Esportes

vôlei masculino

Das quadras de escola pública de Campo Grande para o mundo

Aos 24 anos, o central Judson Nunes vive momento de ascensão na carreira, com convocação para a seleção brasileira

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Entre as novidades na convocação da seleção brasileira, o campo-grandense Judson Amabel Nunes da Cunha Júnior foi um dos destaques da primeira semana de Liga das Nações de Voleibol Masculino. Com início na modalidade aos 14 anos, o central do Suzano Vôlei começou a praticar o esporte na equipe da Escola Estadual Maria Constança Barros Machado, em Campo Grande, durante o Ensino Médio.

Ao Correio do Estado, o atleta contou como surgiu o seu interesse pelo vôlei de quadra. “Iniciei minha trajetória no vôlei quando eu estava no 2º ano do Ensino Médio. Minha irmã indicou para os meus pais para eu poder estudar e jogar na escola dela, o Maria Constança”, disse.

No colégio, Judson ficou um ano e meio treinando e jogando pela equipe escolar, pela qual disputava competições em Campo Grande, chegando até a final dos jogos escolares.

O interesse do atleta pela modalidade aumentou a ponto de se mudar de Campo Grande e iniciar uma carreira no Paraná, ainda no vôlei de base, no qual Judson chamou atenção das equipes paulistas, conquistando a Taça Paraná de Voleibol.

“Minha primeira oportunidade de jogar em São Paulo foi após o título do campeonato de base, da Taça Paraná. Recebi um contrato para jogar pela equipe juvenil Suzano”, declarou o atleta.

O central também chegou a atuar, aos 18 anos, no clube campo-grandense Radio Clube/AVP, em que jogou pela primeira vez a Superliga B de 2017. 

Após a disputa da Superliga, Judson seguiu a sua carreira no vôlei no interior paulista, onde foi atleta do Sesi Bauru Sub-21(2018), Vôlei Itapetininga (2018/2019) e Pacaembu Ribeirão Preto (2019/2020).

Em ascensão na carreira, Judson foi contratado em 2020 pelo Montes Claros América, para disputar a Superliga.

Judson ainda jogou pelo Vôlei Renata (2021/2022) e pelo clube atual, Suzano Vôlei. Desde então, o central sul-mato-grossense se manteve frequentemente classificado para os playoffs da Liga.

O jogador teve o seu melhor desempenho na última edição da Superliga, terminando a campanha com o Suzano Vôlei nas semifinais da competição e sendo eleito o melhor central da Superliga 2022/2023, liderando o ranking de bloqueadores da Liga, com 76 pontos conquistados no fundamento.

“Desde que cheguei a Montes Claros, e nesses últimos anos, quando joguei em Campinas e Suzano, foram anos de crescimento e evolução. Sempre analisando no fim da temporada o que foi feito de bom, o que poderia melhorar para o outro ano, para ir progredindo e acho que deu certo”, relatou.

SELEÇÃO BRASILEIRA

Judson Nunes (camisa 30), comemorando ponto contra a Argentina, pela Liga das NaçõesJudson Nunes (camisa 30), comemorando ponto contra a Argentina, pela Liga das Nações

Após ser um dos atletas destaque na Superliga deste ano, Judson, que nunca havia defendido a seleção brasileira de vôlei nem mesmo nas categorias de base, foi convocado pelo técnico da seleção brasileira, Renan Dal Zotto, para a disputa da Liga das Nações, na qual esteve com o grupo que disputou a primeira etapa em Ottawa, no Canadá, do dia 7 até o dia 11 de junho.

“Sobre a convocação, foi um momento muito especial da minha vida, foi um ano incrível que tive no Suzano e, depois de tudo o que eu vivi lá nesta temporada, a convocação veio para coroar este ano abençoado, que foi de muito trabalho”, analisou.

A confiança que Judson teve na temporada da Liga deu lugar, inicialmente, ao nervosismo no primeiro coletivo com a seleção no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em Saquarema, no Rio de Janeiro.

“Minha mulher diz que eu sempre falo que estou de boa e tranquilo, mas nesse momento foi uma sensação diferente, aquele frio na barriga. Mas foi muito especial. No primeiro coletivo, senti que estava nervoso na hora em que lancei a bola para sacar. Aí pensei: tenho que dar uma aquietada no coração e focar. Depois disso, deu tudo certo e consegui me soltar”, disse.

Nas quatro partidas que o Brasil disputou nesta primeira semana de Liga das Nações, Judson começou no banco em três delas, contra a Alemanha, que terminou na vitória do Brasil por 3 sets a 1, contra a Argentina (3 a 2 para o Brasil) e no jogo contra a Cuba (3 a 2 para o rival).

Porém, na última disputa, contra a poderosa seleção dos Estados Unidos, o central sul-mato-grossense teve a oportunidade de estrear como titular, contribuindo com 12 pontos na vitória brasileira por 3 sets a 1.

O ponteiro Lucarelli foi o maior pontuador da partida, com 19 acertos, e o oposto Alan marcou 17 pontos.
Os resultados deixaram a seleção brasileira na quinta colocação da Liga das Nações, que é disputada por 16 países.

A seleção masculina volta a jogar a Liga das Nações na terça-feira, quando começa a segunda etapa em Orléans, na França. O time verde-amarelo enfrenta a Bulgária, às 14h30min (de MS).

SAIBA

Aos 24 anos, Judson Nunes já conquistou em sua carreia no vôlei a Copa Sesi e a Copa São Paulo, foi campeão paulista, vice-campeão da Copa Brasil e vice-campeão da Taça Paraná Juvenil.

ginástica artística

Campeão olímpico das argolas, Arthur Zanetti anuncia aposentadoria

Depois de 16 anos no alto rendimento, agora ex-ginasta será treinador

12/01/2025 19h00

Ginasta Arthur Zanetti irá se tornar treinador

Ginasta Arthur Zanetti irá se tornar treinador Foto: Divulgação / COI

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O ginasta Arthur Zanetti, medalhista de ouro na Olimpíada de Londres, no Reino Unido, em 2012, anunciou, neste domingo (12), a aposentadoria como atleta profissional. O paulista de 34 anos, a maior parte deles no esporte, continuará ligado à modalidade, agora como treinador de ginástica em São Caetano do Sul (SP), onde nasceu e vive.

Antes dos Jogos de Paris, na França, no ano passado, Zanetti já dizia que aquele seria o último ciclo olímpico da carreira. Em reportagem da Agência Brasil publicada em junho de 2023, o agora ex-ginasta relatou que, após 16 anos treinando e competindo em alta intensidade, "às vezes a mente quer fazer [o movimento], mas o corpo acaba não correspondendo".

Outra razão, segundo o paulista, era passar mais tempo com o filho, Liam, que completa cinco anos em 2025.

Por conta de lesões, Zanetti perdeu eventos importantes do ciclo de Paris, como o Mundial de Antuérpia, na Bélgica, e os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, ambos em 2023.

A contusão derradeira foi um rompimento agudo do tendão do bíceps distal do braço esquerdo, em maio do ano passado, quando ainda buscava vaga para os Jogos da capital francesa.

A aposentadoria rendeu homenagens de personalidades esportivas. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco Antônio La Porta, disse que Zanetti "é a prova de que é possível, de que podemos chegar lá com muito treino, dedicação e talento" e que será um privilégio tê-lo "na formação de grandes cidadão e novos campeões" como técnico.

O grego Eleftherios Petrounias, grande adversário de Zanetti, também se manifestou. Pelo Instagram, o ginasta tricampeão mundial e medalhista de ouro nas argolas nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, afirmou que o paulista o tornou "um atleta melhor, uma pessoa melhor", que acredita ter um grande amigo no Brasil e que ele deveria pensar o mesmo. Petrounias ainda disse que o brasileiro terá sempre seu "respeito e amizade".

Além do ouro de Londres, o primeiro da ginástica brasileira em Olimpíadas, Zanetti foi prata na Rio 2016, também nas argolas. Nos Jogos de Tóquio, no Japão, em 2021, tentou executar uma apresentação que lhe garantiria um lugar no pódio do aparelho, sem ter sucesso.

Ele ainda obteve quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo uma dourada na edição de Antuérpia, em 2013, e três prateadas.

Esportes

Gabriel Medina sofre lesão no ombro e perde temporada 2025 do circuito mundial de surfe

o surfista brasileiro passou por uma cirurgia no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve estar apto a competir novamente apenas daqui a oito meses

11/01/2025 23h00

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Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris e tricampeão mundial, o surfista Gabriel Medina sofreu uma lesão no ombro e não poderá disputar a temporada 2025 da World Surf League (WSL), o circuito mundial de surfe. Ele passou por uma cirurgia no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e deve estar apto a competir novamente apenas daqui a oito meses.

"Gabriel Medina passou por uma cirurgia no ombro esquerdo após uma lesão enquanto surfava e infelizmente ficará fora da temporada de 2025. Mesmo longe das competições, sabemos que sua determinação e dedicação vão guiá-lo nesse processo de recuperação. Estamos com você, Medina! Boa recuperação e que essa pausa seja o começo de um retorno ainda mais forte", informou a WSL.

O multicampeão do surfe se lesionou enquanto treinava em Maresias, sua cidade natal, no litoral norte de São Paulo. Ao tentar a execução de um aéreo, machucou o tendão do músculo peitoral maior do ombro esquerdo. Depois da cirurgia, neste sábado, o surfista fez uma publicação no Instagram para tranquilizar os fãs.

"Escrevendo só pra dizer a vocês que tá tudo bem por aqui! Na quinta, em Maresias, sofri uma lesão no peitoral e hoje pela manhã passei por um procedimento cirúrgico para iniciar o tratamento dessa lesão. Deu tudo certo e já estamos olhando para o período de recuperação e próximos passos. Estava me preparando e muito focado para a temporada 2025, mas infelizmente ficarei fora por um tempo. Foco total agora na minha recuperação pra voltar mais forte", escreveu.

Será a segunda vez em quatro anos em que Medina fica de fora da temporada do circuito mundial. Em 2022, o paulista decidiu não disputar a WSL para dedicar mais tempo aos cuidados com a saúde mental.

Após retornar, não conseguiu ir à disputa dos Finals de 2023 e 2024, mas alcançou a conquista inédita do bronze olímpico, após se classificar para os Jogos de Paris ao vencer o ISA Games, em Porto Rico.

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