Economia

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Manobra da prefeitura faz IPTU subir até 130% na Capital

Avaliação de um imóvel saiu de R$ 42 mil no imposto de 2022 para R$ 93 mil no carnê válido para 2023; valorização ocorre mesmo sem reformas na residência

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O reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Campo Grande, que oficialmente será de 7,96%, atingiu surpreendentes 130% para os moradores do Residencial Terra Morena, localizado no Bairro Jardim Los Angeles.

Quem confirma é o advogado Vinícius Pizetta, que será responsável por mais de uma centena de ações na Justiça na busca pela isenção do imposto. 

O motivo é simples: os moradores do bairro não fizeram reformas nas casas e tampouco a prefeitura fez melhorias estruturais, embora em um caso específico, por exemplo, o preço do imóvel subiu de R$ 42 mil para R$ 93 mil, ou seja, 121,4% de aumento em apenas um ano.

Nesse mesmo imóvel, o valor do imposto cobrado em 2022 foi de R$ 463,80, no entanto, o IPTU de 2023 saltou para R$ 1.014,22 (alta de 118,6%).

“Essa situação da prefeitura está complicada de ser compreendida. A gestão não fez nenhuma benfeitoria no bairro. O grande mistério é saber como o valor venal aumentou tanto. Quais os critérios foram levados em consideração?”, questiona Pizetta. 

O advogado disse ainda que o único objetivo que resta para os moradores do Jardim Los Angeles é entrar na Justiça.

Por enquanto, cerca de 150 famílias foram prejudicadas no Residencial Terra Morena, mas o advogado não descartou a hipótese de essa discrepância de valores ter acontecido em outros bairros, principalmente os mais humildes.

Em um histórico recente de pessoas que impetraram ações na Justiça, Pizetta frisa que quem pagou podendo ter isenção teve o dinheiro devolvido. No caso de quem não pagou, a prefeitura foi obrigada a retirar a cobrança e conceder a isenção. 

REAJUSTE

Há um mês, a prefeitura publicou no Diário Oficial que o reajuste do IPTU para 2023 seria de 7,96%, com a elevação sendo calculada a partir do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) entre os meses de outubro de 2021 e setembro de 2022. 

Pizetta afirmou que a prefeitura da Capital está cometendo um duplo absurdo: a elevação estratosférica do valor venal e a dos tributos.

No início de maio deste ano, a prefeita Adriane Lopes assinou o Decreto nº 15.220/2022, que estabeleceu novas regras para a cobrança e a obtenção da isenção do IPTU.

Pelo decreto, os moradores precisam fazer um pedido por escrito até o último dia útil do mês de julho. 

Por este critério, quem não cumpriu as novas regras terá de desembolsar um valor a mais, levando-se em conta os critérios de avaliação dos imóveis não detalhados pela prefeitura. 

Consta ainda no Decreto nº 15.220 que o interessado na isenção deve reunir documentos como certidão de matrícula atualizada do imóvel, cujo custo cartorário médio é de R$ 40, além de apresentar o comprovante de histórico de pagamentos do financiamento e o extrato ou cópia do carnê do IPTU. 

Após preencher todos esses requisitos, ainda caberá aos fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) vistoriar pessoalmente o imóvel para concluir a avaliação.

Segundo Vinícius Pizetta, para conseguir isenção, os cidadãos precisam estar enquadrados na Lei nº 5.680/2016, que diz no artigo 1º: “Ficam isentos de IPTU os mutuários dos programas habitacionais Minha Casa Minha Vida, áreas de desfavelamentos e de loteamentos sociais executados pelo poder público. O período de isenção de que trata o caput deste artigo ocorrerá até o percebimento da última parcela do mutuário contemplado por esta lei”.

Já o artigo 2º diz: “Os imóveis construídos que serão atingidos pela isenção do IPTU serão aqueles cujo valor venal correspondente, na data do fato gerador, seja igual ou inferior a R$ 83.000,00 [oitenta e três mil reais]”.

A média do valor venal dos imóveis localizados no Residencial Terra Morena, no Jardim Los Angeles, é de pouco mais de R$ 54 mil.

Por isso, os imóveis do condomínio estavam isentos do recolhimento do IPTU. Com a majoração do valor venal para R$ 93 mil, o limite de isenção foi superado em R$ 10 mil. 

Com os novos índices, os cerca de 150 moradores do Residencial Terra Morena perderam o direito à isenção prevista na Lei do IPTU Social.

A Prefeitura de Campo Grande foi procurada pelo Correio do Estado para comentar o assunto, mas até o fechamento da reportagem não houve resposta da gestão municipal.


 

 

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Economia

Com busca por arrecadação, Brasil teve em 2024 maior carga tributária em mais de 20 anos

Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023

13/12/2025 14h30

Crédito: José Cruz / Agência Brasil / Arquivo

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O Brasil registrou, em 2024, a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos. Os tributos atingiram 32,2% do PIB, com alta de 1,98 ponto porcentual em relação a 2023, quando o indicador marcava 30,22%, segundo dados da Receita Federal. Caso não tivessem sido feitas mudanças na metodologia do cálculo do indicador, o porcentual chegaria a 34,12%.

No levantamento de 2024 foram excluídas as contribuições das empresas ao Fundo de Garantia por tempo de Serviço (FGTS) e ao Sistema S, cujos recursos são usados para manter sistemas de aprendizado e cultura ligados a empresas, como Sesi, Senai e Sesc.

Segundo a Receita, a mudança foi adotada para alinhar o cálculo da carga tributária brasileira às diretrizes metodológicas internacionais, como as adotadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de terem recolhimento compulsório para as empresas, a justificativa para a exclusão é que o FGTS não pertence ao governo, mas aos trabalhadores. Já os recursos do Sistema S também não têm ingerência do poder público.

Para mitigar os impactos da mudança e permitir a manutenção da comparação dos dados ao longo do tempo, o estudo trouxe o recálculo dos valores dos anos anteriores com os novos critérios A exclusão resulta em uma redução consistente nos níveis de carga tributária registrados em toda a série.

Apesar da mudança impactar a repartição da carga tributária entre os entes federativos (com redução sobre dois tributos federais, já que tanto FGTS quanto as contribuição ao Sistema S entravam nessa rubrica), não há efeito na distribuição dos recursos, determinados por fundos de participação e transferências constitucionais.

Altas por todos os lados

A alta nos tributos do ano passado foi puxada principalmente por aumento de tributos federais e estaduais, mas a majoração da tributação aconteceu nas três esferas governamentais.

No âmbito federal, o maior impacto foi causado pela elevação das contribuições para PIS/Pasep e Cofins, seguidos por imposto de renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre comércio exterior e imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Nos Estados, as maiores altas ficaram por conta de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Na esfera municipal, o aumento de Imposto sobre Serviços (ISS) foi menor, de 0,09 ponto porcentual.

A série histórica da participação dos entes federativos na arrecadação total indica uma tendência clara: União e Municípios vêm ampliando suas fatias relativas na arrecadação, enquanto os Estados apresentam trajetória inversa, com redução contínua desde 2021.

Em 2024, a participação da União atingiu 66,14%, e a dos municípios, 7,59% — ligeiramente inferior ao valor registrado em 2023 (7,66%), o maior da série iniciada em 2015. Já os Estados, com 26,28%, atingem o menor patamar do período analisado.

O relatório da Receita também mostra que, embora a carga total brasileira esteja próxima da média da OCDE, sua composição é diferente. Há menor tributação sobre renda e propriedade no País

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LOTERIA

Resultado da Super Sete de ontem, concurso 784, sexta-feira (12/12): veja o rateio

A Super Sete tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

13/12/2025 08h19

Confira o resultado da Super Sete

Confira o resultado da Super Sete Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 784 da Super Sete na noite desta sexta-feira, 12 de dezembro de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 400 mil.

Premiação

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - Não houve ganhadores
  • 5 acertos - 34 apostas ganhadoras, R$ 818,92
  • 4 acertos - 417 apostas ganhadoras, R$ 66,77
  • 3 acertos - 3.543 apostas ganhadoras, R$ 6,00

Confira o resultado da Super Sete de ontem!

Os números da Super Sete 784 são:

Verifique sua aposta e veja se você foi um dos sortudos deste concurso.

  • Coluna 1: 8
  • Coluna 2: 0
  • Coluna 3: 1
  • Coluna 4: 5
  • Coluna 5: 3
  • Coluna 6: 3
  • Coluna 7: 3

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal ofical da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Super Sete 785

Como a Super Sete tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 15 de dezembro, a partir das 20 horas, pelo concurso 785. O valor da premiação está estimado em R$ 500 mil.

Para participar dos sorteios da Super Sete é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

Como jogar na Super Sete

Os sorteios da Super Sete são realizados às segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 19h (horário de MS).

O Super Sete é a loteria de prognósticos numéricos cujo volante contém 7 colunas com 10 números (de 0 a 9) em cada uma, de forma que o apostador deverá escolher um número por coluna.

Caso opte por fazer apostas múltiplas, poderá escolher até mais 14 números (totalizando 21 números no máximo), sendo no mínimo 1 e no máximo 2 números por coluna com 8 a 14 números marcados e no mínimo 2 e no máximo 3 números por coluna com 15 a 21 números marcados.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6,  9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

O valor da aposta é R$ 2,50.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com apenas sete dezenas, que custa R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 158.730, segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 21 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 280, ainda segundo a Caixa.

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