Esportes

Discriminação racial

Acordo evita prisão de torcedores condenados por racismo contra Vinicius Jr.

Ofensas ocorreram durante o jogo do Real Madrid contra o Valencia, em maio do ano passado

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Os três torcedores do Valencia, condenados por insultos racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Junior, não irão para a prisão. Condenados pela Justiça espanhola, eles se beneficiarão de uma disposição da lei espanhola que permite o cumprimento da pena em liberdade para réus primários com penas inferiores a dois anos.

Apesar da vontade da La Liga, entidade organizadora dos campeonatos de futebol na Espanha, de ver uma punição mais severa, o acordo foi aceito para evitar que o caso fosse a julgamento. O incidente ocorreu durante o jogo do Real Madrid contra o Valencia, em 21 de maio do ano passado, e inicialmente foi levado à Justiça sob o artigo 510 do Código Penal espanhol, que trata de crimes de ódio. Uma condenação sob esse artigo poderia resultar em penas de um a quatro anos de prisão.

Para evitar o risco de prisão, os advogados dos réus propuseram que eles fossem enquadrados no artigo 173.1 do Código Penal, que aborda delitos contra a integridade moral e prevê penas de seis meses a dois anos. O acordo foi aceito por todas as partes envolvidas, incluindo La Liga, Vinicius Júnior, a Real Federação Espanhola de Futebol e o Real Madrid. Embora La Liga argumentasse que uma condenação por delito de ódio seria mais justa, a decisão foi tomada com base no reconhecimento do crime pelos réus e seu pedido de desculpas.

A pena inicial de um ano foi reduzida para oito meses devido aos atenuantes, e será cumprida em liberdade. Além disso, os torcedores estão banidos de estádios de futebol por dois anos e, daqui para frente, não serão mais considerados réus primários.

Desde 2020, La Liga levou à Justiça 35 casos de racismo ou homofobia nos estádios, sendo 20 deles envolvendo Vinicius Júnior. A condenação recente é histórica, marcando a primeira vez que um caso de racismo é punido pela Justiça na Espanha.

*Com informações de Folhapress

Esportes

Sentença de Paquetá só será divulgada ao fim da temporada europeia, diz jornal britânico

O caso do brasileiro ainda está sendo apreciado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), porém não tem prazo para ser finalizado

07/04/2025 23h00

Foto: Rafael Ribeiro / CBF

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O julgamento do meio-campista Lucas Paquetá completou três semanas nesta segunda-feira. Mas o jogador, com passagens pela seleção brasileira, só vai conhecer a sentença ao fim da temporada europeia, em junho. O ex-Flamengo, que nega todas as acusações, vem sendo julgado na Inglaterra por suspeita de envolvimento em manipulação de resultados e apostas esportivas. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian.

O caso do brasileiro ainda está sendo apreciado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), porém não tem prazo para ser finalizado. De acordo com o jornal, as partes envolvidas já foram informadas de que, independente da data do fim do julgamento, o resultado só será divulgado quando a temporada acabar - o Campeonato Inglês será encerrado no fim de maio.

Segundo o Guardian, a previsão é de que a sentença seja anunciada ao menos um mês e meio depois das oitivas dos envolvidos no caso. Sendo assim, Paquetá não terá problemas para defender o West Ham na reta final do Inglês. Sua equipe ocupa a 16ª colocação da tabela, perto da zona de rebaixamento, mas com chances remotas de queda.

A depender do resultado, os advogados de Paquetá poderão recorrer dentro da própria federação inglesa, na Fifa e até mesmo à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Paquetá é acusado de violar regras de conduta em quatro partidas do Campeonato Inglês entre 2022 e 2023: contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022; Aston Villa, no dia 12 de março de 2023; Leeds United, em 21 de maio de 2023; e contra o Bournemouth, em 12 de agosto do mesmo ano.

De acordo com o jornal The Guardian, o meia teria recebido de forma intencional cartão amarelo nestes confrontos "com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas".

Logo que se viu envolvido na denúncia, Paquetá alegou inocência e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. "Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar", disse o atleta na época que garantiu acionar seus advogados para deixar tudo esclarecido "Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar o meu nome."

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Esportes

Alison dos Santos volta a vencer na Jamaica, desta vez nos 400m rasos

Ele já conquistara na sexta os 400m com barreiras, sua especialidade

07/04/2025 21h00

Alison dos Santos

Alison dos Santos Foto: Divulgação

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O brasileiro Alison do Santos, o Piu, voltou a brilhar no Grand Slam Track, em Kingston (Jamaica), neste domingo (6), ao vencer a prova dos 400 metros rasos, que não é sua especialidade. Após a largada, Piu seguiu na terceira posição até acelerar na reta final e cruzar a linha de chegada em primeiro lugar em 45s52. Os norte-americanos Chris Robinson (45s54) e Caleb Dean (45s.68) terminaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Na noite de sexta (4), Piu já conquistara os 400m com barreiras – prova de sua especialidade - também no Estádio Nacional de Kingston.

"O vento estava muito forte, mas vim, fiz o meu trabalho e conquistei o prêmio. Fiz o meu melhor e significa muito porque amo competir, estar na pista. Quando virou os 200m vi que estava atrás e pensei que só não poderia perder para o Clarke", detalhou Alison, que competiu há quase um ano na prova dos 400m rasos, no Florida Relays, quando fez o tempo de 45s25.

Com a segunda vitória seguida em Kingston, Piu totalizou 24 pontos e lidera o seu grupo de provas (400m com barreiras e 400m rasos). O brasileiro, bronze olímpico nos Jogos de Paris, também recebeu a premiação de US$ 100 mil (equivalente a R$ 584 mil) ao cravar duas vitórias seguidas em Kingston.

O Grand Slam Track é uma nova série de atletismo, organizada por Michael Johnson - quatro vezes campeão olímpico nos 200m e 400m -, com grandes atletas da modalidade. A competição abrange seis grupos de provas, cada uma com oito participantes (quatro corredores e quatro convidados, denominados desafiantes).

O circuito Grand Slam Track prevê ao todo 96 provas, sendo 24 delas por etapa. Após Kingston, os demais eventos serão nos Estados Unidos: de 2 a 4 de maio em Miami; de 30 de maio a 1º de junho na Filadélfia; e de 27 a 29 de junho em Los Angeles. Em cada evento, são disputadas provas de velocidade curta (100m - 200m), barreiras curtas (100m ou 110m com barreiras), velocidade longa (200m - 400m), barreiras longas (400 m com barreiras), meio-fundo (800m - 1.500 m) e fundo (3.000m - 5.000m).

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