O estudo divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que o salário mínimo disponível aos cidadãos brasileiros precisaria corresponder a R$ 6.394,76, cinco vezes a quantia atual de R$ 1.212,00, para suprir todas as demandas dos trabalhadores.
O cálculo é referente ao mês de março e já considera a alta de produtos e serviços, como gás de cozinha, alimentação e combustível.
Conforme o relatório, o pagamento necessário custearia o sustento de uma família pequena de até quatro pessoas. Entre os setores inclusos na soma estão: moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, lazer, previdência, alimentação e transporte.
No mês de fevereiro a quantia necessária para uma vida confortável correspondia a R$ 6.012,18, valor acima do número estipulado para o mês de janeiro, R$ 5.997,14, mas ainda menor quando comparado ao mês de março.
A tabela se mostra progressiva, e embora o salário mínimo tenha aumentado no decorrer dos anos, o valor não acompanha o teto da remuneração vigente.
Cesta Básica
No Brasil todas as capitais enfrentaram o aumento de alimentos durante o mês de março. Em Campo Grande o valor da cesta básica subiu quase 30% em um ano, aumento de 5,51% no comparativo entre fevereiro e março. São Paulo foi a capital com o maior preço verificado, R$ 761,19.
Segundo estudo, para que o trabalhador, que ganha o salário mínimo atual, pudesse adquirir os produtos da cesta básica, seria necessário que a jornada de trabalho da população fosse ampliada para 119 horas, o que corresponde a quase 15 dias.
O valor é referente ao cálculo de um período com 31 dias.




