O volume de prestação de serviços prestados em Mato Grosso do Sul caiu 7,4% na passagem do mês de agosto para setembro.
Esse é o maior valor de queda registrado entre as capitais brasileiras no período. É o que mostra a pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira (12).
No mês de agosto, o Estado já havia registrado queda de 1,1% depois de uma série de valores positivos desde o mês de junho.
No entanto, mesmo com os valores menores, em comparação a setembro de 2024, o volume de serviços registrou alta de 4,2%.
No acumulado do ano, isto é, de janeiro até setembro, foi registrado um aumento de 5,3% no Estado frente ao mesmo período do ano passado.
Já o acumulado dos últimos 12 meses passou de 0,8% em agosto para 2,3% em setembro de 2025.
A nível nacional, 15 das 27 unidades da federação tiveram crescimento no volume de serviços no mês de setembro deste ano na comparação com o mês de agosto, com ajuste sazonal.
Os volumes mais expressivos positivamente foram os de São Paulo (1,1%), seguido pelo Distrito Federal (8,3%), Rio Grande do Sul (2,8%), Minas Gerais (1,5%), Rio de Janeiro (0,8%) e Bahia (3,3%).
Por outro lado, as maiores quedas no mês vieram de Mato Grosso do Sul (-7,4%), Paraná (-1,4%), Santa Catarina (-1,2%), Ceará (1-4%) e Piauí (-6,1%).
Níveis nacionais
Na comparação com agosto, o setor de serviços avançou 0,6% no mês de setembro no País, o oitavo resultado positivo seguido do ano, acumulando alta de 3,3%.
Isso coloca o volume de serviços 19,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia), renovando, em 2025, o patamar recorde da série histórica.
Frente a setembro de 2024, o volume de serviços avançou 4,1%, somando 18 taxas positivas consecutivas. Nos últimos 12 meses, houve alta de 3,1%, mantendo o ritmo de crescimento frente ao acumulado até o mês de agosto (3,1%).
"O grande destaque é a renovação do ápice da série histórica, agora em setembro de 2025. Essa renovação vem acontecendo desde o último mês de abril. O setor de transportes tem sido o grande responsável por essa sequência de taxas positivas", avalia Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.
Três das cinco atividades pesquisadas tiveram crescimento de agosto para setembro, com destaque para os transportes (1,2%), que emplacaram o segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 1,5%, impulsionado especialmente pelo transporte rodoviário de carga.
"Dentro do setor de transportes também chamam a atenção, ao longo do ano de 2025, o avanço do transporte aéreo de passageiros e da logística de transporte. O primeiro em decorrência de um maior número de deslocamentos das pessoas, seja por conta dos avanços na renda, como pelo fato de termos uma média de preços das passagens mais baixa do que a observada no ano passado. O segundo (logística de transportes) cresce em função da maior comercialização de mercadorias adquiridas em plataformas de comércio eletrônico, o que acaba movimentando o armazenamento de mercadorias, a logística e o transporte até o consumidor final", explica o gerente.
Os demais avanços vieram do setor de informação e comunicação (1,2%), se recuperando da perda de 0,5% observada em agosto, impulsionado pela parte de consultoria e tecnologia da informação. Outros serviços (0,6%) também contribuíram positivamente, assinalando o terceiro avanço seguido, com ganho acumulado de 2,5%, impulsionados por seguros, previdência complementar e planos de saúde.
Já os serviços profissionais, administrativos e complementares sofreram retração de 0,6%, pressionados pela menor receita vinda de aluguel de máquinas e equipamentos e atividades jurídicas. E os serviços prestados às famílias registraram decréscimo de 0,5%, em função de uma menor receita vinda do setor de restaurantes.


