento sem nenhuma alteração, mas as distribuidoras, que importam os combustíveis, estão repassando os preços atualizados aos postos”, diz. 
 
O economista Fábio Nogueira comenta que as oscilações internacionais poderão provocar aumento nos preços dos produtos. “No caso do aumento do preço internacional de referência do petróleo, haverá um impacto nos preços dos combustíveis no Brasil, só não saberemos qual o efeito imediato”, declara. 
 
Conforme o economista Márcio Coutinho, a estimativa é de que os preços subam nos próximos meses. “Na minha opinião, se a política da Petrobras é acompanhar o mercado internacional, com certeza vem aumento de preço por aí”, sentencia. 
 
“Claro, que tudo depende de como a Petrobras vai lidar com essa situação. Como os países produtores de petróleo já reduziram a oferta de petróleo, isso faz com que tenha menos matéria-prima no mercado e menos oferta, mas, como a demanda continua aquecida, o preço vai subir”, explica. 
 
A preocupação, segundo ele, é saber por quanto tempo a Petrobras conseguirá segurar esse preço sem repassá-lo para o consumidor. “Todo esse cenário indica que vem aumento”, finaliza.  
 
 

ESTRATÉGIA

Número de recuperações judiciais mais que dobra em MS este ano

No terceiro trimestre, 53 empresas apelaram ao Judiciário, ante 26 empresas no mesmo período de 2024

06/12/2025 08h40

Maior parte dos pedidos vem do agronegócio, somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos

Maior parte dos pedidos vem do agronegócio, somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos Gerson Oliveira

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O número de empresas em recuperação judicial (RJ) mais que dobrou no período de um ano em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o levantamento do Monitor de Recuperações Judiciais, da RGF Associados, no terceiro trimestre deste ano, 53 empresas recorreram à recuperação judicial. No mesmo período do ano passado, 26 empresas apelaram ao Judiciário, uma alta de 103% em um ano.

Ainda conforme os dados do monitor da RGF, a maior parte dos pedidos vem do agronegócio. Somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos.

A lista inclui ainda transporte de cargas (6 casos), criação de bovinos para corte (3), comércio atacadista de medicamentos (3), laticínios (2), supermercados (2), açougue (1), frigorífico (1) e outros setores ligados direta ou indiretamente à cadeia produtiva rural.

O cenário sul-mato-grossense segue tendência nacional. Conforme o levantamento, o número de pedidos de recuperação judicial no País aumentou quase 20%, passando de 4.408 em 2024 para 5.285 este ano. Os principais setores em RJ no Brasil são o imobiliário e o agropecuário.

Maior parte dos pedidos vem do agronegócio, somente o segmento de cultivo de soja responde por 11 casos

Para o advogado Leandro Provenzano, integrante da Comissão de Direito do Agronegócio da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), a crise é reflexo de uma soma de fatores econômicos, climáticos e estruturais.

“O produtor brasileiro tem custo elevado, porque a maioria dos insumos é importada e cotada em dólar. Só a semente tem produção local, o restante – fertilizantes, defensivos, corretivos de solo – vem de fora, até da Ucrânia. Isso encarece a produção e reduz a competitividade”, explicou.

Segundo Provenzano, a ausência de cobertura securitária para perdas agrícolas amplia o problema.

“A maioria dos produtores está desprotegido. O seguro rural poderia minimizar os impactos das quebras de safra, mas é pouco acessível. Com a redução dos subsídios do governo federal, restou apenas a contratação via seguradoras privadas, o que encarece e afasta o produtor”, pontuou.

De acordo com Patricia Maia, sócia do Barbosa Maia Advogados e especialista em Recuperação de Ativos e Crises Financeiras, o instrumento deixou de ser exclusivo de grandes conglomerados.

“Hoje, vemos startups, empresas de tecnologia, escritórios de marketing e até pequenos negócios de serviços que buscam reorganizar dívidas e preservar suas operações, sem comprometer a credibilidade no mercado”, explica.

LEGISLAÇÃO

A legislação brasileira também contribuiu para ampliar o acesso ao procedimento. As mudanças trazidas pela Lei nº 14.112 de 2020 tornaram o processo mais ágil e acessível.

“As alterações permitiram que negócios menores pudessem negociar diretamente com credores, com prazos mais curtos e regras mais flexíveis”, destacou Patrícia.

A especialista ressalta, contudo, que o sucesso de uma recuperação depende de planejamento e transparência. “É essencial compreender a real capacidade de pagamento, revisar contratos e construir um plano viável. O erro mais comum é buscar ajuda quando a situação já se tornou irreversível”, alerta.

Ela ainda recomenda que empresários adotem medidas preventivas, como gestão rigorosa do fluxo de caixa, controle de endividamento e comunicação aberta com credores.

“A recuperação judicial é uma ferramenta poderosa, mas deve ser usada com técnica e responsabilidade”, conclui.

Entre os setores que entraram com pedidos em MS este ano estão: fabricação de álcool (1 pedido), serviços de preparação de terreno (2), comércio atacadista de cereais e leguminosas (2), fabricação de adubos e fertilizantes (1), além de diversos ramos do varejo como materiais de construção, alimentos e autopeças.
Provenzano alerta que o problema afeta desde grandes grupos até pequenos produtores.

“A estrutura de custo e financiamento do agronegócio brasileiro está exposta. Sem um modelo robusto de seguro e com baixa previsibilidade climática e cambial, o produtor fica refém da sorte”, disse.

PROGRAMA ESTADUAL

O governador Eduardo Riedel sancionou a Lei nº 6.488, de 23 de outubro de 2025, que cria o Programa de Recuperação de Empresas (Recupera-MS), voltado à regularização de débitos tributários de contribuintes em recuperação judicial, falência ou liquidação.

A medida contempla empresários e sociedades empresariais com pedido de recuperação judicial deferido, empresas que já cumpriram obrigações nos dois anos posteriores à concessão, mas que ainda têm compromissos previstos no plano de recuperação, além de contribuintes em situação de falência decretada e cooperativas em liquidação.

O programa alcança débitos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, incluindo parcelamentos em curso, autos de lançamento, autos de cientificação e valores declarados na Escrituração Fiscal Digital, permitindo a adesão em até 90 dias após a publicação do decreto regulamentador, mediante autorização da Secretaria de Estado de Fazenda ou da Procuradoria-Geral do Estado.

O pagamento à vista ou da primeira parcela deverá ocorrer em até 150 dias após a regulamentação.

O Recupera-MS oferece quitação com redução de 95% das multas e 65% dos juros para pagamento à vista, além de parcelamento em até 180 vezes, com descontos progressivos conforme a quantidade de parcelas: em até 12 vezes, redução de 90% das multas e 60% dos juros; de 13 a 120 parcelas, 80% e 55%; e de 121 a 180 vezes, 70% e 50%.

As parcelas são iguais, com valor mínimo de 10 Unidades Fiscais Estaduais de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms), e quem antecipar integralmente o saldo devedor até 31 de dezembro de 2026 terá direito às reduções máximas.

O programa também reabre prazos para quitação de débitos formalizados por Auto de Cientificação ou notificados antes da inscrição em dívida ativa, aplicando os mesmos benefícios e tornando sem efeito autos de infração, inscrições ou ações judiciais já em curso.

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LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 781, sexta-feira (05/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

06/12/2025 07h46

Confira o concurso da Super Sete

Confira o concurso da Super Sete Foto/ Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 781 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 100 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 2 apostas ganhadoras, R$ 9.983,94
  • 5 acertos - 26 apostas ganhadoras, R$ 1.097,13
  • 4 acertos - 419 apostas ganhadoras, R$ 68,08
  • 3 acertos - 3.610 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 781 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 4
  • Coluna 2: 5
  • Coluna 3: 4
  • Coluna 4: 4
  • Coluna 5: 3
  • Coluna 6: 6
  • Coluna 7: 2

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 782

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 8 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 782. O valor da premiação está estimado em R$ 150 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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