A TIM decidiu não ingressar no mercado de TV por assinatura e firmar parceria comercial com a Sky a fim de suprir tal carência e pode oferecer pacotes que juntem os serviços de voz, dados e TV.
Segundo Rogério Takayanay, presidente da subsidiária TIM Fiber, os exemplos, ao redor do mundo, de operadoras de telefonia que entraram em TV por assinatura não são positivas por conta da "falta de experiência" no segmento.
"Quase todas tiveram problemas", disse.
Para o executivo, a Sky, que não oferece serviços de voz e dados, é a parceira "ideal". A perspectiva é oferecer os pacotes integrados no primeiro semestre de 2012.
"Trata-se inicialmente de uma parceria comercial que pode avançar."
Segundo Takayanagy, a TIM definiu como foco os serviços de voz e dados e não estuda o mercado de TV por assinatura.
EXPANSÃO
Adquirida pela TIM no final de outubro, a antiga AES Atimus será a base de expansão da operadora no Rio e em São Paulo e a porta de acesso aos mercados corporativo e residencial de transmissão de dados e acesso à internet em banda larga por meio de fibra óptica.
Até agora, a atuação da companhia estava focada no acesso via wi-fi, compatível com a sua rede móvel. Com esse novo filão, a companhia espera faturar R$ 1 bilhão até 2016.
A nova subsidiária vai agregar R$ 2,5 bilhões ao valor de mercado atual da TIM Brasil, cotado em cerca de R$ 2,5 bilhões.
A TIM pagou à AES R$ 1,5 bilhão pelo controle da Atimus, que nasceu com a criação de uma rede de fibra óptica lançada por sobre a rede de energia da Eletropaulo e da Light, ex-controlada da empresa norte-americana de energia.
A TIM Fiber terá atuação em 21 cidades das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, com uma rede de fibra óptica de 5,5 mil km.
Segundo Luca Luciani, presidente da TIM, a empresa negocia com outras operadoras trocas de trechos de rede de fibra para ampliar a rede da companhia no país, sem custo de ampliação de infraestrutura ou aquisições.
Tal estratégia já permitiu à companhia aumentar a rede da subsidiária Intelig de 15 mil km para 25 mil km.
A previsão é intensificar essas trocas e construir novos trechos de rede a fim de atingir 40 mil km. Uma nova linha ligará Belém a Manaus.