Economia

LEVANTAMENTO

Etanol sobe em MS, mas se mantém competitivo em relação à gasolina

Preço médio do combustível pulou de R$ 3,93 para R$ 3.96 de uma semana para outra, mas ainda manteve Mato Grosso do Sul como um dos únicos estados com paridade inferior a 70%

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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou a pesquisa semanal de levantamento de preços de combustíveis, realizada do dia 19 a 25 de janeiro, e Mato Grosso do Sul continua como um dos estados onde o etanol permanece competitivo em relação à gasolina.

Segundo os números divulgados pelo órgão governamental, o etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Acre (69,58%), Mato Grosso (64,63%); Mato Grosso do Sul (66,23%); Paraná (69,75%) e São Paulo (67,11%), além do Distrito Federal (69,83%). Aqueles que não foram citados continua mais vantajoso abastecer o com gasolina, mas depende do veículo.

Ao destrinchar a pesquisa, Mato Grosso do Sul aparece com preço médio de revenda do etanol em R$ 3,96, sendo R$ 3,67 o mínimo encontrado e R$ 4,98 o máximo. Já a gasolina comum tem sua média em R$ 5,98, com mínimo de R$ 5,59 e máximo de R$ 7,09. Ao todo, foram analisados 60 postos de gasolina e 37 de etanol.

Valores analisados de outros combustíveis no MS durante esse período:

  • Gasolina aditivada - R$ 6,14; 
  • Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - R$ 110,40 (calculado por R$/13kg);
  • Gás Natural Veicular (GNV) - R$ 4,74 (R$/m²);
  • Óleo diesel B S500 comum - R$ 6,07;
  • Óleo diesel S10 - R$ 6,17;

Ao se aprofundar somente nas capitais, Campo Grande registrou uma média de revenda do etanol abaixo da média estadual, com R$ 3,84. Já na gasolina comum, também ficou abaixo da média estadual, com R$ 5,77. Com isso, a paridade é de 65,55%. Valores de outros combustíveis na Capital:

  • Gasolina aditivada - R$ 5,96;
  • Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - R$ 108,29 (calculado por R$/13kg);
  • Gás Natural Veicular (GNV) - R$ 4,74 (R$/m²);
  • Óleo diesel B S500 comum - R$ 5,99;
  • Óleo diesel S10 - R$ 6,13;

Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tem preço médio de revenda de R$ 4,24, contra R$ 6,19 da "gasosa". Ou seja, paridade de 68,5%, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo. Valor médio de outros combustíveis no Brasil:

  • Gasolina aditivada - R$ 6,38;
  • Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - R$ 107,04 (calculado por R$/13kg);
  • Gás Natural Veicular (GNV) - R$ 4,64 (R$/m²);
  • Óleo diesel B S500 comum - R$ 6,09;
  • Óleo diesel S10 - R$ 6,17;

Como calcular

Para calcular a paridade entre os dois combustíveis, basta dividir o preço do etanol pelo da gasolina. Por exemplo, nos dados divulgados acima, o preço do etanol no Mato Grosso do Sul foi de R$ 3,96 e da gasolina foi de R$ 5,98. A divisão entre os dois vai dar 0,662, portanto fica em 66,2%.

Outra forma de verificar qual compensa mais é multiplicando o preço da gasolina por 0,70. Caso o resultado da operação dê menos do que o preço do etanol, então compensa colocar gasolina. Caso contrário, compensa o etanol.

Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

Saiba

Mato Grosso do Sul é o estado onde foi registrado o menor preço médio de revenda do etanol, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amapá, de R$ 5,24 o litro.

*Com algumas informações do Estadão Conteúdo

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MUNDO

Países pobres e vulneráveis são os mais afetados por tensões tarifárias globais

Alerta da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento faz menção às novas tarifas impostas pelos EUA

06/04/2025 12h04

Países em desenvolvimento representam uma fração do déficit comercial dos Estados Unidos

Países em desenvolvimento representam uma fração do déficit comercial dos Estados Unidos Foto: Reprodução

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Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, a UNCTAD, da sigla em inglês, alertou que as novas tarifas impostas por grandes economias ameaçam o crescimento global, inibem investimentos e comprometem o progresso de países vulneráveis, agravando desigualdades.

De acordo com a entidade, a elevação de tarifas em um contexto de baixo crescimento e endividamento elevado pode "reduzir ainda mais os fluxos de comércio e investimento", aprofundando a incerteza em uma economia já fragilizada.

"Isso prejudica os vulneráveis e os pobres", afirmou a secretária-geral da UNCTAD, Rebeca Grynspan. "O comércio não deve se tornar outra fonte de instabilidade. Ele deve servir ao desenvolvimento e ao crescimento global."

Apesar de contribuírem pouco para os desequilíbrios comerciais, os países em desenvolvimento estão entre os mais afetados, destaca a UNCTAD. Eles representam uma fração do déficit comercial dos Estados Unidos. "Eles não resolverão o déficit comercial nem gerarão receita significativa", ressalta o relatório.

A organização defende que a correção dos desequilíbrios e a atualização das regras do comércio global devem ocorrer por meio de cooperação internacional.

"Este é um momento para diálogo, não para escalada", afirmou Grynspan. "As regras do comércio global devem evoluir para refletir os desafios atuais, mas com previsibilidade e desenvolvimento no centro, protegendo os mais vulneráveis."

A UNCTAD pede ainda que os líderes reconsiderem as tarifas sobre países frágeis, alertando que tais medidas podem "causar grande sofrimento a milhões de pessoas".

 

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ECONOMIA

Petrobras recupera liderança entre ações mais recomendadas para abril

Itaú, que no mês passado foi o mais indicado, caiu para a segunda posição e passou de 11 recomendações em março, para 9 neste mês

06/04/2025 10h00

 Chamou a atenção para o mês a quantidade de instituições que seguiram com a mesma composição da carteira de março.

Chamou a atenção para o mês a quantidade de instituições que seguiram com a mesma composição da carteira de março. Agência Brasil

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A Petrobras retomou a liderança entre as ações mais indicadas nas carteiras recomendadas para abril. Em levantamento realizado pelo Broadcast Investimentos com 13 das principais corretoras e bancos de investimentos, dez casas têm exposição ao papel da estatal.

O Itaú, que no mês passado foi o mais indicado, caiu para a segunda posição em abril, passando de 11 recomendações em março, para 9 em abril. Chamou a atenção para o mês a quantidade de instituições que seguiram com a mesma composição da carteira de março.

Geralmente, somente uma corretora mantém inalterada a recomendação. Para abril, quatro casas mantiveram exatamente os mesmos nomes. Dessas quatro, três apenas alteraram o peso de cada papel dentro do portfólio.

Entre as ações com maior peso dentro do Ibovespa, o destaque ficou com a Vale, que apresentou um salto de março para abril, saindo da sexta posição para a terceira.

Foram seis recomendações de compra para as ações da mineradora, mesma quantidade anotada para a Eletrobras.

Entre os fatores que apontam chance de valorização da ON da mineradora, o Santander destaca retomada mais forte da atividade industrial na China, a recuperação dos preços do minério de ferro em níveis mais elevados, a distribuição de dividendos e programas de recompra de ações e o destravamento de valor com venda minoritária da divisão de Metais Básicos.

Sobre a Eletrobras, a Ativa Investimentos, uma das seis casas que recomendou exposição no papel para abril, explica que decidiu aumentar o peso do papel na carteira após a finalização do acordo de arbitragem envolvendo a empresa e o governo que, finalmente, corroborou o seu status de empresa de capital disperso.

Apesar dos ruídos recentes como a nomeação de Guido Mantega no conselho fiscal da empresa, acreditamos que agora a companhia poderá repercutir com mais fidelidade os seus fundamentos.

Quatro papéis ocupam a quarta posição entre as mais recomendadas, com cinco indicações para cada, sendo:

  • Copel,
  • Cury,
  • Equatorial e
  • JBS.

No caso da JBS, em relação ao mês passado, a empresa caiu uma posição. A multinacional de carnes teve três recomendações a menos, enquanto Cury e Equatorial apareceram em dois portfólios a mais se comparado com março e Copel manteve as mesmas cinco indicações do mês passado.

Em sua carteira 10SIM para abril, o BTG Pactual afirma que está muito otimista com relação ao segmento de moradias de baixa renda.

Por conta disso, colocou o papel da Cury entre as indicações, destacando que a acessibilidade nunca foi tão boa no programa 'Minha Casa Minha Vida'.

"A Cury vem apresentando sólidos resultados operacionais e financeiros, com lançamentos e vendas crescendo cerca de 50% a/a [ano a ano] e o LPA [lucro por ação] aumentando 35% a/a em 2024", explicou.

Sobre a Equatorial, a Terra Investimentos diz que além de ter forte atuação na distribuição de energia, recentemente ingressou no setor de saneamento.

"Além disso, a Equatorial apresenta investimentos robustos em capex, visando revitalização e expansão de ativos, especialmente em Goiás. Apesar de um aumento do endividamento com efeito no alongamento da dívida, a empresa possui grande potencial de valorização", pontua a casa.

Por fim, com quatro recomendações para cada, aparecem as ações da Prio, Telefônica Brasil (dona da Vivo), Sabesp, Suzano e WEG. Prio sequer ficou entre as mais indicadas para março, aparecendo em apenas duas carteiras.

Telefônica recebeu um voto a mais se comparado com o mês passado, enquanto Sabesp e Suzano perderam uma indicação cada e WEG teve duas recomendações a menos em abril. Ao todo, 55 empresas constaram nas principais carteiras para abril, com um total de 131 indicações divididas entre os bancos e corretoras.

 

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