Economia

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Sem prazo definido para cortes de gastos; dólar atinge R$ 5,762, maior nível desde 2021

Moeda americana também teve influência de dados sobre emprego e confiança do consumidor nos EUA; Bolsa cai

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O dólar fechou em forte alta de 0,95% nesta terça-feira (29), cotado a R$ 5,762, em meio a preocupações do mercado sobre as contas públicas do Brasil, influenciadas também por declaração do ministro Fernando Haddad (Fazenda) de que não há prazo para o anúncio de medidas de contenção de gastos do governo. Além disso, dados de emprego dos Estados Unidos fortaleceram a divisa mundialmente.

Essa é a maior cotação para a moeda americana desde 29 de março de 2021, quando fechou em R$ 5,767. Na máxima da sessão desta terça, chegou a R$ 5,766. A moeda brasileira foi a que mais se desvalorizou nesta sessão, em comparação às principais divisas do mundo.

Já a Bolsa fechou em queda de 0,37%, aos 130.729 pontos.
Em entrevista a jornalistas no fim da tarde, Haddad disse que as propostas de corte de gastos prometidas pelo governo estão sob análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que cabe ao presidente definir quando o conjunto será fechado.

As declarações ocorrem um dia depois de o ministro se reunir com Lula para tratar sobre o assunto. "Ele está pedindo informações e estamos fornecendo as informações que ele está pedindo", disse a jornalistas.

"Estamos avançando na conversa. Estamos falando muito com o Planejamento também. [...] Estamos fazendo as contas para fazer algo ajustadinho."

Segundo Haddad, há expectativa de novas reuniões com o presidente ainda nesta semana, incluindo um encontro nesta quarta-feira (30). O ministro afirmou que, por enquanto, não há vetos de Lula às medidas apresentadas.

A pretensão de encaminhar ao Congresso Nacional ainda em 2024 um pacote de revisão de gastos estruturais foi anunciada pela ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) em 15 de outubro.

Na ocasião, Tebet afirmou que potenciais medidas já aprovadas pelo crivo da equipe econômica seriam apresentadas a Lula logo após o segundo turno das eleições municipais, realizado neste domingo (27).

O mercado, em resposta, passou a alimentar uma expectativa crescente por medidas concretas que diminuíssem o desequilíbrio das contas públicas. Mas a falta de previsão reforça "demora do governo em adotar medidas fiscais mais responsáveis", afirma Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

"O perfil fiscal expansionista do governo não agrada ao mercado, especialmente no que se refere ao cumprimento das metas de inflação."
Para Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos, o fato de o pacote fiscal ainda precisar da aprovação de Lula pode "dificultar o processo e afastar a concretização das medidas".

"O surgimento desses rumores foi o que movimentou os preços no início da tarde, levando o dólar a ultrapassar os R$ 5,76. Esse cenário gerou um descolamento ainda maior do real em relação a outras moedas de países emergentes", afirma.

A trajetória das contas públicas ainda é um dos focos de pressão inflacionária. O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, tem reforçado que é necessário um choque fiscal positivo para que a taxa de juros básica do país, a Selic, possa cair.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC irá se reunir na semana que vem, entre os dias 5 e 6 de novembro, para decidir sobre o patamar da taxa. A expectativa do mercado é de um movimento mais agressivo por parte do comitê: uma alta de 0,50 ponto percentual na Selic.

O colegiado reiniciou o ciclo de altas na reunião de setembro, quando optou por um aperto de 0,25 ponto percentual e levou os juros ao patamar de 10,75% ao ano. Desde então, os dirigentes têm reforçado que as próximas decisões estão à mercê dos dados econômicos, em especial os de inflação.

Considerado uma "prévia" da inflação oficial do país, o IPCA-15 acelerou a 0,54% em outubro, após marcar 0,13% em setembro. O resultado ficou acima da mediana das projeções de 0,51%, e levou o acumulado de 12 meses a acelerar para 4,47%. A taxa era de 4,12% no mês anterior.

A meta do Copom é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. Ou seja, na leitura atual, o IPCA-15 está bem próximo ao teto da meta, de 4,50%.
No Boletim Focus desta segunda, analistas consultados pelo BC ainda subiram pela quarta semana consecutiva as projeções para o IPCA neste ano, com a expectativa agora ultrapassando a banda máxima da meta, a 4,55%.

O dólar ainda se fortaleceu por conta do cenário dos Estados Unidos. O relatório de emprego Jolts mostrou que as vagas em aberto caíram em 418 mil, para 7,443 milhões no último dia de setembro —o nível mais baixo desde janeiro de 2021.

O resultado sinaliza uma retração na demanda por mão de obra, reforçando a visão de que o mercado de trabalho está perdendo força. Na política monetária, a leitura é que a a desaceleração "pode justificar a continuidade dos cortes de juros pelo Fed [Federal Reserve, o banco central americano] para apoiar o crescimento", diz Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.

O Fed decide sobre a taxa americana também na semana que vem, nos mesmos dias que o Copom. Na ferramenta CME Fed Watch, um corte de 0,25 ponto nos juros marca 99% de probabilidade, um raro consenso entre os operadores.

A expectativa em torno das eleições presidenciais americanas também tem pautado os mercados globais. Na disputa entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris, o mercado aponta uma maior probabilidade de vitória para Trump, com chances de 66% de retorno à Casa Branca, segundo a plataforma Polymarket.
As promessas econômicas de Trump incluem aumento tarifário sobre as importações, especialmente as chinesas, e um possível corte de impostos —medidas que são vistas como inflacionárias e que podem influenciar o Fed a manter juros elevados por mais tempo.

"O mercado espera uma vitória de Trump, que, por diversos fatores, tende a fortalecer o dólar durante seu mandato e a manter a inflação e os juros elevados por mais tempo. Kamala, por outro lado, sem o apoio do Senado, provavelmente enfrentaria limitações para implementar mudanças significativas, o que manteria o dólar em um patamar um pouco mais baixo em relação a outras economias", afirma Keone Kojin, economista da Valor Investimentos.

 

*Informações da Folhapress

ECONOMIA

Petrobras recupera liderança entre ações mais recomendadas para abril

Itaú, que no mês passado foi o mais indicado, caiu para a segunda posição e passou de 11 recomendações em março, para 9 neste mês

06/04/2025 10h00

 Chamou a atenção para o mês a quantidade de instituições que seguiram com a mesma composição da carteira de março.

Chamou a atenção para o mês a quantidade de instituições que seguiram com a mesma composição da carteira de março. Agência Brasil

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A Petrobras retomou a liderança entre as ações mais indicadas nas carteiras recomendadas para abril. Em levantamento realizado pelo Broadcast Investimentos com 13 das principais corretoras e bancos de investimentos, dez casas têm exposição ao papel da estatal.

O Itaú, que no mês passado foi o mais indicado, caiu para a segunda posição em abril, passando de 11 recomendações em março, para 9 em abril. Chamou a atenção para o mês a quantidade de instituições que seguiram com a mesma composição da carteira de março.

Geralmente, somente uma corretora mantém inalterada a recomendação. Para abril, quatro casas mantiveram exatamente os mesmos nomes. Dessas quatro, três apenas alteraram o peso de cada papel dentro do portfólio.

Entre as ações com maior peso dentro do Ibovespa, o destaque ficou com a Vale, que apresentou um salto de março para abril, saindo da sexta posição para a terceira.

Foram seis recomendações de compra para as ações da mineradora, mesma quantidade anotada para a Eletrobras.

Entre os fatores que apontam chance de valorização da ON da mineradora, o Santander destaca retomada mais forte da atividade industrial na China, a recuperação dos preços do minério de ferro em níveis mais elevados, a distribuição de dividendos e programas de recompra de ações e o destravamento de valor com venda minoritária da divisão de Metais Básicos.

Sobre a Eletrobras, a Ativa Investimentos, uma das seis casas que recomendou exposição no papel para abril, explica que decidiu aumentar o peso do papel na carteira após a finalização do acordo de arbitragem envolvendo a empresa e o governo que, finalmente, corroborou o seu status de empresa de capital disperso.

Apesar dos ruídos recentes como a nomeação de Guido Mantega no conselho fiscal da empresa, acreditamos que agora a companhia poderá repercutir com mais fidelidade os seus fundamentos.

Quatro papéis ocupam a quarta posição entre as mais recomendadas, com cinco indicações para cada, sendo:

  • Copel,
  • Cury,
  • Equatorial e
  • JBS.

No caso da JBS, em relação ao mês passado, a empresa caiu uma posição. A multinacional de carnes teve três recomendações a menos, enquanto Cury e Equatorial apareceram em dois portfólios a mais se comparado com março e Copel manteve as mesmas cinco indicações do mês passado.

Em sua carteira 10SIM para abril, o BTG Pactual afirma que está muito otimista com relação ao segmento de moradias de baixa renda.

Por conta disso, colocou o papel da Cury entre as indicações, destacando que a acessibilidade nunca foi tão boa no programa 'Minha Casa Minha Vida'.

"A Cury vem apresentando sólidos resultados operacionais e financeiros, com lançamentos e vendas crescendo cerca de 50% a/a [ano a ano] e o LPA [lucro por ação] aumentando 35% a/a em 2024", explicou.

Sobre a Equatorial, a Terra Investimentos diz que além de ter forte atuação na distribuição de energia, recentemente ingressou no setor de saneamento.

"Além disso, a Equatorial apresenta investimentos robustos em capex, visando revitalização e expansão de ativos, especialmente em Goiás. Apesar de um aumento do endividamento com efeito no alongamento da dívida, a empresa possui grande potencial de valorização", pontua a casa.

Por fim, com quatro recomendações para cada, aparecem as ações da Prio, Telefônica Brasil (dona da Vivo), Sabesp, Suzano e WEG. Prio sequer ficou entre as mais indicadas para março, aparecendo em apenas duas carteiras.

Telefônica recebeu um voto a mais se comparado com o mês passado, enquanto Sabesp e Suzano perderam uma indicação cada e WEG teve duas recomendações a menos em abril. Ao todo, 55 empresas constaram nas principais carteiras para abril, com um total de 131 indicações divididas entre os bancos e corretoras.

 

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LOTERIA

Resultado da Timemania de ontem, concurso 2227, sábado (05/04): veja o rateio

A Timemania realiza três sorteios semanais, às terças, quintas e sábados, sempre às 19h; veja quais os números sorteados no último concurso

06/04/2025 08h44

Confira o resultado concurso 2227, sábado (05/04): veja o rateio da Timemania

Confira o resultado concurso 2227, sábado (05/04): veja o rateio da Timemania Foto: Divulgação

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A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2227 da Timemania na noite deste sábado, 05 de abril de 2025. A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 9 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 9,5 milhões.

  • 7 acertos - Não houve ganhadores;
  • 6 acertos - 8 apostas ganhadoras, (R$ 16.488,75 cada); 
  • 5 acertos - 192 apostas ganhadoras, (R$ 981,47 cada); 
  • 4 acertos - 3.151 apostas ganhadoras, (R$ 10,50 cada); 
  • 3 acertos - 25.540 apostas ganhadoras, (R$ 3,50 cada).

Confira o resultado da Timemania de ontem!

Os números da Timemania 2227 são:

  • 09 - 66 - 19 - 40 - 04 - 11 - 58 
  • Time do coração: 52 - Mirassol/SP

O sorteio da Timemania é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Timemania 2228

Como a Timemania tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na terça-feira, 08 de abril, a partir das 20 horas, pelo concurso 2228. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Timemania é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

A aposta mínima custa R$ 3,50 para um jogo simples, em que o apostador pode escolher 10 dente as 80 dezenas disponíveis, e fatura prêmio se acertar de três a sete números, ou o time do coração;

Como jogar a Timemania

A Timemania é a loteria para os apaixonados por futebol. Além de o seu palpite valer uma bolada, você ainda ajuda o seu time do coração.

Você escolhe dez números entre os oitenta disponíveis e um Time do Coração. São sorteados sete números e um Time do Coração por concurso. Se você tiver de três a sete acertos, ou acertar o time do coração, ganha.

Você pode deixar, ainda, que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) ou concorrer com a mesma aposta por 3, 6, 9, ou 12 concursos consecutivos através da Teimosinha.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com 10 dezenas, a probabilidade de acertar sete números ganhar o prêmio milionário é de 1 em 26.472.637, segundo a Caixa.

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