Economia

COMBUSTÍVEIS

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Preço do etanol sobe e combustível deixa de ser competitivo na Capital

Litro da gasolina custa R$ 4,43, enquanto álcool é vendido a R$ 3,17

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Pouco mais de um mês após o preço médio do etanol ficar atrativo ante o da gasolina, o biocombustível aumentou e já não é mais competitivo. Levantamento realizado pela reportagem do Correio do Estado constatou que o etanol é comercializado, em média, por R$ 3,17 em Campo Grande. 

O litro do combustível foi do preço mínimo de R$ 3,05 ao máximo de R$ 3,39. O preço médio da gasolina ficou em R$ 4,43.  

Considerando a pesquisa da reportagem, com a gasolina a R$ 4,43 e o etanol a R$ 3,17, a diferença entre os combustíveis chega a 71%, maior que o máximo indicado de 70%. O biocombustível tem uma queima maior, sendo consumido mais rapidamente. 

Assim, com um litro de álcool, o motorista percorre uma quilometragem menor, se comparado à autonomia de um litro de gasolina. Por este motivo, o álcool precisa custar até 70% do valor da gasolina.

De acordo com o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto, em alguns locais ainda compensa a troca. 

“O preço subiu porque estamos no início da entressafra e também pela maior produção de açúcar. Mesmo com esse aumento, ainda assim estamos no limite para utilizar o etanol”.

Ainda conforme levantamento da reportagem, apenas 15% dos postos, a maioria na região central de Campo Grande, comercializam etanol por menos de R$ 3,10. 

Nestes locais, o preço ainda é competitivo.

No dia 18 de setembro, conforme noticiou o Correio do Estado, o etanol era comercializado ao preço médio de R$ 2,89 – variando de R$ 2,78 a R$ 3,24. 

Enquanto o litro da gasolina variou entre o mínimo de R$ 4,33 e o máximo de R$ 4,56 – média de R$ 4,39. A diferença na ocasião era de 65%, ou seja, era vantajoso fazer a troca de um pelo outro.

LEGISLAÇÃO

A intenção de tornar o biocombustível mais competitivo no Estado foi manifestada pelos gestores de MS desde o ano passado. Em 2019, a administração enviou à Assembleia projeto que previa alteração na alíquota dos combustíveis. 

Em fevereiro deste ano, passou a valer a mudança no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), reduzindo de 25% para 20% a alíquota do etanol, enquanto a da gasolina aumentou de 25% para 30%.  

A justificativa da gestão estadual para a mudança foi o incentivo ao consumo do biocombustível. Sete meses após a alteração, o preço do álcool passou a compensar em Campo Grande, mas a mudança durou pouco mais de um mês.

Segundo o Sinpetro-MS, no início do mês vigente, os postos de combustíveis da Capital registraram aumento de 30% nas vendas do biocombustível.  

GASOLINA

Levantamento da reportagem aponta que, na sexta-feira (23), em Campo Grande, a gasolina foi comercializada com preços entre R$ 4,45 e R$ 4,64. 

Em Mato Grosso do Sul, o combustível registra o maior preço do Centro-Oeste pelo sétimo mês consecutivo.  

De acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o menor valor da região Centro- Oeste foi encontrado em Mato Grosso (R$ 4,60), na sequência Goiás (R$ 4,64) e Distrito Federal (R$ 4,68). O litro mais caro foi encontrado em Mato Grosso do Sul (R$ 4,74).  

No Estado, a gasolina vem mantendo cenário de alta desde o fechamento de setembro. Com valor médio de R$ 4,74 em MS, a gasolina registra alta de 0,6% em comparação ao mês passado.  

A pesquisa aponta que entre maio e outubro o combustível subiu R$ 0,58 em Mato Grosso do Sul. No quinto mês deste ano, o litro da gasolina era comercializado a R$ 4,16; já em outubro o preço médio foi a R$ 4,74.  

Apesar de ter deixado de ser atrativo na Capital, o etanol continua competitivo na média estadual. 

“O etanol, apresentou o valor médio de R$ 3,34 no Estado e é o mais indicado. O combustível segue sendo o mais vantajoso para o bolso do consumidor na relação 70/30, que compara os preços da gasolina e do etanol”, pontua Douglas Pina, diretor de Mercado da Edenred Brasil.

NACIONAL

Ainda conforme a pesquisa da Ticket Log, na comparação entre os entes federados, a gasolina mais cara do País é vendida no Acre, onde o litro custa R$ 5,07, seguido pelo Rio de Janeiro, onde o combustível é comercializado a R$ 4,91, Tocantins, onde o litro custa R$ 4,81, Rio Grande do Norte, R$ 4,76, e em quinto lugar aparece o combustível vendido em Mato Grosso do Sul, R$ 4,74.

Já a gasolina mais barata do Brasil é comercializada no Amapá, onde o litro é comercializado a R$ 4. Em São Paulo, o combustível é vendido a R$ 4,21, o Paraná vem na sequência, R$ 4,25, depois Roraima, onde o preço médio chega a R$ 4,27, e o quinto menor valor foi aferido em Santa Catarina, R$ 4,28.

O etanol mais barato é encontrado em São Paulo, onde o litro custa R$ 2,72, seguido de Mato Grosso, R$ 2,89, Goiás, onde o litro do álcool é vendido a R$ 2,98, Paraná, R$ 3,04, Minas Gerais, R$ 3,07, e Paraíba, quinto menor preço, R$ 3,19.

O etanol mais caro é comercializado no Rio Grande do Sul, o preço médio do litro é de R$ 4,13. O segundo estado onde o preço do biocombustível está mais elevado é no Pará, R$ 4, na sequência vem o Acre, onde o álcool é vendido a R$ 3,98, no Rio de Janeiro custa R$ 3,84, e no Rio Grande do Norte é vendido a R$ 3,79.

DIESEL

Conforme a pesquisa da reportagem, em Campo Grande, o diesel comum é comercializado, em média, a R$ 3,51 – indo de R$ 3,39 a R$ 3,56. No dia 7 de outubro, de acordo com a pesquisa, o combustível era vendido a R$ 3,53.  

Já o diesel S-10 foi de R$ 3,39 a R$ 3,64 no fim da semana passada, média de R$ 3,54 por litro. No início do mês, a média de preço na Capital era de R$ 3,53.

NOVA GASOLINA

De acordo com informações do Sinpetro-MS, todos os postos de combustíveis de Campo Grande já receberam a chamada “nova gasolina”. 

“Desde o fim do mês passado, todos estão comercializando a nova gasolina”, disse o diretor do sindicato, Edson Lazarotto. 

Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, a nova gasolina promete melhor rendimento e desempenho e tem preço maiS elevado. 

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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