Empregos e Carreira

Direitos iguais

Travesti de Cuiabá é 1º a contribuir com o INSS como do ramo do sexo

Travesti de Cuiabá é 1º a contribuir com o INSS como do ramo do sexo

Diário de Cuiabá

21/03/2011 - 23h00
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Um travesti é o primeiro profissional do sexo em Mato Grosso a garantir a contribuição previdenciária junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) exercendo a profissão. Apesar do Ministério do Trabalho incluir o profissional do sexo no Código Brasileiro de Ocupação (CBO) desde 2002, o sistema do Ministério da Previdência Social não reconhecia a ocupação.

Lilith Prado, de 32 anos, fez com que a Previdência Social atualizasse o sistema em nível nacional. Qualquer profissional do sexo que quiser contribuir não mais vai passar por transtornos. “É uma grande conquista para o movimento dos profissionais do sexo quando o Estado passa a enxergar que nós existimos e que podemos também contribuir com ele”, avalia o travesti.

Lilith se inscreveu no órgão previdenciário como contribuinte individual e vai passar a contribuir com 20% do valor do salário mínimo até conseguir se aposentar. Anterior ao reconhecimento da profissão, os profissionais do sexo se enquadravam como autônomos, mas nunca conseguiam comprovar a atividade. “Um dos meus objetivos é que as demais profissionais do sexo passem a contribuir para que o futuro delas esteja garantido”, prevê Prado.

A assistente social da Gerência Executiva do INSS em Cuiabá, Luciana Massumi Miyakawa, reconhece a desatualização do sistema, enfatizando que é de responsabilidade do Ministério do Trabalho encaminhar as alterações do CBO. Outro problema recai na declaração da profissão. “Muitas profissionais do sexo já procuraram a previdência para contribuir, mas na hora de declarar a profissão colocam outra, menos que era profissional do sexo”, explica Miyakawa.

O Centro de Referência dos Direitos Humanos contra a Homofobia prestou assessoria no processo de contribuição previdenciária do travesti. A assistente social do órgão, Alcimara Perin dos Reis, foi quem percebeu que o sistema do INSS estava desatualizado. A demanda foi encaminhada à sede do órgão em Brasília e, passados 22 dias, o sistema já constava com o código da profissão. “A gente percebe que o Estado não se organiza para atender uma demanda já reconhecida. O Estado precisa perceber que quanto mais essas profissionais contribuírem, menor será o rombo previdenciário”, avalia.

Para a coordenadora do Centro de Referência dos Direitos Humanos, Cláudia Carvalho, a garantia de contribuição previdenciária aos profissionais do sexo abarca muitos outros direitos. “Serve como garantia de inclusão social, de dignidade humana e de autonomia para todas elas. A regulamentação da previdência inibe a exploração sexual de menores e até mesmo o tráfico de travestis, que são enganados e levados a outros países para se prostituir”, explica a coordenadora.

O superintendente da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), Valdiney Pereira, entende que o trabalho dos profissionais do sexo deve ser desempenhado de forma livre e sem nenhuma discriminação. “O reconhecimento para fins previdenciários já mostra que a profissão está no caminho certo para sua regulamentação”.

Mas, para o superintendente, algumas irregularidades precisam ser extirpadas no ambiente de trabalho dos profissionais do sexo para que a profissão consiga esse direito. “Nas fiscalizações que fizemos, flagramos casos de trabalho escravo e profissionais do sexo presas por endividamento. Nós autuamos todas as casas que cometeram essas irregularidades”, define.

VULNERABILIDADE – Segundo Cláudia, em 2008, um levantamento mostrou que em Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande existiam 400 travestis, com nível fundamental incompleto e vulneráveis à violência e às doenças sexualmente transmissíveis. A maior parte foi expulsa de casa quando revelou aos pais a orientação sexual. “Quando a rua acolhe esse adolescente o destino dele é prostituição”, diz Lilith.
 

OPORTUNIDADE

Campo Grande abre Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho na terça-feira (1º)

Após mutirões para mulheres e idosos, Primt busca mão de obra com vagas exclusivas para a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos da Capital

30/03/2025 11h30

Chamado é para cadastro reserva e encaminhamento de mão de obra à Sisep

Chamado é para cadastro reserva e encaminhamento de mão de obra à Sisep Marcelo Victor/Correio do Estado

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Depois dos mutirões para mulheres e idosos encontrarem uma oportunidade de emprego, a Prefeitura de Campo Grande abre na terça-feira (1º de maço) o chamado Programa de Inclusão ao Mercado de Trabalho (Primt) para cadastro reserva e encaminhamento de mão de obra à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos da Capital (Sisep). 

Conforme publicado em Diário Oficial, haverá quatro datas para acolhimento das candidaturas ao programa, o que deve acontecer nas seguintes datas: 

  1. 1º de abril (terça-feira), 
  2. 2  de abril (quarta-feira), 
  3. 3  de abril (quinta-feira) e
  4. 4  de abril (sexta-feira).

Importante deixar claro que os atendimentos acontecem na sede da Fundação Social do Trabalho (Funsat) e apenas no período matutino, entre 7h e 10h, com 50 senhas distribuídas diariamente por ordem de chegada.

Beneficiários do Programa têm acesso a, no mínimo, 40 horas/aula de capacitação profissional, feita em cursos ou palestras, remunerados com um salário mínimo, cesta básica e alimentação nos dias de trabalho. 

Primt

Regulado pelos critérios estabelecidos na lei Municipal nº 7.074/2023, o chamamento de beneficiários será voltado para  atividades descritas no item 2 do manual do programa, segundo o Executivo em nota. 

Ou seja, as inscrições recentes são para serviços de: 

  • Capina, 
  • Podas, 
  • Roçada,
  • Varrição e conservação de logradouros públicos
  • Preparação de áreas para realização de eventos.

Aqui cabe esclarecer que, candidatos que já integraram o quadro do Primt precisam ter sido desligados há mais de seis meses para poder se reinscrever, enquanto as inscrições inéditas precisam atender outros requisitos específicos. 

Entre eles, o candidatos precisa estar desempregado de uma ocupação formal há, no mínimo, 180 dias, bem como ter idade entre 18 e 67 anos e estar devidamente inscrito junto ao Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). 

Além disso, o candidato precisa apresentar documentos pessoais, como RG, CPF, comprovante de residência, a Folha Resumo do NIS (Número de Identificação Social) e não possuir renda familiar per capita maior que meio salário mínimo. 

Há regime de cotas para ingressão junto ao Primt: 

  • 5% das vagas são destinadas a pessoas negras, 
  • 5% a pessoas com deficiência (PCD), 
  • 5% a mulheres vítimas de violência doméstica, 
  • 3% a egressos do sistema penitenciário e outros
  • 3% a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Mutirões e medidas

Através da Funsat, a Prefeitura de Campo Grande tem preparado oportunidades para grupos específicos garantirem acesso ao emprego através dos populares mutirões. 

No último dia 14 houve mutirão e 500 vagas exclusivas de emprego para mulheres, em ação da Funsat que envolveu também capacitações gratuitas e contou com a presença da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP); vice-prefeita, Camilla Nascimento (PP), secretária executiva da Mulher, Angélica Fontanari, entre outros. 

Já na última quinta-feira (27), aconteceu mais uma  edição do mutirão "Emprega CG 50+", trazendo oportunidade para quem já passou da meia idade mas ainda busca se manter ativo no mercado de trabalho. 

Em balanço, se comparado com o Mutirão Emprega CG 50+ realizado em 21 de março de 2024, houve nítido  crescimento do programa em diversos pontos, como o número de empresas parceiras que saltou de 10 para 16 e o total de vagas ampliado em 100%. 

Na última ação de mutirão feita na Funsat, a Fundação relançou inclusive o chamado Núcleo de Inclusão Produtiva e Social (NIPS), que segundo o diretor da Instituição, João Henrique, emprega pessoas em situação de vulnerabilidade social.

 

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Empregos e Carreira

Com vagas em MS, Conab abre concurso com salário de até R$ 8,1 mil

Empresa oferece oportunidades em cargos de nível médio e superior, sendo 403 vagas em todo o Brasil; Confira o edital

28/03/2025 17h00

Foto: Sindsep / Divulgação

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou, nesta sexta-feira (28), o edital do novo concurso público nacional da empresa, 403 vagas, sendo 12 delas em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

A remuneração inicial para o cargo de nível médio é de R$ 3.459,87, enquanto para nível superior, o salário é de R$ 8.140,88.

As inscrições serão abertas no dia 14 de abril e terminam no dia 15 de maio. O processo é organizado pelo Instituto Consulpam. 

O valor da inscrição é de R$ 50 para cargos de nível médio e de R$ 80, para os de nível superior.

As provas objetivas e discursivas estão programadas para 13 de julho deste ano, com aplicação em todas as capitais brasileiras.

Há oportunidades para assistente, cargo que exige nível médio completo ou médio com formação técnica em tecnologia da informação, contabilidade e técnico agrícola. O cargo de analista requer nível superior em diversas áreas.

Entre as graduações aceitas estão administração, contabilidade, arquitetura, engenharias (civil, elétrica, mecânica, de alimentos, agrícola e agronômica), nutrição, psicologia, economia, gestão do agronegócio, arquivologia, direito, estatística, jornalismo, marketing, letras, pedagogia e tecnologia da informação.

Os candidatos interessados devem acompanhar possíveis atualizações no cronograma pelo site oficial do Instituto Consulpam.

Segundo a Conab, o concurso prevê vagas para diferentes regiões do país e tem como objetivo renovar e fortalecer o quadro de funcionários. A companhia reforça a necessidade de manter a eficiência nas operações de abastecimento e segurança alimentar e nutricional no Brasil.

Os aprovados atuarão em diversas áreas estratégicas da companhia, desde o planejamento até a execução de políticas públicas relacionadas aos setores agrícola e alimentar.

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