Esportes

PRÉ-OLÍMPICO

Alison dos Santos é campeão em Paris nos 400m com barreira

Na etapa da Diamond League deste domingo (07), Piu, como é conhecido, fez a marca de 47s78

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Alison dos Santos conquistou, neste domingo, a etapa de Paris na Diamond League ao vencer os 400 metros com barreiras. Piu, como é conhecido o atleta brasileiro, brilhou na final ao fazer a marca de 47s78.

A competição foi realizada no estádio Sébastien Charléty.

Completaram o pódio o estoniano Rasmus Mägi, 47s95, na segunda colocação e Malik James, da Jamaica, 48s37, no terceiro posto.

Em grande fase, Piu manteve o aproveitamento de 100% no torneio. Esta foi a sua quarta vitória na Diamond League neste ano.

Antes, ele havia triunfado em Eugene, nos Estados Unidos, Doha, no Catar, Oslo, na Noruega, e Estocolmo, na Suécia.

O brasileiro é dono da segunda melhor marca do mundo nesta temporada com o tempo obtido em Oslo. Na capital norueguesa, ele cumpriu a prova com 46s63.

Nesta etapa, ele superou o campeão olímpico Karsten Warholm.


"Fizemos uma corrida sólida hoje. O tempo pode ser melhorado, mas estamos no caminho certo para continuar trabalhando para o que vem pela frente. Estou feliz por ter conseguido executar hoje o que temos treinado", afirmou Piu em entrevista ao departamento de comunicação da Diamond League.

Na próxima sexta-feira, ele disputa a etapa de Mônaco da competição e deve ter mais um duelo com Wharholm.

Nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, a primeira rodada do masculino dos 400m com barreira está marcado para o dia 5 de agosto. Dois dias depois acontecem as semifinais.

A prova que vale medalha está agendada para 9 de agosto.

 

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FUTSAL

Com atleta de MS no elenco, Brasil faz final inédita contra a Argentina

O campo-grandense Marcênio ajudou a seleção à avançar na partida das semifinais da Copa do Mundo de Futsal

05/10/2024 09h00

O sul-mato-grossense Marcênio estreou em jogo decisivo da Copa do Mundo contra a seleção ucraniana

O sul-mato-grossense Marcênio estreou em jogo decisivo da Copa do Mundo contra a seleção ucraniana Foto: Divulgação/CBF

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A seleção brasileira chega em final inédita da Copa do Mundo de Futsal, contra a Argentina, com um atleta sul-mato-grossense no elenco.

O ala Marcênio Ribeiro da Silva, de 36 anos, pode ajudar o Brasil a conquistar o hexa-campeonato mundial. O atleta estreou na competição na fase semifinal, contribuindo em quadra para a seleção sair vitorioza pelo placar de 3 a 2, contra a Ucrânia.

A decisão do torneio está marcada para ser realizada no próximo domingo (6), às 11h (de Mato Grosso do Sul) na Humo Arena, em Tashkent, no Uzbequistão.

O adversário do Brasil na final, a Argentina, é a atual vice-campeã, na semifinal a seleção argentina venceu os franceses por 3x2 nesta quinta-feira (03).

Mesmo que os rivais históricos estejam vivendo uma boa fase recente no futsal, o Brasil os venceu na final da Copa América da modalidade neste ano, por 2x0, com gols de Pito e Rafa Santos, com participação do Marcênio entre os convocados. 

Marcênio atualmente é jogador do Jaraguá (SC), na temporada o ala têm 6 gols marcados em 16 jogos. Antes de estar no time catarinense, Marcênio ficou seis meses no Anderlecht (Bélgica) e cinco temporadas no Barcelona (Espanha), um dos melhores clubes do mundo. 

Durante sua passagem no clube espanhol, o atleta campo-grandense conquistou 16 títulos, incluindo a Champions League da modalidade, sua segunda da carreira, já que também venceu o torneio continental pela equipe russa Gazprom-Ugra.

Em Campo Grande, o jogador atuou na Geração 2000, em 1997, e, posteriormente, passou pelo time do Colégio ABC, ficando até 2007, quando foi para o Santa Fé Futsal, da cidade Santa Fé do Sul (SP), já como atleta profissional.

Em 2024, Marcênio também participou da Copa América e fez parte do elenco campeão contra a Argentina.

Na competição, marcou dois gols e uma assistência na campanha perfeita da seleção brasileira. Ao todo, o atleta tem sete gols em 29 jogos com a camisa amarela. Nas redes sociais, o jogador comemorou a convocação e afirmou que realizou um sonho de criança.

CAMPANHA

O Brasil jogou seis jogos nesta edição de Copa do Mundo e, até agora, venceu todos: 10x0 em Cuba; 8x1 na Croácia; 9x1 na Tailândia; 5x0 na Costa Rica; 3x1 no Marrocos e 3x2 na Ucrânia. Ainda, a seleção conta com o artilheiro da competição, o ala Marcel, com 10 gols.

Mesmo com tradição na competição o Brasil não chegava na final há 12 anos. A seleção brasileira é o maior campeão mundial no futsal (conquistou em 1989, 1992, 1996, 2008 e 2012).

Em 2021, na última Copa do Mundo, o Brasil ficou em terceiro lugar, sendo derrotado para os rivais argentinos na semifinal.

(Colaborou: Felipe Machado)

Esportes

Lesionada, Érika alcançou a inédita medalha de prata nas paralimpíadas

Estreante na competição, a judoca de MS superou a dor para chegar ao pódio

04/10/2024 09h45

Érika Cheres mostra a medalha de prata conquistada nos Jogos Paralímpicos de Paris neste ano

Érika Cheres mostra a medalha de prata conquistada nos Jogos Paralímpicos de Paris neste ano Foto: Marcelo Victor

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A perseverança foi fundamental para que a judoca Érika Cheres Zoaga, de 36 anos, conquistasse a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Paris. A atleta se manteve na disputa pelo pódio na categoria +70 kg da classe J1 (cegos totais), mesmo após sofrer uma lesão no ombro durante sua primeira luta.

Em entrevista para o Correio do Estado, a sul-mato-grossense Érika Zoaga falou como foi superar as dificuldades enfrentadas em sua estreia na Paralimpíada.

“A experiência em Paris foi incrível. Tivemos muitos obstáculos pelo caminho, eu vinha de uma recuperação de cirurgia do joelho, e na primeira luta a adversária machucou o meu ombro. Eu continuei e fiz a semifinal e a final. Foi uma emoção muito grande, foi Deus mesmo”, descreveu Érika sobre a sua trajetória em Paris.

A luta em que se lesionou ocorreu nas quartas de final, contra a venezuelana Sanabria Alcala. A atleta foi desclassificada da Paralimpíada após aplicar o golpe ilegal em Érika.

“Essa luta foi muito dura, tive muita dificuldade, porque fomos para o golden score, e aí ela [Sanabria] me derrubou e senti o ombro na hora. Achei que tinha perdido, mas o árbitro decidiu que a entrada da adversária era um golpe proibido”, explicou.

Após esse confronto, a atleta derrotou a turca Nazan Akin nas semifinais. Na final da categoria, perdeu a luta para a ucraniana Anastasiia Harnyk.

“A ucraniana era a adversária mais forte, mas na hora que a luta acabou foi difícil aceitar que eu tinha perdido, mas depois, pensando em tudo que passei, o sentimento muda. Era o que Deus tinha preparado para mim, e sou grata por isso”, declarou.
A força da Érika em ultrapassar os obstáculos pelo caminho e chegar à final do judô também vem de sua família, do esposo Emanoel Velásquez e do seu filho Vitor Hugo, de 15 anos.

“Eu fiz uma oração um dia antes da minha estreia na Paralimpíada. Eu conversei com Deus e pedi para ele fazer para mim o mesmo milagre que ele fez para o Vitor Hugo, quando ele nasceu prematuro e ficou dias na UTI neonatal”, contou a judoca.

Voltando para Mato Grosso do Sul com a medalha de prata, Erika quer se preparar para trazer o ouro nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028. 

“Eu quero continuar me preparando para tentar mais uma medalha. Até brinco que deixei uma matéria pendente em Paris, e por isso preciso voltar”, disse.

Além da prata conquistada em Paris, as principais conquistas de Érika nos tatames, de acordo com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), são a medalha de prata no Grand Prix de Tbilisi e a de ouro no Grand Prix de Antalya (2024), além do bronze nos Jogos Mundiais da IBSA (2023) e do ouro no Pan-Americano da IBSA de Edmonton (2022).

INÍCIO NO JUDÔ

Erika nasceu em Guia Lopes da Laguna e se mudou para Campo Grande aos sete anos, quando foi estudar no Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas (ISMAC).

Aos 12 anos, Érika chegou a voltar para a cidade natal com os seus pais em um acampamento sem-terra, voltando para a Capital em 2006, quando foi apresentada ao judô por meio da judoca sul-mato-grossense Michele Ferreira, que foi duas vezes medalhista de bronze na Paralimpíada.

Com 17 anos, Érika chegou a praticar outras modalidades como o goalball e disputou competições regionais no atletismo, porém, optou por seguir trilhando o caminho do judô. A sua primeira competição pela modalidade foi o Campeonato Brasileiro de Judô, disputado no Rio de Janeiro, em 2006.

“Preferi seguir no judô porque é um esporte individual, e eu gosto dos treinos, porque me sinto bem. O judô para mim é uma terapia, porque me sinto mais leve quando saio dos treinos, me ajuda a desestressar. Quando eu não estou bem, eu saio de lá [dos treinos] renovada”, disse Érika.

Desde 2017, Érika é atleta de judô do município de Rondonópolis (MT) e treina em Cuiabá, recebendo o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel).

Após uma mudança de classe no judô paralímpico ocorrida em 2022, com a criação da classe J2 (para baixa visão), surgiu a possibilidade de Érika conseguir uma vaga paralímpica, lutando apenas com pessoas cegas.

“Antes as classes eram todas misturadas, então nem tínhamos esperança de disputar a Paralimpíada, achava difícil de acontecer. Mas com a separação recente de classes ficou mais justo para a gente”, informou.

Com essa, mudança a judoca sul-mato-grossense foi em busca da vaga paralímpica no período pós-pandemia, conseguindo a convocação, que foi anunciada no dia 11 de agosto.

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