Economia

CASA VERDE E AMARELA

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Mudanças no programa habitacional são benéficas, aponta setor imobiliário

Com novas regras, opção para renegociar dívidas e acesso a outras faixas de renda, governo cria reformulação do Minha Casa Minha Vida

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O Casa Verde e Amarela é uma reformulação do programa habitacional Minha Casa Minha Vida. A Medida Provisória (MP) 996/2020, de acordo com o governo federal, busca ampliar o acesso de cidadãos ao financiamento da casa própria e promover a regularização fundiária. 

Segundo o Executivo, a intenção é atender 1,6 milhão de famílias em todo o País até 2024. Para os representantes do setor imobiliário de Mato Grosso do Sul, a medida traz regras e amplia o leque de atuação da construção civil.

Segundo o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), Marcos Augusto Netto, a principal mudança é a adoção de novas regras. 

“Esse ajuste do Minha Casa Minha Vida (MCMV) trouxe melhorias para o programa. Com o Casa Verde Amarela, colocamos a locomotiva do setor imobiliário nos trilhos. Por que locomotiva? Porque o setor imobiliário vai arrastando tudo, gerando empregos, movimentando a economia e tudo o que envolve a cadeia produtiva da construção civil”, disse.  

Conforme o governo, a pretensão é de que haja incremento de 350 mil residências, em relação ao que se conseguiria atender com os parâmetros do programa atual. 

Para o orçamento, a previsão é oferecer até o fim deste ano R$ 25 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 500 milhões do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS, fundo privado, mantido por bancos).

FAIXAS

O público-alvo do programa será dividido em três grupos, atendendo famílias residentes nas cidades e com renda mensal de até R$ 7 mil e famílias residentes em áreas rurais e com renda anual de até R$ 84 mil. 

Subsídios do governo serão concedidos nas operações de financiamento habitacional para quem vive nas cidades e tem renda de até R$ 4 mil e, nas zonas rurais, para as famílias com renda anual de até R$ 48 mil.

No MCMV, a renda das famílias era dividida em quatro: 

  • faixa 1 para famílias com renda de até R$ 1.800;
  • faixa 1,5 para famílias com renda entre R$ 1.800 e R$ 2.600;
  • faixa 2 para renda entre R$ 2.600 e R$ 4.000; e
  • faixa 3 para famílias com renda entre R$ 4.000 e R$ 7.000.

Já o Casa Verde e Amarela terá três faixas: 

  • grupo 1, para famílias com renda de até R$ 2.000;
  • grupo 2 para renda entre R$ 2.000 e R$ 4.000; e
  • grupo 3 para famílias com renda entre R$ 4.000 e R$ 7.000.

Quem se encaixar no grupo 1 poderá financiar o imóvel, receber subsídios e terá direito à regularização fundiária e reformas. 

Os grupos 2 e 3 terão direito à regularização fundiária e ao financiamento, com juros maiores do que o grupo 1.

Conforme o Ministério do Desenvolvimento Regional, as regiões Norte e Nordeste serão contempladas com a redução nas taxas de até 0,5 ponto porcentual para famílias com renda de até R$ 2 mil e 0,25 ponto para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil. 

Nessas localidades, os juros poderão chegar a 4,25% ao ano e, nas demais regiões, a 4,5% ao ano.

“Com certeza, vai movimentar a economia como um todo, acredito que a gente consiga reverter a queda no Produto Interno Bruto [PIB] ou amenizar os impactos. O setor precisava de regras e, além da queda nos juros, o programa traz a possibilidade de renegociação de contratos, fazer melhorias nos imóveis ou mesmo a regularização deles, enfim, ampliou as possibilidades”, disse Augusto Netto.

RENEGOCIAÇÃO

Outra mudança é a possibilidade de renegociação de dívidas dos mutuários da faixa 1 (com renda de até R$ 2 mil), o que o Minha Casa Minha Vida não permitia. A inadimplência chega a 40% nessa faixa de renda. 

E ainda há possibilidade de regularização dos 40% das 70 milhões de habitações do País que não têm escritura pública. 

A meta é regularizar 2 milhões de moradias e promover melhorias em 400 mil até 2024. O programa será realizado em parceria com os governos locais, para famílias com renda de até R$ 5 mil que vivam em núcleos urbanos informais.

O presidente da Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul), Adão Castilho, acredita na redução do número de inadimplentes. 

“Tem a questão dos juros, que é um ponto positivo para reduzir o débito habitacional e facilitar para o mutuário. A redução dos juros nas faixas de renda menores será uma boa vantagem para quem for construir, principalmente na hora de vender. Com certeza teremos mais investimentos, vamos ampliar a contratação de mão de obra e todo o setor cresce. É um ponto muito positivo ter mais investimentos na construção. Durante a pandemia, a construção se mostrou capaz de sobreviver e com mais incentivo crescerá ainda mais”, finalizou.  

A especialista no setor imobiliário Yslanda Barros explica que as maiores mudanças serão sentidas nas regiões Norte e Nordeste. 

“O governo observou que existia uma faixa de renda que ficava de fora, este é o público-alvo. As mudanças são pontuais, mas a construção civil também vai ter um novo leque de opção de venda, porque amplia as construções para regiões mais afastadas, em cidades menores, etc.”, destacou. 

(Com informações de agências)

IBGE-Pesquisa

Rendimento médio per capita de MS é o maior da série histórica

Em 2023, ocorreu um crescimento de (6,5%), estimado em R$ 1.990,00

19/04/2024 16h20

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (19) os valores dos rendimentos domiciliares per capita, referentes ao ano de 2023, com base nas informações referentes a Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua - PNAD Contínua.

O rendimento médio per capita domiciliar em Mato Grosso do Sul é o maior da série histórica (6,5%), estimado em R$ 1.990.

Durante a pandemia de Covid-19, o rendimento per capita diminuiu para (5,6%), em 2020 e (8,3%) em 2021, estimado em R$ 1.639, o 2º menor valor da série. Em 2022, o rendimento médio domiciliar apresentou crescimento (12,3%) sendo estimado em R$ 1.868.

Conforme a pesquisa (64%) da população tinha algum rendimento, colocando o Estado como 8º maior no ranking entre as Unidades da Federação. Com relação à renda em 2023, o indicativo apontou 2,8 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul desempenham alguma atividade, enquanto em 2022 o quantitativo era de 2,5 milhões. 

Rio Grande do Sul lidera com (70,3%) e em nove oportunidades apresentou a maior estimativa da série histórica iniciada em 2012, enquanto Acre e Amazonas, as menores (51,5% e 53,0%, respectivamente). 

Rendimento

O levantamento aponta que em 2023, o número de pessoas que possuíam rendimento, levando em consideração todas as modalidades de trabalho, em Mato Grosso do Sul correspondia a  50,4% da população residente (1,4 milhão de pessoas).

"Rendimento relacionado a outras fontes foram de  22,3% (631 mil) dos residentes possuíam, em 2023, alguma fonte de rendimento diferente de trabalho, enquanto, em 2022, essa estimativa era de 21,3% (595 mil)". 

 

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Crédito rural

Prazo para renegociação de dívida de investimento vai até 31 de maio

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões

19/04/2024 15h00

Em MS, podem renegociar os produtores de soja, milho e bovinocultura de leite e de carne. Arquivo/Correio do Estado

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Os produtores rurais que foram prejudicados por intempéries climáticas ou queda de preços agrícolas têm prazo até 31 de maio para renegociar dívidas do crédito rural para investimentos. A informação é do Ministério da Agricultura e Pecuária, com base em medida aprovada, com apoio do Ministério da Fazenda, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em março passado.

Segundo o comunicado, com a iniciativa, as instituições financeiras poderão adiar ou parcelar os débitos que irão vencer ainda em 2024, relativos a contratos de investimentos dos produtores de soja, de milho e da pecuária leiteira e de corte. Neste contexto, as operações contratadas devem estar em situação de adimplência até 30 de dezembro de 2023.

A renegociação autorizada abrange operações de investimento cujas parcelas com vencimento em 2024 podem alcançar o valor de R$ 20,8 bilhões em recursos equalizados, R$ 6,3 bilhões em recursos dos fundos constitucionais e R$ 1,1 bilhão em recursos obrigatórios.

Caso todas as parcelas das operações enquadradas nos critérios da resolução aprovada pelo CMN sejam prorrogadas, o custo será de R$ 3,2 bilhões, distribuído entre os anos de 2024 e 2030, sendo metade para a agricultura familiar e metade para a agricultura empresarial. O custo efetivo será descontado dos valores a serem destinados para equalização de taxas dos planos safra 2024/2025.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse na nota: "Problemas climáticos e preços achatado trouxeram incertezas para os produtores. Porém, pela primeira vez na história, um governo se adiantou e aplicou medidas de apoio antes mesmo do fim da safra".

Confira abaixo as atividades produtivas e os estados que serão impactados pela medida:

soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;

bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;

soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;

bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;

soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;

bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.

Para enquadramento, os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.

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