Neste domingo (04), Sada Cruzeiro (MG) e Volêi Renata (SP) se enfrentam na grande decisão da Superliga Masculina, com atleta sul-mato-grossense podendo erguer a taça pela primeira vez na carreira.
Nascido em Campo Grande, o central da equipe paulista Judson Nunes, de 26 anos, é um dos destaques desta temporada. Ele lidera a liga no quesito de pontos de bloqueio, com 78, está em segundo lugar em aces (pontos de saque), com 31, em terceiro em bloqueio mais eficiente, com 73%, e o sétimo com ataque mais eficiente.
Além de ter chegado a final da competição, outro motivo para essa edição ter sido até mais especial do que as outras, é que Judson e o Vôlei Renata jogaram na capital sul-mato-grossense, no final do ano passado, contra o Vedacit Guarulhos (SP). Na ocasião, o time de Campinas venceu por 3 sets a 0 e o campo-grandense foi eleito o craque da partida.
Na fase classificatória, o Renata ficou na terceira colocação, com 18 vitórias e quatro derrotas. Nas quartas de final, enfrentou o Joinville Vôlei (SC) e passou ao vencer dois dos três jogos.
Já na semifinal, se classificou sem sustos diante do Vôlei Suzano (SP), chegando a sua segunda final consecutiva da Superliga - ano passado foi vice-campeão para o Sesi-Bauru.
Agora, enfrenta o atual campeão do mundo e primeiro colocado na classificação geral da competição. Das três derrotas sofridas na fase inicial, o Vôlei Renata foi responsável por duas, uma em casa e outra fora.
Mesmo assim, o Sada Cruzeiro conta com um timaço, com Wallace, Douglas Souza e Lucão, três campeões olímpicos, que também jogaram em Campo Grande nesta temporada.
No final de março, Cruzeiro e Suzano se enfrentaram no Guanandizão e a equipe mineira levou a melhor, por 3 sets a 1. Com 20 pontos, dois bloqueios e um ace, Douglas foi eleito o melhor da partida, enquanto Lucão, que sentiu um desconforto durante o aquecimento, não entrou em quadra.
A final acontece neste domingo (04), às 9h (horário de MS), no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, com transmissão ao vivo do SporTV 2 e da TV Globo.
Trajetória - Judson Nunes
Nascido no dia 05 de dezembro de 1998, Judson contou ao Correio do Estado que começou a praticar o esporte na equipe da Escola Estadual Maria Constança Barros Machado, em Campo Grande, durante o Ensino Médio.
"Iniciei minha trajetória no vôlei quando eu estava no 2º ano do Ensino Médio. Minha irmã indicou para os meus pais para eu poder estudar e jogar na escola dela, o Maria Constança", disse.
No colégio, Judson ficou um ano e meio treinando e jogando pela equipe escolar, pela qual disputava competições em Campo Grande, chegando até a final dos jogos escolares.
O interesse do atleta pela modalidade aumentou a ponto de se mudar de Campo Grande e iniciar uma carreira no Paraná, ainda no vôlei de base, no qual Judson chamou atenção das equipes paulistas, conquistando a Taça Paraná de Voleibol.
"Minha primeira oportunidade de jogar em São Paulo foi após o título do campeonato de base, da Taça Paraná. Recebi um contrato para jogar pela equipe juvenil Suzano", declarou o atleta.
O central também chegou a atuar, aos 18 anos, no clube campo-grandense Radio Clube/AVP, em que jogou pela primeira vez a Superliga B de 2017.
Após a disputa da Superliga, Judson seguiu a sua carreira no vôlei no interior paulista, onde foi atleta do Sesi Bauru Sub-21(2018), Vôlei Itapetininga (2018/2019) e Pacaembu Ribeirão Preto (2019/2020).
Em ascensão na carreira, Judson foi contratado em 2020 pelo Montes Claros América, para disputar a Superliga. Judson ainda jogou pelo Vôlei Renata (2021/2022), pelo Suzano Vôlei (2022 a 2024) e voltou ao clube campinense no início da atual temporada.
Em 2023, foi convocado pela primeira vez para defender a seleção brasileira, para a disputa da Liga das Nações, na qual esteve com o grupo que disputou a primeira etapa em Ottawa, no Canadá, do dia 7 até o dia 11 de junho.
*Colaborou Judson Marinho


