Trabalhar para tornar mais especial o momento que já é eleito pela maioria das mães e pais como o mais importante de uma vida inteira: o nascimento de um filho. É esta a missão das doulas. Profissionais ainda pouco conhecidas por alguns, mas que, no mundo moderno, em que as parteiras saíram de cena e as cesáreas viraram rotina, tem exercido papel fundamental no resgate do parto natural, chamado também de humanizado, que busca respeitar as escolhas, o tempo e o corpo das gestantes.
“A geração que está aí veio de cesáreas, de mães que passaram por cesáreas, então, vem dessa cultura. A doula vai ajudar essa mulher a acreditar que ela é capaz de fazer o parto natural, tirar as dúvidas e auxiliar a preparar o momento da forma como ela queira”, explica a doula Maria dos Santos, 59 anos. Ela ainda acrescenta que, no momento do parto, a doula faz o papel “de blindar” a mãe do ambiente externo, garantindo a ela viver a experiência sem outras preocupações.
O trabalho da doula depende do contrato firmado com a gestante, mas geralmente começa na gestação (é recomendado que a profissional seja contratada após a 20ª semana), com reuniões para conhecer a família, tirar dúvidas e montar o “programa de parto”. A atuação principal começa no momento em que a bolsa da grávida estoura e vai até a hora do nascimento do bebê. No pós-parto, a doula também pode auxiliar as mães com orientações sobre amamentação. O valor do pacote varia entre R$ 700 e R$ 1.500.
Matéria de Paula Vitorino está na edição de hoje do Correio do Estado.


