Economia

CLIMA & PRODUÇÃO

Monitoramento por satélite confirma risco à safra recorde de soja no Estado

Previsão de pouca chuva e calor acima da média já sinaliza piora nas condições das lavouras em várias regiões de MS

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Em Mato Grosso do Sul, o acumulado das chuvas desde 15 de dezembro de 2024 se assemelha ao de anos ruins, como 2022 e 2024, ambos marcados por quebras de safra.

O índice de vegetação no Estado aponta condições piores que as registradas no ano passado, quando houve uma perda de 20% da produtividade da soja.

A leitura é da EarthDaily Agro, empresa especializada em monitoramento agrícola via satélite baseado nos modelos ECMWF e GFS. Ela também alerta para o risco de quebra de safra na Região Sul do Brasil.

“No vizinho Mato Grosso, entretanto, o volume de chuvas inferior à média pode contribuir para as operações de campo [colheita da soja e plantio do milho safrinha]”, comenta Felippe Reis, analista de culturas da EarthDaily Agro.

ESTIAGEM DEIXA MARCAS

Castigada pelas fortes estiagens que atingiram importantes polos produtivos de Mato Grosso do Sul, a safra de soja 2021/2022 nunca vai sair da lembrança dos agricultores.

Com uma área de 3,748 milhões de hectares (38,81% maior em relação ao ciclo anterior), o Estado colheu uma média de 38,65 sacas por hectares (sc/ha), alcançando uma produção total de 8,691 milhões de toneladas.

Naquela safra, a produtividade média ponderada para Mato Grosso do Sul se manteve baixa em função das produtividades em alguns municípios do Estado, como Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, Dourados e Rio Brilhante, as quais foram abaixo de 46,78 sc/ha.

Juntas, essas cidades têm o peso de 34% na média estadual. Esses números são de levantamento feito pelo Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga-MS), divulgado pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS).

No ciclo posterior, a área de soja na safra 2022/2023 alcançou no Estado a marca de 4,005 milhões de hectares, enquanto a produtividade média ponderada foi de 62,44 sc/ha – uma produção recorde de 15 milhões de toneladas.

No ciclo 2023/2024, apesar de uma área plantada maior (com 4,213 milhões de hectares), a produção de soja de Mato Grosso do Sul caiu 21,8% ante a safra anterior, registrando 12,347 milhões de toneladas e com uma produtividade média ponderada de 48,83 sc/ha – média semelhante ao ciclo 2018/2019. 

A causa? A falta de chuvas em importantes fases de desenvolvimento das plantas.

SAFRA 2024/2025 EM RISCO

No atual ciclo da soja, áreas em todo o Estado classificadas como ruim e regular já chegam a quase 40% do total previsto, que é de 4,501 milhões de hectares.

Na região identificada como centro – a qual inclui Campo Grande, Brasilândia, Dois Irmãos do Buriti, Nova Alvorada do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Sidrolândia e Terenos –, o total de lavouras em condições ruim e regular é de 45,5%.

Municípios como Sidrolândia – isto é, de grande potencial produtivo – têm 35% das lavouras em condição ruim (que não podem mais ser recuperadas) e outras 15% em condição regular. O mesmo ocorre com Rio Brilhante, que tem 20% ruim e 20% regular. 

Já Campo Grande tem 50% de suas lavouras de soja em condições ruim e regular.

Outro exemplo de um município sob grande risco de perdas é Dourados, com 35% de lavouras em condição ruim e 35% classificadas como regular.

Na região sul do Estado, toda quase 70% das lavouras de soja estão na faixa ruim e regular. A mesma situação sofre a região sul-fronteira, com 69,8% das lavouras tidas como ruim (44,6%) e regular (25,2%).

Nessas duas regiões de Mato Grosso do Sul, cerca de 30 municípios estão pedindo decretação de situação de emergência, ocasionado pela falta de chuvas no campo.

MILHO REPETIU DESASTRE

A estiagem intensa que afetou o Estado na safra 2023/2024 causou uma queda de 40,5% na produção de milho em comparação à safra passada, fechando com 8,457 milhões de toneladas.

À época, a produtividade fechou em 67,05 sacas/ha – uma queda de 33% no comparativo com o ciclo anterior. Concluída oficialmente em setembro de 2024, esse resultado representa a terceira pior safra de milho dos últimos 10 anos em Mato Grosso do Sul.

As áreas mais atingidas pela estiagem foram no período reprodutivo da planta, desde o florescimento até o enchimento de grão. A seca causada nessas fases é irreversível, afetando diretamente a reserva nutricional do grão, resultando em espigas pequenas, com ausência de grãos, e/ou até plantas sem espigas – é o que apontou o relatório da Aprosoja-MS, entregue à época para o governador Eduardo Riedel.

PREOCUPAÇÃO

Mapas climatológicos elaborados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) indicam a probabilidade de as chuvas ficarem próximas a ligeiramente abaixo da média histórica para o trimestre (de fevereiro a abril).

O Cemtec-MS conclui que, para esse período, analisando os dados da precipitação acumulada de janeiro a dezembro de 2024, observa-se um deficit de chuvas em praticamente todos os municípios do Estado.

Para piorar a situação, a temperatura do ar deve permanecer acima da média para a época, ou seja, há a previsão de um trimestre mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul.

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ECONOMIA

Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB, diz estudo

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin.

14/12/2025 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14.

Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria.

O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. "Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras", dizem os pesquisadores.

Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No final de novembro, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a fintech vem sendo a maior pagadora de imposto no Brasil, com um alíquota efetiva de 31%. Em resposta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alegou que a diferença decorre da rentabilidade mais alta e acusou a instituição de Vélez de se aproveitar de "assimetrias regulatórias".

Um dos 5 maiores setores

De acordo com o relatório da Fin, a atividade financeira representou 4,8% do PIB brasileiro em 2024, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado. É um dos cinco maiores setores da economia, à frente de áreas intensivas em mão de obra O segmento apresentou crescimento de 7,5% em 2023 e de 3,7% em 2024, acima da expansão do PIB (3,2% em 2023 e 3,4% em 2024), aponta o trabalho.

"Os dados mostram com clareza que o sistema financeiro brasileiro não apenas impulsiona investimento, inovação e consumo, como também sustenta uma parcela significativa do emprego formal e da arrecadação pública. Com um ambiente econômico favorável, o potencial de contribuição desse setor ao País pode ser ainda maior", disse a presidente da Fin, Cristiane Coelho.

O crédito ao setor privado alcançou 93,5% do PIB em 2024, aquém da mediana internacional (de 139,0%), conforme o estudo. Apesar disso, entre 2019 e 2024, a métrica cresceu 16,5 pontos porcentuais, o terceiro maior avanço entre cerca de 40 economias analisadas. Para efeito de comparação, pela mediana dos países avaliados, o crédito privado como proporção do PIB teve retração de 5,7 pontos porcentuais.

Em meio à popularização do Pix, o estudo mostra ainda que o Brasil está entre os mercados que mais ampliaram o volume e o valor de transações eletrônicas. Já em relação ao mercado de trabalho, o número de empregados do setor cresceu, em média, 3,2% ao ano de 2011 a 2021, enquanto a remuneração nominal subiu 7,4% ao ano.

"Quando observamos todas as atividades que compõem o setor financeiro, fica clara a sua verdadeira dimensão: em 2024, ele respondeu por quase 5% do PIB brasileiro e foi a atividade, entre as grandes acompanhadas pelo IBGE, cujo desempenho mais se correlaciona com o consumo e o investimento futuros", afirma o economista Vinícius Botelho, gerente de Assuntos Econômicos da Fin.

LOTERIA

Resultado da Dia de Sorte de ontem, concurso 1152, sábado (13/12): veja o rateio

A Dia de Sorte realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

14/12/2025 08h05

Confira o resultado do Dia de Sorte

Confira o resultado do Dia de Sorte Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 1152 da Dia de Sorte na noite deste sábado, 13 de dezembro de 2025, a partir das 21h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 950 mil. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 1,3 milhão.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores
  • 6 acertos - 68 apostas ganhadoras, R$ 1.845,12
  • 5 acertos - 1.863 apostas ganhadoras, R$ 25,00
  • 4 acertos - 21.890 apostas ganhadoras, R$ 5,00
  • Mês da Sorte: Fevereiro - 66.183 apostas ganhadoras, R$ 2,50

Confira o resultado da Dia de Sorte de ontem!

Os números da Dia de Sorte 1152 são:

  • 12 - 14 - 16 - 24 - 22 - 10 - 18
  • Mês da sorte: 02 - Fevereiro

O sorteio da Dia de Sorte é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: 1153

Como a Dia de Sorte tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 16 de dezembro, a partir das 21 horas, pelo concurso 1153. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dia de Sorte é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 2,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 7 dente as 31 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Como apostar na Dia de Sorte

Os sorteios da Dia de Sorte são realizados às terças, quintas e sábados, sempre às 20h (horário de MS).

O apostador marca entre 7 e 15 números, dentre os 31 disponíveis no volante, e fatura prêmio se acertar 4, 5, 6 e 7 números.

Há a possibilidade de deixar que o sistema escolha os números para você por meio da Surpresinha, ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9 ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

A aposta mínima, de 7 números, custa R$ 2,50.

Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Após esse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no FIES - Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

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