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Novo polo da celulose em MS já começa a gerar empregos

Caged mostra avanço nas contratações em Inocência, cidade que receberá fábrica que demandará R$ 25 bilhões de investimentos da Arauco

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Se por um lado a geração de empregos na cidade de Ribas do Rio Pardo sofreu grande impacto neste ano em função da inauguração em julho da planta processadora de celulose da Suzano, por outro, o município de Inocência experimenta um aumento gradativo na geração de empregos – e que deve se consolidar ao longo dos próximos anos até a conclusão da nova planta da Arauco, em 2028.

Divulgado nesta quinta-feira, o mais recente relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego já mostra a evolução das vagas de trabalho no setor de serviços de Inocência, cidade distante 333 km da Capital.

Só neste ano, o setor de serviços do município acumula um saldo de 464 vagas de trabalho: foram 605 contratações nesse segmento contra 141 demissões. Todos os outros setores econômicos (serviços, comércio, indústria, construção civil e agropecuária), durante este ano, somaram 1.218 contratações e 963 desligamentos na cidade – um saldo de 255 vagas.

Basta colocar uma lupa sobre o setor de serviços para verificar sua evolução. O estoque de vagas, conforme os dados do Caged, mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento verificado é de 177% quando comparados os primeiros sete meses de cada ano.

Na estratificação do setor de serviços, percebe-se ainda que a mobilização do canteiro de obras da Arauco já começa a aparecer nos números do mercado de trabalho do município.

Nos primeiros sete meses deste ano, dentro do setor de serviços, as áreas de alimentação e alojamento registraram 133 contratações. No mesmo período de 2023, foram 91.

Já no segmento intitulado informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foram 454 contratações em Inocência nos primeiros sete meses deste ano, conforme o Caged. Entre janeiro e julho de 2023, foram 79 contratações nesse mesmo setor.

O Correio do Estado apurou que várias das empresas que atuaram no Projeto Cerrado – a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo – também vão atuar na indústria em Inocência. Uma delas, inclusive, cujo representante pediu para não ter o nome revelado, pois ainda está submetido a um processo de compliance com a Arauco, já adquiriu área em Inocência e pretende doar o terreno de seu pátio para a prefeitura da cidade depois que a planta produtora de celulose for inaugurada.

O maior rigor no compliance, que levou a empresa a manter seu nome em sigilo, deve-se aos calotes aplicados por terceirizadas da Suzano em Ribas, quando a planta estava prestes a ser inaugurada, 
entre o fim de 2023 e o início deste ano.

E por falar em Ribas do Rio Pardo, lá os números são negativos. Neste ano, até o momento, foram 8.005 contratações e 10.024 desligamentos por lá, resultando em um saldo negativo de 2.019 vagas de trabalho.

FÁBRICA

As obras da planta processadora de celulose eram para ter início em 2025, mas foram antecipadas para este segundo semestre. A licença de operação foi concedida pelo governo de Mato Grosso do Sul 
no início de maio.

A multinacional chilena prevê investimentos de pelo menos R$ 25 bilhões na construção da linha 1 da fábrica. A unidade pode entrar em operação no primeiro trimestre de 2028.

A planta da Arauco, a quarta do setor de celulose em Mato Grosso do Sul, será instalada a cerca de 50 km da cidade de Inocência, às margens da MS-377 e do Rio Sucuriú, 
nome dado ao projeto da global no Estado.

A expectativa é de que essa unidade produza 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano. O projeto ainda prevê a construção de uma segunda linha, com a mesma capacidade de produção. A Arauco poderá construir essa segunda linha na próxima década, decisão que só dependerá do comportamento do mercado.

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ECONOMIA

Governo contraria demanda do setor e atrasa financiamento às aéreas

A defesa das aéreas é de terem um incentivo setorial em moldes similares ao concedido ao agronegócio anualmente pelo Plano Safra

30/03/2025 09h23

Congressistas liberaram recursos para financiamento às aéreas por meio de alterações na lei do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), empréstimos esses operacionalizados pelo BNDES

Congressistas liberaram recursos para financiamento às aéreas por meio de alterações na lei do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), empréstimos esses operacionalizados pelo BNDES Arquivo/Correio do Estado/Bruno Henrique

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Diferente da urgência que o tema é tratado pelo setor que vem há cinco anos no vermelho, o governo federal levou mais de 100 dias para definir a composição de um comitê de três integrantes que fará a gestão da política de crédito público às companhias aéreas, aprovada em agosto do ano passado pelo Congresso Nacional.

O setor conta com os financiamentos para apoiar agendas de recuperação e a principal razão para o atraso, conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) a avaliação do governo de que a pauta pode ter se tornado menos urgente.

Com apoio efusivo do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os congressistas liberaram recursos para financiamento às aéreas por meio de alterações na lei do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).

Pela engenharia criada, os empréstimos serão operacionalizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As mudanças foram sancionadas em setembro. No mês seguinte, o governo enviou ao Congresso um PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional, um tipo de proposição sobre matéria orçamentária de iniciativa do Executivo) que destinava cerca de R$ 4 bilhões ao fundo no Orçamento de 2024.

A matéria foi aprovada em dezembro, depois de o Executivo ter publicado o decreto que criou o comitê gestor - formado apenas nesta semana.

Neste tipo de despesa prevista no orçamento, que consiste em funding para os bancos concederem crédito, o pagamento ocorre diretamente ao banco quando a despesa é efetivamente executada.

No entanto, como essa ação sequer foi empenhada em 2024, o recurso não chegou ao BNDES. Neste caso, quando a despesa não é executada ou tampouco empenhada, ela só poderá existir novamente se for incluída mais uma vez no orçamento.

A secretária executiva do MPor, Mariana Pescatori, diz que outras etapas pendentes já estão adiantadas e, por isso, vê a possibilidade de o crédito ser liberado neste semestre. As regras sobre juros e prazos precisam ser aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para Pescatori, a espera não trará prejuízos e poderá servir para as companhias reverem as prioridades que serão informadas ao BNDES.

"Tivemos mudanças. Companhias foram beneficiadas com perdão de dívidas fiscais", afirma. A Advocacia-Geral da União (AGU) firmou acordos em janeiro com Gol e Azul para regularizar dívidas previdenciárias e fiscais, reduzindo os passivos de R$ 7,5 bilhões para R$ 2 bilhões.

Como os recursos do Fnac serão utilizados para viabilizar uma linha de crédito via BNDES, com juros subsidiados, eles não afetam o resultado primário, que tem meta de déficit zero, tampouco o limite das despesas primárias - já que são classificados como "despesa financeira".

A medida acaba, no entanto, afetando negativamente a trajetória da dívida pública, já que o Fnac é um dos fundos que tinham boa parte de seus recursos usados justamente para o abatimento da dívida.

Na avaliação do economista Marcos Mendes, esse tipo de auxílio às aéreas é uma forma encontrada pelo governo para fazer desembolsos sem afetar o limite do arcabouço.

Como não é possível realizar uma despesa diretamente, o Executivo opta por expandir o crédito. Além disso, é preciso ainda escolher empresas para serem beneficiadas com o subsídio.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) mantém a demanda como prioritária. "O setor aéreo enfrenta diversos desafios que limitam o seu crescimento, como as dificuldades de financiamento e acesso a crédito, o desbalanceamento nas linhas de produção de motores e aeronaves e a alta do dólar, que impacta cerca de 60% dos custos", afirma em nota.

Possível descarte do governo

Os sinais de que o governo pode ter perdido o entusiasmo com a política de crédito se deram já em outubro, quando o PLN chegou ao Congresso.

O Ministério de Portos e Aeroportos informava, até às vésperas, que havia identificado R$ 6 bilhões para serem repassados às companhias via Fnac ainda em 2024. A redução de R$ 2 bilhões desagradou, conforme mostrou o Broadcast.

Um representante do setor que fez parte das reuniões com o governo disse à reportagem que o recente perdão de dívidas fiscais "pode ter esfriado de vez" as intenções do Executivo para consolidar a medida.

"Os recursos pelo Fnac foram aprovados após muita insistência, desde a pandemia. Depois, foi feito muito mais como gesto. Não houve declarações tão efetivas do governo", afirma o articulador que pediu para não ser identificado.

Outro indicativo é de que o Executivo não deve abraçar a demanda de transformar os financiamentos em uma política permanente.

Então presidente da Abear, Jurema Monteiro disse, em outubro do ano passado, que, embora os R$ 4 bilhões iniciais fossem considerados pouco, isso poderia ser compensado já em 2025, com a liberação de pelo menos outros R$ 4 bilhões.

A defesa das aéreas é de terem um incentivo setorial em moldes similares ao concedido ao agronegócio anualmente pelo Plano Safra.


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LOTERIA

Resultado da + Milionária de ontem, concurso 237, sábado (29/03): veja o rateio

A + Milionária tem dois sorteios semanais, às quartas e sábados, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

30/03/2025 08h40

Confira o rateio da +Milionária, concurso 237, sábado (29/03)

Confira o rateio da +Milionária, concurso 237, sábado (29/03) Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realiza o sorteio doconcurso 237 da + Milionária na noite deste sábado, 29 de março de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorre no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 62 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 64 milhões.

  • 6 acertos + 2 trevos - Não houve acertador;
  • 6 acertos + 1 ou nenhum trevo - Não houve acertador;
  • 5 acertos + 2 trevos - 1 aposta ganhadora (R$ 365.458,11 cada); 
  • 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 28 apostas ganhadoras (R$ 5.800,93 cada);
  • 4 acertos + 2 trevos - 80 apostas ganhadoras (R$ 2.175,34 cada); 
  • 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1452 apostas ganhadoras (R$ 119,85 cada); 
  • 3 acertos + 2 trevos - 1383 apostas ganhadoras (R$ 50,00 cada); 
  • 3 acertos + 1 trevo - 15382 apostas ganhadoras (R$ 24,00 cada);
  • 2 acertos + 2 trevos - 11577 apostas ganhadoras (R$ 12,00 cada);
  • 2 acertos + 1 trevo - 119448 apostas ganhadoras (R$ 6,00 cada).

Confira o resultado da + Milionária de ontem!

Os números da + Milionária 237 são:

  • 48 - 02 - 16 - 13 - 23 - 45
  • Trevos sorteados: 06 - 05

O sorteio da + Milionária é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: + Milionária 238

Como a + Milionária tem dois sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na quarta-feira, 02 de abril, a partir das 20 horas, pelo concurso 238. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da + Milionária é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 6,00 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher de 6 a 12 números dentre as 50 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de 4 a 6 números.

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