O Mato Grosso do Sul manteve no terceiro trimestre de 2025 uma das menores taxas de desocupação do Brasil: 2,9%, um dos menores índices entre as 27 unidades da federação e estável frente ao trimestre anterior.
O estado também figura entre os com os menores percentuais de desalentados, com 0,8% da população na força de trabalho nessa condição.
No recorte regional, o Centro-Oeste apresentou aumento estatisticamente significativo no rendimento médio real habitual, sendo um dos dois polos do país (junto com o Sul) que registraram alta no período.
Menor desemprego da série histórica
No Brasil, a taxa de desocupação no trimestre de agosto a outubro de 2025 caiu para 5,4%, a menor desde o início da série histórica da Pnad Contínua (2012). A queda foi de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior (5,6%) e de 0,7 p.p. na comparação anual (6,2% em ago-set-out/2024). A população desocupada recuou para 5,9 milhões, o menor contingente da série.
O número total de pessoas ocupadas ficou em 102,6 milhões, mantendo-se em patamar recorde com estabilidade trimestral e crescimento anual de aproximadamente 926 mil ocupados.
Já a força de trabalho (ocupados + desocupados) foi estimada em 108,5 milhões de pessoas no trimestre.
Formalização
O número de empregados com carteira assinada no setor privado alcançou 39,182 milhões, renovando o recorde da série e crescendo 2,4% no ano (mais 927 mil empregados com carteira). O total de empregados no setor privado foi de 52,7 milhões.
O setor público contabilizou 12,9 milhões de empregados, estável no trimestre e com alta anual de 2,4% (mais 298 mil pessoas).
Por outro lado, o número de empregados sem carteira no setor privado foi de 13,6 milhões (estável no trimestre e recuo anual de 3,9%, ou -550 mil).
Os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, estáveis no trimestre, mas com aumento anual de 3,1% (mais 771 mil pessoas).
A taxa de informalidade ficou em 37,8% da população ocupada, 38,8 milhões de trabalhadores informais, repetindo o valor do trimestre anterior, porém abaixo dos 38,9% observados em ago-set-out/2024.
Avanço por setores
Na comparação com o trimestre móvel anterior, dois grupamentos de atividade mostraram crescimento: Construção (alta de 2,6%, com mais 192 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (alta de 1,3%, com mais 252 mil pessoas).
O grupamento Outros serviços registrou queda de 2,8% (menos 156 mil pessoas).
Frente ao mesmo trimestre de 2024, houve aumento de ocupação em Transporte, armazenagem e correio (3,9%, com mais 223 mil) e novamente em Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,8%, com mais 711 mil).
Reduções anuais ocorreram em Outros serviços (-3,6%, com menos 203 mil) e Serviços domésticos (-5,7%, com menos 336 mil).
Rendimento
O rendimento real habitual médio de todos os trabalhos ficou em R$ 3.528 (recorde da série), com estabilidade trimestral e alta de 3,9% no ano.
A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 357,3 bilhões, também recorde, com crescimento de 5,0% em 12 meses (R$ 16,9 bilhões a mais).
Na comparação trimestral, o único grupamento de ocupação que registrou aumento no rendimento médio foi Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (alta de 3,9%, ou R$ 190).
No confronto anual, aumentos de rendimento real foram registrados em: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (mais 6,2% ou R$ 129), Construção (mais 5,4% ou R$ 143), Alojamento e alimentação (mais 5,7% ou R$ 126), Informação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (mais 5,2% ou R$ 251), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (mais 3,5% ou R$ 164) e Serviços domésticos (mais 5,0% ou R$ 64).


